segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Por que a Globo está atacando Lula com tanta fúria?

A Globo é fruto de dinheiro público.



 O Conversa Afiada reproduz artigo de Paulo Nogueira, extraído do Diário do Centro do Mundo:

por Paulo Nogueira

Valentemente, assim que os donos determinaram, os jornalistas da Globo pararam de falar no impeachment de Dilma.

Um deles, Erick Bretas, tratou até de trocar a foto de perfil de seu Facebook. Ele tinha colocado a inscrição “gave over” (fim de jogo), por ocasião de uma manifestação anti-Dilma, para a qual conclamara seus seguidores.

Trocou-a, com a nova orientação patronal, por uma bandeira do Brasil.

Agora, com a mesma valentia com que recuaram instantaneamente, os editores, colunistas e comentaristas da Globo avançam, novamente sob ordens patronais, contra Lula.

Todas as mídias da Globo vêm sendo usadas para investir contra Lula, por conta, naturalmente, de 2018.

Tevê, jornal, rádio, internet – são os Marinhos e seus porta-vozes contra Lula.

A novidade aí parece ser a substituição da Veja pela Época na repercussão dos sábados à noite do Jornal Nacional.

Nem para isso mais a Veja serve. Nem para servir de alavanca para o Jornal Nacional. É uma agonia miserável e solitária a da revista dos Civitas.

Lula, em seus anos no Planalto, nada fe​z​ para enfrentar a concentração de mídia da Globo, algo que é um câncer para a sociedade pelo potencial de manipulação da opinião pública.

E agora paga o preço por isso.

Verdade que, acertadamente, ele decidiu não ficar “parado”. Pássaro parado, disse Lula, é mais fácil de ser abatido.

E então Lula decidiu reagir.

Pelo site do Instituto Lula, ele tem rebatido as agressões dos Marinhos, minuciosamente.

E tem anunciado processos quando se sente injustiçado – um passo fundamental para colocar alguma pressão nos caluniadores e, também, nos juízes complacentes.

Há um tributo involuntário no movimento anti-Lula da Globo. É um reconhecimento, oblíquo que seja, de sua força.

É assim que o quadro deve ser entendido.

Quem pode ser o anti-Lula em 2018? Aécio, Alckmin e Serra, os nomes do PSDB, seriam provavelmente destruídos ainda no primeiro turno.

Imagine Lula debatendo com cada um deles.

Fora do PSDB, é um deserto ainda maior. De Marina a Bolsonaro, os potenciais adversários de Lula equivalem ao Vasco da Gama no Brasileirão.

Neste sentido, o boneco de Lula, o Lulão, surge mais como desespero da oposição do que como uma gesto criativo dos analfabetos políticos de movimentos como o Brasil Livre de Kim Kataguiri.

A Globo vem dando um destaque de superstar ao Lulão, como parte de sua operação de guerra.

E Lula tem respondido como jamais fez. No desmentido da capa da edição do final de semana da Época, ele citou um aporte milionário de 361 milhões de reais do BNDES na Globo, em 2001, no governo FHC.

Ali se revelou outra face dos sistemáticos assaltos da Globo ao dinheiro público: o caminho do BNDES. Não são apenas os 500 milhões de reais em média, ao ano, de propaganda federal. São também outros canais, como o BNDES.

Não é exagero dizer que a Globo, como a conhecemos (não como o jornaleco de província a que se resumiu por décadas) é fruto do dinheiro público.

Como Lula, caso volte à presidência em 2018, tratará a Globo?

É essa pergunta que atormenta os Marinhos, já suficientemente atordoados com o florescimento da internet em oposição à decadência da tevê.

E é isso que explica a heroica valentia patronal dos jornalistas da Globo.
Fonte: Diário do Centro do Mundo, via Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorim.

Secretaria de Defesa Social divulga dados sobre a violência contra a mulher.

Mulher vítima de violência é parda ou negra, tem de 25 a 44 anos de idade e não chegou ao ensino médio. Estatística é aberta pela primeira vez.
Cerca de 45% das vítimas de violência doméstica e familiar contra a mulher em Minas Gerais têm a cor parda e 15% são negras. Brancas representam 33%. A maior incidência ocorre entre as mulheres que têm ensino fundamental incompleto (23%), as que são apenas alfabetizadas (21%), as com ensino fundamental completo (9%) e as com ensino médio incompleto (9%).
A violência atinge principalmente mulheres na faixa etária de 25 a 34 anos (30%), e de 35 a 44 anos (23%). Vítimas de 18 a 24 anos de idade são 20% do total.
Os agressores são majoritariamente cônjuges/companheiros (40%) e ex-cônjuges/ex-companheiros (30%). Em seguida vêm filhos/enteados (9%), irmão (8%), pais/responsável legal (7%) e namorado(a)s (6%).
É a primeira vez que o Governo de Minas Gerais coloca à disposição da sociedade informações sobre a violência de gênero no estado. O Diagnóstico de Violência Doméstica e Familiar nas Regiões Integradas de Segurança Pública de Minas Gerais foi produzido pelo Centro Integrado de Informações de Defesa Social (Cinds), vinculado à Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) e gerido de forma colegiada com a Polícia Civil (PCMG), a Polícia Militar (PMMG) e o Corpo de Bombeiros Militar (CBMMG).  O diagnóstico foi planejado e produzido pelos técnicos da PCMG Ricardo Luiz Corrêa e Tânia Mara de Castro Braga.
A base de dados para a pesquisa são os Registros de Eventos de Defesa Social (Reds). O estudo abrange registros de janeiro de 2013 a junho de 2015, com recortes semestrais que permitem a comparação entre iguais períodos desses anos. O perfil das vítimas e o tipo de relacionamento com o agressor praticamente não se alteraram entre 2013 e 2015.
Nos próximos dias, o relatório completo do diagnóstico estará disponível para os cidadãos no site da Secretaria de Estado de Defesa Social:www.seds.mg.gov.br, com dados dos 853 municípios mineiros.
Evolução
A pesquisa aponta que o número de vítimas de assassinatos em Minas Gerais se manteve praticamente estável na comparação entre os primeiros semestres de 2013, 2014 e de 2015 (288, 284 e 283). Também no Estado, nos primeiros seis meses de 2015 frente ao mesmo intervalo de 2014, houve leve queda na taxa de homicídios de mulheres no ambiente doméstico e familiar por 100 mil habitantes (1,35 contra 1,36). No primeiro semestre de 2013, a taxa foi de 1,39.
Já a soma dos registros que englobam várias modalidades de violência tipificadas na Lei Maria da Penha teve alta de 3,4% em 2015 em relação ao mesmo período de 2014, embora tenha sido levemente menor do que a do primeiro semestre de 2013.
Em Belo Horizonte, o número de ocorrências de violência doméstica e familiar contra a mulher teve alta de 0,9% no primeiro semestre de 2015, com 7.416 casos, contra 7.351 nos seis primeiros meses de 2014.
A taxa por 100 mil habitantes ficou praticamente estável, oscilando de 290,58 para 291,61. Já o número de homicídios contra mulheres teve queda: 13% em números absolutos (40 a 46) e 13,7% na taxa por 100 mil habitantes (1,57 contra 1,82).
Naturezas
No ambiente doméstico e familiar, o tipo criminal contra a mulher que prevalece no estado é a violência física, que reúne lesão corporal, homicídio e vias de fato/agressão, respondendo por 46% dos casos. Em seguida, aparece a violência psicológica, que representa mais de 40% dos registros. Estão enquadrados nessa categoria, segundo a Lei Maria da Penha, abandono material, atrito verbal, constrangimento ilegal, maus tratos, perturbação do trabalho ou do sossego alheio, sequestro e cárcere privado e violação de domicílio.
As demais naturezas têm baixa representatividade sobre o total. Por exemplo, a violência sexual, que compreende assédio, estupro, estupro de vulnerável, importunação ofensiva ao pudor e outras infrações contra a dignidade sexual da família têm uma participação de 1% nos registros de violência familiar e doméstica contra a mulher.
Essas participações praticamente se repetiram nos primeiros semestres de 2013, 2014 e de 2015. Foram, respectivamente, para violência física, 46%, 47% e 47%; violência doméstica, 40%, 42% e 43%, e violência sexual, 1%, 1% e 1%.
Média do Estado e Risps
Em números absolutos, a Região Integrada de Segurança Pública 1 (Risp1), formada exclusivamente pelo município de Belo Horizonte, lidera a violência doméstica e familiar contra a mulher em Minas Gerais. A capital respondeu por 13% dos registros em 2013, 12% em 2014 e novamente 12% no primeiro semestre de 2015.
A Risp2, sediada em Contagem, apresentou uma queda na participação, de 10% dos registros em 2013 para 9% em 2014 e 8% no primeiro semestre de 2015. Já a Risp4, cujo núcleo é Juiz de Fora, manteve a representatividade de 9% nos três períodos. Já a Risp12, com sede em Ipatinga, teve aumento na participação sobre o total de registros no Estado: 6% em 2013, 7% em 2014 e aproximadamente 8% no primeiro semestre de 2015.
Quando é observada a proporcionalidade em relação à população, a ordem das Risps por incidência de violência doméstica e familiar contra a mulher se altera consideravelmente. 
No primeiro semestre de 2015, por exemplo, as maiores taxas por 100 mil habitantes foram registradas nas Risps sediadas em Uberaba (397,02), em Patos de Minas (370,97), em Vespasiano (341,52), em Curvelo (336,54) e em Governador Valadares (334,1). A taxa da Risp1 (BH) foi de 291,61, da Risp2 (Contagem), de 258,86, da Risp4 (Juiz de Fora), de 332,47, e da Risp12 (Ipatinga), de 270,59.
Graças ao cálculo de uma média geral de registros de violência doméstica e familiar contra a mulher, é possível consultar no diagnóstico para cada um dos 853 municípios se a incidência está acima, dentro ou abaixo da média do estado nos anos completos de 2013 e de 2014 e nos primeiros semestres de 2013, 2014 e de 2015.
Fonte: Agência Minas

Cemig anuncia redução de 18% da tarifa de energia elétrica, a partir de setembro.,

Conta de luz vai ficar mais barata a partir de setembro, em Minas Gerais.

Aneel aprovou redução de 18% na bandeira vermelha, que ainda continua em vigor.
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Os consumidores vão pagar um valor menor nas faturas de energia a partir desta terça-feira, 1º de setembro. O motivo da redução, que abrange todos os consumidores de energia elétrica do país, é o anúncio da Agência Nacional de Energia Elétrica na mudança do valor referente à bandeira tarifária vermelha, que passará de R$ 5,50 para R$ 4,50 para cada 100 kWh/mês consumidos, uma redução de 18%.
“Esse já é o primeiro reflexo positivo do desligamento das térmicas determinado no início do mês, e todos saem ganhando. O consumidor vai perceber isso na fatura, já com essa redução do valor da bandeira vermelha”, explica o presidente da Cemig, Mauro Borges Lemos.
Em 8 de agosto passado, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico autorizou o desligamento de 21 térmicas com custo acima de R$ 600 por megawatt-hora, o que possibilitou a alteração do valor da bandeira vermelha.
Para setembro, ainda está mantida a bandeira vermelha, porém com um novo valor, que passa a vigorar em todo o país, e a proposta deve diminuir em até 2% em média a tarifa paga pelo consumidor residencial.
Validade
De acordo com o gerente de Tarifas da Cemig, Ronalde Xavier Moreira Júnior, o consumidor somente vai perceber a redução a partir da fatura de outubro. “Isso acontece porque as datas de leitura das contas de energia são distribuídas ao longo do mês. Assim, em setembro, os consumidores pagarão uma parte do consumo ocorrido antes de 1º de setembro ainda conforme a tarifa antiga e a outra parcela do consumo já com o valor reduzido da bandeira tarifária”, explica o gerente.
Fonte: Agência Minas

Grupo teatral Anim' art de Capelinha se apresenta em Belo Horizonte.

Grupo de teatro de Capelinha participa de Mostra InMinas, em Belo Horizonte.

Grupo Anim’Art se apresentou no Parque Municipal, em Belo Horizonte (Foto: Amanda Sampaio)
Neste domingo, 30 de agosto, às 10 horas da manhã, o grupo de teatro de Capelinha, o “Anim’Art” se apresentou, no Parque Municipal, em Belo Horizonte. 
O grupo do Vale do Jequitinhonha embarcou na sexta-feira (28.08) para a capital mineira onde faria a apresentação do musical infantil Noksturday – A Cidade dos Livros.
A peça conta a história de um reino de seres encantados que estão perdendo a magia, pois as crianças não querem mais ler nem escrever. Para que os serem voltem a espalhar fantasia, as crianças deverão reescrever a fantástica história de Noksturday.
O espetáculo tem autoria de Frank Ferraz e direção de Reginaldo Rodrigues. 
O elenco é composto por Bárbara Letícia, Deocleciano Junior, Larissa Santos, Pedro Antônio e Rhennan Godinho. Beatriz Carlos é a musicista; enquanto Gabriela Pinheiro e Anna Viegas são responsáveis pela maquiagem.
A convite da organização do evento, o Anim’Art participa da Mostra In Minas que reunirá 33 grupos do interior e da capital do estado. 
A “Mostra InMinas” teve início no dia 12 e terminou neste domingo (30.08).
Fonte: Inter TV dos Vales / G1

Lista de Furnas é a maior pedra no caminho de Aécio Neves


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Não resisto a, mais uma vez, parafrasear o poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade. "No meio do caminho tinha uma pedra/ Tinha uma pedra no meio do caminho/ Tinha uma pedra/ No meio do caminho tinha uma pedra."
Na última terça-feira (25), em depoimento à CPI da Petrobras na Câmara Federal, o doleiro Alberto Youssef trouxe à tona uma das maiores pedras no caminho do senador Aécio Neves (PSDB): a Lista de Furnas. Ele confirmou à CPI ter tomado conhecimento de que o então deputado federal recebia dinheiro de um esquema de corrupção na Centrais Elétricas de Furnas. A informação lhe teria sido passada por José Janene, ex-deputado do PP, morto em 2010, apontado como um dos beneficiários do esquema de pagamento de propinas investigado na Operação Lava Jato.
Vale recordar que, em depoimento anterior à Polícia Federal, o doleiro já havia afirmado que PP e PSDB "compartilhavam" uma diretoria de Furnas e que os pagamentos a políticos seriam de pelo menos 100 mil dólares mensais entre 1996 e 2000. Por sinal, denúncia oferecida pela procuradora Andréia Baião, da Procuradoria Geral da República (PGR) do Rio de Janeiro, em 2010, também havia revelado o esquema. Assim como Yousseff, ela apontava a empresa Bauruense como intermediária dos recursos arrecadados pela estatal para financiar as campanhas de 2002 do candidato derrotado à presidência, José Serra, de Geraldo Alckmin, eleito governador de São Paulo e Aécio Neves, eleito para o governo de Minas, todos do PSDB. O esquema seria operado pela irmã de Aécio, Andréa Neves.
E já se vão mais de dez anos desde que a bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), especialmente o deputado estadual Rogério Correia, trouxe a público a denúncia do envolvimento do ex-governador em um esquema ilegal de repasse de recursos da estatal para políticos. Segundo o documento denominado Lista de Furnas, cuja autenticidade foi comprovada por perícia da Polícia Federal, quase R$ 40 milhões foram distribuídos a 156 políticos, sendo 69% para as três campanhas citadas. Nos bastidores, vários deputados confirmaram terem recebido as quantias vindas de Furnas, que variavam entre R$ 70 mil e R$ 100 mil. Um deles, o então deputado Antônio Júlio (PMDB), hoje presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), corajosamente, assumiu na imprensa que recebeu R$ 50 mil para doação a um hospital.
Em março desse ano, mais uma tentativa de que o esquema fosse apurado. Rogério Correia e os deputados federais petistas Adelmo Leão e Padre João apresentaram requerimento à PGR para que a delação premiada de Youssef sobre Furnas fosse desarquivada e investigada na Operação Lava Jato. Sem efeito, lamentavelmente.
Pois bem. O fato volta à baila, agora, denunciado aos olhos de todos, na transmissão em rede nacional do depoimento de Youssef à CPI. A grande pergunta que fazemos é: se o delator tem credibilidade ao denunciar outros políticos, do PP, PMDB, PT e PSDB, por que não o teria, em se tratando de Aécio Neves? Dizem que "pau que dá em Chico dá em Francisco". Será? Se assim o for, aguardamos também a denúncia do senador pela PGR e, quem sabe, até o pedido de sua prisão.
Se mantida a avaliação anterior do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de que a delação de Youssef contra Aécio não tem consistência, há que se exigir uma mudança nos rumos da Operação Lava Jato. Prevaleceria o princípio de que a delação premiada não pode ser vista como prova absoluta, precisando, portanto, ser investigada e confrontada com outras evidências. Ou seja, o próprio procurador assumiria que nem todas as acusações dos delatores são verdadeiras. Nesta lógica, todos os demais denunciados por eles teriam também direito ao benefício da dúvida.
Sobretudo, o que o novo capítulo da Lava Jato evidencia é que as pedras que estavam no caminho de Aécio e do PSDB começam a ser atiradas neles. Caem sobre as cabeças dos que, de forma hipócrita e inconsequente, criaram fatos midiáticos artificiais e utilizaram a Operação Lava Jato para tentar enfraquecer adversários políticos, mesmo conscientes de que jogavam contra o Brasil. Não foi à toa que o empresário Abílio Diniz, presidente da Brasil Foods, declarou recentemente ser a crise do país "fundamentalmente política, muito mais do que econômica".
É fato que a corrupção sempre foi uma "chaga" no Brasil, sobretudo no campo político. Desde 1500, quando Pero Vaz de Caminha, em sua carta ao rei para falar das belezas, virtudes e potencialidades dessa terra, praticou tráfico de influência, pedindo emprego para um parente. E é verdade também que este é um mal praticamente generalizado, independente de ideologia ou agremiação partidária. Chegou o momento de Aécio Neves e o PSDB se haverem com suas "pedras". 
E agora, Janot?
Durval Ângelo é deputado estadual (PT-MG) e líder do Governo na Assembléia Legislativa de Minas Gerais. 

domingo, 30 de agosto de 2015

População faz pressão contra salários de vereadores em pelo menos 19 municípios mineiros

No Vale do Jequitinhonha, povo de Capelinha, Diamantina e Veredinha quer redução de salários de vereadores, prefeitos e vice.


Às vésperas de ano eleitoral, vereadores do interior de Minas estão sendo obrigados a reduzir seus salários e também o dos prefeitos e secretários. Tudo começou por causa de uma revolta em Santo Antônio da Platina, cidade do interior do Paraná com 43 mil habitantes, onde os parlamentares tentaram, em junho, aumentar seus vencimentos, mas acabaram tendo que recuar, e ainda cortar o valor do contracheque, depois que a população se mobilizou contra o reajuste. A história e alguns vídeos do movimento de Platina correram redes sociais e inspiraram outras cidades.

Em Perdões, no Centro-Oeste mineiro, os salários foram cortados em até 30%. Não escapou ninguém: prefeito, vice, secretários municipais e vereadores. Em pelo menos 19 outras cidades, já existem movimentos para aprovar o corte ou projetos nesse sentido em tramitação. A presidente da Câmara de Perdões, vereadora Keyla Cardoso (PMDB), disse que a pressão era para que a redução fosse bem maior, mas, segundo ela, a avaliação era de que um salário pequeno poderia desestimular o interesse dos futuros candidatos e esvaziar o Legislativo e também o Executivo, já que os vencimentos dos futuros prefeito e secretários foram cortados em 10%. “Os conselhos municipais tinham tudo para ser maravilhosos, mas, como seus integrantes não são remunerados, eles muitas vezes não funcionam direito”, exemplifica a vereadora.
Em muitas cidades, os eleitores estão colhendo assinaturas para que o corte dos vencimentos tramite por meio de projeto de iniciativa popular. No entanto, isso serve apenas como forma de pressionar os parlamentares, pois todas as propostas de alterações no contracheque dos vereadores são de competência exclusiva da Mesa Diretora das câmaras municipais e só podem valer para as legislaturas seguintes.
Em Ituiutaba, no Triângulo Mineiro, o empresário e advogado Márcio Biley encabeça uma campanha para arrecadar assinaturas para reduzir o salário dos vereadores para o mesmo valor do piso nacional dos professores (R$ 1.917,78). Segundo ele, a intenção é coletar 15 mil assinaturas, número suficiente para um projeto de iniciativa popular. Ele diz que, se conseguir a adesão, alguns parlamentares se comprometeram a apresentar a proposta. Biley tem montado postos de coleta em vários pontos da cidade. “Os vereadores ganham muito e trabalham pouco. São duas reuniões por semana, todas de noite, e alguns nunca aparecem”, afirma o empresário, que não esconde o interesse em ocupar uma das cadeiras da Câmara na próxima legislatura.
Pela internet, o microempresário Heraldo Reis, de Igarapé, na Grande BH, tenta mobilizar a população para pressionar os vereadores a reduzir os salários. Sua proposta é que os vencimentos caiam dos atuais R$ 6,2 mil para um salário mínimo e meio. “Não tenho dinheiro para fazer banner e propaganda da campanha. Se tivesse, faria”, afirma.
Em Brumadinho, também na Grande BH, os vereadores tentaram aprovar a redução do salário dos agentes de saúde, mas a população se revoltou e tomou conta da Câmara. O projeto, de autoria do Executivo, acabou sendo retirado de pauta e outra proposta, contendo reajustes para os mesmos trabalhadores, foi enviada.
Agora, os moradores querem que o salário dos vereadores seja reduzido. Um dos parlamentares, Reinaldo Fernandes (PT), apresentou um projeto propondo um corte de 15% dos vencimentos, rejeitado no último dia 11 por duas comissões. A população promete uma manifestação. A Câmara já providenciou um parecer jurídico alegando não ser possível baixar os salários por meio de projetos de lei de autoria dos vereadores para tentar desestimular a movimentação, mas a pressão é enorme. A alegação é de que a proposta tem de ser feita pela Mesa Diretora.
Para entender
- Todas as propostas de alterações de salário de vereadores são de competência exclusiva da Mesa Diretora das Câmara Municipais. Ou seja, não podem ser feitas por meio de projetos de iniciativa popular, que servem apenas como forma de pressionar os vereadores.
- O salário dos vereadores é fixado de acordo com o número de habitantes e tem como parâmetro o vencimento dos deputados estaduais.
- Em cidades com mais de 500 mil habitantes, um vereador pode ganhar até 75% do salário dos deputados estaduais. Nas outras, essa proporção varia de 20% a 50%.
- Levando em conta quanto ganha atualmente um deputado estadual (R$ 25,3 mil), o maior salário de um vereador pode ser R$ 17,7 mil, e o menor, R$ 5 mil.
Cargo nem sempre foi remunerado
No Brasil, os vereadores nem sempre foram remunerados. Até 1977, só tinham direito a vencimentos os vereadores das capitais. Mas, nesse mesmo ano, logo após fechar o Congresso Nacional, o presidente general Ernesto Geisel sancionou um decreto estendendo o benefício a todos os vereadores do país. A intenção era angariar a simpatia dos agentes políticos no interior para suas medidas impopulares. Hoje, todos os 57.377 vereadores do Brasil são remunerados. Só em Minas, são 8.438. No país, alguns, assim como os deputados, têm direito a verba indenizatória para cobrir despesas relativas ao mandato.
Recentemente, uma proposta de emenda à Constituição (PEC) tentou estabelecer o fim do salário para os vereadores de municípios com até 50 mil habitantes, mas teve vida curta. A PEC também limitava o total das despesas das câmaras municipais dessas cidades ao máximo de 3,5% da arrecadação municipal. De autoria do ex-senador Cyro Miranda (PSDB-GO), a proposta começou a tramitar em 2012 com o apoio de outros 30 parlamentares. No ano seguinte, foi retirada de pauta, a pedido do próprio autor. Na época, um dos motivos apontados teria sido a pressão dos vereadores, considerados, ao lado dos prefeitos, os maiores cabos eleitorais nas cidades.
O presidente da Associação Brasileira das Câmaras Municipais (Abracam), Rogério Rodrigues da Silva (PDT), que foi vereador em Coromandel, no Alto Paranaíba, por seis mandatos consecutivos, discorda do corte dos salários e do fim da remuneração. Para ele, “tudo não passa de demagogia”. “O único subsídio para parlamentares no Brasil que tem parâmetros é o dos vereadores. O salário é fixado com base na população e há um limite para o gasto de todas as câmaras, que varia de acordo com o número de habitantes das cidades.”
Segundo Rogério Silva, os gastos dos legislativos municipais representam 2,7% das despesas orçamentárias totais das prefeituras. “As pessoas têm que cobrar dos vereadores independência em relação ao Executivo, para que eles possam de fato exercer sua principal tarefa, que é fiscalizar a aplicação de verbas públicas.”
O mapa da mobilização
Confira os efeitos da pressão exercida pela população:
Além Paraíba
A Câmara Municipal aprovou projeto de lei reduzindo o salário dos secretários de R$ 6 mil para R$ 3.941, mas nada de mexer no deles, apesar da pressão que vem sendo feita pelos moradores para que os vencimentos dos parlamentares também sejam cortados.
Perdões
Moradores da cidade pressionaram, e os salários acabaram cortados em até 30%. A remuneração dos vereadores vai cair de R$ 6,2 mil para R$ 4,9 mil; a do prefeito, de R$ 15 mil para R$ 13,9 mil; do vice-prefeito, de R$ 6,7 mil para R$ 4,4 mil; e a dos secretários, de R$ 8 mil para R$ 5,2 mil.
Os valores passam a valer a partir de 2017.
Capelinha
Tramita desde o dia 14 um projeto de lei que prevê a redução dos subsídios dos vereadores, prefeito, vice-prefeito e secretários. O texto determina que, a partir da próxima legislatura, os vencimentos sejam indexados ao reajuste do salário mínimo. Caso seja aprovado, os vereadores vão ganhar dois salários mínimos.
Cássia
Projeto de lei já em tramitação pretende estabelecer o teto de um salário mínimo e meio para os vereadores, valor que corresponde a R$ 1.182, cinco salários para o vice-prefeito (R$ 3.940) e 10 salários para o prefeito (R$ 7.880).
Carmo do Cajuru
Projeto de lei já em tramitação prevê a redução dos salários dos 11 parlamentares, do prefeito e do vice-prefeito. Atualmente, os vereadores recebem R$ 4,2 mil. A proposta é reduzir para R$ 2,1 mil. O prefeito, cujo salário atual é de R$ 11,5 mil, passaria a receber R$ 10 mil, enquanto o vice, que atualmente ganha R$ 5,7 mil, teria o mesmo vencimento dos vereadores.
Araxá
Desde julho, tramita na Câmara Municipal projeto de lei reduzindo o salário dos parlamentares de R$ 8.930,20 para R$ 8.103,12 e o congelamento desses valores até 2020. Outra proposta quer reduzir os salários para R$ 3,5 mil e descontar um quarto do vencimento para quem faltar às sessões da Câmara.
Espera Feliz
Já tramita na Câmara Municipal da cidade projeto de lei propondo a redução do salário dos 11 vereadores em 65%.
Igarapé
Manifesto na internet recolhe assinaturas para pressionar Câmara a reduzir pela metade os vencimentos do prefeito, do vice e dos secretários e dos vereadores, que recebem R$ 6,2 mil, para um
salário mínimo.
Uberlândia
Manifesto recolhe assinaturas para a redução do salário dos 27 vereadores, pela diminuição do número de parlamentares para 21 e para o estabelecimento de um limite para a recandidatura. O manifesto já obteve 1.302 assinaturas. Meta é chegar a 6 mil.
Ituiutaba 
Movimento Amigos de Ituiutaba recolhe há duas semanas, nos principais pontos da cidade, assinaturas para um projeto de lei de iniciativa popular que propõe que o salário dos vereadores seja o mesmo que o piso nacional dos professores
(R$ 1.917,78). Os parlamentares ganham hoje R$ 7,3 mil.
Janaúba 
Internautas pressionam, via redes sociais, para que os salários dos vereadores sejam reduzidos de R$ 7 mil para R$ 1,5 mil, mas não há projeto em tramitação, só pressão. Tanto que a Câmara Municipal divulgou nota oficial negando que esteja discutindo o salário dos vereadores e explicando que qualquer alteração só pode se feita por meio de projeto de autoria da Mesa Diretora.
Brumadinho 
A Câmara Municipal rejeitou em duas comissões o projeto de lei que propunha a redução dos vencimentos dos 13 vereadores de R$ 7,4 mil para R$ 6,3 mil, mas aprovou o corte do salário dos agentes comunitários de saúde de R$ 981,50 para R$ 819,64. A decisão provocou revolta na população, que organizou um protesto. O Executivo retirou de pauta a proposta de corte e enviou outra de aumento.
Montes Claros
Uma campanha coleta assinaturas para o envio à Câmara de projeto de lei de iniciativa popular pedindo a redução do salário dos vereadores, que recebem R$ 15 mil mensais. O movimento tenta conseguir o apoio de 15 mil eleitores para enviar proposta para a Câmara.
Manhuaçu
Campanha arrecada assinaturas para pressionar a Câmara a aprovar a redução dos salários dos vereadores. A proposta sugere que os parlamentares ganhem o mesmo que um professor da rede municipal.
Cataguases
Vereadores apresentaram projetos para reduzir cargos comissionados e prometem para os próximos dias outra proposta para fixar em um salário mínimo seus vencimentos.
Itajubá
Em 9 de setembro, será feita uma audiência pública na Câmara Municipal para discutir a redução do número de vereadores da cidade. A proposta vem sendo encabeçada pelo movimento Transparência Itajubá. Também há uma forte pressão da população para que sejam cortados os salários dos vereadores.
Poços de Caldas
Uma campanha coleta nas ruas assinaturas para a redução dos salários dos vereadores pela metade. A lista de assinaturas já tem 3 mil nomes. A meta é chegar a 6 mil.
Nanuque
Manifesto colhe assinaturas para a redução via projeto de lei de iniciativa popular. Proposta é que o salário seja fixado em dois mínimos.
Diamantina
No início do mês, os vereadores tentaram aprovar o pagamento de 13º salário, mas a população tomou conta da Câmara e não deixou que a proposta fosse aprovada. Agora, os eleitores coletam assinaturas para reduzir os vencimentos de R$ 6,3 mil para R$ 1.576 e vetar o pagamento de qualquer acréscimo, gratificação ou abono para qualquer vereador.
Veredinha
Tramita desde o dia 12 de agosto um projeto de lei que prevê a redução dos subsídios dos vereadores do município. O texto determina que na próxima legislatura os vencimentos sejam de R$ 1.500,00.
Fonte: Jornal Estado de Minas

Itaobim debate implantação de Rede de Comerciantes Protegidos

Foto: PMMGItaobim debate  implantação de Rede de Comerciantes Protegidos
Encontro foi realizado no salão paroquial
A Polícia Militar promoveu na manhã da última sexta-feira, 21.08, no Salão Paroquial da Igreja Católica de Itaobim, no Vale do Jequitinhonha, uma reunião para implantação da Rede de Comerciantes Protegidos.

A Rede de Comerciantes Protegidos  é um projeto de cooperação e parceria entre a Polícia Militar e comerciantes, que incentiva  a organização e mudança de comportamento para adoção de medidas preventivas para redução da criminalidade.

Uma das ideias abordadas foi autilização do Whatsapp, tendo em vista que o aplicativo é de fácil manuseio, contendo recursos que ampliam e agilizam a troca de informações.

Durante a reunião, o Capitão Kleber Santos citou parte do artigo 144 da Constituição Federal  que diz: A segurança pública é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos. 

O texto teve como objetivo conscientizar os presentes de que a parceria, a interação e o trabalho em grupo são importantes ferramentas para a construção de um ambiente mais seguro.

A reunião foi bastante elogiada pelos comerciantes, que demonstraram total apoio para a implantação do projeto.

Estiveram presentes no encontro o Subcomandante da 26ª Cia PM Capitão Kleber de Sousa Santos,  o Comandante do 1º Pelotão de Itaobim que presidiu a reunião, 2º Tenente Gildásio Ferreira Santiago,vereadores e diversos representantes dos estabelecimentos comerciais da cidade.
Fonte: Gazeta de Araçuaí

“Lula é o favorito para 2018”, afirma presidente do instituto Vox Populli.

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O ex-presidente Lula continua sendo o franco favorito na disputa à presidência de 2018, afirma o presidente do instituto Vox Populi, Marcos Coimbra, em artigo na revista Carta Capital.
Por Brasil 247
A avaliação é feita com base em uma pesquisa de seu instituto realizada em maio, da qual concluiu: “a soma daqueles que, em graus diferentes, podem ser considerados “eleitores potenciais” de Lula chega a 51% e a dos não eleitores a 42%”.
“Mais relevante: essas respostas são quase idênticas àquelas obtidas há dez anos em pesquisa também realizada pelo Vox Populi”, acrescenta Coimbra, sobre a mostra feita seis meses antes de Lula ter sido reeleito, em abril de 2006.
“Quem quiser se iludir com pesquisas de intenção de voto para 2018 que exibem números para Lula entre 20% e 25% que o faça. Na melhor das hipóteses, os resultados tornam conjunturais fenômenos que nada de conjuntural possuem”, diz ainda.
O presidente do instituto conclui que “a próxima eleição está distante e ninguém sabe como será disputada”, mas que, “de uma coisa podemos estar certos: se for candidato, Lula é favorito”.