quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Queixada da gente

Saula Matias


Lugar querido, nunca esquecido

Por quem o vê, com olho amigo.

A fome, a sede, deste lugar

Um certo dia, vai acabar.

Gente bonita, pouco sadia

Reparte sempre, sua fatia.

Lugar sereno, e encantador

Filhos moleques, vão ser doutor

Tem muita briga neste lugar

Mas no aperto, querem ajudar

Gosta de festa, o Queixadense

Reúnem sempre, os filhos ausentes

A meninada, que estuda fora

Pega o diploma, e vem embora

Os que ficam por vaidade

Sempre nas férias, matam a saudade

Os pobrezinhos, que aqui estão

Sempre em férias, não dormem não

E quem visita, nosso lugar

Qualquer folguinha, aqui está

Pergunto sempre, a mim mesma

O que acharam desta pobreza.

E a resposta, logo vem

De porta em porta se trata bem.

Farra a noite, tarde levanta

Qualquer lugar, almoça e janta.

Queixada amiga, nos viu nascer

Nos ensinou a lhe querer.

Muita preguiça, nesta cidade

As flores nascem, por espontaneidade.

O povo aqui não tem estudo

Mas sempre está por dentro de tudo.

Não tem maldade, neste cantinho

Ouvem notícias, pela radinho.

Nem jornal, que trás pavor

Nós só queremos Paz e Amor.

Isto não sai da minha mente.

Queixada foi e será da Gente!

Quero deixar claro que minha mãe fez este comentário sobre sua a sua terra natal, quando cursava a 8ª série, quando pediram para descrever sobre sua cidade.
Naquele tempo queixada não tinha TV. “Não tem TV neste cantinho, ouvem notícias pelo radinho, nem jornal que traz pavor, nós so queremos paz e amor.”

Queixada é um distrito de Novo Cruzeiro, no Médio Jequitinhonha, e antiga estação da Estrada de Ferro Bahia-Minas. Meus amigos José Alcedino, da Vigilância Sanitária de Berilo, e Alcides Guedes, o Pida, do Fórum de Minas Novas, são nativos de lá. É um local que ainda possui muita mata nativa, animais, pássaros e árvores raras. O pássaro Trinca-ferro, na foto acima, ainda se vê por lá.
E também muita gente rara...
As pessoas de lá são o que a Paula, poeticamente, descreveu.

Enfermeira analisa serviços de saúde do Vale

Enfermeira do Jequitinhonha analisa serviços de saúde do Vale
Itinga , Médio Jequitinhonha
Representante do Conselho Regional de Enfermagem- COREN-MG em Itinga-MG há mais de vinte anos, a enfermeira Marília Henenina Gusmão Dutra tem 32 anos de profissão. Nascida no município onde representa o Conselho, ela conta como é o trabalho desenvolvido em Itinga e descreve as especificidades da Enfermagem na região. Hoje aposentada, Marília Dutra pretende continuar ligada à profissão, mesmo que seja desenvolvendo ações voluntárias.
Desde quando a senhora é Representante do COREN-MG?
Marília Dutra - Comecei a representar o COREN-MG, em Itinga, em fevereiro de 1988. Antes disso, eu era delegada do Conselho. Como delegada, tinha praticamente as mesmas funções.
Qual é a sua formação?
Marília Dutra - Fiz o curso de Enfermagem na Universidade Federal de Minas Gerais. Depois, fiz habilitação em Saúde Pública. Em 1986, fiz um concurso em Itinga e fui trabalhar no centro de saúde pelo Estado. Já participei de muitos seminários. Fiz curso de capacitação no Programa de Saúde da Família (PSF) em Diamantina depois que me aposentei. Fui enfermeira do PSF em Itinga por dois anos.

Como foi escolhida para representar o Conselho em Itinga?
Marília Dutra - Como já trabalhava na região, sugeriram que me tornasse Representante.
Fui bem acolhida porque tenho muito contato com a comunidade de Itinga.
Qual é o número de habitantes de Itinga e como é a estrutura do setor de saúde para
atender a população?
Marília Dutra - Atualmente, são 14.595 habitantes. Há um hospital que atende casos menos graves (soro e observação). Os casos mais graves, que requerem atenção mais especial, são encaminhados para outras localidades, como Itaobim, Araçuaí e Teófilo Otoni. Há também uma unidade móvel, na qual o médico atende na zona rural.
Os atendimentos são agendados e um profissional de Enfermagem acompanha o médico.
Como Itinga é dividida ao meio pelo Rio Jequitinhonha, o centro de saúde ficava em um nível mais baixo e foi inundado duas vezes. E eu estava lá, tentando salvar o material do centro de saúde.
Há uns cinco anos, foi construída uma ponte para atravessarmos o rio. Antes, atravessávamos em um barco de madeira com remo. Quando trabalhei no PSF, atravessava o rio umas quatro vezes ao dia dessa maneira. Há um centro de saúde sede, que vai ser unidade básica. Haverá atendimento médico e vacinação, atendimento à mulher e à criança. E outra unidade básica no bairro Porto Alegre (do outro lado do rio) e um Posto de Saúde no Taquaral, distrito de Itinga, a 14 km.
No total, há seis enfermeiros e 19 técnicos ou auxiliares de Enfermagem. O número de enfermeiros está até razoável, mas o dos outros profissionais está insuficiente.
Há também 27 agentes de saúde que trabalham com as comunidades pelo PSF. Visitam as famílias e fazem levantamento de problemas e marcação de consultas, por exemplo. Eles são orientados por enfermeiros.
Quais são as principais vantagens e diferenciais do serviço de Enfermagem na região?
Marília Dutra - Um ponto positivo é a habilitação de todos os profissionais. Eles se esforçam
para passar de auxiliar para técnico de Enfermagem, por exemplo. Apesar de técnicos
e auxiliares ganharem em torno de um salário mínimo, atendem com amor. Mas não
têm incentivo financeiro.
E quais são as dificuldades mais enfrentadas?
Como elas poderiam ser resolvidas?
Marília Dutra - Pelo que percebi, a rotatividade de profissionais, médicos e enfermeiros,
é uma das dificuldades. Quando o profissional está engajando no serviço, acaba indo
embora por ter recebido propostas mais vantajosas e há, então, uma quebra no trabalho
realizado.
A rotatividade é grande. Acham outro emprego melhor e vão embora. O salário como PSF é razoável. Da região, é até um dos mais altos, R$ 2.800,00. A rotatividade de médicos é maior. Isso complica o trabalho em equipe. Outro problema é a falta de entrosamento entre as equipes, como do hospital com a saúde pública.
Um serviço depende do outro, é continuidade do outro. Também há poucos funcionários para a demanda existente.
No hospital, apesar de a demanda não ser muita, seria importante haver enfermeiro 24 horas por dia e no fim de semana. Além dessas dificuldades, os profissionais não estão tendo capacitação e reciclagem. São poucos profissionais. É muito o serviço. Não sobra tempo para isso.
Em todos esses anos de representação, quais foram as atividades de maior destaque
até hoje?
Marília Dutra - Destaco o fato de estar sempre em contato com a comunidade de Enfermagem.
Eu sou um apoio para eles, para orientá-los quanto ao que precisarem. Como humildade é importante, quando não sei responder precisamente sobre algum assunto, consulto o COREN-MG.
O que mais marcou a senhora na profissão?
Marília Dutra - Conseguimos criar o Centro Formador de Recursos Humanos para a Saúde, que é uma extensão da Escola de Saúde Pública. Meu sonho era habilitar profissionais.
Para mim, foi muito importante em minha carreira. Fui professora e coordenadora do curso. Habilitamos profissionais que estão hoje no mercado. Ofereci para ser coordenadora técnica de graça. Em onze meses, foram habilitados 30 funcionários. A intenção era habilitar quem já trabalhava na área.
Que área da Enfermagem mais a atrai?
Marília Dutra - Saúde pública me atrai mais. A prevenção é base de tudo.
Quais são seus próximos planos profissionais?
Marília Dutra - Eu até tinha pensado em voltar à atividade. Mas prefiro dar oportunidade para quem está entrando no mercado, pois aumentou bastante o número de escolas da região. Pretendo ajudar como voluntária.
Quais são as principais características que um Representante do COREN-MG deve ter?
Marília Dutra - O mais importante é que o Representante tem que ter compromisso com a comunidade e com a profissão. É preciso trabalhar com amor e divulgar o crescimento da classe. Ainda mais no interior que é distante da sede do Conselho.
Fonte: Jornal do COREN-MG, agosto/setembro de 2.009.

Garimpeiros constroem o povoado do Taquaral

Taquaral: garimpeiros controem povoado

Descoberta de turmalina atrai milhares de famílias para o lugar


Taquaral, Itinga, no Médio Jequitinhonha
As pedras preciosas são matérias minerais sólidas e com grande densidade e pigmentação nas cores : azul, verde, rosa (rubelita) e preta. São encontradas nas profundidades das rochas ou na superfície rasa do solo, formadas a bilhões de anos atrás e usadas como jóias à milhares de anos .

A extração das pedras preciosas e outros minerais no Povoado de Taquaral/Itinga se deu ainda no início do SEC. XX, mas muito pouco explorada . Foi com a vinda da Sra. Maria Gonçalves Soares ( Maria de Amaro )e sua família por volta dos anos de 1953 que se intensificou este tipo de exploração.

Segundo depoimentos da família, a vinda pra essa região se deu com a invasão de garimpeiros em suas terras.

Formação de Taquaral
Sentido-se decepcionada com o ocorrido,vendeu as terras para uma Companhia Mineradora da época. Foi quando juntamente com seus filhos tomou uma difícil decisão de abandoná-las e ir à procura de um novo lugar para morar. Resolveu então, comprar as novas terras,que até então eram do fazendeiro Belizário Fulgêncio.

Acreditando que ali seria improvável a existência de grandes quantidades de minérios nas novas terras, tiveram uma grande surpresa pois as novas terras adquiridas eram mais ricas em minérios, podendo ser facilmente encontradas pedras preciosas em alguns lugares.
A exploração de pedras preciosas na região não era a principal atividade, pois naquela época eram ainda de baixo valor comercial, predominando a criação de animais e o cultivo da lavoura de subsistência.

Com o passar do tempo, a criação dos animais e o cultivo da lavoura foi se tornando cada vez mais difícil, principalmente com a escassez da chuva, cada vez mais agravante.

Lavra do Pirineu, famosa no mundo. Com as descobertas de novas e grandes minas , conseqüentemente a exploração de pedras preciosas se tornou a principal fonte de renda da população de Taquaral, atraindo garimpeiros e investidores dos mais diversos lugares.

Uma destas minas se tornou internacionalmente conhecida pelas boas qualidades de suas pedras produzidas, conhecida pelo nome de Lavra do Pirineu, descoberta por garimpeiros locais.

Lavras e seus nomes populares
Tradicionalmente os nomes das lavras desta região são dadas pelos próprios garimpeiros através das diversidades de cada localidade. Não é regra, mas na maioria das vezes são nomes criados pelos seus próprios descobridores. Como exemplo temos a lavra do Imbaré, nome dado por ali existir grandes árvores chamadas de Imbaré.

Da mesma forma a Lavra da Jurema , mas também temos a Lavra da Pinheira, Lavra do Maxixe, Lavra do Urubu, Lavra do Quarto, Lavra da Pitomba, Lavra do Arroz - de - Leite, Lavra da Malva, Lavra do Engano, Lavra de Dona Mariazinha, Lavra do Sr. Hidelbrando, Lavra da Marmita, Lavra do PT, Lavra do Baixão, Lavra da Cruzinha, Lavra da Caixa d'água, Lavra do Boqueirão, Lavra dos Netos, Lavra do Sr. Percílio e etc.

As fotos deste álbum são da das Lavras "Imbaré". Vamos conhecer um pouco do dia - a -dia de um garimpeiro de 57 anos que desde os 12 anos de idade dedica com prazer a lida do garimpo.

Na companhia de Eustáquio Esteves Vieira vamos conhecer um pouco mais, passo - a - passo de como se garimpa a Turmalina, esta pedra tão cobiçada.

Fonte :TELECENTRO TAQUARAL/ITINGA.



Pesquisa : Evandro B. Esteves E-mail:evandrobesteves@hotmail.com
Fotos: Jailson F. Coutinho E-mail: jailsonfotografo@yahoo.com.br
Taquaral/ItingaMG, 03 de setembro de 2006


Veja aqui o texto e fotos do garimpo em Taquaral:


Este post é dedicado à assídua internauta Érica, Terapeuta Ocupacional, nascida em Araçuaí, com parentes em Taquaral e moradora de Barueri-SP.

Volta ao Mundo de Carona

Ludovic Hubler lança livro sobre sua Volta ao Mundo de Carona
O caroneiro conheceu e vivenciou Itamarandiba
"O mundo de carona, 5 anos na escola da vida", este é o nome da obra que lança Ludovic Hubler, no próximo 16 de janeiro em Estrarburgo(França).
Do sonho à realidade, após realizar sua volta ao mundo a largo de 05 anos o jovem francês Hubler colaca suas vivências e experiências neste livro. Ludovic Hubler pecorreu o mundo de carona " a pugar", pra falar com o autor, passei o polegar para cima ao lado das estradas do mundo.
No Brasil, Ludovic Hubler esteve em Itamarandiba, onde realizou uma de suas duas missões humanitárias, em 2003.
Na cidade, Ludovic Hubler ajudou a crianças hospitalizadas e ministrou cursos para a municipalidade, além de conhecer a história de um compatriota seu, Alphonso Edmond Pavie(Dr. Afonso Pavie); tendo assim a oportunidade de vivenciar durante um período de dois meses a "vida do povo que mora no vale"

Ludovic Hubler assim apresenta sua obra: "Neste livro, você encontrará um resumo dos 5 anos que passei em todo o mundo: as razões que me levaram a sair, os meus primeiros passos hesitantes, meu veleiro experiências carona através dos oceanos Atlântico e Pacífico, e meu quebra-gelo experiência carona para chegar a Antártida.Você vai ler sobre a minha passagem em países como Colômbia, Coréia do Norte, Paquistão, Afeganistão e Irã; meu voluntariado em missão Madre Teresa em Calcutá e na zona rural brasileira(...) Em outras palavras: um resumo de uma peça inesquecível da minha vida".
Para saber mais sobre a obra e vida de Ludovic Hubler acesse seu site pessoal e obtenha outras informações. http://www.ludovichubler.com/
Fonte: http://www.itamigos.blogspot.com/

Alto Belo:maior encontro de Folias de Reis do país

Encontro de Folia de Reis de Alto Belo faz 28 anos
Concursos: roedor de pequi, maior mentiroso, ovo na colher, corrida de jegue, galinha e porco, comidas e bebidas matutas, forró pé de serra, violas e rabecas

Bocaiúva, banhada pelos rios Jequitinhonha e Jequitaí
A Festa de Folia de Reis de Alto Belo, em Bocaiúva, completa 28 anos em 2010. O idealizador, coordenador e patrono desta festa é o poeta e cantador Téo Azevedo,com o apio da Associação Folclórica São José de Alto Belo e Secretaria Municipal de Cultura de Bocaiúva.
Com uma programação diversificada, sempre mantendo uma firme resistência das tradições culturais da região às influências da grande mídia, a Festa de Folia de Reis reúne anualmente milhares de pessoas, que vêm de todo o país.
Festa de Alto Belo
Este encontro festivo recebe violeiros, cantadores e artistas populares de todos os segmentos da arte, que participam de uma programação que mistura palco e platéia em um mesmo cenário, onde os papéis se confundem tão grande é a participação dos moradores e visitantes nas atividades. Por se tratar de uma festa folclórica é dispensado o uso de qualquer tipo de instrumentos eletrônicos.
Localizado a 45 km de Montes Claros, entre os Vales do Jequitinhonha e do São Francisco, no município de Bocaiúva, Alto Belo tem esse nome por ser uma região alta e bela na nascente do rio Verde. Com população estimada em 3000 habitantes, se destaca pelo artesanato que vai da produção de alimentos, como farinha de mandioca, queijo, requeijão, doces, licor de pequi e cachaça, à confecção de instrumentos musicais, como a rabeca e viola caipira, típicas do povoado. A região ainda dispõe de uma vasta produção de frutos nativos do cerrado como umbu, manga, serigüela e pequi.
A fabricação de instrumentos de cordas pelos artesãos da região, resultou na formação de músicos – violeiros e rabequeiros – que executam seus instrumentos com uma maestria e originalidade ímpar, pois aprenderam a tocar nos instrumentos fabricados por eles próprios. O destaque fica para Sinval de Gameleira e Maribondo Chapéu, cujos trabalhos são reconhecidos nacionalmente.
Maior Festa de Folia de Reis do Brasil
A 28ª Festa de Folia de Reis de Alto Belo acontece entre os dias 15 a 17 de Janeiro de 2010.
É a maior e mais autêntica festa de folia de Reis do Brasil. A fama da festa é associada principalmente ao músico e compositor Téo Azevedo. Seu patrono vitalício é o ator, violeiro e canto Jakson Antunes, natural de Janaúba.
A importância de Téo para a cultura sertaneja do país é enorme. Ele é considerado o músico vivo com o maior número de músicas compostas, em torno de 1500 gravações. Já gravaram as suas obras artistas como Luiz Gonzaga, Sérgio Reis, Zé Ramalho, Tonico e Tinoco, Milionário e José Rico e outros tantos.
O que tem na festa:
Na sextafeira, dia 15/01: levantamento do mastro de Santos Reis Festeiro; giranda de fogos de artifício e presépio vivo; Hino Nacional tocado na rabeca; Encontro de 10 Ternos de Folia do Norte de Minas e Vale Jequitinhonha, além do encontro de solistas de viola caipira: Junior Botelho, Erison Pimenta, João Pedro,Orquestra de Violeiro Luar do Sertão, Sinval de Gameleira, Rodrigo Azevedo, Arnaldo de Freitas (Ligeirinho – SP) e Adão da Viola.
O encerramento de cada noite fica por conta do forró pé-de-serra para ouvir e dançar com o Trio Pequizeiro e a cantora Valéria Pimenta.
Em outra noite, no sábado,16/01:
Terno de Pastorinhas Altobelense; grupo de danças Calanguê; corridas de jegue, porco, cachorro, galinha, cavalo de pau, de costas e carrinho de mão; encontro de grupos de danças juninas; atrações variadas: Valdo & Vael, Fernanda Azevedo, Rodrigo Azevedo, Téo Azevedo, Marimbondo Chapéu (rabequeiro), Charles Boa Vista & Carlos Maia, Herberth Lincoln, Wilmar de Oliveira & Jorge Nélson - BH, Rodrigo Mattos & Praiano, Teatro de Mamulengo “Presepada” Chico Simões Brasília/DF, Carlos Gomes & Ivania Catarina, o Couboy Caipira deSão Paulo.
No domingo, dia 17/01: Terno de Pastorinhas Altobelense e grupo de danças Calanguê; missa campal celebrada pelo Pe. Antônio Brígido, com a participação especial da Igreja Católica de São José de Alto Belo e o Terno da Folia de Reis de Alto Belo; Wilson Dias; Leyde & Laura de SP; Billy Nelson.
Durante os três dias de festa acontecem diversos concursos, com prêmios para o melhor mentiroso, melhor imitador de personagens da região, melhor contador de causos, melhor imitador de Téo Azevedo, a risada mais engraçada, maior roedor de pequi, maior chupador de manga, maior chupador de limão sem fazer careta, mais rápido comedor de farinha sem entalar a garganta, maior roedor de rapadura, melhor prato feito com o pequi e suas variedades, campeonato de jogo de truco, feira de artesanato e comidas e bebidas típicas e mostra de Literatura de Cordel.
A Festa de Alto Belo é realizada sempre no primeiro fim de semana após o Dia de Reis (6 de janeiro), e consegue atrair diversos artistas conhecidos e respeitados no meio da música sertaneja.
É a oportunidade de testemunhar uma celebração autêntica, já que ela é organizada por alguém que está diretamente envolvido com a cultura local.

Com informações de http://www.luiscarlosgusmao.blogspot.com/

Pequi, o rei do Cerrado

Pequi: macio, espinhento, afrodisíaco, fedorento, gostoso
O pequi é um fruto que ninguém tem sentimentos meia-tijela com ele. Ou adora ou detesta. "Ame-o ou deixe-o", se possível num prato à mão, defende os apreciadores.
Quem não gosta reclama do cheiro, dos espinhos, da falta de educação à mesa, comendo com os dedos lambuzados daquele óleo amarelo avermelhado, brilhante.


Em dezembro/janeiro, as ruas de Montes Claros são perfumadas, - pra nós que gostamos-. com o odor embriagante deste amarelão querido e adorado. É uma verdadeira denúncia da intimidade dos lares cheios de cadeados e muros altos. Até nos condomínios fechados o cheiro grita nos nossos narizes.

No Vale do Jequitinhonha, as feiras são invadidas com os gritos: "Olha o pequi de Montsclaro". Metido a conhecedor, consumidor ferrenho, sem medo dos espinhos, questiono: "Não é de Taiobeiras ou do Chapadão do Lamarão? Tá com pouca carne...". O vendedor arregala o olho e diz:"Deixa pra lá, Banu. Pequi daqui é tudo assim mesmo, magrim,magrim... Mas é gostoso, pode levar!"
E lá vou eu com um saco de pequi, pensando nos carnudos de Lontra, terra do meu amigo Lunga, jornalista de sangue no olho. Ou nos de Japonvar, a verdadeira capital mundial do pequi.

Montes Claros ganha no marketing e no comércio da fruta do cerrado. Igualzinho Teófilo Otoni que vende as pedras preciosas do Vale do Jequitinhonha e leva a fama de solo produtor de belezas raras.
O pequi exerce uma magia no povo do cerrado e da caatinga. Tem homem que acha que dá no couro roendo uma dúzia de caroços. como se @ frut@ milagros@ fizesse marcar 12 horas, num estalo.
O pequi, segundo os livros escolares
O pequi, fruto do pequizeiro, é nativo do cerrado brasileiro. É muito utilizado na culinária da região Nordeste, Centro Oeste e norte de Minas Gerais. De sabor marcante e peculiar, o pequi é consumido cozido, puro ou misturado com arroz, frango, carne de sol.
Da polpa pode se extrair também o azeite de pequi, um óleo usado para condimento e na fabricação de licores. Na língua indígena, pequi significa “casca espinhenta”.

De cor verde, quando maduro, possui em seu interior um caroço revestido por uma polpa macia e amarela, a parte comestível.O consumo do pequi requer cuidado, em razão dos inúmeros e minúsculos espinhos encontrados debaixo da polpa. Assim, é indicado que se roa o caroço, lentamente, ao invés de mordê-lo.

O pequi pertence à família das cariocáceas, pode ser encontrado em toda a região Centro Oeste (considerada a capital da fruta), nos estados de Rondônia, Minas Gerais, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí, Bahia e Ceará, visto que somente em Goiás podem ser encontradas todas as espécies. A frutificação ocorre entre os meses de setembro e fevereiro.

O pequi faz parte da culinária goiana há séculos, desde o início do século XVIII, nas antigas vilas de Meia Ponte (hoje Pirenópolis), e Vila Boa (cidade de Goiás). Por ser rico em óleo insaturado, vitaminas A, C e E; fósforo, potássio, magnésio e carotenóides; sua ingestão previne tumores, problemas cardiovasculares e evitam a formação de radicais livres.

Informação importante: uma unidade de pequi (aproximadamente 50g) possui 40 calorias.


Pequi, o rei do Cerrado, vaticina o violeiro, cantador e pesquisador da "Universidade da Natura", Téo Azevedo, de Alto Belo, em Bocaiúva.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Vai, Ano Velho




Vai, Ano Velho
Afonso Romano de Sant'Anna

Vai, Ano Velho, vai de vez
vai com tuas dívidas
é dúvidas, vai, dobra a ex-
quina da sorte, e no trinta e um,
a meia noite, esgota o copo
a culpa do que nem lembro
e me cravou entre janeiro e dezembro.

Vai, leva tudo: destroços,
ossos, fotos de presidentes,
beijos de atrizes, enchentes,
secas, suspiros, jornais.

Vade retrum, prá trás,
leva pra escuridão
quem me assaltou o carro,
a casa e o coração.
não quero te ver mais,
só daqui a anos,
nos anais, nas fotos do nunca-mais.

Vem, Ano Novo, vem veloz,
vem em quadrias, aladas, antigas
ou jatos de luz moderna,
vem,paira, desce, habita em nós,
vem como cavalhadas, folias, reisados,
fitas multicolores, rabecas,

vem com uva e mel
desperta em nosso corpo a alegria,
escancara a alma, a poesia,
e por um instante, estanca
o verso real, perverso
e sacia em nós a fome
- de Utopia.

Adeus, tristeza: a vida
é uma caixa chinesa
de onde brota a manhã.

Agora é só recomeçar,
a utopia é urgente.
entre flores e urânio
é permitido sonhar.

Afonso Romano de Sant'Anna é poeta, cronista, professor de literatura. Mineiro de BH, vive há mais de 40 anos no Rio. Publicou Que país é este? Catedral de Colônia, Canibalismo Amoroso, Intervalo Amoroso, MPB e a moderna poesia brasileira, entre outros.

Biribi, a Vila de seis pessoas

Biribiri: a Vila de seis pessoas
Diamantna , no Alto Jequitinhonha
Doze quilômetros separam o centro da cidade de Diamantina da remota vila de Biribiri, passando por estradas de terra e com muita história para ser contada. E o potencial natural da região fez com que a vila se desenvolvesse no final do século XIX, com a construção da fábrica Estamparia S.A.. Hoje, Biribiri continua com suas belas paisagens, muitas cachoeiras, e apenas seis pessoas que vivem por lá.

Muito bem cuidada e restaurada, a cidade chegou a ter três famílias na administração do local. Hoje, Kika Mascarenhas é a responsável por manter Biribiri em ordem. O local foi utilizado para a gravação do filme “A Hora é a Vez”, de Augusto Matraga.
Toda a história da região se concentra na fábrica têxtil, do garimpo e também na natureza. O bispo Dom João Antonio Felício dos Santos foi o responsável pelos primeiros passos: a construção da estamparia próxima às quedas d’água para a geração de energia. “No início, eram cerca de 140 mulheres trabalhando, e chegou a 1500. Foi uma época que as religiosas começaram a trabalhar e também muitas moças dos arredores de Diamantina”, explicou Kika.

Crescimento - Junto com a construção da estamparia, casas, pensionatos, armazéns foram erguidos. Uma das mais importantes construções foi a igreja, financiada pelas próprias trabalhadoras da cidade. O sino, em bronze, foi fundido na fábrica e o relógio doado pela família real.

Muitos técnicos especialistas dos maquinários começaram a chegar à cidade, predominantemente de mulheres e o crescimento foi notável. Foram construídas mais casas para abrigar as famílias que se formavam. “Nessa época, os homens começaram a chegar à cidade e a vida social começou a se desenvolver com aulas de teatro, canto”, disse Mascarenhas.

Com o tempo, a produção cresceu e em 1876 a fábrica estava funcionando com máquinas vindas do exterior e quase cem anos depois, em 1973, as dificuldades de acesso fizeram a Estamparia S.A. fecharem as portas.

Natureza e esportes

Assim que a fábrica foi desinstalada, iniciou o processo de saída das famílias da região. Biribiri teve como seu “primeiro dono”, o Bispo Dom João Felício e o desenvolvimento da indústria fizeram duas famílias tomarem conta da cidade. A atual administração é da família de Kika, a terceira mandante.

Os cuidados com a vila, pela qual passam de 150 a 200 pessoas durante feriados e férias em busca de aventuras é bastante grande. Com as gravações do filme, Kika teve que repintar a cidade nas cores branca e azul. “Também estamos instalando toda a rede elétrica subterrânea, para colocar lampiões de época”, afirmou.

Mesmo com seis pessoas que moram efetivamente na vila, a receptividade dos visitantes está garantida: um pequeno restaurante serve todo o tipo de comida mineira para os aventureiros encararem as belezas naturais durante todo o dia. As casas antigas hoje funcionam como pousadas, com valores fechados para finais de semana e feriados.

Natureza - Kika indica Biribiri para os interessados em descanso e também em esporte de aventura. Trekking, cachoeirismo, mountain bike e rapel são os esportes mais procurados na região, que possui dois pontos turísticos: as cachoeiras Sentinela e Cristais; além da mata fechada ainda virgem e pinturas rupestres, encontradas na região.

O projeto para a cidade agora é transformá-la no Parque Estadual Biribiri, com 18 mil hectares – sendo três mil deles que continuarão sendo a vila e administrado por Mascarenhas.
Foto: Edy Luigi, no Flickr
Fonte: www.passadicovirtual.blogspot.com

Manga de Araçuaí vai para o Rio

PRODUÇÃO DE MANGA DE ARAÇUAÍ É EXPORTADA PARA O RIO DE JANEIRO
Nesta época do ano, a produção de manga em Araçuaí é bastante grande. A fruta é produzida de forma artesanal nos sítios e quintais do município. O fruto além de abastecer a cidade é exportado para diversas regiões do país, inclusive, o Rio de Janeiro.
A manga é uma fruta de origem asiática, que se espalhou pelo planeta através dos europeus. Ela se adaptou tão bem aqui no município que parece ser nativa. Em praticamente todos os quintais existe pelo menos um pé de mangueira. Alguns deles têm mais de 60 anos. A produção da fruta aqui no município não precisa de muitos cuidados, os pés de manga todos os anos produzem bem.
Um dos potenciais econômicos do município é justamente a fruticultura. Por causa do calor e do clima tropical, culturas tem uma boa produção e um sabor mais doce. Entretanto esse potencial ainda não é bem explorado. A produção de manga, por exemplo, é artesanal. As mangueiras são plantadas nos quintas de sítios, fazendas e quintais e começam a produzir sem um acompanhamento mais profissional.
Apesar da informalidade, a produção de manga é tão grande que ela é exportada para diversas regiões do país. Algumas empresas vem de outras regiões percorrendo as comunidades rurais do município para comprar o produto embalar e exportar a manga. A aceitação no mercado do produto é muito boa.
Repórter: André Sá, da TV ARAÇUAÍ

Pau a pau, Dilma e Serra

"Votos" de Lula podem igualar Dilma a Serra
MAURO PAULINO - DIRETOR-GERAL DO DATAFOLHA
ALESSANDRO JANONI - DIRET
OR DE PESQUISAS DO DATAFOLHA

A capacidade de transferência de votos que o presidente Lula demonstra ter elevando sua candidata Dilma Roussef (PT) ao atual patamar de 23% não se esgotou. Uma análise mais detalhada da última pesquisa Datafolha mostra que há 15% de brasileiros que manifestam o desejo de votar no candidato apoiado pelo presidente, mas não sabem ainda que Dilma é sua escolhida, deixando de optar por ela.

Este percentual equivale, em termos quantitativos, à diferença que mantém José Serra (PSDB, 37%) na liderança do quadro mais provável de candidaturas nesse momento, formado ainda por Ciro Gomes (PSB, 13%) e Marina Silva (PV, 8%).

Para chegar a essa conclusão o Datafolha combinou os resultados de três perguntas: intenção de voto estimulada, grau de influência de Lula como cabo eleitoral e o conhecimento de Dilma como candidata do presidente.

Somando-se os que não escolhem Dilma, mas outro candidato (58%), os que optam por votar em branco ou anular (9%) e os que não sabem em quem votar (10%) chega-se a 77% da população adulta que não declara, neste momento, apoio à petista. Dentre estes, 21% afirmam que votariam com certeza em um candidato apoiado por Lula. Estes dividem-se em 6% que identificam Dilma como candidata de Lula e 15% que não sabem quem Lula apoia.

Há, portanto, 15% da população que, neste momento, não declara intenção de votar em Dilma, não sabe que ela é a candidata de Lula, mas afirma que votaria com certeza em um candidato apoiado pelo presidente.

Mas, para que isso se transforme em apoio real, há que se considerar as variáveis que agem sobre o processo eleitoral. Estratégias de comunicação e o posicionamento dos candidatos nos segmentos específicos do eleitorado tornam fundamental o conhecimento do perfil desses 15% de potenciais novos eleitores governistas, que ainda não identificaram a candidata de Lula.

A característica mais marcante desse estrato é a baixa escolaridade. Enquanto na média da população brasileira adulta, 48% têm grau de escolaridade fundamental, nesse segmento, essa taxa vai a 68%.

O mesmo ocorre com a renda. Na média, 43% dos brasileiros têm renda familiar de até dois salários mínimos. No segmento dos potenciais eleitores de Dilma, esse percentual vai a 59%. Além disso, 36% vivem no Nordeste e 20% no Norte ou Centro-Oeste, índices que superam a média em oito e cinco pontos percentuais, respectivamente.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Jubileu de Ouro de Padre Itamar e Domingos Figueiró

IGREJA DE ARAÇUAÍ CELEBRA O JUBILEU DE OURO DOS PADRES ITAMAR E DOMINGOS FIGUEIRÓ
Araçuaí - MG
Na noite de domingo(6), os padres Itamar José Pereira e Domingos Figueiró Borges, comemoraram 50 anos de vida sacerdotal. A celebração do jubileu de ouro foi presidida pelo bispo emérito Dom José Maria Pires, que foi o terceiro bispo da diocese de Araçuaí.
A missa do jubileu de ouro dos padres Domingos e Itamar foi celebrada na catedral diocesana e reuniu um grande números de fiéis para prestar suas homenagens aos dois religiosos.
A cerimônia foi presidida pelo bispo emérito Dom José Maria Pires que foi o terceiro bispo empossado da diocese de Araçuaí. Dom José exerceu o seu pastoreio entre os anos de 1957 e 1965. Atualmente residindo em Belo Horizonte, ele visita paróquias, participa de celebrações especiais e realiza palestras.
Por motivo de viagem, o padre Domingos não compareceu à cerimônia. Ele foi representado pelo padre Itamar, que celebrou juntamente com ele o jubileu de ouro sacerdotal.
A missa solene foi concelebrada pelo bispo emérito Dom Enzo Rinaldini e pelo bispo diocesano Dom Severino Clasen.
Fonte: TV ARAÇUAÍ

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Tropeiros do Vale contam suas histórias

Videos do Vale mostram história regional recente
Tropeiros de Chapada do Norte, Capelinha e Berilo registraram sua história






Fotos: Tropeiros José Caetano Ferreira; Sebastião Machado e Zé do Ponto
O pesquisador Ted Machado gravou vários videos sobre os tropeiros e sua importância para vida das pessoas, até meados de 1960. Estão aqui depoimentos riquìssinos sobre a história recente do Vale do Jequitinhonha.
"naquela época era mais difícil, hoje o mundo é outro, tem mais conforto, naquele tempo não tinha, quem tinha tinha, quem não tinha sofria, e hoje igualou, pra quem tinha um jeitinho bom era bom, mas os pequenos sofria muito, antigamente a gente dava um quilo de toicinho num dia de serviço, uma rapadura num dia de serviço, isso tudo acabou, eles hoje ganham de 4 a 5 quilos num dia, e assim o tempo melhorou".
Contou essa e outras o tropeiro Antenor de Sales Pereira, de Berilo, de 92 anos..."
Clique e veja o depoimento emocionante de seu Antenor:
http://www.youtube.com/watch?v=6U9skzqvFbQ&feature=PlayList&p=FE2C045BBAA0A2A8&playnext=1&playnext_from=PL&index=3 Além de Antenor de Sales, de 92 anos, outros tropeiros conhecidos em suas cidades e região gravaram video. Em Chapada do Norte, foram ouvidos José Caetano Ferreira; Sebastião Machado Figueiredo; Milton Lemos Ferreira; Leônidas Evangelista Barbosa e José Sebastião Vaz, o Zé do Ponto.
Como surgiu a Série Tropeiros
Em julho de 1999, o Pesquisador e Documentista participa da Expedição Spix e Martius, que sai da cidade de Ouro Preto MG com destino a Diamantina MG. Foram 22 dias de viagem no lombo de mula, acompanhado por outros expedicionários em dois lotes de animais, tendo como objetivo resgatar a história das tropas e tropeiros, das viagens dos naturalistas europeus e de elaborar o Guia Turístico da Estrada Real.
Muito do que sabemos sobre os tropeiros e do modo viajante da época nos foi narrado pelos naturalistas europeus, os cronistas do século XIX.
Quem eram os tropeiros
O tropeiro circulou com suas tropas de burros e mulas, pelas mais diversas trilhas, caminhos e estradas das Minas de ouro e dos campos Gerais.
O tropeiro negociava o transporte e comercializava cargas de sua propriedade. Trabalhava, ainda, como mensageiro oficial, levava correio e transmitia notícias de um lugar a outro. Intermediava negócios, portava valores e medicamentos.
Provendo os tropeiros e suas tropas com acessórios e infra-estrutura de viagem, estava o domador responsável pela doma dos animais, o cangalheiro que fazia e consertava as cangalhas, o seleiro que fazia e consertava selas, os pousadeiros que ofertavam serviços e infra-estrutura para pouso e descanso e muitos outros.
Esta atividade foi considerado como um complexo sistema de transporte no auge da exploração mineral.
Depois, com o declínio da mineração e o surgimento da indústria ferroviária e automobilística - no século XX - esta atividade perde seu valor.
E para salvaguardar toda esta epopéia, responsável pela pluralidade e diversidade da cultura mineira é que se propôs
entrevistá-los gerando vídeo documentário ao final da série.
Este trabalho voluntário foi realizado como atividade secundária, visto que, nesta ocasião o autor prestava consultoria na Identificação de Lideranças Locais para implementação do Turismo nos município de Berilo, Botumirim, Chapada do Norte, Cristália e Grão Mogol, pertencentes ao Circuito Turístico Lago de Irapé. Norte de Minas Gerais.
Ronildo Araújo Machado / Ted Machado - Coordenador da Série Tropeiros

sábado, 26 de dezembro de 2009

Fórum Social Mundial será em Porto Alegre

Fórum Social Mundial comemora 10 anos em Porto Alegre

Inscrições estão abertas até dia 15 de janeiro

O Fórum Social Mundial, maior evento de organizações sociais do mundo, será realizado em Porto Alegre, no final de janeiro de 2.010, com eventos em várias cidades do Rio Grande do Sul. Com um novo formato, haverá eventos em todo o mundo, em muitas localidade e regiões do mundo.

No Fórum são discutidas idéias, ações, projetos, programas, políticas públicas e sociais para enfrentar os problemas do mundo, sob o ponto de vista da sociedade e não apenas dos governos, como em outros eventos mundiais.Conforme define sua Carta de Princípios, o Fórum Social Mundial é um espaço internacional para a reflexão e organização de todos os que se contrapõem à globalização neoliberal e estão construindo alternativas para favorecer o desenvolvimento humano e buscar a superação da dominação dos mercados em cada país e nas relações internacionais.

Histórico do Fórum

O três primeiros Fóruns aconteceram em Porto Alegre, em 2001, 2002 e 2003. Em 2004, aconteceu na Índia, Em 2005, voltou para Porto Alegre. A edição do FSM em 2006 foi policêntrica, ou seja, ocorreu de forma descentralizada, em diferentes lugares do mundo. Três cidades sediaram o FSM 2006: Bamako (Mali – África), entre 19 e 23 de janeiro de 2006, Caracas (Venezuela – América) e Karachi (Paquistão – Ásia), entre 24 e 29 de março de 2006. A edição de Karachi, originalmente, estava planejada para acontecer simultaneamente ao evento venezuelano. Porém, devido ao terremoto que atingiu o país em outubro de 2005, sua realização foi adiada por dois meses.

Em 2007, aconteceu na África. Não houve em 2008. Em 2009, Belém do Pará sediou o Fórum.

Fórum 2009

Durante seis dias no final de janeiro, cidadãos, movimentos e organizações de 142 países se encontraram na cidade de Belém para o IX Fórum Social Mundial. Mais de 2300 atividades envolveram 113 mil participantes em painéis, debates, seminários, atividades culturais, marchas e espaços abertos para a interação direta entre os participantes do evento na região amazônica.A convergência de movimentos e organizações da sociedade civil saiu fortalecida ao final, promovendo novas alianças para enfrentar as crises mundiais.

Os participantes vieram de cinco continentes. Entre as 5808 organizações presentes, 489 vieram da África, 155 da América do Norte, 119 da América Central, 334 da Ásia, 4193 da América do Sul e 27 da Oceania. Mais de 1300 representantes de nações e povos indígenas e originários estiveram presentes, marcando a mais significante participação em toda a história do FSM.

Inscrições abertas para todos

Estão abertas as inscrições para o Fórum Social Mundial 10 anos – Grande Porto Alegre que ocorre de 25 a 29 de janeiro. As atividades acontecem em Canoas, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Sapiranga, Gravataí e na Capital. A inscrição pode ser feita até 15 de janeiro pelo site. O valor de R$ 20,00 a ser cobrado servirá para custear os materiais que serão entregues no credenciamento.

No ano em que celebrará 10 anos de seu processo, o FSM não terá um evento único e centralizado e sim uma ação global. E o conjunto de atividades do FSM 10 Anos Grande Porto Alegre lançará esta série de ações, que se dará de forma permanente ao longo de todo o próximo ano, através de eventos em várias partes do mundo.

Tenha mais informações no http://www.fsm10.org/

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Mensagem do Ministro Patrus Ananias

Mensagem do Ministro Patrus Ananias
O tempo é breve, diziam os antigos. O tempo é um bem escasso, dizem os modernos estudiosos do planejamento e da gestão.

A ligeireza do tempo passa a pautar boa parte das conversas e comentários do final do ano. Como 2009 passou depressa. E assim foi em 2008, 2007, 2006...

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome completa em janeiro próximo seis anos de vida. Se o tempo é rápido, nós também agimos com rapidez e determinação. Seis anos de realizações e vitórias.

Estamos acabando com a fome no Brasil. É uma conquista histórica profundamente inspirada no centro da mensagem evangélica:

“Tive fome e me destes de comer...”

No ano passado escolhemos o texto evangélico – A Multiplicação dos Pães – para expressar os nossos sentimentos e compromissos. Reportamo-nos a ele, presente em todos os evangelistas (Mt 14, 15-21; Mc 6, 36-44; Lc 9, 12-17; Jo 6, 9-13).

Mas em 2009 quero, sobretudo, prestar uma homenagem aos nossos servidores e parceiros. O Ministério conta com 1.400 servidores públicos para atender mais de 60 milhões de pessoas pobres em todos os municípios do Brasil. Contamos também com nossa rede de gestores e parceiros.

É a essa turma de bravas e bravos, determinados a mudar a face social e humana do nosso país, que peço o seu reconhecimento e as suas orações neste tempo em que renovamos as nossas convicções e nos abrimos mais às necessidades e apelos do próximo.

Hoje o nosso próximo mais próximo são todos os pobres do Brasil e do Mundo. Os modernos meios de comunicação fizeram com que eles entrassem em nossas casas. Que entrem também nos nossos corações, como entraram no coração de cada um dos dedicados servidores do nosso Ministério.

Feliz Natal e bons trabalhos no tempo breve de 2010.
Fraternalmente,

Patrus Ananias

Ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

Final de ano....

Colaboração de Alãnderson Silveira Machado, escritor, ator, natural de Berilo, mora em BH.

Então é Natal

Happy Christmas (War is over)
Então é Natal
John Lennon. Versão: Cláudio Rabello

Então é Natal, e o que você fez?
O ano termina, e nasce outra vez.
Então é Natal, a festa Cristã.
Do velho e do novo, do amor como um todo.

Então bom Natal, e um ano novo também.
Que seja feliz quem, souber o que é o bem.
Então é Natal, pro enfermo e pro são.

Pro rico e pro pobre, num só coração.

Então bom Natal, pro branco e pro negro.
Amarelo e vermelho, pra paz afinal.
Então bom Natal, e um ano novo também.
Que seja feliz quem, souber o que é o bem.

Então é Natal, o que a gente fez?
O ano termina, e começa outra vez.
E Então é Natal, a festa Cristã.
Do velho e do novo, o amor como um todo.
Então bom Natal, e um ano novo também.
Que seja feliz quem, souber o que é o bem.

Harehama, Há quem ama.Harehama, ha...

Então é Natal, e o que você fez?
O ano termina, e nasce outra vez.
Hiroshima, Nagasaki, Mururoa...

É Natal, É Natal, É Natal.

Clique aqui e ouça a canção do John Lennon no You Tube
http://www.youtube.com/watch?v=hb2YSAVHmIE

Abrindo novas trilhas


ABRINDO NOVAS TRILHAS

Nós somos parte importante do destino da Humanidade.
Somos parte de uma caminhada sem fim.
Se pararmos e deixarmos de lutar,nossos filhos, netos
e bisnetos não terão marcas para fazer a sua caminhada.
Nós hoje temos as marcas deixadas por nossos antepassados .
È por elas que nós nos orientamos.
Por isto nós temos um rumo.
Sabemos onde queremos ir.
Onde queremos chegar.
E com quem queremos andar.

Se estamos juntos, um povo apoiando o outro,
Se nos juntamos para construir novas aldeias
e novos territórios.
É porque confiamos uns nos outros.

Nossas aldeias não tem cercas, nem muros.
È tudo aberto.
Assim como devemos ser uns com os outros.
Com as famílias.Com as lideranças.
Nosso povo antigo não tinha a leitura,
o livro,o papel,mas tinha suas Leis.
A Teia dos SonhosTinha sua Organização.
Cultivemos as nossas.

Vamos abrir espaços,
Deixar marcas,
Sinais para as gerações futuras,
Para que elas não caiam nas armadilhas
deste novo tempo.”

Texto que Ivan Pankararu adaptou para a Aldeia Cinta Vermelha e que está no livro "Na Trilha Guerreira dos Borun".
Sugerido por Geralda Soares, de Araçuaí, a Gera dos Índios

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

APAC é implantada na Comarca de Minas Novas

Comunidade apóia Apac em Minas Novas

Com a participação da comunidade de Minas Novas e região, o Projeto Novos Rumos na Execução Pena do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, com o apoio da Direção do Foro da Comarca, realizou no último 25 de novembro, audiência pública visando a implantação da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC) naquela localidade.

Apesar de a audiência pública ser o primeiro passo para constituição de uma Apac, a comunidade de Minas Novas se adiantou e formou uma comissão representativa que inclusive visitou anteriormente a Apac de Itaúna. Devido à mobilização de seus integrantes acontecerá, já no próximo dia 9 de dezembro, assembléia geral visando criar juridicamente a entidade, com eleições para compor o conselho deliberativo, a diretoria executiva e o conselho fiscal da Apac de Minas Novas.

O juiz diretor do Foro, Ronaldo Souza Borges, declarou, em seu pronunciamento, que a comissão representativa vem desenvolvendo um trabalho de sensibilização junto à comunidade, arregimentando voluntários, para atuarem inicialmente na cadeia pública da comarca, até que seja possível a construção do Centro de Reintegração Social (nome dado ao prédio que abriga a Apac).

Painéis

A presidente da Apac de Nova Lima, Magna Lois Rodrigues Mendes, expositora na audiência pública, frisou que após 6 anos de funcionamento da Apac na comarca, a rejeição inicial foi substituída pela adesão de diversos segmentos da comunidade local. Magna Mendes apresentou resultados estatísticos, com destaque para o índice de reincidência. "Dos 174 recuperandos que já passaram pela entidade, desde meados de 2003, somente 12 reincidiram, representando um percentual de 6,86%", acrescentou. Após sua apresentação, a presidente introduziu o recuperando Jeferson Oliveira Ferreira, que falou de sua experiência de recuperação na Apac de Nova Lima, onde cumpre pena.

Finalizando as apresentações, o coordenador-executivo do Projeto Novos Rumos na Execução Penal do TJMG, juiz Luiz Carlos Rezende e Santos, falou de sua experiência como magistrado na comarca de Lagoa da Prata, onde teve a oportunidade de acompanhar e atuar em todo o processo de implantação, de início de funcionamento e de manutenção da Apac local, inaugurada em abril de 2008.

Presenças

Participaram também da audiência pública, a promotora criminal da comarca de Minas Novas, Luciana Teixeira Guimarães Christofaro, do prefeito municipal de Minas Novas, José Henrique Gomes Xavier, do presidente da Câmara Municipal, José Maria Lopes Ferreira, da defensora pública de Montes Claros, Maurina Fonseca Mota, representando o defensor público geral do Estado de Minas Gerais, Belmar Azze Ramos, do presidente da Subseção da OAB de Minas Novas, José Coelho Júnior, do presidente da Associação Comercial de Minas Novas, Zilmar Gomes Rocha, prefeitos e vereadores dos municípios de Chapada, Berilo, Jenipapo de Minas e Francisco Badaró, que compõem a comarca de Minas Novas, e representantes da sociedade civil organizada.

Assessoria de Comunicação Institucional - Ascom

TJMG - Unidade Goiás

(31) 3237-6568

ascom@tjmg.jus.br

Comércio de Araçuaí comemora vendas

Comerciantes comemoram melhor época para as vendas

Araçuaí – Médio Jequitinhonha

Como em várias outras cidades, o espírito natalino tomou conta dos estabelecimentos comerciais da cidade de Araçuaí, no mês de dezembro. Em muita lojas, a decoração para os festejos natalinos e os produtos próprios para a época complementam o cenário dos pontos comerciais.

Afinal, o mês de dezembro, em especial o período natalino, é considerado a melhor época em vendas.

O Presidente da ACIA – Associação Comercial e Industrial de Araçuaí, Mateus Marinho, destacou que este período de final de ano é a mais aguardado pelos comerciantes. Isso porque é justamente neste período em que o comércio local fica mais aquecido.

“Duas datas são marcantes par ao comércio: o Dia das Mães e o Natal, sendo que o mês de dezembro é o que representa melhores resultados em relação às vendas. Esperamos que este ano seja melhor que o ano passado, quando o Brasil, e claro, as cidades aqui do Vale do Jequitinhonha, tiveram que enfrentar a crise financeira mundial”, avaliou Marinho.

O presidente da ACIA enfatizou que os comerciantes estão otimistas quanto ao volume de vendas. “Com o recuo da crise financeira internacional, os comerciantes da cidade estão otimistas. A previsão do comércio nacional e do nosso é que tenhamos um crescimento de 10 a 15% nas vendas”.

Mas não é bem assim: A comerciante Maria Lúcia de Fátima Alves é dona de uma loja de confecções há 14 anos. Ela , assim como Mateus ( que está no comércio há 20 anos), afirma que o Natal é de fato a data mais aguardada pelos comerciantes. “O Natal é a melhor época para se vender. O 13º salário ajuda nas vendas, disse a comerciantes que, entretanto, não demonstra tanto otimismo. “a expectativa sempre é a melhor possível, mas acho que esse ano vai ser igual ao ano passado. Estamos saindo de um ano que não foi muito bom. Talvez seja o efeito da crise ou de outros fatores que atrapalham as vendas na cidade”.

Lair Tanure é de dona de artigos para presentes e tem a mesma opinião de Maria Lúcia. Ela diz que “vamos esperara para ver. O Natal é uma data que quase sempre supera as expetativas dos comerciantes, mas não creio que será melhor que 2008.

Prêmios

Algumas lojas da cidade participam da promoção “Bandeira Branca” que vai sortear um caminhão de prêmios e também prêmios em dinheiro.

Segundo Mateus Marinho, a intenção da campanha é incentivar os consumidores a fazer suas compras na cidade. Ele reforçou que a Promoção Bandeira Branca serve como estímulo para assegurar boas vendas. “Iniciativas como esta podem proporcionar ao consumidor um início de ano novo ainda melhor, pois o sorteio acontece no dia 9 de janeiro”, destacou Marinho.

Além das decorações e atração de prêmios, os lojistas se esmeram no bom atendimento aos clientes.

Fonte: Jornal Tribuna, dezembro de 2009.

Livro de fotos capta o Vale

Marcelo Oliveira capta cenas do Jequitinhonha

Livro de fotos mostra a alma do ValeO fotógrafo-documentarista Marcelo Oliveira, 48, formado pela Universidade Federal Fluminense de Niterói (RJ), conheceu o Vale do Jequitinhonha no ano de 1991. A partir de 1999 visitou a região inúmeras vezes e não poderia ser outro, senão esse cenário mineiro, o tema de seu primeiro livro, "Estórias de Luz", lançado em Belo Horizonte, na Status Café, na Savassi.

Como escreveu o próprio Marcelo, "descer o rio Jequitinhonha da nascente à foz - do Serro, na Serra do Espinhaço, região centro-norte de Minas, Belmonte, Bahia - sempre foi desejo nosso. Descer o rio, descer e mergulhar em cada cidade, vila, povoado, em uma simples habitação da roça; em cada festa ou tradição quase esquecida; cada personagem encontrado à beira do caminho e sua vida singular; das serras do espinhaço ao ensolarado sertão".

Fonte: Jornal O Tempo

Superscross tem etapa final em Itamarandiba

Supercross agita Itamarandiba, neste domingo
Itamarandiba, no Alto Jequitinhonha, a cidade dos apaixonados por motos será a sede da Etapa Final da Copa Brasil de Supercross.
O evento acontecerá no próximo dia 27/12, domingo, a partir das 10:00 hs no Parque de Exposições de Itamarandiba, no Bairro São João Batista. A cidade fica a 115 km de Minas Novas, 52 de Capelinha, 139 de Diamantina.
Terra da Tauane
Nas rodas de Cross de todo o Brasil, Itamarandiba é considerada a terra da "Garota do Motocross",
Tauane Shaisly Fernandes. É a grande revelação da categoria intermediária no estado de Minas Gerais e Bahia. Depois de passar pelas categorias de base do motocross, ela chega com uma força muito grande nas categorias intermediária e MX3.

Natural de Itamarandiba, esta mineira de 16 anos fez sua primeira corrida com uma ACTION 50cc na cidade de Sebastião das Laranjeiras (BA); gostou tanto, que nunca mais parou de andar.

Seu último feito, aconteceu na cidade de Felixlândia, na abertura da Copa Oeste Retimac de Motocross (conceituada Copa, que tem a supervisão da FEDERAÇÃO MINEIRA) dia 31 maio, pilotando uma YZF 250 ela venceu de forma fantástica a categoria Intermediária. Seu patrocinador e grande incentivador é seu pai, o empresário Bodão.
Com informações do www.itamigos.blogspot.com