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quarta-feira, 19 de junho de 2019

Nanuque: Criança foi abusada durante 3 anos com a ajuda da mãe

Treze pessoas são presas em operação contra exploração sexual de criança em Nanuque.
Vários tipos de homens abusavam da criança, com pagamento de R$ 20 a R$ 200.
Em 2017, o Disque 100, do Ministério dos Direitos Humanos, recebeu cerca de 1.900 notificações de abuso e violência sexual contra crianças e adolescentes, em Minas Gerais. Depois de São Paulo, é o estado com mais denúncias desse tipo de crime. No Brasil, o número de notificações de violência sexual contra crianças  e adolescentes ultrapassa 20 mil. 

O juiz Thales Flores Taipina, da Comarca de Nanuque, decretou a prisão preventiva de 13 pessoas e expediu 15 mandados de busca e apreensão. A ação pôs fim a três anos de exploração sexual de uma adolescente de apenas 12 anos, naquele município. As medidas possibilitaram o desencadeamento da Operação Pravus, que libertou a menina da exploração da própria mãe.
De acordo com o inquérito, para identificar todos os envolvidos, foram necessários dois meses de investigação sob a coordenação do delegado Luiz Bernardo Rodrigues de Moraes Neto.
Os primeiros indícios da exploração surgiram a partir de denúncia do Conselho Tutelar de Nanuque, que foi encaminhada à polícia.
A adolescente estava vivendo no Distrito de Vila Gabriel Passo com um rapaz de 27 anos, que fornecia drogas à mãe da garota F.V.S.
Durante três anos, ela oferecia os favores sexuais da filha em troca de pagamentos que variavam de R$ 20 a R$ 200, ou mesmo em troca do fornecimento de drogas apenas. A própria mãe levava a filha à casa dos abusadores, sob ameaça de morte. A menina registrou, de próprio punho, todas as agressões sofridas no período e as suas angústias. As prisões foram decretadas no último dia 10, e a Operação Pravus desencadeada no tarde da última quarta-feira.
Risco à paz social
Em seu despacho, o juiz Thales Flores afirmou que “a liberdade dos investigados representa evidente risco à ordem pública e à paz social”. E prosseguiu: “Cuida-se de convicção que decorre da clara indiferença de todos para com o sistema de Justiça, determinada pela realização e reiteração das condutas delitivas mesmo diante da notoriedade do caso na comunidade local, o que evidencia, por sua vez, a probabilidade de ulteriores e semelhantes condutas contra vítimas diferentes, fomentada em caso de eventual silêncio do Estado”.
O nome da operação policial, Pravus, deriva do latim e significa “agir injustamente .

De acordo com o delegado Luiz Bernardo Rodrigues Moraes Neto, as investigações começaram há cerca de dois meses depois que o Conselho Tutelar recebeu uma denúncia anônima de que a menina era explorada sexualmente no Distrito de Vila Gabriel Passos.
“Após confirmar a denúncia, o Conselho Tutelar registrou boletim de ocorrência e eu instarei um inquérito para apurar o caso. Desde então a vítima foi acolhida em abrigo e vem sendo acompanhada. Ela colaborou com as investigações, identificando os suspeitos, dando relatos pormenorizados que contribuíram para prender esses indivíduos”, revela o delegado.
Ainda segundo o delegado, a vítima foi abusada dos nove aos doze anos e era explorada sexualmente pela própria mãe em troca de dinheiro ou drogas. O perfil dos abusadores é variado.

Exploração sexual por vários tipos de homens
“O distrito é uma localidade de difícil acesso, de pobreza acentuada. Essa jovem se deitou com os mais diferentes tipos de homens, de condições elevadas, de condições financeiras paupérrimas, idosos, jovens, deficientes, cadeirantes, traficantes. Todo tipo de maldade essa jovem era submetida. Então disponibilizar que aquelas pessoas fossem punidas, aquilo me deu um incentivo. Nós da Polícia Civil conseguimos devolver um pouco da paz de espírito daquela criança”, afirma o delegado.
A mãe da vítima responderá pelo crime de exploração sexual de menor de idade, com pena de quatro a dez anos de prisão. Já os homens presos responderão por se aproveitar de menor de idade que está sendo abusada.
A ação policial resultou na prisão em flagrante de dois homens, além de indiciamento de outros, todos com idades entre 30 e 50 anos. Com eles, a Polícia apreendeu drogas e gasolina.

 Fonte: G1, Jornal do Vale-Nanuque, OTEMPO, HojeEmDia, Rádio Teófilo Otoni.

domingo, 3 de fevereiro de 2019

Morre ativista que denunciou os crimes de João de Deus

    Sabrina era ameaçada de morte por várias ações de combate à exploração e abusos sexuais de mulheres no mundo todo.

Capangas de João de Deus a procuravam para matá-la.

Sabrina Bittencourt denunciou os abusos sexuais de João de Deus e preparava um dossiê de denúncias de 13 líderes religiosos.


Sabrina Bittencourt, a ativista que desmascarou os abusos sexuais de João de Deus e do guru Prem Baba, cometeu suicídio no sábado 02.02.19. A morte de Sabrina, que tinha 38 anos, com três filhos, foi confirmada em nota por Maria do Carmo Santos, presidente da ONG Vítimas Unidas.

“O grupo Vítimas Unidas comunica com pesar o falecimento de Sabrina de Campos Bittencourt ocorrido por volta das 21h deste sábado, 02 de fevereiro, na cidade de Barcelona, na Espanha, onde vivia. A ativista cometeu suicídio e deixou uma carta de despedida relatando os porquês de tirar sua própria vida. Pedimos a todos que não tentem entrar em contato com nenhum integrante da família, preservando-os de perguntas que sejam dolorosas neste momento tão difícil. Dois dos três filhos de Sabrina ainda não sabem do ocorrido e o pai, Rafael Velasco, está tentando protege-los. A luta de Sabrina jamais será esquecida e continuaremos, com a mesma garra, defendendo as minorias, principalmente as mulheres que são vítimas diárias do machismo”.
Antes de cometer suicídio, Sabrina escreveu um post de despedida no Facebook: “Marielle, me uno a ti. Eu fiz o que pude, até onde pude. Meu amor será eterno por todos vocês. Perdão por não aguentar, meus filhos.”
Filha de imigrantes uruguaios e espanhóis, ela é uma ativista reconhecida internacionalmente, experimentada em agruras diversas.

Nascida em uma família mórmon, a ativista foi abusada desde os quatro anos de idade por integrantes da igreja frequentada pela família. Aos 16, ficou grávida de um dos estupradores e abortou. Sabrina dedicou a vida a militar por vítimas de abuso e a desmascarar líderes religiosos, entre eles Prem Baba e João de Deus.
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JOÃO DE DEUS ATRAÍA GENTE DE BOA FÉ (FOTO: CESAR ITIBIRÊ/FOTOS PÚBLICAS).
Em dezembro do ano passado, a ativista concedeu uma entrevista a Fred Melo Paiva, editor de CartaCapital, na qual relata a sua história de vida e a sua atuação nas denúncias de líderes religiosos que cometem abuso. Ela prometia desmascarar outras 13 lideranças neste ano.

Releia o relato:

“Não importa o que fizeram com você”, disse Jean-Paul Sartre, “importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você”. Fosse vivo, o existencialista francês encontraria na ativista paulistana Sabrina de Campos Bittencourt umas das histórias mais interessantes a encaixar-se em sua frase famosa.
De família mórmon, Sabrina foi abusada desde os 4 anos por integrantes da igreja frequentada pelos pais e avós. Aos 16, ficou grávida de um dos estupradores. Abortou. Hoje, aos 37, mãe, milita numa causa ao mesmo tempo universal e particular: labuta na organização e preparação de denúncias contra líderes religiosos abusadores, para os quais seria melhor evitar a incontornável ideia do santo do pau oco.
De sua parte, prefere “psicopata” e “predador sexual”, entre outras menos lisonjeiras. Sabrina é a mulher por trás das centenas de denúncias de abuso contra João de Deus e Prem Baba. Sob sigilo, prepara o material a desmascarar outros 13 gurus espirituais brasileiros.
Filha de imigrantes uruguaios e espanhóis, ela é uma ativista reconhecida internacionalmente, experimentada em agruras diversas.
Envolveu-se na busca por crianças desaparecidas no Brasil, lidou com jovens carentes acometidos de problemas renais, trabalhou com crianças cegas, surdas e mudas em países da África, defendeu indígenas ameaçados no México.
BITTENCOURT FOI NO ENCALÇO DO GURU PREM BABA (FOTO: YASUYOSHI CHIBA/AFP)
Foi eleita por unanimidade para um posto de direção no Partners of the Americas, uma das maiores organizações de voluntários do mundo. Especializou-se no então nascente conceito do empreendedorismo social, aquele que permitiu ao Terceiro Setor livrar-se do assistencialismo e ganhar dinheiro para o financiamento de suas atividades.
Em 2013, assoberbada por mais de 30 projetos sociais em quatro continentes, foi atingida por uma amnésia que lhe apagou 11 anos de memórias. Virou, por isso, personagem do Fantástico.
Sabrina é uma das criadoras do “movimento” Coame, sigla para Combate ao Abuso no Meio Espiritual, plataforma que concentra denúncias de violações sexuais cometidas por padres, pastores, gurus e congêneres.

Craque na lida com o mundo virtual das redes e com o modus operandi do ativismo real, atraiu mulheres dispostas a contar suas experiências de assédio com Prem Baba e João de Deus. Com o imprescindível apoio das Vítimas Unidas de Roger Abdelmassih, de ativistas espalhados pelo mundo e de jornalistas brasileiros que investigavam tanto o incensado guru quanto o poderoso curandeiro, organizou depoimentos, investigou crimes paralelos, articulou e segue articulando com imprensa e promotores.
Aprendiz de Chico Xavier, João de Deus está preso desde o domingo 16, e contra ele se acumulam até o momento 506 denúncias.
Dono de sete fazendas, atuante no garimpo de pedras preciosas, teve sua casa em Abadiânia (GO) revirada pela Polícia na quarta-feira, 19.12 Foram encontradas uma quantidade vultosa de dinheiro vivo e armas ilegais.
Localizada no meio do caminho entre Brasília e Goiânia, a pequena cidade de Abadiânia é a “cidade de João de Deus”. Com pouco mais de 15 mil habitantes, tudo nela gira, ou girava, em torno da Casa Dom Inácio de Loyola, onde o médium João Teixeira de Faria supostamente operava milagres em “cirurgias” toscas que abdicavam de anestesia.
Com a prisão de João de Deus, os moradores de Abadiânia temem ver a localidade transformada em cidade fantasma, afetando seus negócios. Culpam Sabrina pelo repentino ocaso. Ela diz: “Não tem um Cristo lá que não sabia dos malfeitos do médium. São coniventes”.
Ameaçada de morte, Sabrina vive fora do Brasil sob proteção de organismos internacionais que prestam esse tipo de serviço a ativistas diversos.
Muda de casa a cada 10 ou 12 dias, muda de país sem registrar o ingresso na fronteira.
A seguir, trechos do depoimento da ativista a CartaCapital. A íntegra está na edição impressa de número 1035.

Abusada pelos religiosos

“É algo endêmico essa absurda quantidade de líderes de várias religiões que abusam de crianças, jovens e, principalmente, mulheres. Desde os quatro anos fui abusada diversas vezes pelos mórmons da igreja que frequentávamos, contra os quais não foi tomada nenhuma providência. O meu caminho foi traçado a partir da dor do outro e da minha dor. Eu sabia desde sempre que tinha privilégios que outros não tinham. Então, para poder me curar dessas dores, fiz trabalho social intensamente por 20 anos.”

modus operandi das denúncias

“As coisas que faço são muito organizadas. As denúncias contra Prem Baba e João de Deus deram certo porque fui vendo as variáveis de cada um dos grupos. O que interessa para as vítimas? Falar. Aos policiais? Descobrir outros crimes, entre aspas, mais importantes. Para os jornalistas, o furo. Então vou pegando as informações de pessoas de grupos vulneráveis, organizo. Marco o ritmo, o tom e o código ético de como tratar as vítimas daquele líder espiritual.”

Treze novos abusadores

“Jamais imaginei que a partir do lance do Prem Baba eu ia conseguir receber 103 relatos de 13 líderes espirituais diferentes a partir de um único post no Facebook. Com João de Deus, estamos tratando de uma elite, de celebridades, de pessoas que viajam para a Índia, que podem ficar três meses em Abadiânia apenas sendo voluntária. Estrategicamente, vou apresentando os mais favorecidos. Agora, quando consigo mostrar para a sociedade que mesmo João de Deus, que há 40 anos é o intocável, que já mandou matar uma porrada de gente, que é multimilionário, e mesmo assim a gente conseguiu desmascarar, aí as mulheres que são abusadas por pastores e padres, mulheres negras de uma camada menos favorecida, elas vão criar coragem para falar.”
Fonte: Carta Capital

domingo, 20 de maio de 2018

Araçuaí: Cidade realiza manifestação contra abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes

Araçuai realiza caminhada contra abuso e exploração sexual da criança e adolescente

O evento contou com a participação de estudantes das redes públicas de ensino estaduais e municipais, professores e pais de alunos

Foto: Gazeta de AraçuaiAraçuai realiza caminhada contra  abuso e exploração sexual da criança e adolescente
Caminhada teve início no centro da cidade e foi finalizada no mercado municipal

Nesta sexta-feira (18), é lembrada uma data muito relevante na defesa dos direitos infantis no Brasil. O dia nacional de combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. Este dia se tornou um marco com o objetivo de mobilizar e sensibilizar a sociedade quanto a importância do assunto.

Em Araçuai,  no Vale do Jequitinhonha (MG) pelo menos 300 pessoas participaram  neste sábado (19) de uma  caminhada contra a violência e abuso sexual de crianças e adolescentes . A passeata teve início na praça Rui Barbosa, em frente ao antigo prédio da prefeitura, no centro da cidade e seguiu até o mercado municipal. 


O evento contou com a participação de estudantes das redes públicas de ensino estaduais e municipais, professores e pais de alunos; além do grupamento de Bombeiros Civis e parte do grupo de percussão Guingem. O prefeito, vice-prefeita e vereadores não marcaram presença.

Uma mãe de uma estudante de 12 anos, que pediu para não ser identificada, acredita que os índices de abuso sexual são altos  em Araçuai, e a maior preocupação são relativas aos casos dentro das próprias famílias.  Este ano, dois casos vieram a público com a prisão de  dois homens que abusavam  das filhas ."Essas são as situações mais complicadas para serem detectadas. Muitas vezes, o lar onde elas deveriam estar protegidas, é onde se encontram em perigo", afirma a mulher.

No município, os casos de abuso contra  crianças e adolescentes são acompanhados por equipes multidisciplinares do CREAS-Centro de Referência Especializado de Assistência Social-  Conselho Tutelar e Ministério Público ( Vara da Infância e Juventude ) 
Passeata foi finalizada no mercado municipal.
Passeata foi finalizada no mercado municipal.

 ONDE TUDO COMEÇOU
No dia 18 de maio de 1973, uma menina de 8 anos foi sequestrada, violentada e cruelmente assassinada no estado do Espírito Santo. Seu corpo apareceu seis dias depois carbonizado e os seus agressores, jovens de classe média alta, nunca foram punidos.

 A data ficou instituída como o “Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes” a partir da aprovação da Lei Federal nº. 9.970/2000. O  “Caso Araceli”, como ficou conhecido, ocorreu há quase 40 anos, mas, infelizmente, situações absurdas como essa ainda se repetem.

Denúncia

No país, de acordo com o Ministério dos Direitos Humanos, apenas em 2015 e 2016, 37 mil casos de denúncia de violência sexual envolvendo pessoas com até 18 anos foram acolhidos pelo Disque 100, canal de denúncia. Desse total, 72% eram referentes a abuso sexual e 20% a exploração sexual. Os outros números eram ligados a pornografia infantil, estupro, entre outras violações. 


Para relatar casos de violência contra crianças e jovens, o Disque 100 recebe ligações gratuitas e anônimas. O atendimento, que funciona 24 horas, é feito também aos sábados e domingos. Além do canal telefônico, o aplicativo Planeja Brasil, disponível para download em celulares com sistemas Android e iOS, recebe queixas e as encaminha à Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos. 

Para o ChildFund Brasil, agência humanitária especializada no atendimento de crianças, adolescentes e jovens em situação de privação, exclusão e vulnerabilidade, a prevenção e a conscientização são as únicas maneiras de reverter esses números. Atualmente, a organização beneficia cerca de 42 mil crianças, adolescentes e jovens no país.
 Sérgio Vasconcelos Repórter, na Gazeta de Araçuaí

sábado, 19 de maio de 2018

Mais uma mulher é estuprada e assassinada no Vale do Jequitinhonha.

Sobrinho estupra e assassina tia, de 56 anos, em Medina, no Médio Jequitinhonha.


Crime ocorreu no bairro São Geraldo .
Foto: arquivo
Mulher é estuprada e assassinada pelo sobrinho em Medina, no Vale do Jequitinhonha
Uma mulher de 56 anos foi estuprada e assassinada na noite dessa quinta-feira (17) na casa dela em Medina, no Vale do Jequitinhonha. Os autores, de 22 e 27, foram presos pela Polícia Militar e confessaram a ação criminosa. O rapaz de 22 anos afirmou que é sobrinho da vítima.

A PM foi acionada por uma sobrinha da vítima, irmã do autor, que ouviu gritos vindos da casa da tia na Rua Macapá, no Bairro São Geraldo. Quando os militares chegaram ao local encontraram o corpo de Izabel Francisco Alves com dois travesseiros sobre a cabeça. Ela estava ainda com a blusa levantada e sem a roupa debaixo.
Aparelho de TV roubado da casa da vítima, foi recuperado pela polícia.
  Aparelho de TV roubado da casa da vítima, foi recuperado pela polícia.
Os policiais iniciaram o rastreamento e encontraram o sobrinho de Izabel em atitude suspeita. O rapaz confessou ter praticado o crime em companhia de outro jovem, que também foi localizado e preso. Os dois possuem diversas passagens pela polícia.
 Eles confessaram que estupraram, mataram e depois fugiram levando a televisão da casa da mulher. O aparelho foi recuperado e os dois bandidos foram levados para a Delegacia da cidade.
Fonte: Gazeta de Araçuaí.

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Araçuaí promove palestra contra abuso e exploração sexual

A Comarca de Araçuaí promoveu, no último dia 16.11, uma palestra sobre abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. Apresentada pela juíza da 1ª Vara da Comarca de Araçuaí, Luciana Mara de Faria, a palestra faz parte do projeto “Laços que Protegem”.

O projeto é resultado de uma parceria com o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) do município e inclui encontros com agentes de saúde, professores e alunos para conscientização a respeito do tema. Além da prevenção, o projeto busca ampliar os canais para recebimento de notificações e denúncias.
A ideia nasceu da percepção de que a família não dava crédito para as queixas da vítima e de que o papel dos professores e dos agentes de saúde se mostrou de extrema relevância para identificar as vítimas de fato e aquelas em potencial, bem como para notificar os órgãos competentes.
“Sabe-se que o Poder Judiciário apenas consegue punir os crimes se toda uma cadeia estatal atuar anteriormente, iniciando-se, em regra, com as denúncias e notificações aos serviços sociais, passando pela investigação por parte da polícia, culminando com o oferecimento da peça inicial acusatória pelo Ministério Público, de modo a instaurar, finalmente, o processo penal”, avaliou a juíza.




Fonte e fotos: Ascom TJMG

quarta-feira, 31 de maio de 2017

Taxista é preso por estupro, em Chapada do Norte, no Vale do Jequitinhonha


A Polícia Civil prendeu, nessa segunda-feira (29/05), um homem indiciado por estupro de vulnerável e pedofilia em Chapada do Norte, no Valdo Jequitinhonha. A informação foi divulgada pela Delegacia Regional de Polícia Civil de Capelinha na manhã desta terça.

De acordo com a PC, o autor J.V.O exercia a função de taxista e no dia 24/05/2017, transportava uma adolescente de 13 anos. Durante o trajeto, o acusado estacionou o veículo em um local ermo e forçou a vítima a ter relação sexual com ele.
Na mesma data, a vítima procurou a Polícia Civil de Minas Novas e foi submetida ao exame de corpo de delito, que constatou a violação. O mandado de prisão foi expedido pela Justiça Pública da Comarca de Minas Novas, com base nas investigações realizadas pela Delegacia de Polícia Civil local.
Ainda segundo a PC, J.V.O encontra-se recolhido no Presídio de Capelinha, à disposição da Justiça e após processado pode ser condenado à pena de reclusão de 08 a 15 anos.
Fonte: Aconteceu no Vale

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Em carta aos bispos, papa Francisco pede tolerância zero com pedofilia


O papa Francisco enviou uma carta aos bispos de todo o mundo em que pede a proteção de crianças e para que “o sofrimento, a história e a dor dos menores que foram abusados sexualmente por sacerdotes” não sejam esquecidos. Ele ainda pediu “tolerância zero” aos religiosos.

“Escutar o choro das crianças significa também escutar o choro e o lamento de nossa mãe igreja, que chora não só pela dor causada em seus filhos mais pequenos, mas também porque conhece o pecado de alguns de seus membros. Pecado que nos causa vergonha. Pessoas que tinham a responsabilidade de cuidar destas crianças, destruíram a dignidade delas”, escreveu o papa.
Ele pede “coragem para proteger a infância dos novos Herodes dos nossos dias, que roubam a inocência de nossas crianças”. O pontífice referia-se ao rei que mandou matar todos os primogênitos de Belém após o nascimento de Jesus Cristo.
“Hoje, na lembrança do dia dos santos inocentes, quero que renovemos todo o nosso empenho para que essas atrocidades não ocorram mais entre nós. Que encontremos a coragem necessária para promover todos os meios necessários para proteger de todas as formas as vidas de nossas crianças porque tais crimes não podem mais se repetir”, disse.
Fonte: Agência Brasil / Agência Ansa

Como já fez em outras ocasiões, o papa pediu desculpas pelos casos de pedofilia na Igreja, pelo "pecado de omitir de assistência, o pecado de ocultar e negar e o pecado do abuso de poder".
Francisco repassou as dramáticas situações que afetam milhões de crianças no mundo todo em carta pela ocasião da festa dos Santos Inocentes, celebrada no dia 28 de dezembro.

Desnutrição e deslocamentos forçados

O papa também lembrou que atualmente 75 milhões de crianças tiveram que interromper sua educação por conta de emergências e crises prolongadas, e que em 2015 68% das vítimas de abuso sexual foram crianças.
Francisco afirmou que um terço das crianças que tiveram que viver fora de seus países o fizeram por conta de "deslocamentos forçados". "Vivemos em um mundo onde quase a metade das crianças menores de 5 anos que morrem são vítimas da desnutrição", lamentou.
O pontífice acrescentou que em 2016 calcula-se que 150 milhões de crianças realizaram trabalho infantil, muitas delas "vivendo em condição de escravidão".
Por último, com base em um relatório realizado pelo Unicef, Francisco advertiu que "se a situação mundial não se reverter", em 2030 serão 167 milhões vivendo na extrema pobreza e, até lá, 69 milhões de menores de 5 anos morrerão e 60 milhões de crianças não terão acesso à escola básica primária. Por isso, o papa ordenou aos bispos que cuidem da infância.

"Não deixemos que lhes roubem a alegria. Não nos deixemos roubar a alegria, cuidemos e ajudemos a crescer", instou.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Medina: Polícia Civil prende suspeito de estuprar a própria filha, durante 10 anos


A adolescente de 15 anos procurou a Polícia Militar na tarde da última quarta-feira (21.12) e informou que o pai a estuprava desde a infância. Militares se deslocaram até o local de serviço do suspeito, em um estabelecimento comercial localizado na Praça Max Machado, e o conduziu à Delegacia da Polícia Civil.
De acordo com o Delegado Thiago de Carvalho Passos, J.R.A foi ouvido e liberado por não se encontrar em estado de flagrante. No entanto, a Polícia Civil representou pela decretação da prisão preventiva dele, tendo o Ministério Público manifestado favoravelmente e na sexta-feira (23), o Poder Judiciário decretou a captura.
Ainda segundo o Delegado Thiago de Carvalho, a Polícia Civil de Medina diligenciou por todo o fim de semana e logrou êxito em localizar J.R.A nesta tarde na residência de sua genitora. Ele será encaminhado ao Presídio de Itaobim, onde permanecerá à disposição da Justiça.
“O inquérito policial que apura o fato será concluído e remetido ainda nesta semana à Justiça.”, informou Dr. Thiago em nota divulgada na noite desta segunda-feira.
Homem será encaminhado ao Presídio de Itaobim (Reprodução)
Fonte: Aconteceu no Vale

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Homem mata mulher e sogra a pauladas em Carbonita, no Vale do Jequitinhonha.

Criminoso agrediu a pauladas o sogro, sogra e a mulher, na presença da filha de 11 anos.

Depois, jogou os corpos em uma fossa séptica. As duas mulheres morreram. O sogro sobreviveu. 

A população de Carbonita, município com pouco mais de 9 mil habitantes, localizado no Alto Vale do Jequitinhonha, está chocada com um crime bárbaro descoberto, neste domingo, 27 de novembro de 2016, no distrito de Monte Belo. 

As primeiras informações dão conta de que um homem agrediu o sogro, a sogra e a esposa a pauladas e em seguida jogou as vítimas dentro de uma fossa séptica. As duas mulheres foram encontradas já sem vida. Já a terceira vítima foi socorrida e encaminhada em estado grave para um hospital.

Crime bárbaro choca população de Carbonita.
O crime teria acontecido após as vítimas participarem de uma festa de inauguração de um ginásio poliesportivo, na noite de ontem (26.11). O homem socorrido com vida tocaria sanfona em uma missa, mas como estava demorando a chegar, moradores do distrito resolveram ir até a residência dele. Ao chegarem ao imóvel, os vizinhos encontraram muito sangue e perceberam que o autor do crime teria destampado a fossa e jogado os sogros e a companheira lá dentro.
Profissionais do setor de saúde municipal, Polícia Militar e Polícia Civil se deslocaram para a casa das vítimas, localizada na zona rural. No local, encontraram os dois corpos [de Lourdes e Vanessa, mãe e filha] e um homem [prenome Luiz] ainda com vida dentro do buraco utilizado para armazenamento de esgoto sanitário.
Um morador do município informou que uma criança de 11 anos teria presenciado o assassinato da avó e da mãe dela e relatado que o autor das agressões seria o seu pai. O criminoso também é suspeito de abusar sexualmente da menina testemunha dos homicídios. Segundo informações, a família estava sendo acompanhada pelo Conselho Tutelar de Carbonita devido a suspeita de estupro.
Há informações que o autor do crime teria retornado de São Paulo recentemente, e por motivos ainda desconhecidos, se desentendeu com os familiares e resolveu matá-los. 

Polícia faz buscas e pede ajuda de população
A Polícia Militar realiza buscas com intuito de localizar e prender o principal suspeito de um crime bárbaro . Roberto Adriano, de 35 anos, é o principal acusado de agredir a companheira e os sogros a pauladas. 
O duplo homicídio teria ocorrido na noite de sábado para domingo, 26 e 27.11, e chocou a população de Carbonita e municípios circunvizinhos. As Polícias Militar e Civil compareceram ao local do crime brutal. O sogro do suspeito foi socorrido com vida e encaminhado em estado grave para um hospital.

Roberto Adriano é o principal suspeito do crime (Foto: Reprodução/Facebook)
As primeiras informações dão conta de que Roberto cometeu o crime na presença de uma filha. A menina foi amarrada e solta em uma chapada na estrada que liga o distrito a sede do município.
Roberto Adriano também é suspeito de abusar sexualmente da filha. Segundo informações, a família estava sendo acompanhada pelo Conselho Tutelar de Carbonita devido a suspeita de estupro.
Em uma página na rede social Facebook, Roberto aparentemente tenta passar uma imagem de pessoa religiosa, inclusive publicou selfie exibindo uma Bíblia e algumas mensagens com referência a Deus e Jesus.
Até o início da noite deste domingo, Roberto Adriano continuava foragido. Caso você tenha informações sobre a localização do suspeito, entre em contato com a Polícia Militar, através do número 190 ou pelo telefone (38) 3526-1271 do Quartel de Carbonita.


Roberto Adriano é o principal suspeito do crime (Foto: Divulgação)
Fonte: Aconteceu no Vale.