Mostrando postagens com marcador Jordânia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Jordânia. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Jordânia x Israel : uma guerra no imaginário do Vale do Jequitinhonha

Jordânia foi palco de uma guerra: 
verídica ou imaginária?
Cidade se armou para se defender de Exército de Israel Pinheiro, o governador, que era adversário político do prefeito de Jordânia.
Era 1967, do outro lado do  mundo ocorria a Guerra dos Seis Dias, entre Israel x Egito. 
Causo gerou o filme "O primeiro tiro" e o cordel "Israel x Jordânia", de Tadeu Martins.
Poucos mineiros ficaram sabendo, mas a cidade de Jordânia, no Vale do Jequitinhonha, nordeste de Minas, bem na divisa com o Sul da Bahia, já foi abalada por uma guerra. 
É o que conta o filme “A hora do primeiro tiro”, do cineasta mineiro Gustavo Jardim, de 36 anos, que marcou presença na primeira exibição do projeto Tela Viva, em 2012, em Cataguases, Zona da Mata de Minas Gerais.
Mas, para muitos, tudo não passa de mais um causo dos grotões de Minas. Era junho de 1967 e as rádios divulgaram que Israel havia declarado guerra e anunciava a invasão da Jordânia, com dezenas de tanques e milhares de soldados.
 Acreditando que se tratava do então governador de Minas, Israel Pinheiro, que tinha o prefeito de Jordânia como inimigo político, a cidade se mobilizou para se defender da tropa e dos tanques de guerra, jamais imaginando que a verdadeira guerra estava do outro lado do mundo, no Oriente Médio.
“É um documentário ligado à ficção e verdade", conta o cineasta, que escutou a história de um morador de Jordânia e resolveu levá-la para a tela. “Na década de 1960, você tinha aquela coisa de polarização do prefeito com a ditadura militar. Ou você estava junto, ou era inimigo. E o prefeito de Jordânia era declaradamente contra o então governador de Minas Israel Pinheiro. Jordânia era um lugar problemático, com a violência do cangaço”, disse Gustavo. 
Enquanto isso, do outro lado do mundo, em 1967, no Oriente Médio, começava a Guerra dos Seis Dias, entre Israel e Egito. 
Notícia de invasão pelo rádio.


Em Minas, segundo Gustavo, o acesso às notícias internacionais era basicamente pelo rádio, principalmente o "Repórter Esso", noticiário informativo, que anunciou que Israel iria invadir a Jordânia com tanques de guerra e 2.500 soldados. 
Um jordanense que morava em Belo Horizonte escutou a notícia e entrou em pânico, acreditando que a sua cidade seria varrida do mapa. “Ele voltou para Jordânia e armou toda uma defensiva, com todo mundo de garrucha, cavando trincheiras, esperando a chegada do governador com sua tropa. Um pacifista da cidade, segundo contam, tentou convencer o povo de que não haveria guerra e teria sido morto”, disse Gustavo. Na história contada pelos próprios moradores de Jordânia, dona Juliana, personagem que tinha 98 anos na época das filmagens, em 2004, e que morreu dois anos depois, sem ver o filme terminado, relata com detalhes uma guerra imaginária em sua cidade. “Quando veio o primeiro avião, uma mulher estava fazendo biscoito no forno. Disse que o mundo vinha acabando. Ela tocou dentro do forno e morreu torrada (sic)”, relatou a idosa.
VIOLÊNCIA LOCAL
Para alguns, a verdadeira guerra na cidade era promovida pelo “cangaço desgraçado” e também pelas pessoas que matavam outras, sem piedade, por um pedacinho de terra. “Matavam com pau, carabina. Era um açougue de matar gente", afirmou dona Juliana. Na época, segundo os moradores, bandidos do Sul e do Norte da Bahia se escondiam em Jordânia, que fica as margens do rio Jequitinhonha que divide os dois estados.
Para o poeta e compositor do Vale do Jequitinhonha, Geovane Antunes Figueiredo, o Nenguinha, que também aparece nas filmagens e dá seu depoimento ao som da música Mentir, de Noel Rosa, “aquele que só acredita no que vê e no que pegar, para as coisas mentirosas a luz dos olhos é cega. E é um burro cargueiro que grande peso carrega”.
O documentário, lançado na Mostra de Cinema de Tiradentes de 2008, já recebeu três prêmios. Ele é todo legendado, pois o sotaque das pessoas é bastante carregado e cheio de expressões típicas da região.
Veja aqui o filme:
https://vimeo.com/182428612 - A hora do primeiro tiro (2007).

Cordel de Tadeu Martins
Este causo gerou um cordel do Tadeu Martins, professor, poeta, agente cultural, contador de causos e militante político.
Ele é natural de Itaobim, no Médio Jequitinhonha, nordeste de Minas, um dos fundadores do jornal GERAIS e do Festivale - Festival de Cultural Popular do Vale do Jequitinhonha, evento que se realiza há 40 anos, na região.

ISRAEL x JORDÂNIA
Companheiros me escutem
prestem bastante atenção
nessa estória acontecida
lá na minha região. 

Quando se passava um ano
da “gloriosa” revolução
Ainda tinha validade
o título de eleitor
pois o povo ainda podia
votar para governador
escolher quem bem quisesse
para ser seu defensor.

Era uma disputa braba
como não podia deixar de ser
pois só tinha dois partidos
para o povo escolher
de um lado a UDN.
do outro lado o PSD.

Cá nas Minas Gerais
esse Estado Brasileiro
ao Palácio da Liberdade
um queria chegar primeiro
Roberto Resende pela UDN.
pelo PSD Israel Pinheiro


Na cidade de Jordânia
onde esse fato se deu
o prefeito era udenista
Roberto Resende venceu
mas no resto do Estado
pra Israel Pinheiro ele perdeu.

Passados quinze dias
da posse do eleito
o povo de Jordânia
ainda estava insatisfeito
pela sofrida derrota
do candidato do prefeito.

No outro lado do mundo
a coisa empretava
dessa vez no Oriente Médio
uma guerra estourava
fato que o prefeito de Jordânia
nem sequer  imaginava.

No noticiário matinal
da Rádio Guarani
o repórter anunciou
essa manchete aqui:
EXÉRCITO DE ISRAEL FOI PARA JORDÂNIA
PRONTO PRA INVADIR.

O prefeito quase desmaia
quando ouviu aquela notícia
chamou o seu secretário
e ordenou com malícia
“Avisa pro Delegado
pôr de prontidão a polícia”.

Mandou a família pra roça
foi pro correio telegrafar
pro deputado majoritário
mandar homens lhe ajudar
pois Dr Israel Pinheiro
vinha pronto pra brigar.

E explicou ao telegrafista
que ouvia tudo a sorrir
“Dr Israel Pinheiro não gostou
de ter perdido a eleição aqui
e agora que tomou posse
mandou o exército invadir”. 

O vigário que estava presente
lhe pôs a par da situação
que se tratava de uma batalha
travada em outra nação
que não tinha cabimento
essa sua preocupação. 

Olhando pro vigário
disse o prefeito aliviado
“ Se Dr Israel viesse mesmo
ele ia voltar desmoralizado
nós arrasava o exército dele
eu , dez  jagunços , um cabo
e três soldados .”

Fontes: Pedro Ferreira – Estado de Minas , publicado em 13 de julho de 2.009; e  Jequitinhonha - Antologia Poética, 1982. 

domingo, 19 de novembro de 2017

Bim é eleito novo prefeito de Jordânia

Eleições extemporâneas aconteceram neste domingo, após cassação de prefeito e vice.

Jordânia faz festa na eleição do Bim como novo prefeito.
A eleição extemporânea em Jordânia aconteceu neste domingo, 19/11/17, devido à cassação do prefeito e vice, eleitos em 2016.

Bim concorreu pela coligação “Jordânia Cada Vez Melhor”, formada pelos partidos do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e da Social Democracia Brasileira (PSDB). O vice da chapa é o comerciante Elpídio Alves de Alcântara (PMDB), de 54 anos.
O produtor agropecuário Edésio Samento Silva (PDT) , de 71 anos, concorreu pela primeira vez nas eleições municipais, tendo como vice a professora Robéria de Almeida Gobira (PSD), de 46 anos. 

Dos 7.938 eleitores de Jordânia, 2.076(26,15%) não compareceram para votar; 63 (1,07%) votaram em branco e 187 (3,19%) votaram nulo.
Quem é BIM
Bim é Técnico de Enfermagem, trabalhou no Hospital de Jordânia. Foi vereador por dois mandatos, Secretário de Obras e Secretário de Saúde. Ele é muito respeitado como uma pessoa trabalhadora, de família pobre, tendo trabalhado desde cedo em atividades como jardineiro, limpador de lotes para ajudar nas despesas da família e custear seus estudos.
Tem 39 anos. Casado, tendo uma filha.

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Jordânia elege novo prefeito neste domingo, 19.11

Novo pleito foi marcado pelo TRE após 

cassação de prefeito e vice eleitos em 2016

Foto: arquivoEleitores de Jordânia escolhem novo prefeito neste domingo(19)
Dois candidatos disputam a preferência dos 7.938 eleitores do município
No próximo domingo (19.11) a população de Jordânia, no Vale do Jequitinhonha, volta às 
urnas para escolher novo prefeito e vice por meio de eleições suplementares. 
Duas candidaturas disputam os votos de 7.938 eleitores.

Bim Meira (PMDB) e Edésio Sarmento (PDT) disputam o cargo de prefeito em Jordânia
Bim Meira (PMDB) e Edésio Sarmento (PDT) disputam o cargo de prefeito em Jordânia
 A chapa “Jordânia Cada Vez Melhor” tem como candidato a prefeito Marques-uel Meira de 
Oliveira (PMDB), conhecido como Bim. Segundo informações divulgadas ao Tribunal Superior
 Eleitoral, ele tem 38 anos e possui R$ 83 mil em bens; Marques-uel já foi candidato a 
vereador da cidade em duas oportunidades.

Elpidio Alves de Alcântara (PMDB), de 54 anos, é o candidato a vice da chapa. 
Ele é comerciante e possui R$ 355 mil de patrimônio. 
Elpidio também era o vice da chapa que foi cassada em agosto. 
A chapa “Juntos, cada vez mais fortes” tem Edésio Samento Silva (PDT) como candidato 
a prefeito. Ele tem 71 anos, é produtor agropecuário e possui R$ 130 mil em bens; 
ele concorre pela primeira vez nas eleições municipais. A vice dele é Robéria de 
Almeida Gobira Lieberenz (PSD), de 46 anos. Ela é professora e possui R$ 103 mil 
de patrimônio.
O município tem 26 seções eleitorais, distribuídas por cinco locais de votação. 
Serão utilizadas 26 urnas eletrônicas. 

Entenda o caso

  O novo pleito foi marcado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) após 
prefeito reeleito em 2016, com 3.166 votos, Watson Silva Luz (PMDB), 
ter o registro cassado por prática de conduta vedada a agente público e 
abuso de poder político em período eleitoral.
 Desde então, o presidente da Câmara, Silmário Gusmão de Oliveira (PRB), 
assumiu a chefia do Executivo interinamente até que o novo prefeito seja empossado.
Fonte: G1

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Jordânia: Presidente da Câmara assume Prefeitura, após cassação do prefeito e vice.

Silmário Oliveira (PRB) segue como prefeito 

interino  até a realização de novas eleições; 

TRE ainda não marcou data para novo pleito.


Silmário Gusmão (a direita) assume prefeitura interinamente; Watson da Silva Luz (a esquerda) foi cassado pelo TRE (Foto: Divulgação/Facebook)
O presidente da Câmara de Vereadores de Jordânia (MG), Silmário Gusmão de Oliveira (PRB), assumiu interinamente a chefia do Executivo, após o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) cassar a diplomação do prefeito reeleito, Watson da Silva Luz (PMDB), e do vice, Elpidio Alves de Alcântara (PMDB).
A decisão do TRE foi motivada por prática de conduta vedada a agente público e abuso de poder político. 
O documento, assinado pelo juiz da 144ª Zona Eleitoral, André Luiz Alves, determinou “de imediato, a assunção interina do Presidente da Câmara até a realização de novas eleições“.
O novo pleito municipal ainda não foi marcado pelo TRE.

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Prefeito e vice de Jordânia são cassados pela Justiça Eleitoral.

Novas eleições serão marcadas pelo TRE-MG

Presidente da Câmara assume Prefeitura até a realização de novas eleições e posse do novo prefeito e vice.


O documento, assinado pelo juiz da 144ª Zona Eleitoral, de Jacinto, André Luiz Alves, determinou “de imediato, a assunção interina do Presidente da Câmara até a realização de novas eleições“. Em razão disso, o chefe do Legislativo já assumiu interinamente a prefeitura local e responderá pelo município até que novo prefeito seja eleito e tome posse. O novo pleito ainda será marcado pelo Tribunal.
A Corte Eleitoral havia fixado que a execução da decisão que confirmou a cassação do prefeito e do vice e a convocação de novas eleições majoritárias, nos termos do art. 224 do Código Eleitoral, ocorresse após a publicação do resultado do julgamento de embargos de declaração, o que ocorreu no Diário da Justiça Eletrônico (DJE) , na terça-feira, em 22.08.2017.
Fonte: TRE-MG

sexta-feira, 30 de junho de 2017

Jordânia:TRE MG mantém cassação de registro de prefeito reeleito


O Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais confirmou, por unanimidade, na sessão desta quinta-feira (29/06/2017), a cassação do registro do prefeito reeleito de Jordânia, no Baixo Jequitinhonha, nordeste de Minas, Watson Silva Luz (PMDB), e do vice-prefeito, Elpídio Alves de Alcântara (PMDB), pela prática de conduta vedada a agente público em período eleitoral e abuso de poder político. Os julgadores, com base no voto do relator, juiz Ricardo Matos de Oliveira, mantiveram a multa de R$ 36 mil para o prefeito reeleito.

Os cassados permanecem no cargo até o julgamento de eventuais embargos de declaração, quando a execução do julgado deverá acontecer, como determinado pela Corte Eleitoral.
De acordo com a ação de investigação judicial eleitoral (AIJE) proposta pela Coligação “unidos somos mais fortes”, foram seis irregularidades praticadas durante o período eleitoral pelo candidato à reeleição Watson. O juiz eleitoral, em sua sentença, reconheceu a ocorrência da prática da conduta vedada descrita no art. 73, V, da Lei nº 9.504/1997, consistente na contratação ilegal de 36 servidores nos três meses que antecedem o pleito, onerando desnecessariamente o município.
Para o relator do processo, “As contratações feitas foram justificadas com a apresentação de atestados e de pedido deferido para o gozo de férias regulamentares ou prêmio. Entretanto, a ordem jurídica não se contenta com a simples justificativa para a contratação no período de três meses anteriores ao pleito eleitoral. Necessidade de que a contratação se revele inadiável, inclusive para os serviços essenciais. Prova que não veio aos autos para justificar as contratações, incluindo-se aquelas para os cargos de gari e de professor.”
E concluiu: “Mostra-se grave a conduta, justificando a fixação da multa acima do mínimo legal, até mesmo para a reprovação da conduta e prevenção de outras, além da cassação do registro e a declaração de inelegibilidade, que são consequências naturais da inobservância às normas.”
O prefeito reeleito obteve 3.166 votos (53,21%), que serão anulados. Da decisão cabe recurso.

domingo, 5 de março de 2017

Justiça Federal determina a prisão do ex-prefeito de Jordânia

Foi condenado por desvio de recursos públicos, com pena de cinco anos.

Foto: arquivoJustiça Federal determina a prisão do ex-prefeito de Jordânia
Eduardo de Almeida Gobira, que administrou o município entre os anos de 1997 e 2004.
A Justiça Federal em Governador Valadares determinou a expedição de mandado de prisão contra o ex-prefeito de Jordânia (MG), no Baixo Jequitinhonha, nordeste de Minas, Eduardo de Almeida Gobira, que administrou o município entre os anos de 1997 e 2004.
 Ele foi condenado pelo crime de desvio e apropriação de recursos públicos, com pena de cinco anos e seis meses de prisão, e ausência de prestação de contas , com pena de um ano e dois meses de reclusão. Esse último crime, no entanto, já prescreveu e ele deverá cumprir apenas a pena do crime de peculato-desvio.
 A condenação foi proferida na Ação Penal , que resultou de denúncia do Ministério Público Federal (MPF) por irregularidades praticadas pelo ex-prefeito na execução do Convênio  firmado com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para a construção de 117 módulos sanitários em residências de pessoas carentes.
 Os recursos, no valor de R$ 137.353,00, foram integralmente repassados e sacados pela prefeitura, mas nenhuma obra foi realizada, tampouco apresentada a respectiva prestação de contas, dever legal de todo gestor público.
 A sentença destacou que, “embora vencido na vigência de seu mandato como prefeito municipal, o réu não prestou contas, e nem se localizou na prefeitura qualquer documentação relativa ao convênio, havendo sido o réu afastado do cargo por decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais antes do término do mandato”.
 Por isso, para o juízo federal, a responsabilidade de Eduardo Gobira é incontestável, “uma vez que, além de ser o ordenador de despesas do município, teve participação intensa e pessoal neste caso, desde a assinatura do convênio até a expiração de seu prazo, sem que as obras fossem sequer iniciadas.
 Durante a tramitação  da ação, o ex-prefeito, embora alegasse ter realizado as obras, não  as  comprovou , sequer conseguindo indicar a empresa supostamente contratada, os beneficiários e sua localização.
 Outra alegação feita por ele em sua defesa foi a de que a Funasa teria desaprovado as obras, porque o projeto teria sido executado em desconformidade com o Plano de Trabalho do convênio.
 O magistrado, porém, refutou tal alegação, afirmando que não “se trata de execução em desconformidade com o plano de trabalho; no caso concreto, concluiu-se que nada, rigorosamente nada, chegou a ser construído com os recursos repassados ao município e sacados integralmente da conta do convênio por autorização do réu”.
 Durante seu interrogatório em juízo, Eduardo Gobira chegou a dizer que os recursos do Convênio  teriam sido integralmente utilizados não só nos banheiros, mas também para a construção de “mais de 100 casas”.
 Para o magistrado, “a versão apresentada pelo réu é de uma fragilidade extrema”, além de “fantasiosa”. Isso porque “os valores repassados permitiriam apenas a construção de módulos sanitários, jamais permitindo que, além disso, fossem construídas 100 casas”, que, por sinal, jamais foram localizadas pelos fiscais da Funasa.
 Por isso, de acordo com a sentença, a verba pública federal foi “indevidamente desviada em proveito próprio ou alheio”, pois não houve a “mínima identificação” do destino que lhe foi dado: “não houve a realização das obras pactuadas, nem a prestação de contas e, menos ainda, a devolução do valor recebido da Funasa”.
 Proferida em meados do ano passado, a sentença transitou em julgado, porque o réu apresentou recurso fora do prazo legal. A decisão que ordenou sua prisão foi publicada nessa quinta-feira, 2 de março.
 Essa é a sexta condenação de Eduardo de Almeida Gobira pelo crime de apropriação indébita de recursos públicos federais no período em que foi prefeito de Jordânia, porém em algumas das ações ainda transitam na justiça devido a recursos.
 A Polícia Federal em Governador Valadares não informou se o mandado de prisão foi cumprido.
Fonte: Ministério Público Federal