Os deputados da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) estiveram na manhã desta quarta-feira (15) em reunião com o juiz Glauco Soares, presidente do 2º Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, para falar sobre o segundo adiamento do juri do fazendeiro Adriano Chafik Luedy, que estava marcado para eta quarta-feira.
O fazendeiro é o principal réu do julgamento que ficou conhecido como Massacre de Felisburgo, que, em 2004, deixou cinco pessoas mortas e cerca de 20 feridas em um acampamento de integrantes do Movimento Sem Terra (MST), no Vale do Jequitinhonha.
Representantes do movimento também estiveram presentes na reunião.
O juiz Glauco Soares explicou que o adiamento foi necessário para que todas as testemunhas da defesa, cerca de 40, fossem ouvidas pelo juiz da Comarca de Jequitinhonha , no Vale do Jequitinhonha.
A realização do juri sem o cumprimento dessa etapa poderia, segundo o magistrado, acarretar em nulidade do julgamento. “Não podemos fazer o juri apenas para atender à pressão popular, as etapas processuais precisam ser seguidas”, disse.
Ele afirmou, ainda, que as testemunhas já começaram a ser ouvidas ontem e continuam sendo interrogadas hoje.
Soares disse que novo júri será marcado para a segunda quinzena de agosto e que, até lá, todas as pendências do processo, como os depoimentos das testemunhas e a transferência das armas apreendidas para o Fórum, deverão estar sanadas. “A defesa tem meios legais para adiar o julgamento por mais uma ou duas vezes e isso está na lei, não podemos evitar. Mas eu garanto que o juri acontecerá”, disse.
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