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domingo, 17 de novembro de 2019

Plantio de eucalipto é denunciado como destruidor do meio ambiente e sumiço da água

Vale do Jequitinhonha denuncia abusos da monocultura do eucalipto

Moradores e pequenos agricultores apontam destruição ambiental e escassez de água para a população.

Foto: Clarissa BarçanteVale do Jequitinhonha denuncia abusos da monocultura do eucalipto
egundo participantes, a ocupação da área pelas madeireiras, carvoarias e outras empresas ligadas à monocultura do eucalipto, afetou a vida e a cultura da populaç&
Destruição de rios e nascentes, contaminação das águas por agrotóxicos, restrição da população no acesso à água, construção de barragens clandestinas e poluição do ar pela ação das carvoarias foram algumas das denúncias apresentadas nesta quinta-feira (14/11/19), por pequenos agricultores e moradores do Vale do Jequitinhonha, em audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).


Convocada a requerimento da deputada Beatriz Cerqueira (PT), a reunião teve por objetivo debater as violações de direitos humanos da população atingida pela monocultura do eucalipto na região, bem como os conflitos socioambientais e impactos negativos do plantio do eucalipto no semiárido mineiro.

Area de plantio de eucalipto atinge principalmene municípios como Turmalina, Capelinha, Minas Novas e Itamarandiba.
Área de plantio de eucalipto atinge principalmente municípios como Carbonita, Capelinha,  Itamarandiba, Minas Novas e Turmalina.

Segundo a maioria dos participantes, a ocupação da área pelas madeireiras, carvoarias e outras empresas ligadas à monocultura do eucalipto, a partir dos anos 1970, impactou negativamente o meio ambiente e afetou a vida e a cultura da população de diversos municípios da região, com consequências desastrosas  inclusive para a saúde dos moradores, que sofrem com doenças respiratórias, intestinais, de pele, entre outros males.

Os relatos apontam ainda para uma “fiscalização ambiental ineficiente, quando não conivente”, como denunciou Felipe Soares Ribeiro, do MAB, o Movimento dos Atingidos por Barragens.

Segundo ele, com a seca de mananciais, como o rio Setubal, afluente do Jequitinhonha, 144 municípios da região já decretaram estado de calamidade hídrica nos últimos anos. Diante dos impactos socioambientais, ele pediu uma “ação mais assertiva e fiscalização mais eficaz do Ministério Público e órgãos ambientais”.

João Darques Rodrigues, morador de Vargem do Setúbal, fez coro às denúncias, apontando “o descaso da Aperan (antiga Acesita) na captação de água de forma desordenada, com a construção de barragens clandestinas e desmatamento”. “Acredito que as licenças concedidas são de caráter duvidoso”, disse.

Com um emocionado depoimento em que relatou a vida de dificuldades do homem do campo, demonstrando seu amor à terra, o pequeno agricultor Geraldo Moreira, de Itamarandiba, reforçou as denúncias e pediu fiscalização mais rigorosa.

Geraldo Moreira, pequeno agricultor de Itamarandiba fez apelo emocionante.
Geraldo Moreira, pequeno agricultor de Itamarandiba, fez apelo emocionante.

ONG denuncia privatização das águas

Segundo Alan Oliveira dos Santos, técnico do Centro de Agricultura Alternativa de Turmalina, organização não governamental que há 25 anos oferece apoio aos pequenos agricultores da região, as denúncias apresentadas não representam nem 3% das violações de direitos provocadas pela instalação das grandes empresas na região.

“A monocultura do eucalipto ocupa hoje 80% da chapada, antes rica em veredas”, denunciou, afirmando que está em curso um claro processo de privatização das águas. “Turmalina já teve mais de 450 nascentes; 90% secaram”, lamentou.

Ele atribui o fato à ação de empresas como a Aperan e a Arcelor, que exploram eucalipto, cultura não nativa, que exige grande quantidade de água para irrigação. A situação se agrava com a ação das carvoarias, cujo resfriamento se faz também pela utilização de água em grande escala.

Grandes plantações de eucalipto no Vale do Jequitinhonha, começaram na década de 1970
Grandes plantações de eucalipto no Vale do Jequitinhonha, começaram na década de 1970


Empresas se defendem e apontam benefícios

Daniel Alexander Fernandes Coelho, gerente-executivo da Aperam, e Adriana Maugeri, da Associação Mineira da Indústria Florestal (Amif) defenderam as empresas, alegando que elas geram emprego e riqueza para a região.

Segundo Daniel, a Aperan é responsável por mais de 6.500 empregos diretos e indiretos, movimentando R$ 50 milhões em salários/ano e injetando na economia local mais de R$ 90 milhões de reais/ano.

Ele negou todas as irregularidades e atribuiu a escassez de água e a extinção dos mananciais à “crise hídrica mais severa dos últimos 45 anos”.

Adriana Maugeri ressaltou que a produção de madeira é considerada uma “cultura necessária, limpa e renovável”. Pediu, ainda, que as pessoas reúnam provas e apresentem dados para embasar as denúncias. Ela disse que a conservação do solo e das águas é um interesse de todos e lamentou o que chamou de “demonização da cultura do eucalipto”.

O prefeito de Carbonita, Nivaldo Moraes Santana (Nico Moraes) também defendeu as empresas e disse que a crise hídrica é mundial
.
Deputados se manifestam contra e a favor

A autora do requerimento para a audiência, deputada Beatriz Cerqueira (PT), lamentou que algumas atividades econômicas promovam “destruição do meio ambiente e interferência no modo de vida das comunidades”. Na sua opinião, a agricultura familiar e outras atividades econômicas podem substituir os empreendimentos que degradam o meio ambiente e impactam socialmente.

Natural do Jequitinhonha, seu colega de partido, o deputado Doutor Jean Freire, também condenou a ação das empresas. Ex-prefeito de Carbonita, o deputado Marquinhos Lemos, da mesma legenda, lamentou que 72% da mata nativa do município tenham sido tomados pelo cultivo de eucalipto, secando rios como o Curralinho e o Soledade. Fizeram coro com eles o deputado estadual Virgílio Guimarães e o deputado federal Rogério Correia, ambos do PT.

Contraponto 
Deputados Newton Cardoso Júnior, Coronel Sandro e Gustavo Valadares defenderam as empresas de reflorestamento.
Deputados Newton Cardoso Júnior, Coronel Sandro e Gustavo Valadares defenderam as empresas de reflorestamento.
Já o líder do governo, deputado Gustavo Valadares (PSDB), disse que se sentia confortável ao defender as empresas, alegando que acompanha de perto o trabalho desenvolvido por elas e sabe “de sua seriedade”.

O deputado Coronel Sandro (PSL), que presidiu a reunião, defendeu a importância da monocultura do eucalipto no Jequitinhonha devido à geração de empregos e à movimentação da economia local. Destacou também que a escassez de água é influenciada pelas mudanças climáticas.

O mesmo argumento foi usado pelo deputado federal Newton Cardoso Júnior (MDB), para quem as plantações de eucalipto geram empregos e contribuem para o desenvolvimento.

A comissão aprovou vários requerimentos com pedidos de providências aos órgãos públicos.

Consulte resultado da reunião.
Fonte: site da ALMG

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Turmalina promove evento nacional sobre eucalipto

Cultura de eucalipto movimenta milhões de reais na região do Vale do Jequitinhonha

Nos dias 28 e 29 de agosto, a cidade de Turmalina, no Alto Jequitinhonha,
nordeste de Minas, vai sediar o 3º Seminário Nacional “Manejo de Eucalipto 
Para a Indústria” e a Feira de Produtos Industriais do Vale do Jequitinhonha. 

Os dois eventos são direcionados aos empresários e profissionais do setor 
de eucalipto, possibilitando ampliar os conhecimentos através de palestras 
com técnicos e especialistas em manejo, sustentabilidade, regularização 
ambiental, economia, negócios e soluções para as indústrias moveleira, 
alimentícia, farmacêutica, metalúrgica, vestuário e construção civil. 

As inscrições para os dois eventos em Turmalina estão abertas e podem 
ser feitas através do site: www.seminarioeucalipto.com.br. 

Mais informações no SESI/SENAI de Turmalina pelos fones: (38) 3527.1422
e 3527.1677. 
POR: ALDAIR GOMES/ARANÃS FM

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Itamarandiba: produção independente de madeira cresce

Cidade recebe novos investimentos no setor madeireiro
Diário do JequiO município, que já se consolidou como um dos principais pólos da silvicultura brasileira, segue, agora, a receber novos investimentos na produção independente de madeira com a implantação de nova unidade de tratamento de madeira para aplicações múltiplas na construção civil e construções rurais.

Itamarandiba, no Alto Jequitinhonha, nordeste de Minas, que dispõe de ampla base florestal formada desde a década de 1970,, alcança agora outro estágio em seu setor florestal, dado o incremento e horizontalização da produção independente de florestas pelos produtores rurais e a profissionalização da atividade com a aplicação de novas tecnologias e consultoria ambiental, fundamentais para a operacionalização e comecialização dos subprodutos do eucalipto..

A  destinação da produção,, até então, se destinava especialmente para a produção de bioredutor de energia (carvão vegetal) por grandes empresas instaladas no munícipio, 

A nova unidade instalada vislumbra e credita na capacidade de resposta aos investimentos realizados que reúnem as condições necessárias ao desempenho da atividade. Isto tem atraído a atenção de diferentes agentes econômicos ao município, comenta com entusiasmo Robson Leal, dono do empreendimento Madereira Cascatinha. Ele aponta, ainda, a criação de novos empregos que contribuirão para o crescimento formal  na geração de empregos pelo setor na cidade.


Instalação de equipamentos na Madereira Cascatinha, em Itamarandiba


A crescente atividade florestal em Itamarandiba tem colocado o município como objeto especial para a pesquisa científica não apenas no âmbito da engenharia e da biologia, mas também quanto ao impacto da atividade na economia e nos índices de desenvolvimento humano. 

De acordo com o anuário estatístico 2011 da ABRAF (Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas), dentre os municípios de diferentes Estados analisados e que possuem relevante impacto da atividade florestal em suas economias, Itamarandiba apresentou a maior variação na elevação do índice da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, o índice FIRJAN,- indicador semelhante ao IDH -, destacando a elevação no item renda (17,8%) e emprego (50,4%), tendo como base o ano de 2007. 

O índice tem periodicidade anual e é divulgado a cada três anos,. Os resultados observados para a cidade são bem mais animadores do que os dados do IDH, do ano de 2000.

A expectativa é que a produção e comercialização de madeira beneficiada em Itamarandiba seja alavancada ainda mais pela demanda crescente da construção civil aquecida, no país, em função dos grandes eventos desportivos que sediará em 2014 e 2016. Somado isso, há a eficiência logística das empresas em disponibilizar sua produção no mercado.

No entanto, apesar da ampla disponibilidade de madeira e o potencial de sua base florestal, é evidente a passividade do Poder Público em somar esforços ao incentivo, de forma sustentável, do uso da madeira no próprio município. Há uma inércia no desenvolvimento de projetos que busquem a aplicabilidade da madeira em obras públicas. Por  exemplo, a utilização de madeira em praças e construções públicas que evidenciem, ainda mais, a identidade municipal ligada ao setor agroflorestal e a valorização da produção local.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Turmalina sedia 2° Seminário Nacional Manejo de Eucalipto para a Indústria

O Vale do Jequitinhonha com a maior floresta artificial do mundo terá este potencial industrial debatido
O evento acontece entre os dias 29 e 31 de agosto no Centro Administrativo, em Turmalina


A cidade de Turmalina, no Alto Jequitinhonha, nordeste de Minas Gerais, vai sediar entre os dias 29 e 31 de agosto, o o 2° Seminário Nacional Manejo de Eucalipto para a Indústria. 

O evento é promovido pelo Sebrae/MS e FIEMG - Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, e tem o objetivo de trazer soluções de fornecimento de matéria prima para as indústrias moveleira, alimentícia, farmacêutica, metalúrgica, vestuário e construção civil.

Na programação estão previstas palestras com abordagens diferenciadas. Uma delas apresenta o eucalipto como matéria-prima para a viscose. O grupo indiano Aditya Birla, responsável pela palestra, é o maior fabricante em fibra de viscose do mundo. Com unidades espalhadas por diversos países, sua principal marca - Birla Viscose é 100% produzida a partir de celulose.

José de Castro, professor da Universidade Federal de Viçosa, falará sobre os problemas e oportunidades da madeira de eucalipto. Castro é especialista em múltiplo uso da madeira e aborda, em suas palestras, as diversas aplicações do eucalipto.
O Seminário pretende debater os multiusos da madeira do eucalipto, como a confecção de móveis

O folder de divulgação do evento registra que "o Vale do Jequitinhonha possui a maior floresta de eucalipto artificial  do mundo. Aproveitar esse potencial é a proposta do Seminário.

Atualmente, a madeira produzida na região é pouco aproveitada na indústria em geral. É preciso estimular a nossa visão empreendedora com ações de planejamento e gestão participativa, promovendo competitividade para as empresas da região. 

Discutir questões como regularização ambiental, sustentabilidade,economia, operacionalização, qualificação de profissionais e produtores é fundamental para implantarmos aqui inovações técnicas e tecnológicas vinculadas à plantação, manejo, produção e destinação do manejo do eucalipto.

Nosso principal objetivo é buscar maior competitividade para as empresas da região e promover a geração de emprego e renda.  

Público-Alvo
Empresários e gestores das indústrias Moveleira, Alimenticia, Farmacêutica, Metalúrgica, Vestuário e Construção Civil, representantes dos Estados produtores.

2ª Mostra de Produtos Industriais do Vale do Jequitinhonha
Expositores nas áreas de madeira, bioenergia, agrosilício, ferramentas elétricas (motoserra, pulverizadores, motobombas, café, metálica, movelaria, mel, essências e artesanato.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Região do Jequitinhonha, Mucuri e norte de Minas terá mais 30 mil hectares de eucalipto


Silvicultura vai plantar mais 30 mil hectares de eucalipto

Em 2012, investimentos no setor alcançarão R$ 180 milhões, através do Banco do Nordeste do Brasil

Termo de Cooperação Técnica firmado em janeiro entre o Governo de Minas e o Banco do Nordeste, através do qual serão investidos R$ 1,55 bilhão na implementação do Plano Agrícola 2012/2015 voltado para a região dos Vales do Jequitinhonha, do Mucuri e o Norte de Minas, poderá viabilizar já neste ano o plantio de 30 mil hectares de florestas renováveis na região do semiárido. 
Os investimentos previstos pela Associação Mineira de Silvicultura (AMS) são da ordem de R$ 180 milhões, com cada hectare plantado custando, em média, R$ 6 mil.

O diretor superintendente da AMS, Antônio Tarcizo de Andrade e Silva destaca que o fortalecimento da parceria entre o Banco do Nordeste e o Governo de Minas abre perspectiva promissora para o incremento da silvicultura em Minas Gerais, com geração de emprego e renda, inclusive, para o segmento da agricultura familiar.
“O Banco do Nordeste é um grande parceiro no incremento da silvicultura em Minas Gerais, especialmente nas regiões do Norte e vales do Jequitinhonha e Mucuri. A disponibilização de recursos para o incremento da produção agropecuária da região, especialmente para a silvicultura, cria expectativas favoráveis para o desenvolvimento com o aproveitamento de uma atividade que atualmente gera cerca de oito mil empregos diretos e outros 18 mil postos de trabalho indiretos”,  destaca Andrade.
Além do plantio de novas áreas de florestas renováveis por parte de grupos empresariais que objetivam atender a demanda de empresas do segmento de ferro gusa, no ano passado a Associação Mineira de Silvicultura firmou parceria com o escritório da Emater de Januária através da qual foram distribuídas mais de 42 mil mudas de árvores para pequenos produtores rurais. As mudas estão sendo utilizadas no reflorestamento de áreas nos municípios de Ibiracatu, Itacarambi, Chapada Gaúcha, Manga, Miravânia, Lontra e Japonvar. Do total de mudas disponibilizadas, mais de duas mil foram destinadas à ampliação do Programa de Integração Lavoura, Pecuária, Florestas (ILPF).
Em janeiro,a AMS ampliou parceria firmada com a Emater com o repasse de mais 200 mil mudas para cerca de 30 mil agricultores do Norte de Minas. O objetivo é possibilitar a famílias de pequenos produtores rurais nova alternativa para geração de renda, com a venda de madeira e a diminuição de custos da pecuária leiteira, através do ILPF.
Incentivos
Durante o lançamento do Plano Agrícola de Minas Gerais, em janeiro, o  governador Antonio Anastasia afirmou que a região tem toda confiança e crédito de que conseguirá responder de forma positiva ao apoio que vem recebendo do Governo do Estado para que consiga superar as desigualdades sociais e econômicas ainda existentes.“Toda semente ali plantada frutifica e, por esse motivo, não temos dúvidas de que a região se constitui na nova fronteira de desenvolvimento de Minas Gerais”, assinalou o governador.
Por sua vez o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Roberto Simões disse, no mesmo evento, que ainiciativa do Governo de Minas em fortalecer atuação com o Banco do Nordeste tem condições de acelerar o desenvolvimento dos vales do Jequitinhonha, Mucuri e Norte de Minas. 
“A região tem muitas potencialidades, mas a superação das desigualdades econômicas e sociais só será viabilizada através de investimentos. O apoio à produção agropecuária é um importante segmento a ser explorado, dentro da meta de se procurar igualar o desenvolvimento do Grande Norte às demais regiões do Estado”, afirmou.
Já o secretário de Estado de Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e do Norte de Minas, Gil Pereira, comentou a importância da relação estabelecida entre o Governo de Minas e o Banco do Nordeste do Brasil (BNB): 
"O investimento em silvicultura previsto pelo Banco para o período 2012/2015 é muito significativo para a região, que vive momento positivo em que são absolutamente estratégicas as parcerias financeiras. Neste caso, a geração de empregos é um dos pontos mais relevantes a serem destacados".
 BNB prevê aporte de R$ 250 milhões até 2015
Para o período de 2012/2015, a Superintendência do Banco do Nordeste em Minas Gerais tem previsão de investir R$ 250 milhões na expansão da silvicultura na região do Grande Norte. A instituição iniciou o ano com uma demanda de R$ 18 milhões para o plantio de 5,5 mil hectares de florestas na região do semiárido. Para 2012 a projeção de aportes do Banco para a silvicultura é da ordem de R$ 50 milhões.
No ano passado o BNB liberou mais de R$ 47,4 milhões de financiamentos para o plantio de uma área superior a 24,1 mil hectares de florestas renováveis em Minas. Os municípios onde o BNB possui agências que disponibilizaram maior volume de recursos para a cadeia produtiva da silvicultura foram Capelinha, Salinas, Pirapora, Januária, Montes Claros e Brasília de Minas. Nestas regiões a extensão das áreas plantadas variou de 7,3 mil a 1,3 mil hectares.
O superintendente do BNB em Minas Gerais, José Mendes Batista avalia que “as parcerias firmadas pela instituição com o Governo de Minas tem alcançado resultados positivos visto que, pela primeira vez, em 2011, o Banco conseguiu bater o recorde na liberação de financiamentos no Estado, totalizando quase R$ 1 bilhão. Só através do Fundo Constitucional do Nordeste (FNE) o total de financiamentos liberados em 2011 chegou a R$ 500 milhões”.
Plano Agrícola
O Plano Agrícola 2012/2015 da região do Grande Norte se destina ao custeio, investimento e comercialização das atividades agropecuárias, entre elas a bovinocultura de leite e corte, fruticultura, produção de cachaça e silvicultura. O montante de financiamento será distribuído num prazo de quatro anos sendo, R$ 300 milhões a serem aplicados em 2011 e R$ 350 milhões em 2013. Para 2014 a previsão é de que sejam disponibilizados R$ 400 milhões, montante que aumentará para R$ 500 milhões em 2015.
No mínimo 50% dos recursos serão destinados ao financiamento de mini e pequenos produtores rurais, incluindo a agricultura familiar por meio do Plano Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). No máximo, 20% dos recursos serão destinados ao financiamento de grandes produtores rurais.
Para a agricultura familiar o prazo para pagamento dos financiamentos poderá chegar a até dez anos, incluindo cinco anos de carência. A taxa de juros vai variar entre 1% e 5% ao ano, com bônus de 25% para parcelas pagas pontualmente.
Os agricultores do segmento de médios e grandes produtores rurais, que não fazem parte do Pronaf, poderão pagar os financiamentos num de até 12 anos, incluindo quatro anos de carência. As atividades de reflorestamento têm prazo diferenciado, podendo chegar a 16 anos, já contemplados sete anos de carência. Os juros variam de 5% a 8,5% ao ano, com bônus de 25% para parcelas pagas pontualmente.
Agência Minas

domingo, 9 de outubro de 2011

Itamarandiba promove I Seminário de Silvicultura
Pedro Afonso
A cidade de Itamarandiba promove, nos dias 27 e 28 de outubro, seu I Seminário de Silvicultura "Discutindo a Silvicultura Dentro da Nossa Realidade".



O evento é uma realização da UFVJM, APERAM - antiga Arcelor Mittal- SADA BIO ENERGIA, CAPIVARI MADEIRAS e tem o apoio da Associação Comercial ACIAI/CDL.

A cidade, localizada no Alto Jequitinhonha, nordeste de Minas, é um dos principais pólos de silvicultura no país.



As florestas artificiais de eucalipto no município começaram a ser plantadas ainda na década de 1970. Hoje na produção local de mudas, manejo florestal, produção de bioredutor de energia (carvão vegetal) e no processamento de madeira é empregada tecnologia de ponta que alavanca ainda mais o setor e a forte vocação de base florestal do município.

De acordo com o IBGE, o município é o 2º maior produtor de bioredutor de energia no país e o principal produtor de mel de Minas Gerais, sendo a produção de mudas, de acordo com o IMA - Instituto Mineiro de Agropecuária, superior a 30 milhões/ano.



A expectativa da população é que o Seminário também problematize a questão: de um lado um pólo de silvicultura e de outro a ausência de instituição de ensino, público e gratuito, ligada a atividade agrosilvopastoril, fundamental para a sustentabilidade multidimensional.

As vagas são limitadas e para maiores informações:
http://www.aciaicdl.com.br/

ou pelos telefones 38 3521-1190 ou 38 3521 -1474.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Emater de Almenara estimula plantio de seringueira e eucalipto

Emater de Almenara estimula plantio de seringueira e eucalipto
Ivo Pera Eboli/Emater MG

Plantio consorciado de seringueira é uma alternativa econômica, segundo EMATER-MG

Uma nova opção de renda com o plantio de eucalipto e seringueira. É o que a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) estão propondo para os agricultores do Vale do Jequitinhonha.


Em médio prazo, a atividade se mostra rentável com a venda de madeira e borracha.

A proposta é oferecer uma alternativa não concorrente e que ainda fortaleça a pecuária de corte, principal atividade na região. “A idéia é que o produtor não fique dependente de uma única fonte de renda”, esclarece o coordenador de culturas da unidade regional da Emater-MG, em Almenara, Oswaldo Rezende.

Segundo Rezende, o eucalipto e a seringueira podem ser consorciados com outras culturas. A orientação da Emater-MG é que o eucalipto seja cultivado no sistema silvopastoril, ou seja, a integração da pecuária e floresta numa mesma área. E para a seringueira, a proposta é que seja plantada em consórcio com a lavoura de cacau ou café.

Consórcio de culturas
Na região de Almenara, existem cerca de 70 pequenos produtores de cacau. “Como o cacau precisa de sombreamento, a seringueira passa a ser a melhor opção, pois, em consórcio, as duas explorações maximizam o lucro do produtor”, explica Rezende.

O manejo das culturas é simples. No caso da seringueira, por exemplo, basta capinas e adubação de reposição. Apenas a “sangria” para se obter o látex requer treinamento. Nem toda a região de Almenara tem clima favorável ao plantio da seringueira. No entanto, os municípios limítrofes com a Bahia possuem condições favoráveis ao seu plantio. São 10 municípios com clima favorável ao desenvolvimento da seringueira.

Em média, as seringueiras se tornam produtivas a partir do 7º ano. Já as árvores de eucalipto podem ser comercializadas a partir do 5º ano para a produção de carvão ou a partir do 13º se forem destinadas ao mercado moveleiro.

“A demanda mundial por madeira, derivados da madeira, carvão e indústria moveleira é crescente. A Legislação Ambiental é cada vez mais restritiva à exploração de mata nativa. Desta forma, a única alternativa para suprir a demanda é através de florestas plantadas. Nesse caso o eucalipto é o campeão em produtividade, adaptabilidade climática e versatilidade de uso”, afirma Rezende.

Oswaldo Rezende diz que o trabalho ainda está em sua fase inicial. “Por enquanto nós estamos colocando à disposição dos produtores as melhores informações através de seminários e visitas técnicas para subsidiar suas decisões. Acreditamos que muitos abraçarão a ideia e investirão na silvicultura”, afirma.

Seminário
No mês de outubro, a Emater-MG em parceria com Sebrae, Associação Mineira de Silvicultura, Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), Banco do Brasil, Banco do Nordeste e com o apoio da Michelin, organizou o “Seminário sobre Florestas Plantadas”.


Foram abordados os temas: o eucalipto como opção de renda; integração pecuária e floresta; viabilidade econômica da seringueira para o Vale do Jequitinhonha; e consórcios com seringueira.

O evento teve como objetivo repassar informações sobre inovação, tecnologia e mercado. O seminário teve a participação de 700 pessoas de 25 municípios.

Outras ações estão previstas para a mobilização dos produtores. No dia 30 de novembro será realizada uma missão técnica na Ceplac, no estado da Bahia.

Quarenta produtores do município de Bandeira irão conhecer o consórcio entre seringueira e cacau.

Para fevereiro de 2011, está prevista mais uma missão técnica com produtores do município de Mata Verde.
O objetivo é demonstrar o consórcio café/seringueira. “A nossa idéia é promover mais encontros com os produtores para informá-los sobre a atividade para que eles possam tomar a melhor decisão”, diz Rezende.

Com informações da EMATER e Agência Minas

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Almenara: Seminário sobre silvicultura

Seminário de Florestas Plantadas e informações sobre investimentos em silvicultura
O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE-MG, em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais - EMATER-MG, estão realizando hoje (21 de Outubro, quinta-feira), no SESC/LACES de Almenara/MG, o Seminário de Florestas Plantadas, com temas focados em eucaliptos e seringueiras e voltado a aspectos relevantes da potencialidade econômica do Vale do Jequitinhonha e do município de Mucuri (sul da Bahia, na divisa com Minas Gerais e Espírito Santo), regiões atendidas pelo Projeto Caminhos para o Desenvolvimento e Territórios da Cidadania, que atende 445 municípios da região.
O clima e o solo adequados fazem do vale do Jequitinhonha e do Mucuri uma verdadeira mina de ouro para novos investidores em silvicultura.

O seminário proporcionará o repasse de informações sobre inovação, tecnologia e mercado do segmento, incentivando potenciais investidores ávidos por informações e novas oportunidades de negócio atrelados a preocupações ambientais, crédito de carbono e protocolo de Kyoto.

O SEBRAE e a EMATER/MG estarão à frente, participando do grande processo de transformação econômica de uma região carente de investimentos. Participam do evento os superintendentes do Banco do Brasil (Tércio Luiz Tavares Pascoal) e do BNB (José Mendes Batista), o gerente Regional da Emater (Geraldo Ricardo Neri Pinto), o gerente da Macro Região Norte do Sebrae Minas (Cláudio Luiz de Souza Oliveira) e palestrantes especialistas do Brasil e do exterior.

A primeira palestra do seminário foi ministrada pelo Engenheiro Florestal da Siviminas, Sr. Dárcio Calais, que falou sobre "O Eucalipto como Opção de Renda".

Luciano Lages Magalhães, Engenheiro Florestal do Grupo Votorantim procedeu a segunda palestra ministrando sobre a "Integração Pecuária e Floresta".

Após o Almoço a terceira palestra sobre "Viabilidade Econômica da Seringueira para o Vale do Jequitinhonha" foi ministrada por Emilly Freitas, Engenheira Agrônoma da Michelin. E a palestra sobre " Consórcios com Seringueira" ministrada por Adonias de Castro Virgens Filho, Engenheiro Agrônomo e Doutor em Fitotecnia da CEPLAC.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Itamarandiba, capital brasileira do eucalipto

Itamarandiba, capital brasileira do eucalipto Itamarandiba, o município de 34 mil habitantes, no Alto Jequitinhonha, se consolida como a Capital Brasileira do Eucalipto.
O município que desde a década de 1970 se viu transformar num verdadeiro mar verde, agora pode se orgulhar de ser o berço de uma das maiores florestas artificiais do país.
Além das extensas aréas ocupadas pela eucaliptocultura, por grandes empresas do setor e na quase totalidade das pequenas propriedades rurais do município.
Itamarandiba também é uma das maiores produtoras de mudas de eucalipto, empregando tecnologia de ponta em seus viveiros clonais, que alimentam os principais plantios em Minas Gerais, estado que lidera a sivilcultura no país. Com forte vocação florestal, o município também não poderia deixar de figurar entre os principais municípios brasileiros produtores de carvão vegetal(bioredutor de energia) e madeira a partir da silvicultura e ainda, ser o maior produtor de mel do Estado de Minas Gerais.
Todo o seu dinamismo na atividade florestal soma-se para fazer de Itamarandiba, um atrativo a novos investimentos.
Outras Informações e para adquirir o material da divulgação contate a ACIAI/CDL: aciai@uai.com.br ou pelos telefones (38) 3521-1474 e (38) 3521-1190

Este texto faz parte de uma campanha de organizações empresariais de Itamarandiba.

Fonte: Blog Itamigos, amigos de Itamarandiba