Assembléia de organizadores das manifestações em BH eleva o tom
Nesta noite foi realizada assembléia aberta dos organizadores das manifestações em BH para avaliar o que ocorreu ontem e definir novos passos.
O tom foi mais radicalizado, mas não revela mudanças concretas de ação e mobilização. Trata-se, portanto, de radicalização discursiva. Insisto que, na minha avaliação, trata-se de um aprendizado político natural, muito difícil de apresentar alguma evolução rápida.
Muitos que pediram a palavra criticaram a reunião com o governador; culparam os governos municipal, estadual e federal pela morte do jovem metalúrgico Douglas (na madrugada de hoje); sugeriram alterar o nome do viaduto José Alencar pelo do jovem que faleceu. Chegaram a demonstrar preocupações com o que seria uma suposta divisão entre vandalismo e manifestantes.
Mas não houve nenhuma reflexão mais profunda do momento atual. Os oradores não fazem uma leitura mais geral sobre a população brasileira, nem sobre o momento histórico que vivem. Podem mudar o país, mas se radicalizarem no discurso como grande parte fez hoje, ficarão isolados e perderão uma chance que dificilmente terão novamente com a força que ganharam nos últimos dias.
Enfim, trata-se de um aprendizado. Se perderem esta oportunidade, será uma pena, mas não esquecerão mais desta autodemonstração de força política. Quem, das ruas, conseguiu fazer o Congresso Nacional recuar tanto e até o Judiciário decidir sobre a prisão de um deputado? Quem conseguiu obrigar a Presidente Dilma se reunir com tantas organizações sociais como agora? Quem revelou a esclerose, com tanta nitidez, do nosso sistema partidário?
Será uma pena os jovens organizadores não conseguirem perceber a avenida política que abriram. Será uma pena falarem para seus pares, quando poderiam dar um passo maior e falar para milhões.
Contudo, já fizeram mais que muitos de nós. Estão ainda com crédito. Mas poderiam avançar mais.
O tom foi mais radicalizado, mas não revela mudanças concretas de ação e mobilização. Trata-se, portanto, de radicalização discursiva. Insisto que, na minha avaliação, trata-se de um aprendizado político natural, muito difícil de apresentar alguma evolução rápida.
Muitos que pediram a palavra criticaram a reunião com o governador; culparam os governos municipal, estadual e federal pela morte do jovem metalúrgico Douglas (na madrugada de hoje); sugeriram alterar o nome do viaduto José Alencar pelo do jovem que faleceu. Chegaram a demonstrar preocupações com o que seria uma suposta divisão entre vandalismo e manifestantes.
Mas não houve nenhuma reflexão mais profunda do momento atual. Os oradores não fazem uma leitura mais geral sobre a população brasileira, nem sobre o momento histórico que vivem. Podem mudar o país, mas se radicalizarem no discurso como grande parte fez hoje, ficarão isolados e perderão uma chance que dificilmente terão novamente com a força que ganharam nos últimos dias.
Enfim, trata-se de um aprendizado. Se perderem esta oportunidade, será uma pena, mas não esquecerão mais desta autodemonstração de força política. Quem, das ruas, conseguiu fazer o Congresso Nacional recuar tanto e até o Judiciário decidir sobre a prisão de um deputado? Quem conseguiu obrigar a Presidente Dilma se reunir com tantas organizações sociais como agora? Quem revelou a esclerose, com tanta nitidez, do nosso sistema partidário?
Será uma pena os jovens organizadores não conseguirem perceber a avenida política que abriram. Será uma pena falarem para seus pares, quando poderiam dar um passo maior e falar para milhões.
Contudo, já fizeram mais que muitos de nós. Estão ainda com crédito. Mas poderiam avançar mais.
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