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segunda-feira, 19 de junho de 2017

Milho Verde realiza o 17º Encontro Cultural com homenagem à Chica da Silva, nativa do povoado.

Chica da Silva é a filha mais famosa do também famoso lugarejo que atrai mais de 5 mil ecoturistas, no evento cultural.

De 15 a 23 de Julho de 2017, Milho Verde explodirá cultura e arte. 
Distrito da cidade do Serro, a 105 km de Diamantina, 25 km do Serro e 248 km de Belo Horizonte, o povoado famoso pelas suas belezas naturais e povo acolhedor, no Alto Jequitinhonha, realiza o Encontro Cultural de Milho Verde, promovido Instituto Milho Verde. Neste ano, a sua 17ª edição homenageia Chica da Silva.
Personagem de imagem forte e resistente, Chica da Silva nasceu em Milho Verde, onde possui registros que comprovam o seu batismo na Igreja Nossa Senhora Prazeres, cartão postal do vilarejo.
Durante toda semana do evento, diversas atividades artísticas e culturais são oferecidas a toda a comunidade e também turistas vindos de todo o Brasil e do mundo. 
No ano de 2016, estipula-se que mais de 5000 pessoas participaram de mais de 27 oficinas e apresentações, além de rodas e saberes, mutirão de bioconstrução, distribuição de mudas nativas e passeios de Ecoturismo, como o Monumento Natural Estadual Várzea do Lajeado e Serra do Raio.
Desde o ano 2000, o Encontro Cultural do Milho Verde estimula a economia e movimenta o fluxo de turistas na região, chegando a ficar com 100% de ocupação nos meios de hospedagem.
Maiores informações sobre o evento e como ajudar na realização do Encontro, você pode encontrar através da pagina do Facebook Instituto Milho Verde ou 17º Encontro Cultural de Milho Verde.
Por Marcus Santos / Instituto Milho Verde

Conheça melhor Milho Verde:


Milho Verde é um distrito do município brasileiro de Serro, no interior do estado de Minas Gerais.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sua população no ano de 2010 era de 1 275 habitantes, sendo 655 homens e 620 mulheres, possuindo um total de 548 domicílios particulares. Foi criado pela lei provincial nº 830, de 11 de julho de 1857.
História de Milho Verde
Situa-se na região do Alto Jequitinhonha, próxima à nascente deste rio. Arraial criado no início do século XVIII, originou-se da lavra de minerais preciosos de Manuel Rodrigues Milho Verde, natural da Província do Minho, em Portugal, e abrigou um posto de fiscalização da entrada e saída no Distrito Diamantino.
A segunda versão, e é a que é mais aceita, é a de que na época dos desbravamentos do interior do país, capitaneado pelos bandeirantes, estes chegaram a um pequeno vilarejo em que havia um senhor de alcunha Seu Mudesto. O que o senhor tinha a oferecer aos desbravadores era milho verde. Sendo assim, estes nomearam aquele local de Milho Verde.
De aspecto e modo de vida tradicionais, com casario e igrejas antigas cercados de montanhas de pedra e cachoeiras da Serra do Espinhaço, e afastada da velocidade e tecnologia do mundo moderno, Milho Verde veio a se tornar um dos cartões-postais de Minas Gerais, sendo muito visada pela atividade turística e atraindo um grande número de novos moradores, com impactos diversos para a população local. Distante poucos a 35 quilômetros de Diamantina, integra roteiros turísticos de cunho histórico, cultural e ecológico, tais como o da Estrada Real.
A história do lugarejo é enriquecida por fatos como a descoberta dos primeiros diamantes da região e além do mais é a terra de Chica da Silva, já que esta nasceu na região hoje conhecida como Baú, um pequeno lugarejo que compõe o distrito de Milho Verde. Chica veio a ser batizada na igreja da Matriz de Milho Verde. 
O lugarejo apresenta bela paisagem, com ampla vista de vales, serras e do Pico do Itambé. Nos remete bem a música de Vilarejo, de Marisa Monte. A vegetação é de campos rupestres e de altitude, além de cerrado, típicos da região, entremeada por inúmeros cursos de água. As casas são simples e as ruas estreitas, muitas totalmente invadidas por grama verde durante a maior parte do ano.
Milho Verde tem na igrejinha de Nossa Senhora do Rosário, construída em barro e madeira, ao mesmo tempo uma atração e um símbolo. São várias as opções de cachoeiras e passeios pelas serras, além da tradicional comida caseira, queijosdocescachaçasvinhos e licores de produção artesanal, principalmente nas épocas das frutas típicas da região.
A Associação Comunitária e algumas ONGs têm hoje um importante papel no distrito, com iniciativas sócio-culturais-ambientais, produção de material de construção, creche e coleta de lixo, contribuindo para intermediarem a relação entre o turismo crescente e a manutenção da qualidade de vida da população.
Fonte: Wilipedia


quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Expedição Vale do Jequitinhonha: Nascendo em boas mãos

PRIMEIRO DIA

Nascendo em boas mãos

28/12/16 - 20H11
 
Os destaques do nosso estimulante primeiro dia de Expedição guardam uma poética coincidência: das mãos da falecida parteira Dona Santinha, cujo viúvo e filho nos acolheram em sua casa, nasceram mais de 500 pessoas, e nas mãos do povo de Milho Verde e, em especial, dos colegas da APA Águas das Vertentes, está a responsabilidade de manter preservada a caudalosa nascente do Rio Jequitinhonha.
 
 
Para nossa dificuldade, mas para felicidade do fluxo do Jequi, a principal nascente fica escondida no meio de uma mata atlântica bem fechada. Os companheiros Paulinho e Anderson, funcionários da Área de Proteção Ambiental Água das Vertentes, nos acompanharam de maneira fundamental na jornada. Após cerca de 15 km de estrada de chão vislumbramos do alto do morro toda a bacia onde nasce o Rio, escondido dentro de um vale coberto pelas verdes copas das árvores.
 
 
 
 
Depois, seguimos a pé mata a dentro, inclusive atravessando uma pinguela minúscula, até chegar a frias águas bem próximas do nascedouro.
 
Segundo nossos colegas, a nascente está relativamente bem protegida, apesar da constante ação degradante do garimpo mecanizado e dos fazendeiros que queimam áreas para pastagem de gado. A seca sempre é uma ameaça e vez ou outra alguns ‘olhos’ secam, mas nesse ano as chuvas estão cooperando e as águas já estão começando caudalosas. Além disso, as queimadas, que exigem tanto desses e de outros bravos defensores da natureza, estão um pouco menos recorrentes.
 
Na área urbana de Milho Verde, ficamos bastante surpresos com a beleza e organização do vilarejo e com a quantidade de opções de bares, restaurantes, pousadas, áreas de camping, lojinhas de artesanato e outros atrativos para os turistas. O Reveillon movimenta ainda mais o comércio local. É dar inveja em muita cidade bem maior.
 
 
Por sugestão do historiador de Grão Mogol, meu sogro Élcio – que ademais é um dos grandes ‘culpados’ por nosso amor e conhecimento sobre o Vale – procuramos por Dona Santinha, famosa parteira que participa do documentário O Fim do Sem Fim, de 2001 do diretor Cao Guimarães, que traz personagens brasileiros em ofícios à beira da extinção – incluindo o próprio Seu Élcio, então tabelião que escrevia os documentos cartoriais à mão. O italiano do restaurante onde almoçamos nos deu a triste notícia do falecimento de Dona Santinha em 2007, mas a boa de que seu filho e seu viúvo moravam duas casas ao lado, bem próximo da igrejinha Nossa Senhora do Rosário, a principal de Milho Verde.
Natércio, o filho, e Amantino, o viúvo – na simpatia e lucidez de seus 89 anos -, acolheram-nos como se velhos conhecidos fossemos, nos contaram boas histórias da vida e do legado de Dona Santinha e nos apresentaram a belíssima forma em que a família mantêm viva a memória e a bondade de Santa: um presépio na sala de entrada, enfeitado com plantas da região e que é montado da mesma forma desde que a parteira começou o projeto, quando ainda morava na zona rural. A reza realmente era forte: Santinha nunca teve um óbito em suas mãos. Agora, com a enfim existência de um posto de saúde em Milho Verde, o nome não podia ser outro: Unidade de Saúde Dona Santinha.
 
A imagem do Menino Jesus daquele presépio, descansado sob os musgos das serras de Milho Verde, celebra de modo abençoado o início da Expedição: nasceu para nos salvar; enquanto Santinha nasceu para salvar muitos nascimentos, e os abençoados moradores de Milho Verde nasceram para salvar o Jequitinhonha.
  
Depois de um dia com tanta vida, seguimos para degustar os mundialmente famosos queijos do Serro. Amanhã estamos de volta aqui!
 
 Fonte: OTEMPO / Blog Expedição Vale do Jequitinhonha

domingo, 9 de agosto de 2015

Fernando Pimentel anuncia reinício das obras da rodovia Diamantina-Milho Verde-Serro

Governador determinou também a reforma da sede da Escola de Música Arte Miúda, durante instalação do Fórum Regional de Governo em Diamantina

O governador Fernando Pimentel anunciou nesta sexta-feira (7/8) em Diamantina, durante a instalação Fórum Regional de Governo - Território Alto Jequitinhonha, a retomada das obras da estrada que liga aquela cidade a Milho Verde e ao Serro. Com 58,2 quilômetros de extensão, a rodovia teve os trabalhos de implantação iniciados em outubro de 2013 e paralisados um ano depois.
“Estamos retomando as obras. Eu queria dar essa notícia aqui. Nós vamos retomar e dar ordem de serviço na estrada Diamantina a Milho Verde e Serro. Vamos voltar aqui para visitar a obra com os prefeitos, com a obra andando, daqui a uns 15 dias ou um mês”, afirmou Pimentel.
Outra obra anunciada pelo governador foi a reforma da sede da Escola de Música Arte Miúda. Pimentel e o secretário de Transportes e Obras Públicas (Setop), Murilo Valadares, assinaram o despacho governamental na presença da diretora da Escola, Soraya Alcântara, e de representantes dos movimentos sociais da região. Além de jovens que podem arcar com estudos musicais, a Arte Miúda recebe crianças de famílias de baixa renda, concedendo bolsas. A diretora da escola, Soraya Alcântara, trabalha para resgatar e manter vivas as tradições culturais de Diamantina, de festas populares e composições de músicos da cidade.
Segundo Pimentel, o anúncio só foi possível graças ao pagamento de cerca de R$ 500 milhões de faturas atrasadas, deixadas pela gestão anterior apenas no setor de obras. “Estamos retomando as obras porque conseguimos pagar, com muito esforço, as dívidas das faturas que ficaram do ano passado. Cerca de 90% já foram pagos e, com isso, já podemos começar a chamar as empresas e retomar algumas obras. Mas, daqui para a frente, toda a definição que vai ser feito será decidido em conjunto com a população, o que é mais importante”, afirmou o governador.
Participaram também da cerimônia de instalação do Fórum Regional de Governo – Território Alto Jequitinhonha, os secretários de Estado Odair Cunha (Governo), Helvécio Magalhães (Planejamento e Gestão), Nilmário Miranda (Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania), Glenio Martins (Desenvolvimento Agrário), Tadeu Martins Leite (Desenvolvimento Regional, Política Urbana e Gestão Metropolitana), além de deputados federais, estaduais, 21 prefeitos, vereadores, líderes de movimentos sociais e representantes de autarquias e órgãos de governo.

sábado, 5 de maio de 2012

13° Encontro Cultural de Milho Verde



De 15 a 22 de julho, Encontro no Milho Verde!
O Encontro Cultural de Milho Verde, pequena comunidade do Serro, no Alto Jequitinhonha, ocorre todos os anos desde 2000, sempre no mês de julho, em uma semana de ampla confraternização. 
Diversas atividades educativas e artísticas são propostas à população local, às comunidades vizinhas e aos visitantes, de modo inteiramente gratuito. 
Sua finalidade é proporcionar uma alteração no cotidiano da população milhoverdense, desprivilegiada do acesso ao contexto artístico e cultural que o Encontro traz, possibilitando também a apresentação da riqueza humana e ambiental do lugar aos visitantes.
Com essa iniciativa, esperamos contribuir para o desenvolvimento sustentável e equilibrado de seus aspectos sociais, culturais e ecológicos.

Fonte: http://www.institutomilhoverde.org.br/    via Blog Onhas

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Serro: Corrida do Milhão no Milho Verde
Navegação, trekking, moutain bike e rapel


A prova será realizada em Milho Verde, no Serro, no Alto Jequitinhonha, nordeste de Minas, um dos cartões postais de Minas Gerais. O percurso passará por estradas de terra não convencionais e trilhas que propiciarão aos atletas a contemplação de belas paisagens naturais.
Em breve, mais informações.
Com a dica do Passadiço Virtual, de Diamantina

terça-feira, 28 de junho de 2011

Serro: 12° Encontro Cultural de Milho Verde será em julho


Serro: Milho Verde se organiza para o 12º Encontro Cultural
Evento será realizado entre 17 e 24 de julho


O Encontro Cultural de Milho Verde ocorre todos os anos desde 2000, sempre no mês de julho, em uma semana de ampla confraternização.
Neste ano de 2011, será entre os dias 17 e 24 de julho, na aprazível comunidade de Milho Verde, no município do Serro, no Alto Jequitinhonha.
Milho Verde fica entre as montanhas serranas onde brotam centenas de nascentes que dão origem ao rio Jequitinhonha.
Diversas atividades educativas e artísticas são propostas à população local, às comunidades vizinhas e aos visitantes, de modo inteiramente gratuito.
Sua finalidade é proporcionar uma alteração no cotidiano da população milhoverdense, desprivilegiada do acesso ao contexto artístico e cultural que o Encontro traz, possibilitando também a apresentação da riqueza humana e ambiental do lugar aos visitantes.
Com essa iniciativa, espera-se contribuir para o desenvolvimento sustentável e equilibrado de seus aspectos sociais, culturais e ecológicos.

Divulgada a relação das propostas aprovadas de oficinas e eventos que farão parte da programação do 12º Encontro Cultural

Em breve divulgaremos a programação final, especificando dias e horários das atividades!

Clique e acesse o site do Instituto Cultural Milho Verde, responsável pelo evento:
http://www.institutomilhoverde.org.br/


Conheça Milho Verde
Milho Verde é um distrito com aproximadamente 1.000 habitantes, metade vivendo na área urbana. Faz parte do município de Serro, e situa-se nas vizinhanças de Diamantina - Patrimônio Histórico da Humanidade -, na região do Alto Vale do Jequitinhonha.
Localizada também próxima ao Parque Estadual do Pico do Itambé, Milho Verde é banhada pelo Jequitinhonha. Na região de Milho Verde existem cerca de 140 nascentes que precisam ser preservadas, para que se possa assim garantir volume e qualidade de água ao longo do rio Jequitinhonha.

Foi povoada na primeira metade do séc. XVIII, e teve importante papel na história da exploração de minerais preciosos no Distrito Diamantino. A extração mineral era a base da economia até poucos anos atrás (estando reduzida hoje a pequenos focos de exploração). No entanto, o garimpo não trouxe vantagens ao distrito: além da destruição ambiental, as condições de trabalho eram precárias e a distribuição de riqueza realizou-se predominante para fora e para um reduzido número de pessoas da região.

A cobertura vegetal nativa é de cerrado e principalmente de campos rupestres, com o solo rochoso ocupando cerca de 70% de toda a área. Ocorre uma grande diversidade na vegetação, com espécies adaptadas à sobrevivência em ambientes pedregosos. A região apresenta-se como um grande laboratório natural para pesquisadores nas áreas de Botânica, Geologia, Engenharia Ambiental, entre outras. A natureza é realmente exuberante em Milho Verde. As montanhas de pedra, a rica vegetação, as inúmeras cachoeiras e a possibilidade de uma vida simples e tranqüila atraem a cada dia mais turistas e novos moradores.

Vale ressaltar ainda a riqueza da cultura e da história setecentista, preservada por uma população constituída, em grande parte, por remanescentes de quilombos. Milho Verde mantém tradições como as Festas do Rosário, de São Sebastião, de São João, de Nossa Senhora dos Prazeres (a padroeira da cidade) e Folia de Reis. Nas Festas do Rosário, apresentam-se três grupos locais de guarda de congado - os Catopés, Marujos e Caboclos - que encantam com sua dança, canto e indumentária própria.

Por tudo isso, o turismo tem representado a atividade econômica mais rentável para a população nos dias atuais. No entanto, não se deve ignorar a complexidade da questão social em Milho Verde, situada em uma das regiões mais pobres do Brasil, com Índice de Desenvolvimento Humano bem abaixo da média nacional. As políticas públicas ainda se mostram muito deficitárias. A oferta de empregos é extremamente limitada, e a renda média da população é de cerca de meio salário mínimo por pessoa.




Com informações do Instituto Cultural Milho Verde

terça-feira, 13 de julho de 2010

11° Encontro Cultural de Milho Verde

11° Encontro Cultural de Milho Verde
Perído: 17 a 25 de julho - Milho Verde / MG
Inscrições para as oficinas de 12 a 16 de julho no IMV
Segunda, quarta e sexta-feira, de 14:00 às 17:00
Terça e quinta-feira, de 09:00 às 12:00
Não serão aceitas inscrições por internet.
Após a data da inscrição, os interessados deverão se dirigir nos locais das oficinas.
Toda a programação é gratuita!
HISTÓRIA DE MILHO VERDE
Sua história inicia-se no século XVIII, quando um pequeno arraial, localizado entre Serro e Diamantina, foi ocupado por garimpeiros, que visavam as atividades de exploração de ouro e de diamante. Logo, chamou a atenção das autoridades, com isso Milho Verde teve severas restrições impostas pela Coroa Portuguesa e posteriormente, suas terras foram incluídas na área proibida para a mineração. No local, foi instalado um quartel e um posto fiscal para o controle e a fiscalização do extravio de diamantes. Essa atitude fez com que o arraial estagnasse seu desenvolvimento.
Em uma carta de 2 de fevereiro de 1732, o ouvidor geral do Serro Frio, Antônio Ferreira do Valle e Mello pede ao governador de Minas, Dom Lourenço de Almeida, que reconsidere a decisão de proibir a extração de diamantes pelos moradores da região de Milho Verde. O governador, atendendo aos interesses da Coroa portuguesa, ignorou o apelo. A população de Milho Verde foi obrigada a obedecer as leis impostas pelos governantes ao Distrito Diamantino. A Coroa portuguesa se apodera e passa a organizar a exploração do diamante sem coibir o intenso contrabando.
No início do séc. XIX, as visitas do mineralogista José Vieira Couto, do inglês John Mawe e do francês Saint-Hilaire renderam relatos sobre a situação de abandono de Milho Verde. José Vieira descreve a vila como um "lugarejo pequeno, mal arranjado e com muitas casas palhoças".
No início do século passado as minas voltam a ser exploradas. Com o auxílio de dragas e bombas, garimpeiros causaram vários danos ecológicos desviando cursos de rios e revirando cascalhos. Devido a esses danos a mineração, no lugar, volta a ser proibida.
Durante a década de 80, a serenidade e calmaria do lugar juntamente à sua rica natureza, atraíram hippies e moradores de cidades grandes e dos arredores, interessados numa vida mais simples.
Atualmente, a vila começou a atrair também turistas e isto obrigou a cidadezinha criar uma infra-estrutura mínima para recebê-los.
Hoje, os nativos vivem praticamente do turismo, a atividade mais rentável da vila.
Quanto a origem do seu nome alguns dizem que é por causa de um português, chamado Rodrigo Milho Verde, que morou muito tempo na região.
Outras contam que alguns bandeirantes encontraram no local, uma comunidade habitada por índios e estes lhe ofereceram uma grande quantidade de milho.
Onde fica Milho Verde
A 350 km de Belo Horizonte, entre Serro e Diamantina, na nascente do rio Jequitinhonha.

Fontes: Descubra Minas, Cidades Históricas e Passadiço Virtual

sábado, 27 de junho de 2009

MILHO VERDE: MADURO NA CULTURA
O X Encontro Cultural de Milho Verde acontece todos os anos desde 2000, sempre no mês de julho, em uma semana de ampla confraternização. Diversas atividades educativas e artísticas são propostas à população local, às comunidades vizinhas e aos visitantes, de modo inteiramente gratuito.
A finalidade é proporcionar uma alteração no cotidiano da população de Milho Verde, possibilitando também a apresentação da riqueza humana e ambiental do lugar aos visitantes. Com essa iniciativa, o Instituto Milho Verde espera poder contribuir para o desenvolvimento sustentável e equilibrado dos aspectos sociais, culturais e ecológicos locais.
O evento arcará com as despesas de transporte, alimentação e hospedagem para os oficineiros e artistas.
A organização é do Instituto Cultural Milho Verde que coordena um Ponto de Cultura, projeto do Ministério da Cultura.
Milho Verde, útero do Jequitinhonha
Este lugar é aconchegante, tranquilo, de uma mansidão de paz de Ghandi. É por ali que um monte de pequenas fontes de água se juntam na serra, se combinam por debaixo da terra, e aparecem com o nome de rio Jequitinhonha. Dali em diante, um imensidão de canais de água vão brotando, fazendo crescer um imensao caudal, formando um riacho, entrando no município de Diamantina.
Milho Verde tem aproximadamente 1.000 habitantes, metade vivendo na área urbana. Faz parte do município de Serro, e situa-se nas vizinhanças de Diamantina - Patrimônio Histórico da Humanidade -, na região do Alto Vale do Jequitinhonha, nordeste de Minas.
Localizada também próxima ao Parque Estadual do Pico do Itambé, Milho Verde é banhada pelo Jequitinhonha. Na região de Milho Verde existem cerca de 140 nascentes que precisam ser preservadas, para que se possa assim garantir volume e qualidade de água ao longo do rio Jequitinhonha.
Foi povoada na primeira metade do séc. XVIII, tendo importante papel na história da exploração de minerais preciosos no Distrito Diamantino. A extração mineral era a base da economia até poucos anos atrás (estando reduzida hoje a pequenos focos de exploração). No entanto, o garimpo não trouxe vantagens ao distrito: além da destruição ambiental, as condições de trabalho eram precárias e a distribuição de riqueza realizou-se predominante para fora e para um reduzido número de pessoas da região.
A cobertura vegetal nativa é de cerrado e principalmente de campos rupestres, com o solo rochoso ocupando cerca de 70% de toda a área. Ocorre uma grande diversidade na vegetação, com espécies adaptadas à sobrevivência em ambientes pedregosos. A região apresenta-se como um grande laboratório natural para pesquisadores nas áreas de Botânica, Geologia, Engenharia Ambiental, entre outras.
A natureza é realmente exuberante em Milho Verde. As montanhas de pedra, a rica vegetação, as inúmeras cachoeiras e a possibilidade de uma vida simples e tranqüila atraem a cada dia mais turistas e novos moradores.
Mais informações:
www.institutomilhoverde.org.br