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domingo, 5 de maio de 2019

UFMG realiza 20ª Feira de Artesanato do Vale do Jequitinhonha

Feira de Artesanato do Vale 
completa 20 anos
Por Polo Jequitinhonha em  
Evento acontece na UFMG entre 6 e 11 de maio
A região do Vale do Jequitinhonha é marcada por uma vasta produção de bordados, tecelagem, peças de cerâmica e outros tipos de artesanato. 
A cada ano, a UFMG traz para Belo Horizonte parte dessa riqueza cultural de Minas Gerais com o objetivo de promover esses artistas e ampliar as possibilidades de reconhecimento e comercialização de seus produtos. 
No ano passado, o evento gerou quase 280 mil reais. Neste ano, representantes de 27 municípios e de 48 associações, além de 90 expositores, incluindo os povos indígenas Aranã e Cinta Vermelha de Araçuaí, participam da  Feira.
Em 2019, a Feira completa duas décadas, seguindo o princípio de valorizar a troca de experiências entre artesãos, universidade e comunidade local. 
Para Maria das Dores Pimentel, coordenadora do Programa Polo de Integração da UFMG no Vale do Jequitinhonha, “a Feira não é somente um espaço para venda, é mais do que isso, é um espaço de encontro. É fundamental que a comunidade universitária e a população de BH conheçam esses saberes ancestrais, tão importantes quanto os acadêmicos”.
Organizada pela Diretoria de Ação Cultural da UFMG (DAC), pela Pró-Reitoria de Extensão (Proex) e pelo Polo Jequitinhonha, a Feira, segundo Sérgio Diniz, produtor cultural da DAC e coordenador do evento, é resultado da articulação de diferentes órgãos da UFMG e esferas governamentais. “Contamos com o apoio financeiro de diversas instituições num entendimento de que o esforço conjunto é que constrói o êxito da feira. É importante frisar o papel do Governo do Estado de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior para com o evento”, diz.
Além da exposição e da comercialização dos produtos artesanais, a Feira conta ainda com uma intensa programação cultural aberta e gratuita. 
Logo em sua abertura, por exemplo, será lançado o Sabença, livro do programa Saberes Plurais, que reúne histórias das novas gerações de artesãos do Vale do Jequitinhonha. 
Em seguida, Rubinho do Vale apresenta as cantigas do Jequitinhonha. 
Na terça-feira (07), é a vez do cortejo “Nossas vidas em cantos dançados”, com os Erês Mensageiras dos Ventos. Os erês-ibejis são entidades infantis encontradas nos sistemas filosóficos e religiosos de matrizes africanas no Brasil..

A manhã da quarta-feira (08) começa com a Audiência Pública 'Artesanato Mineiro: perspectiva', às 9h30, no auditório da Reitoria. Em seguida, às 12h30, haverá apresentação da Orquestra de Choro da UFMG, na Praça da Serviços.


No mesmo local, na quinta-feira (09), a partir das 17h30, haverá a performance “Pequenas histórias de mim mesmo”, do Teatro Universitário da UFMG (17h30) e o lançamento do documentário “Yékity - A vida fio a fio”. Nele, Marcos Diniz propõe um poema visual contado pelos habitantes do Vale do Jequitinhonha, tendo o rio como grande articulador das narrativas.

Já na sexta-feira (10), é a vez do cantor e compositor Carlos Farias subir ao palco para o show “Canções e Histórias do Brasil Profundo.

Horário de funcionamento geral da 20ª Feira de Artesanato do Vale do Jequitinhonha:
Segunda, terça, quarta e sexta-feira, das 9 às 17h;
Quinta feira, das 9 às 19h;
Sábado, das 9 às 14h.
Delicadeza. Peças são apenas uma das muitas manifestações dos saberes da região. Foto: Acervo Polo.
Histórico
A ideia de realizar um evento que pudesse colocar os artesãos do Vale do Jequitinhonha em evidência na capital mineira surgiu em setembro de 2000, período da Semana do Conhecimento da UFMG. No ano seguinte, foi decidido que era melhor realizá-la na semana que antecede o Dia das Mães, data comercialmente mais favorável.

Em 2003, realizou-se o diagnóstico do artesanato do Vale com os artesãos presentes. Também foram criadas publicações para orientá-los no sentido de organização de cooperativas e associações, uma demanda deles próprios.  

Desde então, na tentativa de promover o diálogo entre os saberes acadêmicos e populares, artesãos vêm ministrando diversas oficinas como de cerâmica, trançado em taboa, bordado, tecelagem, dentre outras, na Escola de Belas Artes e no Centro Pedagógico da UFMG.

Fonte: UFMG/Polo Jequitinhonha

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

FESTIVALE de 2019 será realizado em Belmonte, no sul da Bahia

O primeiro nome do município foi Belmonte do Jequitinhonha. 
E assim será, de novo, na última semana de julho, com a realização do 36 º Festivale.

Da esquerda pra direita: agente cultural Reinaldo Gomes; Presidente da FECAJE, José Augusto; Herculano Assis, Secretário Municipal de Cultura e Turismo de Belmonte; prefeito municipal Janival Borges (de óculos); diretores da FECAJE, Cristina Gonçalves, Nilson Flávio e Renato Paranhos.
O Prefeito de Belmonte, no sul da Bahia, Janival Borges, juntamente com o Secretario Municipal de Cultura e Turismo, Herculano Assis, receberam os representantes oficiais do FESTIVALE – Festival de Arte do Vale do Jequitinhonha, (FECAJE), em 18.01.19, quando confirmaram a realização do FESTIVALE 2019, na cidade do litoral baiano.
O 36º FESTIVALE será realizado no período de 21 a 27 de julho de 2019. Terá o tema: “Dos vales ao mar”, fazendo uma alusão à integração dos estados da Bahia e de Minas Gerais que se uniram para a realização do evento, consagrado como um dos mais importantes da cultura popular do Brasil.
Está será a primeira vez que o Festivale sairá do estado de Minas Gerais, passando por cerrado, caatingas e mata atlântica, descendo o rio Jequitinhonha e, poeticamente, vai desaguar na foz do rio, no mar de Belmonte.
O FESTIVALE é o maior evento de cultura popular do Vale do Jequitinhonha e do Brasil, onde há muita música, literatura, teatro, dança, artesanato, fotografia e culinária, durante 7 dias. O evento realizado é itinerante, acontecendo, a cada ano, em uma cidade.
 Dos 63 municípios mineiros da bacia hidrográfica do rio Jequitinhonha, 23 cidades já foram sede do FESTIVALE: Almenara, Araçuaí, Bocaiúva, Capelinha, Carbonita, Diamantina, Felício dos Santos, Felisburgo, Grão Mogol, Itaobim, Itinga, Jequitinhonha, Joaíma, Jordânia, Minas Novas, Padre Paraíso, Pedra Azul, Rubim, Salinas, Salto da Divisa, Serro, Taiobeiras e Virgem da Lapa. Em algumas cidades, o evento aconteceu mais de  uma  vez.  O Vale do Jequitinhonha baiano tem 7 municípios (Itagimirim, Itapebi, Belmonte, Eunápolis, Santa Cruz de Cabrália , Canavieiras e Mascote). Agora, chegou a vez baiana, e será em Belmonte.
O encontro das águas barrentas do Rio do Jequitinhonha com o mar deu nova  cor às águas. Por isso, Belmonte é conhecida como a "Cidade do Mar Moreno".
Um Festival que acontece desde 1980, tendo seu primeiro acontecimento em Itaobim, no Médio Jequitinhonha, no nordeste de Minas, sempre promovendo grandes mostras de cultura popular, com resultados que ainda hoje são evidenciados no Brasil e no mundo.O FESTIVALE  já revelou e reverenciou muitos artistas:
*cantores e compositores como Paulinho Pedra Azul, Saulo Laranjeiras, Rubinho do Vale, Pereira da Viola, Titane, Dércio Marques, Doroty Marques, Tarancón, Xangai, Elomar Figueira de Melo, Pedro Morais, Tau Brasil, Carlos Farias, Bilora, Verono, Saldanha Rolim, Arnô de Minas Novas, Arlindo Maciel, Milton Edilberto, e tantos outros.  

*Poetas como Gonzaga Medeiros, Cláudio Bento, Celso Freire, Narciso Durães, João Evangelista Rodrigues, etc. 

*Artesãos como Dona Isabel (Ponto dos Volantes); Lira Marques e Zefa (Araçuaí);  Ulisses de Itinga, Ulisses de Caraí, Dona Noêmia, Zé do Ponto (Chapada do Norte), Zezinha (Campo Alegre - Turmalina), as tecelãs de Berilo (Leontina, Pretinha, Natalina), Ana do Baú e Mestre Bastião (Minas Novas), Zé do Balaio (Almenara), Daguimar (Palmópolis)... 

*Artistas plásticos como Marina Jardim (Rubim), Gildásio Jardim (Padre Paraíso),  Leandro Júnior (Chapada do Norte), Marcelo Brant (Diamantina)...

Grupos de teatro de Araçuaí, Jequitinhonha, Medina, Padre Paraíso, Taiobeiras, Pedra Azul, Almenara, Itaobim, Itinga, Capelinha... 

*Corais e mais corais: Trovadores do Vale, Araras Grandes e Nossa Senhora do Rosário (Araçuaí); Coral das Lavadeiras de Almenara; Vozes do Jequitinhonha (Jequitinhonha); Vozes das Veredas (Veredinha); Flor de Liz e Água Branca (Itinga); Nós de Minas e Voz do Alagadiço (Coronel Murta); Ribeirão de Areia (Jenipapo de Minas); Bem-ti-vi (Virgem da Lapa)...
Aos 38 anos de existência, sempre promoveu grandes eventos e com resultados que traduzem em grandes legados culturais por onde quer que seja realizado.


Onde fica Belmonte
Belmonte fica no sul da  Bahia, quase na divisa com Minas. Faz limite com os municípios de  Santa Cruz de Cabrália, Canavieiras, Eunápolis, Itapebi e Mascote.
Está a 72 km de Porto  Seguro; a 56 km de Santa Cruz de Cabrália; 101 km até Itapebi; 130 km de Eunápolis, cidades do sul da Bahia. Das cidades mineiras, Belmonte está a 153 km de Salto da Divisa; 256 km de Almenara; a 440 km de Araçuaí.
Mapa do Extremo sul da Bahia.
Sua população estimada pelo IBGE, em  2018, foi de 24.013 habitantes, sendo cerca de 13 mil na  cidade e 11 mil habitantes no meio rural.
No início do século XVIII, colonos portugueses comemoraram o povoamento de São Pedro do Rio Grande, nas proximidades do rio Grande, atual  Rio Jequitinhonha. 
Vista aérea da cidade de 13 mil habitantes
Inicialmente, Belmonte foi habitada por índios botocudos, catequizados pelos jesuítas que a fundaram e construíram a capela de Nossa Senhora de Madre de Deus. A capela foi a primeira construída no local. Durante muito tempo a cidade foi importante porta de entrada para Minas Gerais, através do rio Jequitinhonha, única via navegável até Saldo da Divisa, no Baixo Jequitinhonha, em Minas.
Mapa da Costa do Descobrimento, no sul da Bahia
O município está situado numa planície entre o rio Jequitinhonha e o oceano Atlântico. Viveu bons tempos de cultivo do cacau, no século XX. Em 1891, passou à categoria de cidade, inicialmente com o nome de Belmonte do Jequitinhonha.  Historiadores supõem que o nome Belmonte foi sugerido pelo ouvidor de Porto Seguro, em homenagem à cidade homônima portuguesa, onde nasceu Pedro Álvares Cabral.
A suposição  histórica leva a crer que os primeiros "sinais de terra" (ervas flutuantes, troncos de árvores e raízes) avistadas pela esquadra de Cabral, tenham partido do rio Jequitinhonha, que, há 500 anos atrás, deveria ser mais caudaloso, arrastando espécies da Mata Atlântica que ficavam boiando ao sabor das correntes marinhas.
Na  foz do rio Jequitinhonha existem manguezais com a vegetação típica que inclui caules retorcidos, com o emaranhado de  seus galhos rugosos e raízes entrelaçadas, numa mostra de uma fauna riquíssima.
É uma das únicas quatro localidades brasileiras onde pode ser encontrada uma árvore da Mata Atlântica ameaçada de extinção, a Buchenavia hoehneana.
No centro da cidade está localizado um imponente farol, construído pela mesma empresa que construiu a Torre Eiffel.
As áreas econômicas do município são bastante diversificadas: agricultura, pecuária, pesca, comércio, indústria, serviços  e turismo.
Na agricultura: antes da praga da vassoura de bruxa, o produto que mais se destacava era o cacau, representando 80% da produção do município, no século XX. Hoje, tem cerca de 17% da fonte de renda local. Logo depois, vem o côco da Bahia e o coqueiro piaçava utilizado na fabricação de vassouras, artesanato e coberturas de cabanas. 
O Censo Agropecuária de 2017 apontou grande produção de banana, caju, côco da Bahia, mamão, pimenta do reino, pupunha, abóboras, jerimum, batata doce. Na pecuária, uma produção de 8 milhões de leite/ano.
A caraterística é de produção em grandes propriedades, empregando pouco mais de 3.500 pessoas.
Muita concentração de renda. Censo do IBGE de 2010 apurou que 47% da renda per capita era de 1/2 salário mínimo. 
O IDHM era de 0,598. O PIB per capita, e, 2016, foi de R$ 11.902,74. 
Tem mais de 31 mil hectares ou 30% da sua área de matas e florestas naturais, de preservação ambiental.
O comércio e a indústria são responsáveis pela maioria dos empregos gerados no município. Serviços e turismo tem alguma representatividade na ocupação de trabalho.
Veja video e conheça mais a cidade de Belmonte:

Conheça todas as praias de Belmonte.

Saiba tudo sobre esta cidade cheia de praias paradisíacas e ideais para a tranquilidade dos visitantes. 

Belmonte
O guaiamum gigante instalado na praça principal dá as boas-vindas para quem chega a Belmonte.
O caranguejo pode nem ser tão famoso assim. O crustáceo, geralmente, encontrado na Flórida, em terrenos arenosos e úmidos, está ameaçado de extinção no Brasil.
Sua estátua gigante faz sucesso, porém, em Belmonte, a mais movimentada das praias da Bahia, por onde também passam trios elétricos no carnaval.
Belmonte
Estátua Guaiamum
Belmonte tem praias admiráveis, mas nunca “brilhou” nas apostas dos turistas. Simplesmente, porque, até pouco tempo, não havia asfalto para ligá-la aos viajantes que chegavam em Porto Seguro.
Porto Seguro fica a cerca de 72 quilômetros de Belmonte. A distância somente ganhou estrada asfaltada no ano de 2000.
Grande parte da graça desse lugar nada convencional está na sua excentricidade: é provável que alguns se assustem com o farol instalado no centro da cidade.
O curioso farol é fácil de explicar. Quando, na década de 1940, o mar recuou, nada menos que 1.500 metros de água foram deslocados.
Como gostam de dizer os baianos, o mar “arretado” teve outros deslocamentos ao longo dos anos e, por essa razão, o farol ficou ali paradão no meio do centro da cidade.
Haja história para um único farol!
Dizem as línguas que o Farol de Belmonte original foi encomendado na França, em 1892, e era para ter sido entregue na cidade de Belmonte, em Portugal, mas chegou na cidade errada. Será?
O farol, no entanto, não é o maior atrativo da cidade.
Com suas águas barrentas, o Rio Jequitinhonha é o marco. Ele segue por entre infinitos coqueiros que, aos poucos, na paisagem, aproximam-se do mar.

Localização de Belmonte, Bahia Confira o mapa: 

As Mais belas Praias de Belmonte

As praias de Belmonte são joias à parte.

Sejam as desertas como a Caieira sejam as exuberantes como a Praia do Mar Moreno.
Essa tem nome que remete à cor das águas do Rio Jequitinhonha.
É o ponto de encontro dos jovens, por conta das baladinhas praianas, que, em geral, se concentram por lá.
Conheça, a seguir, os detalhes de cada uma das praias de Belmonte.

Praia do Mar Moreno – A Praia Mais Agitada de Belmonte

A 1.5 quilômetros do centro da cidade, a Praia do Mar Moreno é a mais movimentada das praias de Belmonte.
A resposta é simples: é o canto importante da cidade onde se concentram trios elétricos no carnaval.
Nos outros meses do ano, as barracas são palco dos shows na região.
É uma praia venerada pelos surfistas, já que as ondas são boas de se devorar na maré alta. Na maré baixa, é a vez das crianças e dos mais velhos.
O curioso na Praia do Mar Moreno é a diferença entre o seu lado ao sul e ao norte. De um lado, fartura de bares, restaurantes e barracas. De outro, no sul, um silencioso desértico.
Na chegada, o enorme caranguejo esculpido pelo artista plástico argentino Miguel Bustos já entrega: é este o prato principal na Praia do Mar Moreno.

Praia de Mogiquiçaba – Uma região protegida pelo IBAMA e feita para os amantes de esporte

Belmonte
Próxima tanto de Belmonte como de Santa Cruz de Cabrália, a Praia de Mogiquiçaba tem acesso pelo rio Preto – ou Sucuruiuba, semente amarela, na língua tupi.
Não é fácil chegar. Mas a paisagem vale a pena. É o mais animado ponto de atração de pescadores, praticantes de windsurfe e surfe e amantes de tartarugas – que desovam por lá em região protegida pelo IBAMA.
Um contraste chama a atenção: a areia dourada, incrivelmente, combina com o tom barrento das águas.
O vilarejo que dá nome à praia chama-se vila de Mogiguiçaba.
É uma das praias mais apropriadas para a pesca de rede e molinete. Os peixes que nadam pela paisagem magnífica da Praia de Mogiquiçaba são cação, escada e arraia.
Quem procura por cantos mais naturais, pode se hospedar nas áreas de acampamentos, que têm infraestrutura básica em meio aos coqueirais.

Praia da Caieira – Um dos mais belos lugares de Belmonte

Belmonte
Considerada um dos lugares mais bonitos de Belmonte, ironicamente, a Praia da Caieira é pouco conhecida como área de preservação ambiental.
Quem rouba a cena é o manguezal, principal atração da Caieira, e seus muitos guaiamuns, caranguejos, aratus e “chama-maré”, uma espécie minúscula que povoa a areia quando a maré está baixa.
O caminho que leva ao manguezal é a própria Praia do Mar Moreno ou o caminho do Bairro Biela.

Praia do Garazau – O refúgio dos surfistas e naturalistas

Belmonte
Um fantástico refúgio para os naturalistas, a Praia do Garazau tem areias finas e brancas.
Quando não estão na Praia do Mar Moreno, os surfistas seguem para a maré alta do Garazau.
Ela esta localizada a três quilômetros do centro de Belmonte. O acesso já entrega o fato de ser um verdadeiro refúgio: chega-se ou a cavalo ou de buggy a partir da Praia do Mar Moreno pela orla sul.

Praia da Barra Sul, Boca da Barra ou Praia Sul

Belmonte
Há três nomes para a praia que concentra os melhores luaus da região.
É o ponto de encontro do mar e do rio e está localizada a 2.5 quilômetros do centro de Belmonte.
Grande parte da forte reputação da Praia da Barra Sul está nas suas ótimas condições de banho tanto no mar quanto no rio.
Se você é daqueles turistas apaixonados por banho de rio, eis aqui uma boa visitação.
Escolha os meses entre abril e setembro, quando a altura Rio Jequitinhonha ainda está baixinha.
Já no mar as boas ondas são um convite à prática do surfe, bodyboarding e windsurfe.
Tal como a Praia do Garazau, na Barra Sul, o manguezal é também uma atração à parte. 

Praia do Rio Preto – A praia do Sossego

A localização afastada (e estratégica!) da Praia do Rio Preto inspira banhistas em busca de sossego.
É a praia mais distante de Belmonte (a 17 quilômetros do centro) em uma região onde as ondas são calmíssimas.
Os visitantes são atraídos não apenas pelas boas condições do banho de mar, como também pela imensa extensão de coqueiral que acompanha a areia.
Os fãs do silêncio ficam por ali curtindo o mar, longe do frisson.
Não vá, porém, despreparado. Leve bolos, pães, queijos e outras guloseimas, já que o local não oferece nenhuma infraestrutura de bares e restaurantes.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

A inauguração do Sobradão

Carlos Mota*
Quando ergueram o Sobradão,
O prédio mais alto do mundo,
Arranhando o céu profundo,
E organizaram a inauguração,
Uma festança foi prometida
Com muita comida e foguetão
E uma missiva foi expedida
Ao Imperador da Nação!!!


Da Corte do Rio de Janeiro
Dom Pedro mandou a resposta
Dizendo ao povo fanadeiro
Que aceitava a proposta
De entrar como cavaleiro
Por aquela enorme porta
E de subir todo faceiro
Por aquela escada torta!

Mas um Zé Bustica de então,
Assim que leu a resposta,
Rindo, quase caiu de costas:
“Mas que mentira danada,
Cavalo lá sobe escada???
Eita povo cabeça de bosta!
Que Dom Pedro, mané nada
Vai cumprir a sua aposta!?

E Zé Bustica tinha razão
Pois no dia aprazado
De Pedro vir ao Fanado,
Começou a confusão:
Ele não cumpriu o combinado
De inaugurar o Sobradão
Deixando o povo frustrado
Com aquela “senducação”!

Mais de um século era passado,
Minas Novas entrou em festa,
Com muito foguete e seresta
E o prefeito foi lembrado
Daquela antiga promessa
Que Pedro em seu reinado,
Muito levado da breca,
Deu o cano no Fanado...

Duzentos e cinquenta anos
A cidade ia completar
E aí entrou nos planos
Doutor Murilo convidar,
O tal general Figueiredo
Pro Sobradão inaugurar
Trotando naqueles lajedos
E as escadas cavalgar.

E aquele general-presidente,
Que preferia cavalo a povo,
Pois não gostava de gente,
Respondeu urgentemente:
“Diga ao povo que eu aprovo
E podem fritar leitoa e ovo
Pois irei inaugurar o Sobrado
Num bom cavalo arreado.”

Minas Novas, daquele tempo,
Bem diferente de agora,
Só tinha cavalo perebento
Machucado pelas esporas
Num deles o General montou
E desceu pela rua afora
Mas no Sobradão empacou
E feito uma metralhadora
Muitos peidos ele soltou
Que o povo se assustou
Correu e foi-se embora!!!

Não sei que presidente,
Se civil ou se arbitrário,
Que lá estará presente
No nosso Tri-Centenário
Que se dará brevemente...
Mas espero que ele consiga
Finalmente inaugurar
Nem que seja uma pocilga
Para o povo se acalmar
E parar com essa briga
De Dom Pedro reclamar !!!

*Carlo Mota é, desde abril de 1955, natural de  Minas  Novas. Bacharel em Direito, pela UFMG, técnico administrativo concursado e, depois, Procurador da República na Previdência Social. Foi deputado federal (2003-2007), autor de projeto de  lei da criação da UFVJM. 
Escreveu o livro "Dicionário Fanadês- Jequitinhonhês-Mineirês - Linguagem falada às margens do Rio Fanado e Adjacências". Aposentado, morando em Sítio, nos arredores de Brasília, cidade onde fixou moradia há 30 anos, danou-se a escrever causos e mais causos de Minas Novas, de adjacências e longinquidades, de todo o Vale do Jequitinhonha. Em breve,   promete publicar outro livro.

O Sobradão
O Sobradão é o símbolo cultural da histórica cidade de Minas Novas, no Alto Jequitinhonha, no nordeste de Minas. O povo da cidade tem um carinho especial pelo edifício, inspirador de muitos causos, pois, até hoje, não se sabe pra que função foi construído. 
O prédio foi construído em 1821 e é um dos mais originais exemplares de arquitetura do período colonial. 
Formado por um bloco de construção, com quatro pavimentos, estrutura em madeira e taipa, suas dimensões eram incomuns para a época. A fachada considerada como principal apresenta quatro portas de loja no térreo, em vergas alteadas e vedação tipo calha. Nas laterais, há mais 59 janelas, três portas de loja e a porta principal de acesso aos andares superiores, de altura incomum, atingindo o segundo pavimento.
Apesar de todas as pesquisas realizadas, não se apurou qual a destinação inicial do prédio. Sabe-se, entretanto, que ele já teve função pública em Minas Novas, como sede do Fórum da Comarca. 
Quando o Deputado Gabriel de Paula Fonseca, em 1856, apresentou à Assembléia Geral do Império, projeto de lei propondo a criação da Província de Minas Novas, o Sobradão foi indicado para ser aproveitado como o Palácio do Governo. A Província, de acordo com o projeto apresentado, abrangeria parte do território do Sul da Bahia e do Norte-Nordeste de Minas Gerais, sendo capital a antiga Vila do Fanado, hoje Minas Novas.
Eme 1730, o arraial passou à categoria de Vila de Nossa Senhora do Bom Sucesso de Minas Novas do Araçuaí ou Vila do Bom Sucesso do Fanado de Minas Novas, pertencente à Capitania da Bahia,nos planos administrativo, militar e eclesiástico. Em 13 de maio de 1757, o território foi incorporado ao Governo da Capitania de Minas.
O Sobradão foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional IPHAN, em 1959. O prédio foi reformado no anos de 1952, 1961, 1972 e 1980.
Hoje, o seu andar térreo é utilizado para exposição de artesanatos locais e regionais, além de servir como sede da Secretaria Municipal de Cultura, Esportes e Turismo.
Os outros andares não são ocupados por nenhuma atividade devido ao estado de precariedade de sua estrutura física e falta de segurança.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Serro: patrimônio histórico ameaçado pela mineração


Empresa Herculano, que já teve uma barragem de rejeitos rompida, faz de tudo para avançar seu projeto em Minas

Belo Horizonte (MG)
Rompimento de barragem de rejeitos da mineradora Herculano em 2014, na bacia do Rio das Velhas / Divulgação/Corpo de Bombeiros

O município do Serro é conhecido nacionalmente por suas inúmeras atrações, famoso pelos saborosos queijos, pelas belas igrejas, pela arquitetura urbana tradicional centenária e por seus distritos, que atraem milhares de turistas com suas deslumbrantes paisagens e cachoeiras.
Localizado na região central da Serra do Espinhaço, sua formação, no início do século XVIII, remete à busca e exploração de pedras preciosas pelos bandeirantes. A singularidade e beleza do patrimônio histórico-cultural do Serro teve um importante reconhecimento em 1938, quando se tornou a primeira cidade do país tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Porém, todo esse patrimônio está ameaçado pelo avanço da mineração no município.
A empresa Herculano, que recentemente obteve os direitos minerários da multinacional Anglo American, pleiteia a instalação de um grande projeto de extração de ferro, denominado “Projeto Serro”. Apesar de ser uma corporação pequena, com ativos em Itabirito, a mineradora Herculano ganhou os holofotes da grande mídia quando, em 2014, teve sua barragem de rejeitos rompida causando a morte de três trabalhadores, a contaminação de cursos d’água e graves impactos ambientais na bacia hidrográfica do Rio da Velhas. Os sócios-proprietários e o engenheiro de minas da empresa foram indiciados por crimes ambientais e por crime de homicídio doloso - quando se assume o risco de matar.
A mineradora Herculano tem feito de tudo para avançar com seu projeto e obter as licenças ambientais para iniciar a exploração mineral. No último período se esforçou para influenciar a elaboração do plano diretor do município e, recentemente, apresentou ao Conselho Municipal de Meio Ambiente (Codema) uma solicitação de declaração do poder executivo que autorize o prosseguimento do processo de instalação do empreendimento.
Em suas propagandas a mineradora afirma que o projeto não impactará as águas, não irá causar emissão de poeira, o transporte do minério por caminhões não causará incômodos às comunidades e nenhum transtorno social será gerado com a mineração. Além disso, defende que as únicas consequências do projeto serão benefícios econômicos com a extração do ferro.
Triste exemplo
Ora, foi esse mesmo discurso que a Anglo American utilizou para se instalar em Conceição do Mato Dentro e, infelizmente, os resultados foram bem diferentes das promessas propagandeadas. Importante lembrarmos que o “Projeto Serro” já foi apresentado e recusado pelo Codema em 2015. Na época, a empresa proponente era a Anglo American, agora, a Herculano apresenta o mesmo projeto, mas fragmentado, alegando que os impactos terão proporções menores. Entretanto, em seus documentos a mineradora deixa claro que o projeto pode ser ampliado na medida que apresentar bons resultados.
Em 2015, um dos motivos que levou o Codema a recusar o projeto foi devido aos impactos iminentes que seriam causados no manancial do Rio do Peixe, principal fonte de água que abastece a cidade do Serro. Para muitos, essa deveria ser uma questão óbvia. Se a região é estratégica, considerada fundamental para garantir a segurança hídrica do município, ela deve ser conservada e medidas devem ser implementadas para assegurar sua sustentabilidade e não permitir a abertura de cavas para exploração de minério que irão destruir a capacidade de recarga hídrica da região.
Com a implantação da mina, além do secamento de nascentes, contaminação dos cursos d’água, emissão de poeira, poluição sonora e outros impactos ambientais, as consequências sociais serão significativamente prejudiciais. Uma delas é o impacto na produção do leite, seja pela diminuição de oferta de água ou pela poluição sonora, que irá impactar todas as comunidades ao redor, prejudicando diretamente a produção do tradicional queijo do Serro. Outra questão a se levar em consideração serão os transtornos gerados com a movimentação de maquinários pesados, descaracterizando completamente o território, em especial, os modos de vida de comunidades tradicionais, como é o caso do Quilombo Queimadas, que sequer foi consultado sobre o empreendimento.
Nas ruas do Serro a ameaça da mineração tem trazido grande apreensão. O povo sabe as consequências terríveis da instalação de um projeto do porte pretendido pela Herculano, os impactos na água, na terra, na paisagem, nos modos de vida e os prejuízos econômicos que podem ser gerados com os efeitos negativos no turismo.
Por isso é preciso pressionarmos as diferentes esferas do Estado com mobilização e organização popular para impedir esse retrocesso. A negação desse projeto minerário é crucial para garantia dos direitos das comunidades e para a defesa de nosso patrimônio histórico-cultural. Serro é uma cidade sem vocação para atividade minerária e deve ser mantida livre desse tipo de empreendimento.
*Luiz Paulo Guimarães de Siqueira é biólogo e coordenador do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM)
Fonte: Publicado no brasildefato.com.br, em 04.12.2018 

sábado, 24 de junho de 2017

Minas Novas: Descaso e abandono ameaçam Sobradão

Prédio está fechado há quatro anos, à espera da liberação de recursos para restauração.

Foto: Gazeta de AraçuaiDescaso e abandono ameaçam Sobradão em Minas Novas
Sobradão é orgulho da população de Minas Novas
O primeiro “arranha-céu” do Brasil corre o risco de cair por terra e levar junto parte da história mineira. A Justiça determinou a interdição do prédio conhecido como Sobradão da Vila do Fanado ou simplesmente Sobradão, em Minas Novas, na Região do Vale do Jequitinhonha, a 520 quilômetros de Belo Horizonte.

Na ação proposta pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), foi pedida a recuperação, pela prefeitura local, do imóvel de quatro pavimentos datado do século 18, que abrigava setores administrativos, escola de música, museu e loja de artesanato até pouco tempo. “A situação é deplorável. Trata-se de uma edificação histórica, do período colonial, sofrendo com a falta de cuidados” disse o promotor de Justiça , Daniel Lessa Costa, autor da ação.

Deputado dr. Jean e Zito Neiva, secretário municipal de Cultura, defendem ampla campanha para salvar o Sobradão
Deputado dr. Jean e Zito Neiva, secretário municipal de Cultura, defendem ampla campanha para salvar o Sobradão



Com tombamento municipal e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o Sobradão “poderá ruir” se não forem tomadas medidas urgentes. “Nesse imóvel, de propriedade da prefeitura, funcionava uma escola de música para crianças, daí aumentar nossa preocupação. Além de vidas humanas – que devem ser prioritariamente acauteladas – o patrimônio cultural nacional corre iminente risco de perda irreparável e não podemos nos calar”, acrescentou o autor da ação civil pública. Nesse trabalho, atuou também o titular da Coordenadoria das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais (CPPC), Marcos Paulo de Souza Miranda. 

O atual secretário municipal de Cultura, Zito Neiva, disse que a prefeitura enviou em abril, um projeto para o Ministério da Cultura com pedido de R$ 2 milhões, para realizar as reformas. " O projeto ainda está em análise", diz Neiva.

Ele informou que ano passado foi feita uma licitação mas a empresa vencedora do processo, não oferece condições técnicas e estruturais para executar os serviços. Por conta disso, a licitação foi anulada.

" A prefeitura tem condições de realizar alguns serviços emergenciais, como por exemplo, reparar o telhado e retirar as goteiras, mas o IPHAN  não aceita", reclama Felipe Motta, vice-prefeito 

O deputado estadual , dr. Jean Freire (PT), esteve na cidade dia 23 de junho último, durante os festejos da Festa do Rosário, uma das mais tradicionais da região. Ele defendeu uma ampla campanha na região em prol das reformas do prédio. " Trata-se de uma parte da história de Minas e do Vale do Jequitinhonha, que está em risco", afirmou o deputado, prometendo empenho junto aos orgãos do governo, na tentativa de liberar recursos para a restauração.

Estrutura do prédio está se deteriorando com a ação do tempo.
Estrutura do prédio está se deteriorando com a ação do tempo.
Na ação proposta pelo Ministério Público, os promotores,  explicam que, “apesar da extraordinária relevância para todos os entes da Federação, o imóvel está completamente abandonado e corre o risco iminente de ruir. O proprietário, município de Minas Novas, tem se omitido no dever de realização de medidas rotineiras de conservação e o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), enquanto guardião do patrimônio cultural mineiro, apesar de ter realizado intervenções no prédio na década de 1980 e ter prometido, recentemente, investimentos em prol da edificação, nada fez além do exercício retórico”. O promotor explica que a prefeitura recebe recursos do ICMS Cultural (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e poderia aplicar no imóvel para preservá-lo.

PROVIDÊNCIAS

O Sobradão está fechado há quatro anos. Ele já abrigou a Secretaria de Cultura, o Museu Regional do Artesanato do Vale do Jequitinhonha, loja de artesanato e o Grêmio Lítero-musical Euterpe Conceição. Ano passado, a superintendente do Iphan em Minas, Célia Corsino,  defendeu  que os serviços emergenciais deveriam ser feitos com dispensa de licitação, para evitar demora.

A direção do Iepha reconhece a importância histórica do imóvel e esclarece que ele não tem proteção por tombamento na esfera estadual. “A responsabilidade de manutenção e conservação é do proprietário, de forma compartilhada com o Iphan, órgão federal que fez o tombamento. O Iepha prioriza a preservação de bens culturais que não têm nenhuma forma de proteção. Entretanto, o Iepha está à disposição para prestar apoio técnico e orientações para busca de recursos para a recuperação do imóvel”, dizem os técnicos da instituição.


Prédio foi construído em 1821
Prédio foi construído em 1821

 HISTÓRIA

Surgida no início do século 18, Minas Novas, antigo Arraial do Fanado, é uma das mais importantes cidades do período colonial mineiro, ainda guardando templos, ruas, além de edificações residenciais, comerciais e oficiais que contam parte da história do estado.

A principal referência arquitetônica da cidade é o Sobradão, que conta com quatro pavimentos e é considerado o primeiro arranha-céu de Minas e do Brasil Colônia. Construído em 1821, tem estrutura de madeira e taipa, com dimensões incomuns para a época. A fachada considerada como principal apresenta quatro portas de loja no térreo, em vergas alteadas e vedação tipo calha.

Nas laterais, há 30 janelas, três portas de loja e a porta principal. O prédio serviu como sede da Câmara. Escola Normal,  e do Fórum de Minas Novas e, em 1856, quando o deputado Gabriel de Paula Fonseca apresentou à Assembleia Geral do Império projeto de lei propondo a criação da Província de Minas Novas – englobando o Sul da Bahia e o Norte – Nordeste de Minas Gerais, o Sobradão foi indicado para ser aproveitado como o Palácio do Governo

Fonte: Gustavo Werneck, do jornal Estado de Minas. e Sérgio Vasconcelos, da Gazeta de Araçuaí