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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Eu nasci, por graça de Deus, no Vale do Jequitinhonha, dizia dom Serafim

Dom Serafim Fernandes de Araújo nasceu em Minas Novas e morreu em Belo Horizonte em outubro de 2019

Foto: arquivoEu nasci, por graça de Deus, no Vale do Jequitinhonha- dizia dom Serafim
Dom Serafim era referência da Igreja Católica em Minas Gerais
"Eu nasci, por graça de Deus, no Vale do Jequitinhonha...", dizia dom Serafim Fernandes de Araújo. Primogênito de 16 filhos, o cardeal mineiro sempre teve a caridade como principal bandeira e não se cansava de repetir: "Não custa nada fazer o bem".  Admirado por sua postura e erudição, o religioso, que morreu em outubro de 2019, aos 95 anos de idade, foi arcebispo emérito de Belo Horizonte e zelou ao longo de cinco décadas pela arquidiocese da capital.

Dom Serafim foi o autor do Projeto Pastoral Construir a Esperança que, desde sua criação, em 1990, se destacou em todo o país. Criado por uma tia, a qual amava muito, sofria com as desavenças entre os pais biológicos e os adotivos. "Eu não sabia de quem eu era", declarava. Quando descobriu que queria ser padre, aos 7 anos de idade, percebeu que não seria de mais ninguém. Pertenceria a todos que dele necessitassem.

Seminário de Diamantina, onde estudou Dom Serafim
Seminário de Diamantina, onde estudou Dom Serafim
  
Em fevereiro de 1937, após três dias de viagem a cavalo sob chuva forte, ele e o pai venceram a distância entre as cidades de Itamarandiba e Diamantina, no Alto Jequitinhonha, nordeste de Minas. Aquele seria o primeiro dia do menino no seminário onde viveria por muitos anos. Chegou no dia da Purificação de Nossa Senhora. Viu tanta beleza no ambiente iluminado por milhares de velas que se extasiou. O tempo passou e no seu aniversário de 21 anos recebeu um telegrama que mudaria mais uma vez seu destino. Havia sido escolhido pelo reitor para estudar em Roma, na Itália.
  
Desta vez foram 21 dias de viagem, em navio. Nem mesmo os mares revoltos e o terror da II Guerra tiraram o entusiasmo característico da juventude. "Nem pensávamos em perigo. E tive a satisfação de ser recebido pelo Papa Pio XII", contava. Em março de 1949 celebrou sua primeira missa. De volta ao Brasil, em setembro de 1951, retornou à pequena Itamarandiba. Foi aos conterrâneos do Vale do Jequitinhonha que levou suas primeiras palavras de alento, as percursoras de milhares de homilias que viriam nos próximos anos.
 
Dom Serafim foi por muitos anos, Reitor da Universidade Católica de MG(PUC) e costumava visitar Araçuai, para visitar o Campus Avançado que mantinha convênio com a PUC.
Dom Serafim foi por muitos anos, Reitor da Universidade Católica de MG(PUC) e costumava visitar Araçuai, para visitar o Campus Avançado que mantinha convênio com a PUC.
 
 Em maio de 1959, aos 34 anos, foi o primeiro bispo brasileiro a ser escolhido pelo Papa João XXIII.  Até hoje, é o mais novo a ocupar a função. Em 1961 foi convidado pelo pontífice a participar como Padre Conciliar durante o Concílio Vaticano II. Nesse período, transferiu-se para BH, para atuar ao lado de dom João Resende Costa, ao qual sucedeu no governo da arquidiocese, em 1986, se tornando o terceiro arcebispo metropolitano da capital. Foi o reitor mais longevo da PUC Minas, no período de 1960 a 1981.Durante a ditadura, chegou a negociar com os militares em prol de estudantes presos.
 
Dom Serafim e o Papa João Paulo II
Dom Serafim e o Papa João Paulo II
 
 
Em 1976, criou a Fundação Dom Cabral, onde desenvolveu inúmeros projetos sociais. "Seu legado se estendeu por vários aspectos da educação, incluindo de maneira especial os estudantes carentes", diz Emerson de Almeida, cofundador e presidente da FDC.
 
A nomeação como cardeal veio em janeiro de 1998. Já o título de arcebispo emérito de BH foi conferido em 2004, quando dom Walmor Oliveira de Azevedo assumiu o governo da Arquidiocese. "Dom Serafim soube exercitar a compreensão, alargar horizontes e bem lidar com os desafios da sociedade", diz o arcebispo e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Acompanhado por uma multidão, o funeral de dom Serafim durou três dias e seu corpo foi sepultado na cripta da Igreja da Boa Viagem.
Fonte: Estado de Minas

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

A vivência da religião, muito além do sermão


Nossa religião é aquilo que fazemos começa quando o sermão 

acaba


religião está dentro de cada um e só existe 

na prática. Porque religião não se discute, 

pratica-se.

Já está mais do que batida a máxima de que exemplos e atitudes é que 
valem, pois discursos e palavras se perdem ao vento. Podemos dizer 
frases bonitas e argumentar com propriedade, porém, a forma como 
vivemos é que determinará o que somos, o que temos dentro de nossos 
corações.

Interessante notar que as pessoas procuram diferentes formas de se comunicar com Deus para se sentirem bem. O Brasil é um país bastante religioso, inclusive colocando a religião em setores que deveriam ser laicos.

Mesmo assim, apesar de toda essa multidão 

que frequenta igrejas, cultos, terreiros, ainda 

assistimos a cenas de total falta de compaixão em relação ao próximo. Nem mesmo crianças e idosos 

estão sendo poupados de atitudes violentas 

ultimamente.

E, ao lado dessa violência explícita, ainda há a violência velada, implícita,
indireta, mas também extremamente prejudicial. Um simples olhar, o 
desprezo, o silêncio diante do mal, há várias atitudes que implicam 
violência e maldade. Muitas pessoas, inclusive, conseguem ser muito
melhores na rua do que em casa. Encenam uma figura boníssima na 
sociedade, porém, transformam os seus lares em verdadeiros infernos, 
sendo cruéis com seus familiares nas mais variadas formas.

Como se vê, muitas pessoas se contradizem diariamente, fingindo o 
que não são, tentando expiar suas culpas em locais religiosos, fazendo 
caridade como obrigação e tentativa de receber perdão, porque, na 
verdade, têm consciência do mal que espalham.

Porém, de nada adianta orar e continuar 

praticando os mesmos erros. A religião está 

dentro de cada um e só existe na prática. 

Porque religião não se discute, pratica-se.



Marcel Camargo

MARCEL CAMARGO
Graduado em Letras e Mestre em "História, Filosofia e 
Educação" pela Unicamp/SP. Atua como Supervisor de 
Ensino e professor.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

Natal dos presépios de Minas

Para o Natal dos presépios

*Petrônio Sousa
Aos poucos vamos perdendo nossas tradições e o sentindo original de nossas crenças e valores mais verdadeiros. Até bem pouco tempo, Minas Gerais vivia em suas cidades e povoados o Natal dos presépios. Dentro das casas, das igrejas, dos centros comunitários, ele sempre estava lá e muitos traziam oferendas para a ele decorar. 
Os presépios eram construídos e movidos pelo mesmo espírito que São Francisco de Assis criou, no século XIII, o primeiro presépio: reverenciar e adorar a vinda do Menino Jesus. E muitos doavam parte de suas casas para a construção de presépios, para algo maior, comunitário, uma obra de todos. E como os Três Reis Magos, todos vinham trazer suas oferendas ao Jesus Cristinho.
Era feito de coisas simples, por pessoas simples, que ainda assim faziam lindas obras, que encantavam e tocavam os corações daqueles que ainda acreditam nas coisas deste mundo. Era a manifestação de uma tradição. Estavam lá, no interior de Minas, como um centro armazenador da devoção humana. O Natal dos presépios é um Natal que remonta a um cenário cristão, de doação, fé e reverência. Contrário ao Natal do Papai Noel.

O Papai Noel é uma personagem criada pela Coca-Cola em 1931, por isso traz suas cores encarnadas, o vermelho e o branco. É um agente descristianizador, patrocinado em todo mundo para apagar a verdadeira imagem do aniversariante do dia: o Menino Jesus. Jesus veio ao mundo como o Filho do Pai, em forma de criança. O Papai Noel diz ser o papai de todas as crianças, mas tem as suas preferidas. Meu Deus, onde essa figura foi colocada.
Sua barriga sugere a gula; o saco cheio, a esnobação; e a sua risada ironiza àqueles que não podem ser seus escolhidos. É uma fraude ao verdadeiro espírito natalino. Cristo nasceu enquanto seus pais viajavam em lombo de mula, quase um refugiado, mesmo assim entrou na casa de todos. Papai Noel viaja em um lindo trenó puxado por renas e visita a casa de poucos, muito poucos.
Falar que Papai Noel é uma alusão a São Nicolau é uma grande heresia. São Nicolau era um santo homem, nasceu em 270 e morreu em 342, aos 71 anos. “Fez o bem, sem olhar a quem”. Fundou orfanatos, saciou a fome dos pobres, protegeu marinheiros, ladrões e mendigos. Viveu sob a égide da caridade. Foi perseguido e preso pelos Romanos. Por seu amor ao seu semelhante, tornou-se Santo.
Papai Noel foi criado e financiado por uma empresa multinacional, vive no polo-Norte, distante de todas as crianças do mundo e no Natal sai presenteando àqueles que podem comprar sua visita. Não tem pai, mãe, filhos ou amigos. Não posso acreditar nele! É, no máximo, uma paródia de muito mau gosto do nosso santo protetor.
Enquanto escrevo este texto, acredito que em alguma casa mineira um presépio tenha recebido uma nova oferta, uma oferenda. Talvez um anjinho de barro, uma pedrinha reluzente, ou quem sabe até um Menino Jesus de madeira. Como estou cá, distante dele, deposito nele este texto, esta oferenda da fé humana ao Menino Jesus, ao Jesus Cristinho – tão lindo, tão menino e tão amado… 
Que Deus abençoe o verdadeiro Natal, o Natal dos presépios e todo aquele que compartilha o Natal por dentro e por fora, o Natal do criador, do nascimento à manjedoura, o Natal natalino, sem outras palavras.
Publicado no www.diariodopoder.com.br/para-o-natal-dos-presepios/, em 23.12.19, às 17:41. 
*Petrônio Souza é jornalista e escritor mineiro. Ele mantém uma coluna semanal sobre política e cultura em mais de 40 jornais Brasil afora. Tem três livros publicados, sendo um de contos e dois de poemas ( “Braço de Rio, Pedaço de Mar”, “Um facho de sol como cachecol”). Em 2005 ganhou o Prêmio Nacional de Literatura "Vivaldi Moreira", da Academia Mineira de Letras, como segundo colocado. É considerado um dos maiores poetas da nova geração. Elogiado por Zuenir Ventura, Aldir Blanc, Ferreira Gular e outros escritores brasileiros. -

domingo, 17 de novembro de 2019

Papa Francisco compara ódio da extrema-direita ao nazismo

Capitalismo predatório está na origem dos crimes contra a humanidade!
Papa Francisco compara a Hitler políticos que atacam homossexuais, judeus e ciganos.

Em uma conferência com juristas no Vaticano, na sexta-feira, 15 de novembro, o papa Francisco comparou o discurso de ódio de políticos contra as minorias - como judeus, ciganos e a população LGBT - às ações no nazismo.

"Confesso que quando ouço alguns discursos de responsáveis pela ordem ou pelo governo, vêm à minha mente as declarações de Hitler em 1934 e 1936", disse o pontífice.

Ele continua: "são ações típicas do nazismo que, com sua perseguição contra os judeus, os ciganos e as pessoas de orientação homossexual, representa o modelo negativo da cultura do descarte e do ódio. Foi o que foi feito naqueles dias e hoje está acontecendo novamente.".

Francisco também falou sobre o aumento de incidentes de violência da extrema-direita no continente, como ataques a cemitérios judaicos: "não é coincidência que nestes tempos há um ressurgimento dos símbolos típicos do nazismo", afirmou o papa.

O papa Francisco não citou nominalmente nenhum político ou país.

Durante a conferência, o pontífice também continuou seu discurso contra o capitalismo predatório - que ele chamou de "idolatria do mercado": "a pessoa frágil e vulnerável encontra-se indefesa diante dos interesses do mercado divinizado, que se tornaram regra absoluta. Hoje, alguns setores econômicos têm mais poder que os próprios Estados. Esta realidade torna-se mais evidente em tempos de globalização do capital especulativo", disse.

"O capital financeiro global está na origem dos crimes graves contra as pessoas e o meio ambiente. Trata-se de uma criminalidade organizada pelo excesso de endividamento dos Estados e pela pilhagem dos recursos naturais do nosso planeta, que pode ser comparada a crimes contra a humanidade, quando levam à fome, pobreza, migração forçada e morte por doenças evitáveis,   desastres ambientais e extermínio dos povos indígenas", acrescentou.s", acrescentou.

domingo, 20 de outubro de 2019

Araçuaí: Devotos celebram a Festa de Reinado de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos

Tradicional evento ocorre há 140 anos com missas, terços, cafés foguetório e procissão.

Foto: Geraldo do Vale.Devotos celebram a Festa de Reinado de  Nossa Senhora do Rosário em Araçuai
Cortejo real seguiu pelas ruas de Araçuai, acompanhado dos tamborzeiros.
 Como faz todos os anos no mês de outubro, Araçuai, no Vale do Jequitinhonha, nordeste de Minas Gerais,  celebra a Festa de Reinado de Nossa Senhora do Rosário. O tradicional evento ocorre   há 140 anos, com missas, terços, cafés, entre outros.


Por recomendação do Corpo de Bombeiros, foi restringido o acesso do público às galerias superiores da igreja secular.
Por recomendação do Corpo de Bombeiros, foi restringido o acesso do público às galerias superiores da igreja secular.
.As celebrações acontecem na Igreja do  Rosário com alvorada, missa e levantamento de mastro.
 Tamborzeiros dão vida à festa secular.
Tamborzeiros dão vida à festa secular.


Mais que um evento religioso, a Festa do Rosário é a celebração de duas culturas que encontraram a harmonia por meio da música, da dança, das cores e da fé.

A tradicional Festa está  comemorando em 2019 os 140 anos de reconhecimento da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos como templo católico agregando diversas atividades populares transformando o Alto do Rosário em um importante espaço de interação sociocultural.

De origem católica, a devoção a Nossa Senhora do Rosário ganhou força no Brasil com os rituais e simbologias africanos, personificados nas congadas. Em Araçuaí, a festa é uma das manifestações mais antigas da cidade e preserva a identidade negra do município. 

Neste domingo (20.10) as celebrações começaram com alvorada e foguetório, seguida de coroação e missa celebrada pelo padre holandês, Frei Chico na Igreja do Rosário, embalada pelos tambores e vozes do Coral Trovadores do Vale. Druante o sermão, Frei Chico lembrou das origens da Irmandande.
Tamborzeiros fazem parte da tradição da festa. ( Foto Daniel Gonçalves)
Tamborzeiros fazem parte da tradição da festa. ( Foto Daniel Gonçalves)


Entenda.

A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos é uma confraria de culto católico, criada para abrigar a religiosidade do povo negro, que na época da escravidão era impedido de frequentar as mesmas igrejas dos senhores. Mantém em seu calendário uma devoção secular a Nossa Senhora do Rosário. Os negros vindos da África, mesmo com suas próprias crenças, se tornaram devotos quando chegaram ao Brasil

A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário chegou ao Brasil em meados do século 16, sendo a Irmandade dos Homens Pretos de Olinda a mais antiga do país.

Reis Fábio Matos e Jeanine de Sá Pereira, durante a missa solene na Igreja do Rosário.
Reis Fábio Matos e Jeanine de Sá Pereira, durante a missa solene na Igreja do Rosário.
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O Reinado  do Rosário, é uma das festas tradicionais de maior expressão em Araçuai. É mantida pela fé e devoção  da Irmandade dos Homens Pretos e devotos de Nossa Senhora, que mantém  viva essa cultura religiosa.

Eles são pedreiros, donas de casa, comerciantes, gente simples do povo que no dia da festa se transformam em membros da Corte. Vestidos a caráter, Rei e Rainha são conduzidos pelos Tamborzeiros do Rosário. Durante o trajeto, o casal é acompanhado de perto pelas juízas, caixeiros, moças e capitães. Eles são tratados com muita honra e respeito.

Quando o cortejo chega à secular igreja do Rosário, e também na saída, o casal recebe as saudações oficiais realizadas pelos alferes da espada, da bandeira, e do pontão.

A missa festiva é o ponto alto da festa. Após a celebração, os fiéis seguem para a igreja Matriz de Santo Antonio onde é servido o banquete. Neste momento, já é conhecido o casal real para o ano seguinte.

Sérgio Vasconcelos Repórter, na Gazeta de Araçuaí

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Santa Dulce dos Pobres: a doce imagem de uma mulher


E hoje eu me emocionei mais do que imaginava ser possível com a canonização de Irmã Dulce.

 Amo as imagens de Irmã Dulce cercada de crianças negras sorrindo, nesses tempos de ódio aos pobres e no qual se naturaliza a execução de crianças e jovens nas periferias. 

Amo as imagens de Irmã Dulce percorrendo as favelas, as palafitas dos Alagados, nesses tempos de negação da opção preferencial pelos pobres na Igreja. 



Amo a imagem de Irmã Dulce tocando sanfona e amo saber que ela fazia isso para alegrar presidiários, nesses tempos em que cidadãos de bem fecham os olhos e o Ministro da Justiça trata como se fosse algo natural a tortura e os maus-tratos nos presídios. 


Amo a imagem de Irmã Dulce com uma sacolinha pedindo alimento para os famintos, num momento em que o número de miseráveis aumenta exponencialmente no Brasil e no qual retornamos para o Mapa da Fome. 

Amo saber que Irmã Dulce obrigou as instituições públicas a atender a saúde dos mais pobres, num momento de ameaças ao SUS e de avanço da privatização da saúde. 

Amo saber que a Irmã Dulce acolheu o jovem Paulo Coelho, faminto e fugido do hospício, e com um bilhete para o motorista de ônibus, descolou uma passagem de Salvador para o Rio de Janeiro para o rapaz desconhecido e em apuros. 

Nesses tempos de censura, amo saber que Irmã Dulce contrariou o então presidente do Círculo Operário e aceitou - para angariar fundos para suas obras sociais - os shows de rock de um ainda jovem e desconhecido Raul Seixas. 

Amo ver que a primeira Santa brasileira é baiana, nordestina, era teimosa, bem-humorada e gostava de música e futebol. 

Amo que o nome da primeira santa brasileira seja Dulce, doce, trazendo outro sabor a tempos tão amargos para os que lutam pela Vida e pela Justiça.

Salve Irmã Dulce e nos ajude a adoçar as lutas da jornada!

Texto de Adriano Martins

Quem foi Irmã Dulce – História e Biografia. Maria Rita, filha de Augusto Lopes Pontes e de Dulce Maria de Souza Brito, nasceu em 26 de maio de 1914, ...