segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Governo de Minas apresenta Balanços dos serviços de saúde, 2015-2018.

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) divulga uma série de matérias sobre o balanço geral da gestão, no âmbito da saúde estadual, entre os anos de 2015-2018, bem como destaca as principais ações desenvolvidas durante o período na esfera do Sistema Único de Saúde de Minas Gerais (SUS-MG).
“Nossa gestão foi marcada por fatos atípicos que não esperávamos encontrar, como a crise política que o Brasil enfrentou no início de 2016 e a crise financeira que também assolou todo o país. Minas Gerais, de forma específica, foi um estado muito afetado por essa crise, o que levou o Governador Fernando Pimentel a decretar situação de calamidade financeira”, afirma o Secretário de Saúde de Minas Gerais, Nalton Moreira da Cruz.
Crédito da Arte: Alan Martins Ferreira Lopes / SES-MG.
Crédito da Arte: Alan Martins Ferreira Lopes / SES-MG.

No entanto, apesar de todas as dificuldades quanto à questão financeira, que tende a impactar todas as ações da saúde, a SES-MG conseguiu evitar que a situação se agravasse e seguiu com os trabalhos da melhor maneira possível. “Minas Gerais, mesmo com todas as dificuldades, conseguiu evitar que a saúde entrasse em colapso, como aconteceu em outros estados. Então, o saldo final dessa gestão, apesar de tudo, no âmbito da saúde, é positivo”, analisa o secretário.
Ações de Destaque
Durante os quase 04 anos de gestão, a SES-MG realizou trabalhos muitos valorosos dentro da perspectiva da saúde pública brasileira. Tais ações foram desenvolvidas tanto no âmbito assistencial como o investimento de cerca de R$ 100 milhões no SAMU, que passou a prestar serviço a 566 municípios mineiros, quanto no âmbito de gerenciamento de crises, como no caso do rompimento da barragem do Fundão, em Mariana, ocorrido em novembro de 2015 e o incêndio na creche de Janaúba, em outubro de 2017.
“Implantamos 03 SAMU Regionais nas regiões Sul, Centro Oeste e Triângulo Norte que, juntos, atendem mais de 04 milhões de pessoas. Além disso, adquirimos 04 helicópteros durante a gestão que ficam baseados em Varginha, Belo Horizonte, Montes Claros e o outro que será entregue em Uberaba. É um investimento de muita valia que ajuda a salvar inúmeras vidas”, analisa Nalton.
Regionalização das Farmácias
Estratégia de Regionalização da Assistência Farmacêutica consiste na cooperação técnica aos municípios na aquisição de medicamentos com distribuição direta pelo setor farmacêutico. Para isso, o Estado disponibiliza as Atas de Registro de Preço para a aquisição de medicamentos e insumos.
“Até 2015, os medicamentos eram entregues por meio de uma empresa contratada e havia um grande desabastecimento de medicamentos por questões logísticas. Agora, com a Regionalização, houve a descentralização do serviço. Os próprios municípios compram os medicamentos por meio dos repasses estaduais. Tal ação diminuiu muito o desabastecimento dos medicamentos”, conta o secretário.
Febre Amarela
A gestão atual também foi marcada pelo surto de Febre Amarela ocorrido em 2017 que registrou no 1º período de monitoramento (julho/2016 a junho/2017), 475 casos confirmados da doença no estado, sendo que destes, 162 evoluíram para óbito. As ações da secretaria para o aumento da cobertura vacinal, que em 2014 girava em torno de 40%, foi fundamental para o controle do surto. Atualmente, Minas Gerais apresenta cerca de 90% da população imunizada.
“Assim que os primeiros casos foram notificados todos os subsecretários do nível central viajaram para as regiões afetadas para auxiliar as Regionais de Saúde a aumentar a cobertura vacinal, seja com campanhas, ou indo de casa a casa conscientizando a população. Além disso, criamos estratégias de atendimento em hospitais referências espalhados por todo o Estado, além de criar uma estrutura especial no Hospital Eduardo de Menezes para prestar atendimento aos casos mais graves”, detalha Nalton. Minas Gerais se tornou referência no enfrentamento à Febre Amarela devido a agilidade e atuação da SES-MG.
Municípios de Gestão Plena
A SES-MG também incentivou, ao longo da gestão, que os municípios se tornassem plenos em relação à saúde, o que significa dizer que tais localidades têm total poder sobre a prestação de serviços de saúde ofertados. “O município controla toda a prestação de serviços, bem como os recursos financeiros. Os recursos federais não precisam passar pelo Estado para chegar às cidades. Eles saem do Fundo Nacional de Saúde e vão direto para o Fundo Municipal de Saúde. Atualmente, temos 180 municípios mineiros que são de Gestão Plena”, afirma Nalton Moreira da Cruz. Clique aqui para conferir a listagem atual dos municípios mineiros que possuem gestão plena.
Ambulatório Trans
As políticas de equidade também foram ações de destaque ao longo dos últimos anos. Como exemplo disso, há a criação do Ambulatório Trans do Hospital Eduardo de Menezes (HEM), da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig). O ambulatório, especializado no processo transexualizador ambulatorial, foi inaugurado em novembro de 2017 e foi o primeiro na saúde pública mineira e o quinto do país. Já beneficiou cerca de 200 pessoas realizando quase 2 mil consultas nas áreas de psiquiatria, endocrinologia, clínica médica, enfermagem, psicologia e serviço social, ginecologia, dermatologia, urologia, proctologista e cirurgia geral.
“Implantamos uma série de políticas de promoção de equidade no SUS-MG. Tais políticas visam garantir o respeito à diversidade. Ao desenvolvermos políticas direcionadas a populações em situação de vulnerabilidade, garantimos o atendimento integral, previsto no SUS. O ambulatório trans é um bom exemplo de ação que integra essas políticas”, destacou o secretário.
Análise da gestão
“Diante de todas as enormes dificuldades financeiras enfrentadas pelo estado praticamente por todo o tempo de gestão, acredito e defendo que a SES-MG fez um excelente trabalho. Talvez a situação estivesse pior se não tivéssemos conseguido manter uma boa relação com o Ministério Público e com todos os órgãos de controle de forma geral. Além disso, não podemos deixar de mencionar as servidoras e servidores da SES-MG. A secretaria conseguiu exercer sua função graças à dedicação, determinação e profissionalismo que tiveram em todo nosso tempo de gestão”, conclui Nalton Moreira da Cruz, Secretário de Saúde de Minas Gerais.

Veja também outras matérias da Retrospectiva (2015-2018):


Juvenília: Agricultores familiares do norte de Minas têm campo de produção de sementes crioulas.

Ação inédita integra a Estratégia de Enfrentamento da Pobreza no Campo do Governo de Minas Gerais e mobiliza estudantes, servidores e agricultores em Juvenília
imagem de destaque
Campo de sementes crioulas na fazenda Cantinho, da Fucam
Juvenília, localizada na divisa de Minas Gerais com Bahia, no norte de Minas, concentra 5.708 habitantes (fonte IBGE/2010) na zona rural mineira.

Nesse território, o Governo de Minas Gerais implantou o campo de sementes crioulas na fazenda Cantinho, da Fundação Educacional Caio Martins (Fucam), beneficiando 100 famílias agricultoras.

A ação, lançada em junho de 2018, para implantar o campo e banco de sementes e realizar capacitações no curso técnico em Agropecuária ao longo do segundo semestre deste ano, oferecido pela Fucam em parceria com a Secretaria de Estado de Educação (SEE), envolveu 65 pessoas na região, entre estudantes, agricultores e servidores do Estado.

Os alunos puderam conhecer mais a fundo a importância das sementes crioulas para produção de alimentos mais saudáveis e participaram de debates com os temas Agroecologia, Organização do Trabalho Coletivo, Mobilização Social e Importância da Organização do Trabalho.

Neta de agricultores e envolvida no programa, Laisnara Fernandes, vê com bons olhos o resgate às antigas técnicas de cultivo no campo.

“O projeto foi muito importante para aumentar o meu conhecimento e também passar para os pequenos agricultores a importância das sementes crioulas. Aprendi a valorizar as técnicas antigas", explica a estudante. 

Já para Julivan Alves, que sempre viveu no campo e dependeu da atividade agropecuária para sobreviver, o conhecimento adquirido com este trabalho vai possibilitar a abertura de portas para ele que pretende seguir carreira na área.

“Nasci em fazenda, trabalhei em roças e agora sou formado em Agropecuária. Minha dedicação à agricultura será o meu destino”, relata.

Renda e conhecimento

Com a implantação do banco de sementes, a comunidade começou a demonstrar interesse pelo projeto, buscando obter mais conhecimentos e instruções para a produção orgânica, seleção e armazenamento das sementes, o que demonstra que a ação, além da finalidade de geração de renda, transformou-se em ferramenta pedagógica na região.

Segundo José Claudemiro Pereira, vice-coordenador do Centro Educacional do Carinhanha da Fucam, em Juvenília, a população que está inserida no meio rural e tira o seu próprio sustento no sistema de produção convencional, ou seja, fazendo todos os tratos nas plantações com o uso de agrotóxicos, não imaginava que seria possível produzir de forma orgânica.

“Com as capacitações ofertadas, os produtores e estudantes do curso técnico em Agropecuária perceberam que é possível produzir com qualidade, sem o uso de agrotóxicos, e com boa aceitação comercial”, diz Pereira.

Uma outra conquista, além do número de beneficiados do projeto, é o custo-benefício. De acordo com a Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social (Sedese), a implantação do campo e banco de sementes em Juvenília teve o investimento total de R$ 18.868,00 no orçamento do Governo de Minas Gerais.

O valor inclui a aquisição do fosfato, das sementes de milho, do moto cultivador e da carreta agrícola, o que se caracteriza como um baixo valor diante dos resultados já obtidos e em comparação com outros projetos desenvolvidos pelo Estado.


Entrega de certificados aos participantes do curso oferecido pela Fucam, Emater-MG e Sedese (Crédito: Divulgação/Fucam)


Banco e campo de sementes

Desenvolvidas, adaptadas ou produzidas por agricultoras familiares, assentados da reforma agrária, quilombolas ou indígenas, as sementes crioulas preservam o material genético sem o uso de agrotóxico, que se adaptam melhor à região onde a semente é cultivada.

O objetivo da implantação do banco e campo desse tipo de semente é ampliar a distribuição e permitir aos beneficiários a segurança alimentar e geração de renda a partir de material de qualidade nutricional elevada e sem modificações genéticas.

O programa inclui não só a implantação do campo e banco, mas também a formação no curso de “Concepções e Estratégias de Mobilização do Projeto de Implantação de Campo de Sementes Crioulas”, oferecida pela Sedese em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) e a Fucam.

Além do banco e campo de sementes em Juvenília, outro município que recebeu o benefício foi Leme do Prado, na fazenda da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig).  A Emater-MG é a responsável pelo acompanhamento técnico e pela capacitação dos envolvidos na implantação do campo e do banco.

"As sementes crioulas garantem uma autonomia no sistema produtivo camponês, já que ele pode guardar suas próprias sementes para os anos seguintes sem necessitar de adquiri-las a cada safra”, diz José Luiz Guimarães, cordenador técnico estadual de Agroecologia da Emater-MG.

“São as sementes ditas de paiol, ou seja, são sementes que foram e são melhoradas pelos agricultores em seu campo de produção. Dessa forma, ela vai se adaptando às intempéries climáticas que estamos sofrendo”, arremata o técnico.

Resgate de uma cultura

Responsável pela assessoria de programas especiais da Sedese, Rogéria Freire, que acompanhou em campo o desenvolvimento da ação, acredita que há três elementos muito importantes que são frutos da implantação destes campos.

O primeiro é o resgate da cultura das sementes crioulas agroecológicas e de seus guardiões; o segundo é o envolvimento dos agricultores das regiões onde os campos foram implantados; e o terceiro a ocupação desses territórios, que muitas vezes estavam subutilizados, com implantação nas fazendas de um projeto ecologicamente correto, envolvendo a agricultura familiar e as instituições locais.

"Junto com a Emater-MG, estamos mobilizando vários agricultores familiares para utilizarem também as sementes crioulas. São eles que ajudaram a plantar, eles que estão ajudando a cuidar e são eles também os beneficiados diretos, o que resulta na contemplação de 100 famílias só no território de Juvenília. Tudo isso é muito rico para o Governo mineiro, e é muito rico principalmente para esses territórios em que estamos atuando.", explica Rogéria.

De acordo com a Emater-MG, o campo da fazenda Cantinho, em Juvenília, e o campo da Epamig, em Leme do Prado, são os primeiros a produzir sementes crioulas em Minas Gerais dentro da proposta totalmente agroecológica, o que resultará em material de alta qualidade. A primeira colheita está prevista para fevereiro de 2019.


Campo de sementes crioulas na fazenda Cantinho, da Fucam (Crédito: Divulgação/Fucam)


Estratégia de Enfrentamento da Pobreza no Campo

O campo e banco de sementes crioulas integram a agenda de atividades do projeto Sementes Presentes - Alimento e Trabalho no Campo, que faz parte do Eixo de Inclusão Produtiva no Campo da Estratégia Novos Encontros de Enfrentamento a Pobreza do Campo, coordenado pela Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social (Sedese).

Com uma perspectiva intersetorial de ações integradas, o projeto por um lado tem a linha de atuação para geração de renda, pois inclui o incentivo conectado ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnai).

"A gente estabeleceu uma metodologia que foi capaz de fazer com que as escolas se organizarem para poder fazer as compras da agricultura familiar,  ampliando a comercialização das famílias agricultoras, organizadas em cooperativas e associações”, explica Matheus Fernandes Nascimento, diretor de Programas de Enfrentamento da Pobreza no Campo da Sedese.  “Esse lado do projeto foi capaz de estabelecer um mercado que antes era uma dificuldade muito grande para esses pequenos produtores", conclui.

Por outro lado, o Sementes Presentes também atua na segurança alimentar, por meio do campo e banco de sementes crioulas. "Conseguimos estabelecer uma lógica de metodologia muito interessante também utilizando o Cadastro Único (CadÚnico), em que podemos priorizar o público, focalizando os mais pobres, os mais vulneráveis", relata Nascimento.

O CadÚnico é um instrumento criado pelo Governo Federal para identificar famílias de baixa renda do Brasil. Através desse sistema é possível direcionar melhor os benefícios dos governos federal, estadual e municipal, com base na renda per capita familiar declarada. O cadastro no sistema é feito no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) mais próximo do local de moradia da família.

Uma das últimas conquistas para a Sedese foi a aprovação do Plano Estadual de Enfrentamento da Pobreza no Campo (Projeto de Lei - 4.736/17), pela Assembleia Legistativa de Minas Gerais (ALMG), no dia 12 de dezembro, o que torna a estratégia instituída.

"Para nós é uma conquista muito grande, uma vez que temos agora uma determinação legal para que a população do campo tenha prioridade, e esse é um grande ponto de partida em termos de resultado e continuidade", afirma Matheus Nascimento.

Clique aqui para conferir o material preparado pela Sedese, Fucam e Emater-MG, entregue aos participantes neste mês de dezembro. O documento reúne informações técnicas sobre a estratégia de enfrentamento à pobreza no campo.
Fonte: Agência Minas

Governo de Minas apresenta balanço positivo na agricultura familiar e ações agrárias.

Governo de Minas apresenta balanço de ações de Desenvolvimento Agrário realizadas desde 2015.

Minas Gerais conta com mais de 400 mil estabelecimentos agrícolas. O segmento, em especial da agricultura familiar, está entre as ações prioritárias do Governo Fernando Pimentel, com atividades desenvolvidas por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário (Seda).
“Apesar de nossa vocação agrícola, não tínhamos até 2015 uma secretaria voltada para cuidar exclusivamente deste segmento. Completamos três anos de atividade. O ano de 2018 é mais um ano de consolidação da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário, em meio a uma conjuntura nacional em que direitos, sobretudo os dos trabalhadores e das trabalhadoras rurais, são retirados”, disse o secretário da Seda em exercício, Alexandre Chumbinho.
Durante apresentação dos resultados da pasta no período 2015-2018, realizada na tarde dessa quarta-feira (4/7), no auditório da Emater-MG, em Belo Horizonte, Chumbinho também ressaltou que, em Minas Gerais, felizmente, o caminho é inverso, devido ao trabalho e esforço do Governo Fernando Pimentel.
“Neste ano, chegamos à marca de 3 mil títulos de propriedade rural emitidos e entregues, resultado da retomada do programa estadual de regularização fundiária rural, beneficiando sobretudo as regiões em que a demanda é maior: Norte de Minas e Vales do Mucuri e do Jequitinhonha”, afirmou.
A SEDA foi homenageada na Assembléia Legislativa de Minas Gerais.
Como parte da estratégia de fortalecimento da Agricultura Familiar, foram entregues Kits Feira e veículos (caminhões e caminhonetes) para agregar valor aos produtos.
Confira, a seguir, algumas das importantes conquistas alcançadas durante o Governo Fernando Pimentel:
Agroecologia
Foi criado um grupo de trabalho intersetorial e elaborado um plano para propor ações que visam reduzir, de forma gradual e contínua, o uso de agrotóxicos no campo e, ao mesmo tempo, incentivar a produção de alimentos orgânicos e a alimentação saudável. Ainda foi criado o Grupo Executivo Permanente (GEP) para apoiar a prática da agroecologia entre os agricultores familiares no Território Mucuri.
Povos e comunidades tradicionais
Com relação aos povos e comunidades tradicionais, foram reconhecidos mais de 1.100 hectares de térreas rurais devolutas como território de quilombolas do Alto Jequitinhonha, ação pioneira do Estado. O Governo Fernando Pimentel também regulamentou a Política de Povos e Comunidades Tradicionais (PCTs), com foco em criar ações que garantam o desenvolvimento sustentável de quilombolas, indígenas, entre outras comunidades. Outra ação é a criação da Superintendência de Territórios Coletivos, vinculada à Seda.
A secretaria também apoiou a candidatura dos Apanhadores de Flores-Vivas como Sistema Importante do Patrimônio Agrícola Mundial (Sipam), da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO-ONU).

Programa de Aquisição de Alimentos
Foi iniciada a execução do Programa de Aquisição de Alimentos, modalidade Termo de Adesão Estadual, garantindo até R$ 6,5 milhões em investimentos para cerca de 1.500 agricultores rurais de 53 municípios do semiárido mineiro.
Mulheres do campo
No Governo Fernando Pimentel, as mulheres do campo conquistaram mais visibilidade, com a realização da 1ª Feira Estadual das Mulheres do Campo, e do lançamento de diagnóstico e livro com biografia de 12 lideranças femininas, em parceria com a Fundação João Pinheiro (FJP).
Garantia Safra
O número de cotas e os investimentos próprios do Governo de Minas Gerais no programa Garantia Safra foram ampliados. Em 2017, a adesão dos municípios da área mineira da Sudene ao Garantia Safra foi ampliada, passando de 106 para 112 municípios para a safra 2017/2018.
O número de agricultores familiares que poderão acessar o programa também registrou crescimento, passando de 45.223 para 50.526 segurados. Com isso, 5.303 agricultores familiares foram incluídos no programa, que é executado em parceria com a Emater-MG. O Governo Fernando Pimentel investiu, entre 2015 e 2018, cerca de R$ 17 milhões no programa.
A SEDA e a Emater desenvolveram diversas atividades na agricultura familiar nos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, no nordeste de Minas.
Circuito Alimentação
Outra inovação foi a criação do Circuito Alimentação, cujo objetivo é a realização de oficinas de capacitações técnicas de mobilização e sensibilização de gestores públicos, entidades da sociedade civil, agricultores familiares e suas organizações (cooperativas e associações).
O objetivo é ampliar o acesso da agricultura familiar aos diferentes mercados institucionais públicos (escolas, hospitais, órgãos da administração direta, entre outros). Participaram das oficinas cerca de 1.850 pessoas, representando 200 municípios.
Principais ações e entregas da Seda:
Entrega de títulos agrários em Teófilo Otoni.
ACESSO À TERRA
Destaques da retomada do programa estadual de regularização fundiária rural:
– Mais de 3.200 mil títulos de propriedades rurais entregues;
– 16.700 processos analisados e concluídos;
– Cerca de 91 mil hectares de terras rurais medidas;
– 54 audiências públicas e mutirões realizados em 10 Territórios de Desenvolvimento.

AGRICULTURA FAMILIAR
Destaques do Garantia Safra:
– Programa foi ampliado, passando de 96 na safra 2015-2016 para 112 municípios na safra 2017/2018;
– O número de cotas de agricultores familiares saltou de 42.000 na safra 2015-2016 para 50.526 na safra 2017-2018;
– Recursos do governo estadual investidos totalizaram R$ 17 milhões nos últimos quatro anos.


Destaques do Kit Feira e veículos:
– 435 kits feira-livre entregues; beneficiando 121 municípios;
– 37 caminhões baú-isotérmico;
– 13 caminhonetes 4×4;
– 11 Kits Patrulhas;

Destaques da doação de equipamentos para agroindústrias:
– 18 projetos apoiados – tanques de leite (11), salas de café (5), mini destilaria cana de açúcar (2);
Destaques do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), modalidade Termo de Adesão Estadual:
– Atendimento de 1.500 agricultores familiares, de 54 municípios do semiárido mineiro, com repasses do governo federal de R$ 6,5 milhões.
Destaques em Agroecologia:
– Criação de Grupo Executivo Permanente e construção do Plano de Ação da Estratégia Intersetorial de Redução do Uso de Agrotóxicos e Apoio a Agroecologia e a Produção Orgânica em Minas Gerais;
– Criação do Grupo Executivo Permanente (GEP) para apoiar a prática da agroecologia entre os agricultores familiares no Território Mucuri.

Destaques em ações para Povos e Comunidades Tradicionais (PCTS)
– Reconhecimento de 1.119 hectares de térreas rurais devolutas como território quilombola, no Alto Jequitinhonha, ação pioneira do Estado;
– Regulamentação da Política de Povos e Comunidades Tradicionais (PCTs), com foco em criar ações que garantam o desenvolvimento sustentável de quilombolas, indígenas, entre outras comunidades;
– 75 comunidades tradicionais certificadas com o apoio da Seda;
– Criação da Superintendência de Territórios Coletivos, vinculada à Seda;
– Candidatura dos Apanhadores de Flores-Vivas como Sistema Importante do Patrimônio Agrícola Mundial (Sipam), da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO-ONU).


Destaques em ações para Mulheres do Campo:
–  Realização da 1ª Feira Estadual das Mulheres do Campo;
– Lançamento de diagnóstico e livro com biografia de 12 lideranças femininas, em parceria com a Fundação João Pinheiro;
Destaques do Circuito Alimentação:
– Participação de 1.900 pessoas nas oficinas, representando 200 municípios.
Fonte: Agência Minas

O fascismo não perdoa ninguém. Se preciso for, ameaça, mata, extermina, até mesmo aliados.


O fascismo não perdoa nem os que por burrice, oportunismo ou covardia, o atraem.

Mauro Santayanna*

A cada vez que alguém divulgar uma notícia fake na internet sabendo que no fundo, intimamente, está mentindo miseravelmente e não passa de um canalha vil e desprezível... .
A cada vez que cidadãos que dizem se preocupar com a Liberdade, a Nação, o Estado de Direito e a Democracia, assistirem passivamente à publicação de comentários econômicos, jurídicos e políticos mentirosos, e a outras calúnias e absurdos na internet, mansa e passivamente, sem resistir nem responder a eles...
A cada vez que alguém defender a tortura e a volta dos assassinatos da ditadura, sabendo que em um regime de exceção ninguém está a salvo do guarda da esquina, ele estará mais próximo
A cada vez que alguém disser que o Brasil está quebrado por incompetência de governos anteriores quando somos o quarto maior credor individual externo dos Estados Unidos, temos 380 bilhões de dólares – mais de 1 trilhão e 200 bilhões de reais – em reservas internacionais, o BNDES está pagando antecipadamente 230 bilhões de reais ao Tesouro e a divida bruta e líquida públicas são menores do que eram em 2002 com relação ao PIB...

A cada vez que alguém gritar que temos de entregar o pré-sal, a Petrobras, a Embraer, a Eletrobras e a Amazônia porque somos ladrões e incompetentes para cuidar do que é nosso, como se o governo e as empresas norte-americanas fossem um impoluto poço de honestidade e moralismo e até o genro do Rei da Espanha não tivesse sido apanhado em cabide de emprego da Vivo depois que esta veio para o Brasil aproveitando a criminosa privatização da Telebras, feita por gente que depois ocupou aqui a Presidência dessa empresa espanhola...
A cada vez que alguém defender raivosamente o livre comércio quando o Eximbank e a Opic norte-americanos emprestam mais dinheiro público que o BNDES no apoio a exportações e Trump adota sobretaxas contra a importação de aço e alumínio brasileiros e para vender aviões ao governo dos Estados Unidos a Embraer é obrigada a instalar primeiro com participação minoritária uma fábrica nos Estados Unidos...
A cada vez que alguém vangloriar o Estado mínimo, quando os Estados Unidos – que está mais endividado que o Brasil – está programando investir mais de um trilhão de dólares de dinheiro público em obras de infraestrutura para reativar a economia, tem apenas no Departamento de Defesa mais funcionários federais que todo o governo brasileiro e todo mundo – principalmente a China – sabe que não existem nações fortes sem estados fortes, ou sem empresas nacionais privadas ou estatais poderosas que é preciso preservar e defender...
A cada vez que alguém defender a volta de militares golpistas ao poder – porque milhares de militares legalistas foram contra o golpe de 1964 e foram perseguidos depois por defender a Constituição e a Democracia – abrindo mão de votar e suspirar e sentir o cabelo da nuca arrepiar quando vir um reco passar por perto...
A cada vez que alguém afirmar que em 1964 não houve um golpe contra um Presidente eleito, consagrado pelo apoio popular, poucas semanas antes, em um plebiscito amplamente vitorioso...
A cada vez que alguém defender a tortura e a volta dos assassinatos da ditadura, sabendo que em um regime de exceção ninguém está a salvo do guarda da esquina, como aprenderam golpistas que desfilaram pedindo o golpe de 1964 e depois tiveram filhos e parentes assassinados ou torturados pela repressão...
A cada vez que alguém achar normal – desde que não seja seu parente – que, sem flagrante, uma pessoa possa ser levada pela polícia para depor sem ter sido antes previamente intimada a depor pela justiça...
A cada vez que informações sigilosas de inquéritos em andamento forem vazadas propositalmente por quem deveria preservar o sigilo de Justiça, para determinadas e particulares emissoras de televisão...
A cada vez que alguém aceitar que um cidadão pode ser acusado, condenado e encarcerado sem provas e apenas pela palavra de um investigado preso que teve muitas vezes sua prisão sucessiva imoralmente prorrogada, disposto a tudo para sair da cadeia a qualquer preço...
A cada vez que alguém achar que algum cidadão pode ser acusado de ser dono de alguma propriedade sem nunca ter tomado posse dela ou sequer possuir uma escritura que prove que é sua...
A cada vez que alguém acreditar que um apartamento fuleiro que vale menos de um milhão de reais pode ter servido de propina para comprar a dignidade de alguém que comandou durante oito anos uma das maiores economias do mundo...
A cada vez que alguém soltar foguetes por motivos políticos, celebrando sua própria ignorância e imbecilidade...
A cada vez que alguém aceitar promulgar leis inconstitucionais para ceder à pressão dos adversários adotando um republicanismo pueril e imaturo...
A cada vez que a lei aceitar tratar de forma diferente – ou igualmente injusta e ilegal – aqueles que são iguais...
A cada vez que um juiz ou procurador emitir – sem estar a isso constitucionalmente autorizado – uma opinião política...
A cada vez que juízes ou procuradores falarem em fazer greve para defender benesses como auxílio-moradia quando já ganham muitas vezes – também de forma imoral – perto ou mais de 100 mil reais, muito acima, portanto, do limite constitucional vigente, que é o salário de ministros do STF...
A cada vez que alguém defender que "bandido bom é bandido morto" (até algum parente se envolver em um incidente de trânsito ou em uma discussão de condomínio com algum agente prisional, guarda municipal ou agente de polícia)...
A cada vez que alguém comemorar a morte de alguém por ele ser supostamente "comunista", ou negro, viciado, gay ou da periferia...
A cada vez que alguém ache normal – e com isso vibre – que candidatos defendam o excludente automático de ilicitude para agentes de segurança pública que matem "em serviço", em um país em que a polícia já é a que mais mata no mundo...
A cada vez que alguém achar que só ele tem o direito ou, pior, a exclusividade de usar os símbolos nacionais e o verde e amarelo – que pertencem a todos os brasileiros...
A cada vez que um ministro da Suprema Corte se calar quando for insultado publicamente por juízes e procuradores ou por um energúmeno qualquer nas redes sociais...
A cada vez que alguém acreditar que água de torneira – abençoada por um sujeito na tela da televisão – cura o câncer, que a terra é plana, ou que Hitler, obrigado a suicidar-se durante a Batalha de Berlim pelo cerco das tropas soviéticas, era socialista...
A cada vez que alguém achar que é normal que institutos de certos ex-presidentes tenham ganho milhões com a realização de palestras de um certo ex-presidente e outros institutos de outros ex-presidentes tenham de ser multados em todo o dinheiro ganho por palestras de outro ex-presidente...
A cada vez que alguém ache normal que alguém vá para a cadeia por não ter comprado um apartamento e outros sequer sejam investigados por ter comprado várias outras propriedades imobiliárias por preços abaixo do mercado...
A cada vez que uma emissora de televisão, pratique, nas barbas do TSE, impune e disfarçadamente, política, "filtrando" e exibindo depoimentos "espontâneos" de cidadãos de todo o país, para defender subjetivamente suas próprias teses – ou aquelas que mais lhe agradem – em pleno ano eleitoral...
A cada vez que alguém adotar descaradamente a chicana e o casuísmo, impedindo que se cumpra a Constituição, porque está apostando na crise institucional e foi picado pela mosca azul quando estava sentado na principal cadeira do Palácio do Planalto...
A cada vez que ministros do Supremo inventarem dialetos javaneses ou hermenêuticos lero-leros para justificar votos incompreensíveis e confusos que vão contra a Constituição e que a História não esquecerá nem absolverá...
O Fascismo estará mais perto da vitória.
E não perdoará, em sua orgia de ódio, violência e hipocrisia, nem mesmo aqueles que agora estão empenhados, por burrice, oportunismo ou covardia, em chocar o ovo da serpente e abrir-lhe o caminho para o triunfo.
Mauro Santayanna


(Este texto foi originalmente publicado em 13 de abril de 2018, na Rede Brasil Atual, pouco depois da prisão política de Lula por seus opositores) 
Fonte: Rede Brasil Atual, em 13.04.18