domingo, 11 de agosto de 2013

Ser pai.............

Ser pai é assim!

Os homens são introspectivos por natureza, falam pouco e por convenção, carregam sempre o pesado. O peso e a culpa por serem duros e fortes.Sofrem calados suas dores, muitas vezes, para não demonstrarem suas fraquezas, o que definitivamente não têm o direito de ter. Ser pai então...?!
É ver suas dores e medos elevados a potência máxima da angústia. O medo e a preocupação do filho que chega tarde da noite, ou ainda, a febre que teima em não cessar... Angústias que  nos consomem como o fogo faz com capim seco! Neste dia em que somos lembrados, gostaria de dividir a tradução dessa missão dada por Deus, a missão de ser pai. É mais ou menos assim como diz o site "Recados on Line":

Ser pai é acima de tudo,
não esperar recompensas.
Mas ficar feliz caso e quando cheguem.

É saber fazer o necessário por cima e por dentro da incompreensão.
É aprender a tolerância com os demais e exercitar a dura intolerância 

(mas compreensão) com os próprios erros.

Ser pai é aprender errando, a hora de falar e de calar.
É contentar-se em ser reserva, coadjuvante, deixado para depois.

Mas jamais falar no momento preciso.

É ter a coragem de ir adiante,

tanto para a vida quanto para a morte.
É viver as fraquezas que depois corrigirá no filho,
fazendo-se forte em nome dele e de tudo o que terá de viver para compreender e enfrentar.

Ser pai é aprender a ser contestado mesmo quando no auge da lucidez.
É esperar.
É saber que experiência só adianta para quem a tem, e só se tem vivendo.

Portanto, é agüentar a dor de ver os filhos passarem pelos sofrimentos necessários, 

buscando protegê-los sem que percebam, para que consigam descobrir os próprios caminhos.

Ser pai é saber e calar.
Fazer e guardar.
Dizer e não insistir.
Falar e dizer.
Dosar e controlar-se.

Dirigir sem demonstrar.
É ver dor, sofrimento, vício, queda e tocaia, jamais transferindo aos filhos o que, a alma, lhe corrói.

Ser pai é ser bom sem ser fraco.
É jamais transferir aos filhos a quota de sua imperfeição, o seu lado fraco, desvalido e órfão.

Ser pai é aprender a ser ultrapassado, mesmo lutando para se renovar.
É compreender sem demonstrar, e esperar o tempo de colher, ainda que não seja em vida.

Ser pai é aprender a sufocar a necessidade de afago e compreensão.
Mas ir às lágrimas quando chegam.

Ser pai é saber ir-se apagando à medida em que mais nítido se faz na personalidade do filho, 

sempre como influência, jamais como imposição.
É saber ser herói na infância, exemplo na juventude e amizade na idade adulta do filho.
É saber brincar e zangar-se.

É formar sem modelar, ajudar sem cobrar, ensinar sem o demonstrar, sofrer sem contagiar, 

amar sem receber.

Ser pai é saber receber raiva, incompreensão, antagonismo, atraso mental, inveja, 

projeção de sentimentos negativos, ódios passageiros, revolta, desilusão e a tudo responder 
com capacidade de prosseguir sem ofender; de insistir sem mediação, certeza, porto, balanço, 
arrimo, ponte, mão que abre a gaiola, amor que não prende, fundamento, enigma, pacificação.

Ser pai é atingir o máximo de angústia no máximo de silêncio.

O máximo de convivência no máximo de solidão.

É, enfim, colher a vitória exatamente quando percebe que o filho a quem ajudou a crescer já, 

dele, não necessita para viver.

É quem se anula na obra que realizou e sorri, sereno, 

por tudo haver feito para deixar de ser importante.

Publicado no http://dopoucoumtodo.blogspot.com.br/2012/08/ser-pai-e-assim.html

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