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domingo, 15 de setembro de 2019

Vale do Jequitinhonha: Mineradora quer megabarragem 70 vezes maior que a de Brumadinho.

Mineradora tem projeto de R$ 9,1 bi com mineroduto de 


480 km e megabarragem em Grão Mogol, com 845 milhões 

de metros cúbicos.

Projeto prevê a produção de 27 milhões de toneladas 
de minério de ferro por ano.

Construção de uma das maiores barragens de rejeitos 

do país é condenada por entidades sociais.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

EXPORTAÇÕES MINEIRAS CRESCEM 10%, APONTA GOVERNO DE MINAS

quinta-feira, 26 de março de 2015

Comissão das Águas vai realizar Audiência Pública para debater mineroduto e apontar alternativas

Requerimento do deputado estadual Dr Jean Freire (PT) aprova Audiência Pública em município atingido por mineroduto do Vale do Rio Pardo.
Evento deverá se realizar em Águas Vermelhas, Salinas ou Taiobeiras.



A Comissão das Águas da Assembléia Legislativa de Minas Gerais aprovou na tarde desta quarta-feira, 25.03, a realização de uma Audiência Pública, na região atingida pelo mineroduto Vale do Rio Pardo, para debater o projeto e apontar outras alternativas.

O requerimento, de autoria do deputado estadual Dr Jean Freire (PT), justifica a consulta pública devido ao grande impacto sócio-ambiental que provocará o mineroduto do Vale do Rio Pardo que retirará do Lago de Irapé, no rio Jequitinhonha, entre os municípios de Berilo e Grão Mogol, 14% do volume de água por ano, ou 551 bilhões de litros de água, em um região semiárida, de pouca disponibilidade de água.

A proposta de construção do mineroduto aponta que ele transportará através da força das águas o minério de ferro, in natura, do município de Grão Mogol, em Minas, até o porto de Ilhéus, na Bahia, para dali, ser enviado para seu processamento na China. 

O mineroduto proposto pela SAM Sul Americana de Metais, criada em 2006, e controlada pela chinesa Honbridge Holdines, terá o percurso total de 482 km, passando por 21 municípios de Minas Gerias e Bahia. Em Minas, terá 198 quilômetros com  30 metros de largura. O itinerário do mineroduto passará por 9 municípios de Minas, no norte e Vale do Jequitinhonha: Grão Mogol, Padre Carvalho, Fruta de Leite, Novorizonte, Salinas, Taiobeiras, Curral de Dentro, Berizal e Águas Vermelhas. 

O caso é grave, uma vez que o ex-governador de Minas, atual senador Antônio Anastasia, assinou, como último ato seu como governador, um decreto, tornando de utilidade pública as áreas por onde passará o mineroduto, sendo que o projeto ainda não tem aprovado o RIMA - Relatório de Impacto Ambiental.

O deputado estadual Dr Jean Freire argumenta que uma das saídas seria o próprio processamento do minério de ferro na região de Grão Mogol, onde é extraído o mineral, o que geraria milhares de empregos diretos e indiretos. Outra alternativas seria a construção de uma estrada de ferro para transportar o minério, o que seria uma solução convencional. Esta proposta beneficiaria os municípios atingidos pelo mineroduto com royalties, aumentando a arrecadação municipal tão irrisória, principalmente nesta época de crise.

A data da Audiência Pública e o local onde será realizada ainda não foram definidos. Dr Jean Freire afirma ser urgente a realização do evento, que será acertado com a Presidência da Assembléia Legislativa, dado à montagem de grande infraestrutura e deslocamento de pessoal do poder legislativo mineiro.  Em relação ao local, há a sugestão das cidades de Águas Vermelhas, Taiobeiras ou Salinas. 

Serão convidados para participar da Audiência Pública representantes da SAM, da ANA - Agência Nacional de Águas, representante do Governo de Minas, Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, IGAM - Instituto de Gestão das Águas de Minas, gestores, parlamentares e cidadãos representantes dos municípios atingidos direta ou indiretamente pelo projeto, movimentos sociais como o MAB- Movimento de Atingidos por Barragens, CPT - Comissão Pastoral da Terra, FETAEMG e toda a população da região.

Movimentos sociais contestam mineroduto.
Adair Pereira de Almeida, o Nenzão, morador da comunidade de Vale das Canelas, em Grão Mogol, em depoimento em Audiência Pública na ALMG, contesta o Projeto da SAM. O morador diz que o projeto foi imposto pelo governo sem consultar as comunidades locais, em especial as comunidades tradicionais do Vale do Jequitinhonha, do Norte de Minas e da Bahia.

Os movimentos sociais exigem a revogação do Decreto Lei Nº 30, de 22 de janeiro de 2014, assinado por Anastasia, que declara de Utilidade Pública os terrenos por onde irá passar o Mineroduto do projeto Vale do Rio Pardo da Sul Americana de Metais (SAM). 

O representante do Movimento dos Atingidos por Barragem - MAB, Pablo Andrade Dias, questionou qual a utilidade pública de um decreto destinado a atender uma empresa específica. ”Como é que ele declara de utilidade pública todas as terras por onde irá passar um mineroduto de uma empresa privada, onde o interesse é só de um pequeno grupo?”, diz.

Os movimentos sociais também pedem à Agência Nacional das Águas (ANA) que suspenda a outorga preventiva que a SAM possui, “pois não existe um estudo profundo sobre os impactos que o mineroduto poderá causar a todos os mineiros e também ao povo da Bahia”, informam, em carta.

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Na crise da água, IBAMA pode autorizar mais um mineroduto em Minas


Canal de transporte de minério através da água terá 482 km e atravessará 21 municípios.
9 são de Minas: Grão Mogol, Padre Carvalho, Fruta de Leite, Novorizonte, Salinas, Taiobeiras, Curral de Dentro, Berizal e Águas Vermelhas.

Foto: Mídia Ninja
Filipe Ribeiro Sá Martins, do Brasil de Fato.
No auge do debate sobre o uso da água, o estado de Minas Gerais pode receber mais um mineroduto. O Projeto Vale do Rio Pardo, empreendimento que prevê um mineroduto de 482 km do Norte de Minas até a Bahia, está prestes a obter a licença prévia do IBAMA. 
Está marcada para esta quinta-feira  (05.02), no município de Grão Mogol, no Vale do Jequitinhonha, no norte de Minas, uma audiência pública para apresentar à população a atualização do EIA/RIMA do Projeto Vale do Rio Pardo, considerado o maior projeto de mineração a céu aberto do norte de Minas e o segundo maior mineroduto do Brasil. O projeto é da empresa Sul Americana de Metais S/A – SAM.
Essa nova atualização traz uma expansão na estrutura e na exploração mineral do projeto aumentando ainda mais os seus impactos e colocando em risco todo o abastecimento de água da região. Movimentos sociais e entidades ambientais denunciam que os principais pontos questionados na primeira apresentação do licenciamento, em 2012, sequer foram considerados. 
Pesquisadores apontam que o empreendimento vai afetar povos tradicionais da região, conhecidos como Geraizeiros, que dependem do cerrado vivo para sua reprodução. “O licenciamento não leva em consideração que o projeto vai iniciar um processo de desertificação na região, pelo uso e contaminação dos solos e dos mananciais”, afirma Alexandre Gonçalves, agrônomo e membro da Comissão Pastoral da Terra, uma das muitas entidades que lutam contra o empreendimento na região. 
O Ministério Público Estadual (MPE) entrou com uma ação civil pública solicitando a suspensão do licenciamento ambiental da SAM em abril do ano passado, apontando diversas estratégias utilizadas pela empresa para burlar impedimentos na legislação ambiental.
O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) acompanha o caso na região desde o início dos debates e afirma que têm feito denúncias ao Ibama e ao Ministério Público. “Tememos um verdadeiro crime socioambiental, com violações sistemáticas dos direitos humanos. A forma intensiva de exploração mineral é um ataque à soberania, levando nossa água e nossa biodiversidade pelos canos”, Elane Rodrigues, coordenadora estadual do MAB. 

Entenda: 
O Projeto Vale do Rio Pardo prevê a construção de uma mina para extração do minério de ferro no município de Grão Mogol, local onde o minério será também beneficiado, e a construção do mineroduto que atravessará 21 municípios. A SAM já tem a outorga, ou seja, o direito de uso, de 6.200 mm³/hora de água da Barragem de Irapé, localizada no município. O valor representa 14% de toda a capacidade de cessão da água da barragem, que está instalada no rio Jequitinhonha, um dos maiores da região, responsável por abastecer milhares de famílias e comunidades, que vivem basicamente da agricultura familiar.

O traçado do mineroduto passará por 21 municípios, sendo 9 em Minas Gerais (Grão Mogol, Padre Carvalho, Fruta de Leite, Novorizonte, Salinas, Taiobeiras, Curral de Dentro, Berizal e Águas Vermelhas) e 12 na Bahia (Encruzilhada, Cândido Sales, Vitória da Conquista, Ribeirão do Largo, Itambé, Itapetinga, Itaju do Colônia, Itapé, Ibicaraí, Barro Preto, Itabuna e Ilhéus) com uma extensão de 482 km.


Custo do mineroduto é 18 vezes mais barato que a Estrada de Ferro.

O diretor de Relações Institucionais da SAM, Geraldo Magela Gomes, informou em 2012, durante audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que o transporte do minério entre a mina, localizada nos municípios de Grão Mogol e Padre Carvalho, e o Porto Sul, em Ilhéus (BA), custaria cerca de US$ 18,00 a tonelada, se fosse realizado por estrada de ferro. Enquanto que pelo duto custo para escoar o mesmo volume ficará entre US$ 0,90 e US$ 1,00.

Dessa forma, somente com o duto, a implantação do projeto será viável. Ele explicou que o custo para produzir o minério na região será elevado, pois o teor de ferro é de 20% e a mineradora terá que beneficiar o mineral para alcançar um teor próximo de 65%..

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Mineroduto vai gastar uma Montes Claros e meia de água


Para levar minério de Grão Mogol, no Vale do Jequitinhonha (MG) para Ilhéus (BA) serão necessários 6.200 m3 por dia.

Ou seja, 6 milhões e 300 mil litros por dia.
Ou 3 bilhões e 300 milhões de litros por ano.


Mineroduto Minas Rio
Uso. Em Minas, há quatro minerodutos em operação, que utilizam água de quase uma BH. Há projeto para construção de mais dois

Em plena crise hídrica, mais um mineroduto pode receber licença para funcionar em Minas Gerais e usar mais água para transportar minério para fora do Estado. Nesta quinta à noite foi realizada em Grão Mogol, Norte de Minas, uma audiência pública que faz parte do processo de licenciamento do projeto Vale do Rio Pardo, da Sul Americana de Metais (SAM). A empresa já tem outorga da Agência Nacional de Águas (ANA) para captar até 6.200 m³ de água por hora na barragem de Irapé, construída no rio Jequitinhonha.
Por ano, o projeto usará cerca de 50 milhões de m³, o suficiente para abastecer uma cidade e meia do porte de Montes Claros. O município, também no Norte de Minas, tem cerca de 400 mil habitantes e consome cerca de 30 milhões de m³ por ano, segundo Estudo de Impacto Socioambiental encomendado pelo deputado Rogério Correa.
Captação
O mineroduto será o segundo maior do país, atrás apenas do Minas-Rio, da Anglo-American, que é também o maior do mundo, mas vai ser o campeão em uso de água. Os três da Samarco, já em operação, têm outorga para captar 4.900 m³ por hora. Já o Minas-Rio capta 2.500 m³ por hora.
Em abril do ano passado, em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa, a mineradora informou que o volume que será retirado corresponde a 14% do volume outorgável da barragem de Irapé.
Naquela época, quando a crise hídrica ainda não era tão grave, já havia preocupação dos deputados e do Ministério Público em relação ao alto uso de água em uma região que tradicionalmente sofre com a seca. Nesta quinta, o deputado Rogério Correa voltou a dizer que o rio Jequitinhonha não comporta o projeto. “O rio está à míngua”, afirma.
A audiência desta quinta à noite faz parte do processo para obtenção de licença prévia (LP), o primeiro passo para viabilizar o projeto. Em abril de 2014, a empresa previa que a licença sairia até o fim do ano e o início da operação era esperado para 2017. Nesta quinta, a assessoria de imprensa informou que não há nova previsão para o licenciamento. A empresa não informou se houve alterações no projeto inicial.
Projeto Extensão
O projeto inicial prevê um mineroduto que corta 21 cidades, em Minas Gerais e na Bahia, até chegar ao porto em Ilhéus. Serão 25 milhões de toneladas de minério por ano.

Minério da região tem baixo teor de ferro
O minério que será retirado da região de Grão Mogol tem baixo teor de ferro, cerca de 20%. Para comparar, o minério retirado de Carajás, no Pará, tem 65% de ferro. Para ser bem aceito no mercado internacional, ele será beneficiado e enriquecido antes de ser transportado e exportado.
Como o processo de beneficiamento encarece a produção, a empresa optou pelo transporte via mineroduto, que é bem mais barato. A explicação foi apresentada pela empresa em audiência pública na Assembleia Legislativa no an passado. As jazidas da região seriam suficientes para 25 anos de exploração. O investimento previsto no projeto é de US$ 3 bilhões. A SAM foi criada em 2006 e é controlada pela chinesa Honbridge Holdings.
FONTE: http://www.otempo.com.br/cmlink/hotsites/crise-estrutural-do-brasil/mineroduto-vai-gastar-uma-montes-claros-e-meia-de-%C3%A1gua-1.989671

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Minas Novas: empresa anuncia exploração bilionária de minério de ferro

 ÁREA EXPLORADA SERÁ DE 1.070 Km², entre Minas Novas e Capelinha.



Projeto prevê construção de ramal ferroviário de 160 km até Montes Claros.

Foi divulgado pela empresa Cleveland Mining, responsável pela exploração de minério de ferro em Minas Novas-MG, Vale do Jequitinhonha, em parceria com a BC Iron, a exploração de aproximadamente 1.070 Km² de minério de ferro, com teores entre 50% e 66% de ferro. O investimento inicial de Minas Novas não foi divulgado. Mas já se sabe que o investimento começará ainda em 2014. Todo o projeto, que inclui outras cidades no Brasil e na austrália terá investimento inicial de US$20 milhões de dólares.

Projeto Minas Novas-MG. Foto: Divulgação Cleveland Minig
O Blog do Jequi já havia anunciado em 2012 o estudo que indicava 750 milhões de toneladas de minério de ferro no município. No que respeita ao Projeto Minas Novas, as possíveis alternativas incluem a construção de um ramal ferroviário de 160 km para escoar a exploração até Montes Claros-MG ou mesmo um mineroduto de 300 km de extensão até o novo Porto de São Mateus-ES. Outra alternativa é a construção de mineroduto de 400 km até o novo Porto de Ilhéus-BA, segundo publicação da empresa responsável. A construção de uma ferrovia de aproximadamente 350 km de extensão até o novo Porto de São Mateus (ES) também é estudada.

Projeto Minas Novas

· 1.070 km2 de área no Norte de Minas Gerais.
· Anomalias aeromagnéticos fortes aparecem devido faixas de rochas magnetita-hematita, aparentemente dentro de uma seqüência sedimentar clástica (arenitos / siltitos)
· Sem exploração anterior de Fe
· 6 anomalias adjacentes com potencial combinado de cerca de 3 bilhões de toneladas.
· Nova ferrovia acesso previsto a 50 km do projeto

A mineradora vai utilizar o montante com sondagens, licenças ambientais, atividades de exploração, estradas de acesso e custos de exploração no Brasil e na Austrália. A BC Iron e a Cleveland Mining formalizaram, em setembro do ano passado, o processo de aquisição em etapas (earn-in) dos três projetos que pertenciam à Bahia Mineral Exploration (Bahmex).

“O semestre foi ótimo para a BC Iron. Nós registramos recordes na exportação que, combinados com o contínuo fortalecimento do preço do minério de ferro e com o nosso enfoque no controle de custos, refletiram em receitas nunca antes registradas, em fluxo de caixa e em lucros”, disse Morgan Ball, diretor administrativo da mineradora.

O projeto Minas Novas, em Minas Gerais, cobre 1064 km² e apresenta teores entre 50% e 66% de ferro.

Blog do Jequi entrou em contato com as empresas BC Iron e a Cleveland Mining para saber mais detalhes do projeto, mas ambas não responderam a nossa reportagem.

Fonte: Blog do Jequi

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Deputado Rogério Correa denuncia desapropriação de terras para mineroduto no Vale do Jequitinhonha

O mineroduto pretende passar pelos municípios de Grão Mogol, Padre Carvalho, Fruta de Leite, Novorizonte, Salinas, Taiobeiras, Curral de Dentro, Berizal e Águas Vermelhas.

Foto: arquivoDeputado denuncia desapropriação de terras para mineroduto no Jequitinhonha
O mineroduto com extensão de 490 quilômetros vai levar o minério de ferro de Grão Mogol, Região Norte de Minas, até o Porto Sul

O deputado Rogério Correia (PT)  protocolou na Assembléia Legislativa de Minas, um requerimento de audiência pública para debater os impactos ambientais de um decreto estadual que declarou de utilidade pública terrenos situados em nove municípios, sendo oito do Vale do Jequitinhonha.

 O decreto do Governo Anastasia, com numeração especial 30, de 22 de janeiro deste ano, coloca mais de 300 km  de terras desses municípios,  à disposição da empresa Sul Americana de Metais S.A. (SAM), para a construção do Mineroduto Projeto Vale do Rio Pardo.

 O mineroduto pretende passar pelos municípios de Grão Mogol, Padre Carvalho, Fruta de Leite, Novorizonte, Salinas, Taiobeiras, Curral de Dentro, Berizal, no Vale do Jequitinhonha e Águas Vermelhas no Norte de Minas.

 "Esse projeto assemelha-se ao do mineroduto Minas-Rio que vem causando transtornos à população que habita as áreas onde este está sendo implantado". disse o deputado em pronunciamento na tribuna da Assembléia.

Segundo o deputado, o projeto do Mineroduto Vale do Rio Pardo, além do risco de contaminação do lençol freático, deve levar em consideração o grande volume de água utilizado no processo de lavagem e beneficiamento do metal em uma das regiões mais secas do estado.

A empresa SAM tem autorização do governo Anastasia para captar preventivamente da barragem de Irapé  974,4 litros por segundo (24 horas por dia).
“São 30,7 milhões de metros cúbicos por ano. Significa 30,7 milhões de caixas d’água de mil litros! Quase a mesma quantidade de água que consome o município de Montes Claros (1.074L/s). 12 vezes mais que o município de Salinas. 69 vezes mais que Grão Mogol”, denunciou na tarde desta terça-feira (2) o deputado Rogério Correa.

Os minerodutos são tubos que transportam minério de ferro até o local do beneficiamento, através de um sistema de transporte que demanda a utilização de um grande volume de água, muitas vezes de boa qualidade. Essa prática, contudo, tem sido alvo de críticas por colocar em risco o abastecimento de água de comunidades rurais e de municípios inteiros.
O projeto do Mineroduto Vale do Rio Pardo, além do risco de contaminação do lençol freático, deve levar em consideração o grande volume de água utilizado no processo de lavagem e beneficiamento do metal em uma das regiões mais secas do estado. 
Minério de ferro
  
O projeto faz parte do investimento de cerca de R$ 3,6 bilhões, que inclui a produção de 25 milhões de toneladas de minério de  ferro.

Será construído um mineroduto com extensão de 490 quilômetros para levar o minério de ferro de Grão Mogol, Região Norte de Minas, até o Porto Sul, em Ilhéus (BA).

O mineroduto será implantado pela Sul Americana Metais (SAM), subsidiaria da Votarantim Novos Negócios (VNN), uma das empresas que investem na exploração mineradora na região.

Fontes: site do deputado estadual Rogério Correa, ALMG e Gazeta de Araçuai