Moradores do semiárido mineiro reclamaram da lentidão do governo em executar as obras do Programa “ Água para Todos”, durante reunião da Comissão Extraordinária das Águas, realizada nesta segunda-feira (13.05) na Assembléia Legislativa, em Belo Horizonte.
O Água para Todos é um programa do Governo Federal, executado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e do Norte de Minas (Sedvan).
Segundo o autor do requerimento para realização da audiência, deputado André Quintão, os municípios questionam que até o momento há apenas projetos de poços artesianos e outros sistemas simplificados de abastecimento e não obras mais estruturantes e duradouras.
Uma caravana de Itaobim e outras lideranças do Médio Jequitinhonha denunciaram a concentração de recursos do Água Para Todos em municípios do norte de Minas, região do deputado /Secretário Gil Pereira.
O representante do Ministério da Integração Nacional, Sérgio de Castro, informou que o programa, que começou em 2011, já implantou 17 das 85 mil cisternas previstas, além de 650 sistemas de abastecimento simplificado que atende cada uma, mais de 40 famílias.
O representante do Ministério da Integração Nacional, Sérgio de Castro, informou que o programa, que começou em 2011, já implantou 17 das 85 mil cisternas previstas, além de 650 sistemas de abastecimento simplificado que atende cada uma, mais de 40 famílias.
Ele disse ainda que foi liberado R$ 74 milhões dos R$ 432 milhões do orçamento previsto para o programa.
Sérgio de Castro afirmou que os recursos estão disponíveis e que a execução depende agora do governo do Estado.
Ele negou que o Norte de Minas esteja sendo privilegiado em detrimento dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. E exibiu em vídeo uma série de ações que estão sendo desenvolvidas na região com vistas ao combate à seca, entre elas ações estruturais, como o registro de todas as famílias sem acesso ou com acesso precário à água.
Disse que em Minas Gerais 85 municípios integram o semiárido, mas, ao todo, 188 serão beneficiados pelo programa, que inclui a construção de barragens e cisternas de vários modelos e a adoção de sistemas simplificados de captação de água, além de ações estruturantes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
O secretário de Estado de Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e do Norte de Minas, Gil Pereira, de Montes Claros, também negou qualquer favorecimento do Governo do Estado com relação a regiões e disse que os recursos liberados pelo Governo Federal são distribuídos proporcionalmente entre os 45 municípios do Norte de Minas e os 35 municípios dos vales do Jequitinhonha e Mucuri. E garantiu que todos os 188 municípios do semiárido mineiro serão atendidos na segunda etapa do programa.
Os moradores do Vale do Jequitinhonha que participaram da reunião, alegaram que na região só estão sendo implantados projetos de poços artesianos e cisternas e que seriam necessários obras de média e alta complexidade, como a construção de barragens e barraginhas.
Professora Carla Silva, do IFNMG, campus Araçuaí, fazendo uma intervenção sobre a necessidade de prevenção de conflitos ambientais em decorrência da escassez de água na região
A região enfrenta a pior seca dos últimos 40 anos.
Participaram da reunião representantes dos governos federal e estadual, além de lideranças dos movimentos sociais e sindicais, prefeitos e vereadores dos vales do Jequitinhonha, Mucuri e Norte de Minas.
Fonte: ALMG
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