segunda-feira, 13 de maio de 2013

"Caiu no Horto, tá morto!" Galo goleia Cruzeiro e inverte vantagem do adversário


No Independência, Atlético goleia Cruzeiro e se aproxima do título do Mineiro de 2013

Jô, Diego Tardelli e Marcos Rocha fizeram os gols do massacre do Galo no Horto. Placar do 1º jogo só não foi maior por conta das boas intervenções de defensores do Cruzeiro

Rafael Arruda - Superesportes

Publicação do Superesporte:

12/05/2013 17:57
  

Atualização:

12/05/2013 20:59
Rodrigo Clemente/EM/D.A Press
Jô abriu o marcador para o Atlético e participou das jogadas do segundo e terceiro gols no Horto

O Atlético largou em vantagem na decisão do Campeonato Mineiro. Na tarde deste domingo, o time alvinegro superou o rival Cruzeiro, por 3 a 0, manteve a invencibilidade no Novo Independência e reafirmou o seu objetivo de brigar não somente pela Copa Libertadores, mas também pelo título estadual. O Galo mandou no jogo, criou as principais chances e só não saiu do Horto com um placar maior porque o goleiro Fábio e os volantes Leandro Guerreiro e Nílton fizeram boas intervenções a favor do time celeste, que perdeu a invencibilidade de 15 jogos em 2013. Além disso, o time alvinegro ainda reclamou de três possíveis pênaltis não marcados pelo árbitro Luiz Flávio de Oliveira.

O Atlético construiu um ótimo placar no primeiro jogo. Na etapa inicial, a jogada que começou com Marcos Rocha e passou pelos pés de Ronaldinho Gaúcho terminou em conclusão de Jô para o fundo das redes, aos 14 minutos. Na parte final, Diego Tardelli, aos 27', e Marcos Rocha, aos 33', sacramentaram o primeiro passo que pode dar o 42º título estadual ao Galo. Nos últimos instantes da partidas, gritos de “Olé” e “Galo vai golear” ecoaram das cadeiras do Independência.

No próximo domingo, dia 19, Cruzeiro e Atlético voltam a se enfrentar pela decisão do Campeonato Mineiro. Para ser campeão, o time celeste precisa vencer por pelo menos três gols de diferença. O Galo, por sua vez, joga sem pressão e até mesmo com a possibilidade ser derrotado. O segundo capítulo da final está marcado para o Mineirão, às 16h, e terá 90% de torcedores cruzeirenses contra 10% de atleticanos.


Assista ao compacto da TV Alterosa:


Atlético cria muito, mas marca apenas um gol

O duelo na tarde deste domingo, no Independência, apresentava duas equipes invictas. De um lado o Atlético defendia a série de 33 partidas sem sofrer derrotas no Horto. Do outro o Cruzeiro entrava em campo com o objetivo de seguir sem perder nesta temporada. A expectativa era de um grande confronto marcado por fortes disputas de bola e lances de perigo.
Rodrigo Clemente/EM/D.A Press
Gaúcho e Jô fizeram clássica comemoração
Apesar de jogar fora de casa, o Cruzeiro tomou a iniciativa de jogo nos primeiros minutos e chegou ao ataque em três oportunidades. A mais perigosa delas foi aos sete minutos, com Éverton, que recebeu passe de Éverton Ribeiro e chutou cruzado. Victor segurou firme. O ímpeto celeste parou nesses lances, pois na sequência o Galo passou a dominar o jogo.

O Atlético incendiou sua torcida pela primeira vez aos 11 minutos. Com tranquilidade, o time trocou passes até a intermediária de ataque e a bola sobrou para Ronaldinho Gaúcho, que passou por dois marcadores do Cruzeiro e finalizou contra o corpo de Fábio. No lance, o craque do Galo ainda reclamou de uma possível falta do lateral-direito Ceará, mas o árbitro nada marcou.

Em grande momento na partida, o Atlético construiu o seu primeiro gol aos 14 minutos. Everton foi desarmado por Marcos Rocha, que encontrou Ronaldinho Gaúcho próximo à meia-lua de ataque. O craque do Galo deu toque de primeira para Jô, que ganhou no corpo a corpo contra Leo e tocou no canto esquerdo de Fábio: 1 a 0.

A pressão atleticana continuava forte. Endiabrado nas jogadas pelo lado esquerdo, Ronaldinho Gaúcho dava trabalho aos zagueiros Bruno Rodrigo e Leo com dribles curtos e tentativas de lançamento. Por sua vez, o Cruzeiro pouco conseguia encaixar lances com seus armadores, Diego Souza e Éverton Ribeiro. O time celeste só chegava à frente em lances de bola parada.

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
Cruzeiro insistiu bastante na bola aérea
Aos 24', por pouco o Atlético não ampliou a vantagem. Nilton foi desarmado por Richarlyson e a bola sobrou para Leandro Donizete, que fez ótimo lançamento de 50 metros para Bernard. Na corrida, o camisa 11 alvinegro invadiu a área e encontrou Jô, na marca do pênalti, que finalizou com o pé esquerdo à direita de Fábio. Na jogada seguinte, aos 26', Ronaldinho cruzou e Tardelli cabeceou nas mãos do goleiro celeste.

Era jogo de ataque contra defesa. Dessa vez, os laterais do Atlético se aventuraram na função ofensiva. Primeiro, aos 31', Marcos Rocha driblou Éverton e chutou rasteiro. Leandro Guerreiro salvou na pequena área. Na sequência, aos 32', Richarlyson bateu cruzado do lado esquerdo e Fábio colocou à linha de fundo. Ronaldinho cobrou escanteio para Gilberto Silva, que testou com violência. Novamente Leandro Guerreiro fez corte providencial, evitando o segundo gol alvinegro.

O Galo voltou a reclamar de um possível pênalti no primeiro tempo. Em lance de escanteio, Bruno Rodrigo segurou Réver na grande área, mas o árbitro Luiz Flávio de Oliveira não viu o lance e mandou seguir o jogo. Foi o último lance importante do primeiro tempo do Superlcássico, que terminou com sete atletas pendurados com cartões amarelos.

Bruno Rodrigo é expulso e Galo massacra o Cruzeiro

Rodrigo Clemente/EM/D.A Press
Borges foi muito marcado pelo Atlético
Em desvantagem, o Cruzeiro tentou criar algumas jogadas de perigo no início do segundo tempo. Aos três minutos, Dagoberto fez boa tabela com Egídio, que foi à linha de fundo e chutou cruzado em direção ao gol. Victor conseguiu fazer o corte para fora da área.

Aos sete minutos, em lance de bola parada, o Galo criou uma ótima oportunidade de ampliar a vantagem. Ronaldinho cobrou falta, Réver completou para a grande área e Jô dividiu a bola com Nílton. O corte do volante cruzeirense foi providencial, mas a arbitragem marcou tiro de meta.

Após criar lance de perigo, aos oito minutos, na finalização de Dagoberto, o Cruzeiro se encontrou em uma situação muito difícil ao ter Bruno Rodrigo expulso. Ele cometeu falta sobre Ronaldinho Gaúcho e levou o segundo cartão amarelo. Com isso, o técnico Marcelo Oliveira foi obrigado a abrir mão de Dagoberto. Paulão entrou para compor a defesa ao lado de Leo.

Mesmo com um jogador a menos, o Cruzeiro conseguiu criar lance de perigo aos 14 minutos. Em lance individual, Diego Souza arrancou pela intermediária e soltou a bomba de longa distância. A bola explodiu na trave esquerda de Victor. Aos 16', o Galo respondeu com Jô, que foi acionado pela diagonal e chutou forte em direção ao gol. Fábio colocou a bola para a linha de fundo.

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
Marcos Rocha decretou resultado de 3 a 0
O Galo se aproveitou da vantagem numérica de jogadores e sufocou o Cruzeiro. Aos 21', Leandro Donizete tabelou com Jô e chutou à direita de Fábio. Aos 26', veio o segundo gol alvinegro. Após receber passe de Ronaldinho Gaúcho, Jô dividiu com Paulão e a bola sobrou para Tardelli, que emendou uma bomba de pé direito, sem chances para o goleiro celeste: 2 a 0.

E o show atleticano no Independência não parou por aí. Aos 33 minutos, Diego Tardelli cruzou para a área e Jô cabeceou a bola na trave. Na sobra, Marcos Rocha bateu cruzado e aumentou o massacre alvinegro: 3 a 0. A partir deste momento, a torcida atleticana entoou o cântico “Caiu na rede é peixe, leleá, o Galo vai golear” e passou a ensaiar gritos de “Olé”.

Completamente atordoado na partida, o Cruzeiro ameaçou apenas uma vez, em cobrança de falta de Egídio. Victor espalmou para a linha de fundo. Soberano, o Atlético manteve a posse de bola, a tranquilidade e a calma para evitar qualquer possibilidade de o rival fazer um gol. Festa da torcida alvinegra no Independência.

ATLÉTICO 3X0 CRUZEIRO


ATLÉTICO
Victor; Marcos Rocha, Gilberto Silva, Réver e Richarlyson; Pierre (Josué, aos 13 do 2ºT), Leandro Donizete (Rosinei, aos 43 do 2ºT), Ronaldinho Gaúcho, Diego Tardelli e Bernard (Luan, aos 40' do 2ºT); Jô
Técnico: Cuca

CRUZEIRO
Fábio; Ceará, Leo, Bruno Rodrigo e Everton (Egídio, no intervalo); Leandro Guerreiro, Nilton, Everton Ribeiro (Ricardo Goulart, no intervalo) e Diego Souza; Dagoberto (Paulão, aos 11 do 2ºT) e Borges
Técnico: Marcelo Oliveira

Motivo: Jogo de ida da final do Campeonato Mineiro
Local: Estádio Independência, Belo Horizonte
Data: Domingo, 12 de maio, às 16h

Gols: Jô, aos 14 minutos do primeiro tempo; Diego Tardelli, aos 27' e Marcos Rocha, aos 33 minutos do segundo tempo

Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (Asp. Fifa-SP)
Auxiliares: Alessandro Rocha Matos (Fifa-BA) e Fábio Pereira (Fifa-TO)

Cartões amarelos

Atlético: Gilberto Silva, aos 28', Réver, aos 40' e Pierre, aos 42' do 1ºT;

Cruzeiro: Everton Ribeiro, aos 34', Bruno Rodrigo, aos 38', Éverton, aos 41' e Dagoberto, aos 42' do 1ºT; Ceará, aos 6', Bruno Rodrigo aos 8', Diego Souza, aos 44' do 2ºT

Cartão vermelho

Cruzeiro: Bruno Rodrigo, aos 8 do 2ºT (pelo segundo amarelo)

Público: 19.442
Renda:
 R$ 704.210,00
Comentário:
O Atlético passeou em campo. Só não fez 5 ou 6 gols devido às grandes defesas do goleiro Fábio. A rigor, somente ele e Leandro Guerreiro jogaram  no Cruzeiro. Durante todo o jogo, o Cruzeiro chutou um bola a gol, que o goleiro Victor defendeu, além de uma bola na trave do Diego Sousa. Nada mais.
O Atlético mostrou porque é o melhor time de futebol brasileiro na atual temporada. Jogando no Estádio Independência tem sido imbatível. Já são 48 partidas invictas. A torcida do Galo cantou o seu refrão: "Caiu no Horto, tá morto". Horto é o bairro de Belo Horizonte, onde se localiza o Estádio do Atlético. 
O Atlético jogou por música e poderia ter realizado uma goleada histórica, devolvendo os 6 x 1 que o Cruzeiro lhe aplicou, em 04.12.2011, pelo Campeonato Brasileiro.
O jogo teve 19.442 torcedores, sendo 90% do Atlético. O segundo jogo será dia 19.05, domingo, no Mineirão. Serão colocados 60 mil ingressos para serem vendidos, sendo 54 mil para cruzeirenses e apenas 6 mil para atleticanos.
Se o Cruzeiro jogar como vinha fazendo durante todo o campeonato será uma das melhores partidas entre os dois principais times de Minas Gerais.    
Os atleticanos confiam em seu time, mas colocam a barba de molho quando lembram de duas goleadas do Cruzeiro sobre o Atlético por 5 x 0, em 2008 e 2009, além da de 6 x 1, em 2011, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. 

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