quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Povo do Vale faz carnaval em várias cidades e povoados


Povo do Vale faz festa no Carnaval
Mais de 100 mil caem na folia
Diamantina tem blocos, criatividade e irreverência 
Minas Novas vai dos lados, à frente e atrás do trio elétrico 

Berilo pula com bandas e praia do rio Araçuaí 
Coronel Murta e Itinga têm axé e praia do Jequitinhonha
Jequitinhonha anima ruas e praças com blocos
Uma migração de foliões invade a praia de Porto Seguro
O povo do Vale é alegre e festeiro. Os maiores carnavais do interior de Minas
estão por aqui. Muitas cidades têm tradição de realização do Carnaval, blocos, fantasias, desfiles, concursos de marchinhas, matinês, bailes de idosos e o 
escambau. Tem de um tudo um pouco.

Muitos blocos já acabaram no tempo, outros renasceram. Fantasias muitas, esquecidas, são resgatados pela galera jovem, tiradas do baú dos pais ou da 
vovó. Mas, ainda são poucos que se fantasiam.

A moda é o bloco com vestimenta padronizada com bermuda e camiseta, 
música axé e o renascimento dos trios elétricos.

Essa semana as cidades se agitam e fervem de aprontações. Já entra em ebulição
com a chegada de foliões, os filhos ausentes do Vale, o coração presente que vale.
O clima de festa, folia, farra, alegria, cantoria, dança, irreverência, criatividade, 
já transforma cada lugar, cada rua.

Carnavais mais antigos na animação e desfile de gente bonita são os mais
chamativos: Diamantina é atração sem igual. Minas Novas é do mais antigo trio elétrico. Berilo tem bandas e praia de rio.  Itinga volta com força. 
Coronel Murta vai explodir com bandas e a praia que ressurgiu. Jequitinhonha
 faz festa à beira do rio com muitos blocos.

Os foliões de municípios vizinhos vão para essas cidades. Geralmente, são contratadas bandas de música axé com um palco fixo na praça principal ou 
em praias dos rios Araçuaí e Jequitinhonha.

Algumas cidades procuram na realização do Carnaval botar fogo na energia 
festiva da moçada como Coronel Murta e Rio Pardo de Minas.
Outras cidades esperam que as prefeituras contratem bandas. Algumas 
fizeram isso, outras não.
Porém, aqueles que gostam de carnaval e moram nesses e outros lugares já programam viagens para outras cidades vizinhas do Vale.
Ou então, vão para as folias das praias de Porto Seguro, Prado e Alcobaça, no jequitinhonha baiano.
O que o povo do Vale não quer é perder a oportunidade de fazer festa nos dias
de carnaval. 
O movimento em todas as cidades deve chegar a 100 mil pessoas brincando carnaval.
Diamantina: o Carnaval dos turistas
O carnaval mais famoso e diferente das cidades do Vale é o de Diamantina.
A cidade tem característica específica com desfiles de blocos caricatos, com 
músicas próprias. O grande espetáculo é dos Blocos BatCaverna e o Bartucada.
Para Diamantina vão turistas estrangeiros e de todos os estados brasileiros.
Muitos foliões do Vale já descobriram essa opção e para lá vão curtir 4 dias de
canto, dança e fantasia.Os moradores da cidade alugam suas casas mobiliadas
e viajam. Aproveitam para faturar algum.

É o carnaval mais forasteiro de todos. Há poucos diamantinenses curtindo
a festa. A preocupação com a preservação do patrimônio cultural tem sido a
tônica de todo ano.
Neste ano, a Prefeitura e o Conselho de Patrimônio Cultural dividiram espaços
na cidade para vários tipos de manifestações carnavalescas, indo de blocos, 
batuque. Tenta-se resgatar as músicas e danças tradicionais como samba e marchinhas, em detrimento do axé e funk. 
A Prefeitura estima que cerca de 30 mil visitantes por dia passarão na cidade.

Minas Novas dança, pula 
e vai
 atrás do trio elétrico
“Atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu...” O povo de Minas
 Novas conhece bem este canto frevoso de dança, de paz e folia do Caetano Veloso. Só que o povo não obedece: vai atrás, dos lados e na frente do trio elétrico.

"O carnaval de Minas Novas é bom dimais...” Desde a década de 80, 
este frevo do Dalton Silveira virou hino da festa foliona da cidade.
O carnaval de rua, com trio elétrico, é um dos mais tradicionais de Minas. 
Começou em 1975, com o Bloco A Patota que saía atrás de uma camionete
do Embrava. Eu tava lá, com a porta-bandeira. A partir da década de 80, a 
Prefeitura e o comércio local  assumiram a organização da festa.
Muitos blocos continuaram saindo, animando a festa.
Há mais de 30 anos, há um ou dois grandes trios elétricos rodando pelas
principais ruas da cidade, de 9 horas da noite até 5 horas da manhã. 
O trio elétrico em Minas Novas arrasta multidões caindo no frevo
Há músicas axé, mas também rola marchinhas e frevo. Ninguém precisa
 comprar abadá para dançar e pular atrás do trio elétrico.

A organização prevê carnaval 16 horas por dia como Carnaval Cultural, Mercado do Samba, Carnaval na Barragem e festa nos Camarotes.

Durante o dia, os carnavalescos minasnovenses vão para a Barragem
 das Almas, no rio Fanado, a 3 quilômetros da cidade.
Minas Novas sempre atrai cerca de 10 mil foliões todos os anos.
No ano passado,  a banda Foguetão Baiano levou cerca de 30 mil pessoas
à praça pública. 

Coronel Murta e Itinga trazem
folia na praça e na praia
O carnaval de Coronel Murta nasce e renasce com um força potencial: 
o povo da cidade é folião por natureza. Faltava a iniciativa de organização. 
É o quarto ano que a Prefeitura coloca bandas na Praça e leva o povo do 
lugar e das cidades vizinhas de Araçuaí, Rubelita e Salinas à loucura. Mais
de 3 mil pessoas pulam e dançam com alegria.

Na Avenida Principal, em palco armado, à noite, terá a apresentação de várias bandas. 
Com a marca de Carnaval em Coronel Murta "tudo junto e misturado" a folia
 promete se consolidar como um dos principais carnavais da região.
Durante o dia, a moçada vai para beira do rio Jequitinhonha, curtindo a 
praia  que ressurgiu com a abertura das comportas da Barragem de Irapé. 

Itinga também não fica atrás. Faz festa nas praias do rio Jequitinhonha durante o 
dia e apronta uma animação na Praça, à noite, com muitas bandas de axé que se apresentam em palco armado pela Prefeitura Municipal.
Mais de 2 mil pessoas brincam o carnaval na cidade.

Jequitinhonha: popular, abadá e elite
 O carnaval da cidade de Jequitinhonha, no Baixo Jequitinhonha, é muito 
popular. Além das bandas na rua, há 18 blocos que juntam e animam a galera, 
turma, gueto ou que tais, em uma identidade qualquer. 

Os blocos mais populares são a Mulinha e o Bloco do Calango. Mas tem bloco
pra todo gosto. Os abadás ou camisetas são preços simbólicos para a turma da periferia ou mais pobres. Nos blocos da turma da elite os valores altos dos 
abadás são até mesmo para "não misturar".

Jequitinhonha será palco de um dos melhores carnavais do interior de Minas

Gerais. Blocos caricatos, shows na praça de eventos com bandas diversas, 
muita gente bonita e aquela animação que só o povo jequitinhonhense tem.
Muitos vão, levam a família e amigos e se divirtem no Carnaval 2012 de 

Jequitinhonha.
Outros preferem os pequenos grupos de batucadas, à beira do rio Jequitinhonha.

A organização prevê mais de 10 mil foliões nas ruas de Jequitinhonha.

Berilo: carnaval de rua, bloco e rio
A cidade de Berilo tem um dos carnavais que mais crescem no Vale. No Médio Jequitinhonha, os foliões se divertem com as bandas de axé, marchas e samba 
que tocam na Praça Dr Antônio Carlos, de 22 horas até 5 horas da manhã, de 
sábado a terça-feira. Há estimativas de mais de 3 mil pessoas brincando 
carnaval este ano.
Em 2014, tem 04 bandas de axé music do sul da Bahia que tocarão em
 um palco armado na Praça da Prefeitura e na praia do rio Araçuaí. 

O Carnaval deste ano tem um investimento menor do que em anos anteriores, 
tendo repetido bandas que tocaram nos últimos três carnavais.

Durante o dia, a população e os foliões vão para a beira do rio Araçuaí, onde há
praias e barracas, com som de músicas de carnaval, funk, batuque e axé.

No domingo e terça, pela manhã, sai o Bloco Ressaca, com homens vestidos de mulher e mulheres vestidas de homem.
Toda a festa carnavalesca é patrocinada pela Prefeitura Municipal, Câmara dos Vereadores e Conselho de Patrimônio Cultural.

Porto Seguro atrai mais de 10 mil turistas 
do Vale do Jequitinhonha
As praias do sul da Bahia como Porto Seguro, Arraial da Ajuda, Prado, Ilhéus e Alcobaça atraem mais de 5 mil foliões de todo o Vale do Jequitinhonha. Muitos 
vão curtir a praia durante o dia, puxar uma boa soneca à tardinha e cair na folia 
atrás dos trios elétricos que agitam as cidades praieiras.

Porto Seguro apresenta atrações nacionais como Cláudia Leitte, Tomate, Michel 
Teló, Timbalada, Alexandre Peixe e muitos outros.  

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

UMA LIÇÃO SOBRE EDUCAÇÃO

A questão política da Educação Popular.

Postado por Rudá Ricci, no seu Blog.
Em 1982, Carlos Rodrigues Brandão publicou o livro A questão política da Educação Popular. Inovou logo no prefácio. Ao invés de um texto empolado, reproduziu uma longa entrevista que havia feito com Antônio Cícero de Sousa, conhecido como Ciço, lavrador de sítio na estrada entre Andradas e Caldas, no sul de Minas Gerais. A clareza de Ciço é desconcertante. Sem mais delongas, decidi reproduzir um excerto do prefácio aqui. Acredito que possa contribuir nas discussões sobre o tema.
Vai lá, Ciço:

... Agora, o senhor chega e pergunta: “Ciço, o que que é educação?” Tá certo. Tá bom. O que que eu penso, eu digo. Então veja, o senhor fala: “Educação”; daí eu falo: “educação”. A palavra é a mesma, não é? A pronúncia, eu quero dizer. É uma só: “Educação”. Mas então eu pergunto pro senhor: É a mesma coisa? É do mesmo que a gente fala quando diz essa palavra?” Aí eu digo: “Não”. Eu digo pro senhor desse jeito: “Não , não é”. Eu penso que não. Educação... quando o senhor chega e diz “educação”, vem do seu mundo, o mesmo, um outro. Quando eu sou quem fala vem dum outro lugar, de um outro mundo. Vem dum fundo de oco que é o lugar da vida dum pobre, como tem gente que diz. Comparação, no seu essa palavra vem junto com quê? Com escola, não vem? Com aquele professor fino, de roupa boa, estudado; livro novo, bom, caderno, caneta, tudo muito separado, cada coisa do seu jeito, como deve ser. Um estudo que cresce e que vai muito longe de um saberzinho só de alfabeto, uma conta aqui e outra ali. Do seu mundo vem um estudo de escola que muda gente em doutor. É fato? Penso que é, mas eu penso de longe, porque eu nunca vi isso por aqui. Então, quando o senhor vem e fala a pronúncia “educação”, na sua educação tem disso. Quando o senhor fala a palavra conforme eu sei pronunciar também, ela vem misturada no pensamento com isso tudo; recursos que no seu mundo tem. Uma coisa assim como aquilo que a gente conversava outro dia, lembra? Dos evangelhos: “Semente que caiu na terra boa e deu fruto bom”. (...)Quando eu falo o pensamento vem dum outro mundo. Um que pode até ser vizinho do seu, vizinho assim, de confrontante, mas não é o mesmo. A escolinha cai-não-cai ali num canto da roça, a professorinha dali mesmo, os recursos tudo como é o resto da regra de pobre. Estudo? Um ano, dois nem três. Comigo não foi nem três. Então eu digo “educação” e penso “enxada”, o que foi pra mim.

Porque é assim desse jeito que eu queria explicar pro senhor. Tem uma educação que vira o destino do homem, não vira? Ele entra ali com um destino e sai com outro. Quem fez? Estudo, foi estudo regular: um saber completo. Ele entra dum tamanho e sai do outro. Parece que essa educação que foi a sua tem uma força que tá nela e não tá. Como é que um menino como eu fui mudá num doutor, num professor, num sujeito de muita valia? Agora, se eu quero lembrar da minha: “enxada”. Se eu quero lembrar: “trabalho”. E eu hoje só dou conta de um lembrarzinho: a escolinha, um ano, dois, um caderninho, um livro, cartilha? Eu nem sei, eu não lembro. Aquilo de um bê-a-bá, de uma alfabetozinho. Deu pra aprender? Não deu. Deu pra saber escrever um nome, pra ler uma letrinha, outra. Foi só. (...)

O senhor faz pergunta com um jeito de quem sabe já a resposta. Mas eu explico assim. A educação que chega pro senhor é a sua, da sua gente, é pros usos do seu mundo. Agora, a minha educação é a sua. Ela tem o saber de sua gente e ela serve pra que mundo? Não é assim mesmo? A professora da escola dos seus meninos pode até ser uma vizinha sua, uma parente, até uma irmã, não pode? Agora, e a dos meus meninos? Porque mesmo nessas escolinhas de roça, de beira de caminho, conforme é a deles, mesmo quando a professorinha é uma gente daqui, o saber dela, o saberzinho dos meninos, não é. Os livros, eu digo, as idéias que tem ali. Menino aqui aprende na ilusão dos pais; aquele ilusão de mudar com estudo, um dia. Mas acaba saindo como eu, como tantos, com umas continhas, uma leitura. Isso ninguém não vai dizer que não é bom, vai? Mas pra nós é uma coisa que ajuda e não desenvolve. Então, “educação”. É por isso que eu lhe digo que a sua é a sua e a minha é a sua. Só que a sua lhe fez. E a minha? Que a gente aprende mesmo, pros usos da roça, é na roça. É ali mesmo: um filho com o pai, uma filha com a mãe, com uma avó. Os meninos vendo os mais velhos trabalhando. Inda ontem o senhor me perguntava da Folia de Santos Reis que a gente vimos em Caldas: “Ciço, como é que um menino aprende o cantorio? As respostas?” Pois o senhor mesmo viu o costume. Eu precisei lhe ensinar? Menino tão ali, vai vendo um, outro, acompanha o pai, um tio. Olha, aprende. Tem inclinação prum cantorio? Prum instrumento? Canta, tá aprendendo; pega, toca, tá aprendendo. Toca uma caixa (tambor da Folia de Reis), tá aprendendo a caixa; faz um tipe (tipo de voz do cantorio), tá aprendendo cantar. Vai assim, no ato, no seguir do acontecido. 

Agora, nisso tudo tem uma educação dentro, não tem? Pode não ter um estudo. Um tipo dum estudo pode ser que não tenha. Mas se ele não sabia e ficou sabendo é porque no acontecido tinha uma lição escondida. Não é uma escola; não tem um professor assim na frente, com o nome “professor”. Não tem... Você vai juntando, vai juntando e no fim dá o saber do roceiro, que é um tudo que a gente precisa pra viver a vida conforme Deus é servido. (...) Agora, o senhor chega e diz que até podia ser diferente, não é assim? Que não é só pra ensinar aquele ensininho apressado, pra ver se velho aprende o que menino não aprendeu. Então que podia ser um tipo duma educação até fora da escola, sala. Que fosse assim dum jeito misturado com o-de-todo-dia da vida da gente daqui. Que podia ser um modo desses de juntar saber com saber e clarear os assuntos que a gente sente, mas não sabe. Isso? (...)Exemplo assim, como a gente falava, de começar pelas coisas que o povo já sabe, já faz de seu: as idéias, os assuntos.Eu entendo pouco de tudo isso, não aprendi, mas ponho fé e vou lhe dizer mais, professor – como é que eu devo chamar o senhor? – eu penso que muita gente vinha ajudar, desde que a gente tivesse como acreditar que era uma coisa que tivesse valia mesmo. Uma que a gente junto pudesse fazer e tirar todo o proveito. Pra toda gente saber de novo o que já sabe, mas pensa que não. Parece que nisso tem se segredo que a escola não conhece.

Rudá Ricci é sociólogo, doutor em Ciência Política, consultor em educação e movimentos sociais.
Mora em Belo Horizonte, sendo diretor do Instituto Cultiva.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

209 prefeituras receberão máquinas agrícolas do PAC 2. 25 são do Vale do Jequitinhonha.

Dilma entrega mais de 220 máquinas do PAC 2, nesta quarta, 26.02, em Betim, na Grande BH.

Dilma entrega máquinas agrícolas a cidades que 'precisam mais'. 

Segundo presidenta, municípios escolhidos são os que têm até 50 mil habitantes e critério político-partidário não foi considerado: 'Não quero saber onde o prefeito tem o seu coração político'.


Duzentos e nove municípios mineiros serão contemplados com motoniveladora, caminhão caçamba e caminhão pipa pelo Governo Federal por meio do PAC2. 

A entrega acontece nesta quarta-feira, 26.02, em Betim, na Grande BH, contando com a presença da presidenta Dilma Rousseff. 

“O Programa é especial, pois está doando bons equipamentos, duráveis, que darão melhores condições para as prefeituras atenderem a zona rural, em especial a agricultura familiar. Os caminhões pipa, por exemplo, ajudam ainda no combate aos efeitos da seca”, ressaltou o deputado federal Reginaldo Lopes que participará do evento. 
ROBERTO STUCKERT FILHO/PR
Dilma
Presidenta disse que os municípios com até 50 mil habitantes são 90% do total do país
A presidenta ressaltou que os municípios com até 50 mil habitantes são 5.061 e representam 90% do total das 5.561 cidades do país. No total, o programa prevê 18 mil máquinas para os municípios com esse perfil.
No contrato, está previsto que os fornecedores oferecerão capacitação para os operadores das máquinas e 2.500 horas/máquinas de garantia. Os equipamentos se destinam à manutenção de estradas vicinais. 
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, alerta que os prefeitos devem estar atentos para desvios da finalidade. “As máquinas são para o cuidado de estradas vicinais. Se sofrerem pressão, não permitam o uso das máquinas em propriedades privadas.”
Dilma disse que as estadas vicinais são estratégicas para o escoamento da produção agrícola e de carne bovina, ovina e avícola. “São mais importantes do que as BRs e as estaduais, porque além da produção passam ambulâncias, ônibus de escola, brasileiros e brasileiras.”
Ela pediu aos prefeitos cujas cidades receberão as máquinas para ficarem atentos ao prazo estabelecido. As empresas têm até 15 de junho “de tolerância” para entregar os equipamentos.
Para ilustrar o critério segundo o qual as cidades que constam da lista de doação são as que mais precisam, Dilma disse que, dos 92 municípios mineiros contemplados, em 16.02, em Governador Valadares, no lese de Minas, na última entrega, 63 pediram 88 médicos ao programa Mais Médicos. “Em 34 desses 63 municípios, 45 médicos já estão trabalhando.”
Municípios do Jequitinhonha, norte de Minas, Rio Doce e Mucuri que serão contemplados, nessa quarta, 26.02, em Betim:
Água Boa - Rio Doce
Águas Formosas - Vale do Mucuri
Araçuaí - Vale do Jequitinhonha
Aricanduva - Vale do Jequitinhonha
Bandeira - Vale do Jequitinhonha
Cachoeira De Pajeú - Vale do Jequitinhonha
Capelinha - Vale do Jequitinhonha
Capitólio - Rio Doce
Caraí - Vale do Jequitinhonha
Carbonita - Vale do Jequitinhonha
Catuji - Vale do Mucuri
Chapada Do Norte - Vale do Jequitinhonha
Coluna - Rio Doce
Cristália - Vale do Jequitinhonha
Datas - Vale do Jequitinhonha
Felisburgo - Vale do Jequitinhonha
Frei Gaspar - Vale do Mucuri
Gouveia - Vale do Jequitinhonha
Ibiracatu - norte de Minas
Itambacuri - Vale do Mucuri
Itaobim - Vale do Jequitinhonha
Itinga - Vale do Jequitinhonha
Jacinto - Vale do Jequitinhonha
Jordânia - Vale do Jequitinhonha
Luisburgo - norte de Minas
Machacalis - Vale do Mucuri
Medina - Vale do Jequitinhonha
Monte Formoso - Vale do Jequitinhonha
Nanuque - Vale do Mucuri
Novo Cruzeiro - Vale do Jequitinhonha
Pedras De Maria Da Cruz - norte de Minas
Poté - Vale do Mucuri
Presidente Juscelino - Vale do Jequitinhonha
Riachinho - norte de Minas
Rio Vermelho - Rio Doce
Sabinópolis- Rio Doce
Salto Da Divisa - Vale do Jequitinhonha
Santa Cruz de Salinas - Vale do Jequitinhonha
Santa Juliana - Vale do Mucuri
Santa Margarida - Rio Doce
Santa Maria Do Salto - Vale do Jequitinhonha
Santo Antonio Do Retiro - norte de Minas
São Gonçalo do Rio Preto - Vale do Jequitinhonha
São João das Missões - norte de Minas
São João do Manteninha - Rio Doce
Veredinha - Vale do Jequitinhonha
Virgem Da Lapa - Vale do Jequitinhonha.

APOSTA DE ARAÇUAÍ/MG LEVA R$ 320 MIL EM SORTEIO DA LOTOFÁCIL



Sorteio aconteceu na noite desta segunda-feira, 24.02, pelo concurso 1023, no Lotofácil.





















Uma aposta feita em Araçuaí (MG), no Vale do Jequitinhonha, acertou as 15 dezenas da Lotofácil e o sortudo vai receber R$ 320.281,55. Outras quatro apostas também acertaram os números. Uma de Feira de Santana (BA), outra de Salvador (BA), Pelotas (RS) e uma de Piracicaba (SP). O sorteio do concurso 1023 aconteceu na noite desta segunda-feira (24) em Osasco (SP).

Confira os números sorteados: 01 02 03 06 07 08 09 11 13 14 16 18 21 22 23.

Outras 795 apostas acertaram 14 números e cada uma vai levar R$ 885,42. Com 13 acertos teve 8.797 apostas, que vão receber R$ 12,50 cada. 252.290 apostas fizeram 12 acertos, e cada leva R$, 5,00. O menor prêmio, R$ 2,50 foi distribuído à 1.342.968 apostas.

Na região do Vale do Jequitinhonha, não é muito comum haver ganhadores de grandes prêmios na loteria. Contudo, muitas pessoas ignoram as probabilidades e lotam as lotéricas para tentar à sorte e tentar ficar rico.

Os sorteios da Lotofácil acontecem três vezes por semana, às segundas, quartas e sexta. As apostas devem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio em qualquer uma das 11,9 mil lotéricas. A aposta com 15 números custa R$ 1,25.

Francisco Badaró sai do cadastro de inadimplentes do Estado

Município era punido pelo Tribunal de Contas do Estado devido a irregularidades da prestação de contas de 2012.


Sede do TCE-MG. Foto: Divulgação
A magistrada verificou que o processo que analisa as contas apresentadas ainda não chegou ao fim e a inclusão do município junto ao sistema de gestão de serviços públicos, neste momento, não é razoável, pois poderá ensejar o bloqueio de verbas essenciais à população. “A inclusão precipitada do município no cadastro de inadimplentes vem ferir de forma frontal os princípios constitucionais do contraditório, da ampla defesa e, ainda, do devido processo legal (artigo 5º, incisos LIV e LV, da Constituição Federal)”, ressaltou.

Citando jurisprudência do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a magistrada ainda ressaltou que a sanção causa sérios danos a toda a comunidade, e o município não pode ser prejudicado por irregularidades na prestação de contas ocorridas em gestão anterior.

Em razão das irregularidades, o município encaminhou cópias à Procuradoria de Justiça de Combate aos Crimes Praticados por Agentes Políticos Municipais para a adoção das medidas cabíveis. 

O atual gestor, Antônio Sérgio Mendes, observou que todas as irregularidades são de responsabilidade do ex-mandatário, José João Figueiró de Oliveira, e o município não pode sofrer prejuízos em virtude da má administração anterior. 
“A população local é que ficará realmente prejudicada, caso o nome do município seja mantido no sistema”, observou. Argumentou que a Lei Complementar Estadual nº 102/2008 prevê que, caso seja comprovado que o atual gestor não é o responsável pelas irregularidades, o município não pode ser penalizado.

A juíza relatou que o artigo 63 da Lei Complementar Estadual nº 102/2008 dispõe que os entes públicos que estejam inadimplentes quanto ao cumprimento das suas obrigações legais não poderão firmar convênio, acordo ou similares para o recebimento de recursos estaduais ou municipais, enquanto não regularizarem a situação. 
Mas prevê também que a sanção não é aplicada, caso seja comprovado que o atual gestor não é o responsável pelas irregularidades e que tomou providências para saná-las. Há previsão semelhante no Decreto Estadual nº 43.635/2003.

“Considerando que o atual prefeito tomou posse em janeiro de 2013 e que as irregularidades lançadas estão entre aquelas descritas pela análise técnica do TCE/MG na prestação de contas relativas ao ano de 2012, fica clara a incidência das ressalvas contidas na Lei Complementar nº 102/2008 e no Decreto nº 43.635/2003”, concluiu Lílian Maciel.

“Não se pode permitir, portanto, que o município fique impedido de ter acesso aos repasses de recursos que certamente ensejarão a restrição dos serviços públicos de atendimento básico”, concluiu a juíza. 

Essa decisão está sujeita a recurso. Confira a movimentação desse processo clicando aqui.

Via Estado de Minas e Blog do Jequi, de Bernardo Vieira.

Exército inicia reparos na BR 367 onde menos precisa

Trecho entre Berilo e Chapada do Norte está intransitável, com movimento intensivo de veículos.

Soldados estão alojados em Virgem da Lapa, na antiga agência do Banco do Brasil, no centro da cidade.

O Exército Brasileiro começou a intervenção de reparos na BR 367, no trecho de 30 km, entre Virgem da Lapa e Berilo, no Médio Jequitinhonha, nordeste de Minas, para surpresa de moradores e viajantes que passam pela região, por não ser este o trecho mais crítico da rodovia entre Virgem da Lapa-Berilo-Chapada do Norte-Minas Novas.

As ações estão se dando de forma intensa com patrolamentos, roçagem e encascalhamento de locais mais críticos, com cerca de 70 soldados do 11º Batalhão de Engenharia de Construção de Araguari que estão alojados na antiga agência do Banco do Brasil, em Virgem da Lapa.


A iniciativa faz parte de um convênio entre o Exército e o Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (DNIT). Neste primeiro momento, as obras ocorrem em 70 km, e seguem em direção a Berilo-Chapada do Norte até Minas Novas, no Vale do Jequitinhonha. Segundo o projeto serão gastos cerca de R$ 23 milhões.
Os soldados permanecem alojados em Virgem da Lapa. Segundo informou Marco Antônio de Lima, engenheiro chefe da 22ª Regional do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER), em Araçuaí, “os soldados estarão empenhados na reforma de pontes, além do patrolamento do trecho e colocação de cascalho,” contou o engenheiro.


Trecho mais crítico fica para depois
Inicialmente, o Major Cordeiro, comandante da operação, anunciou que os serviços teriam início entre as cidades de Berilo e Chapada do Norte, trecho com 20 km de extensão, que está intransitável, como também possui maior movimento em direção à cidade de Minas Novas, sede de Comarca e polo regional de serviços.

Confira aqui: 
http://blogdobanu.blogspot.com.br/2014/01/exercito-inicia-recuperacao-da-br-367.html

Neste trecho, a ponte de madeira sobre o Ribeirão Água Suja, na saída da cidade de Berilo, está isolada, com o trânsito deslocado para o leito do córrego. Seguindo em frente, a pouco mais de 500 metros, a rodovia sofre outro desvio para próximo à cerca da fazenda de Getúlio Sales.
Ponte sobre o Ribeirão Água Suja, em Berilo, está isolada (Foto de Ramon Amaral Godinho, em 21.02.14).

Descendo o Morro das Painas,a 4 km da cidade de Berilo, veículos pequenos e baixos arrastam seu tanque, cano de descarga e parte baixas na poeira cheia de pedras soltas e buracos.

No Morro do Pintor,na entrada da fazenda de Água Limpa, a estrada nem parece que existe com uma grande rieira cortando o seu trajeto. Veículos não conseguem uma velocidade superior a 5 km. 

Outro trecho crítico é o morro da Pedra Escrita. Veículos deslisam na poeira, na piçarra, tendo grandes dificuldades, tanto na subida quanto na descida.

A ponte de madeira sobre o Rio Capivari, a 2 km de Chapada do Norte, continua ameaçando a vida dos transeuntes.

Portanto, este trecho entre a cidade de Berilo e local conhecido como Sete Voltas, do ponto da torre de empresas de telefonia móvel, é o mais crítico de toda a extensão entre Virgem da Lapa-Berilo-Chapada do Norte-Minas Novas.

O trecho entre Virgem da Lapa e Berilo que está sendo feito pelo Exército está isolado de movimento de veículos. A própria Viação Rio Doce mudou seu itinerário da linha Araçuaí-Virgem da Lapa-Berilo-Chapada do Norte-Mina Novas. A linha com 4 horários/dia mudou para Francisco Badaró-Berilo aproveitando o trecho de asfalto.