O acesso e a qualidade da educação foram levantados como condição de permanência dos jovens no Vale do Jequitinhonha durante a mesa “Vozes e visões das juventudes do Vale”. O seminário foi realizado em Turmalina e Belo Horizonte
Foto: divulgação
O seminário foi realizado em Turmalina e Belo Horizonte
O Polo de Integração da UFMG no Vale do Jequitinhonha, vinculado à Pró-Reitoria de Extensão da UFMG, promoveu o VIII Seminário do Visões do Vale,
que teve como tema central “Vale do Jequitinhonha: juventudes,
participação política e cidadania”. Desenvolvido em duas etapas, a
primeira em Turmalina, entre os dias 5 e 7 de setembro, e a segunda em Belo Horizonte, no dia 12, o evento reuniu estudantes, professores e lideranças do Vale do Jequitinhonha
Turmalina
Em Turmalina , o professor João Valdir Alves de Souza, coordenador do
Seminário destacou a importância de falar sobre juventudes para as
juventudes, enquanto João Valdir e Múcio lembraram que as diversas
visões sobre a região do Jequitinhonha devem ser discutidas em busca da
transformação da realidade.
“Juventude e cidadania” foi o tema abordado pelos professores João Valdir Alves de Souza e Rodrigo Ednilson Jesus, sob mediação de Josiley Francisco, todos da UFMG. João Valdir abordou a constituição histórica dos direitos de cidadania, enquanto Rodrigo Ednilson falou sobre diversidade e desigualdade, chamando a atenção para as brincadeiras preconceituosas presentes no cotidiano dos jovens.
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O acesso e a qualidade da educação foram levantados como condição de
permanência dos jovens no Vale do Jequitinhonha durante a mesa “Vozes e
visões das juventudes do Vale”.
O tema foi trabalhado por Kênia Mendonça, professora da UFVJM; Vagner
Alves de Abreu, assessor parlamentar; Valdecir Lopes Viana, do Centro de
Agricultura Alternativa Vicente Nica, de Turmalina; sob a mediação do
professor Eduardo Ribeiro (ICA/UFMG).
Kênia destacou aspectos que contribuem para a capacitação dos jovens,
bem como os que atrapalham, como o abandono dos estudos para a dedicação
ao trabalho remunerado. Abreu ampliou essa abordagem ao tratar da
migração sazonal devido à necessidade ausentar-se da região para
estudar. Viana, por sua vez, destacou a importância da qualidade dos
ensinos de nível básico e superior no Vale como modo de assegurar que os
jovens permaneçam na região.
O tema juventude rural e migração foi retomado pela pesquisadora Conceição Luciano ao tratar dos jovens que migram para trabalhar em lavouras de café ou em canaviais.
O professor Márcio Simeone, da UFMG, apresentou alguns resultados de
pesquisa em desenvolvimento desde 2011. Destacou que os jovens, com
idade entre 15 e 24 anos apresentaram como pontos importantes, em ordem
decrescente de importância: preconceito e discriminação; oportunidades
educacionais; trabalho e renda; migração; identidade cultural do Vale;
lazer; problemas ambientais; e espaço público da cidade.
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Jovens do Vale do Jequitinhonha participaram de quatro grupos de discussão –mobilização social e participação política; educação; desigualdade e diversidade, e migração – apresentando, ao final, as pontos levantados.
Visões em Belo Horizonte
Em Belo Horizonte a mesa de abertura foi composta pela pró-reitora de
Extensão da UFMG, Efigênia Ferreira e Ferreira; pela pró-reitora Adjunta
de Extensão, Maria das Dores Pimentel Nogueira, e pelo coordenador do
evento, professor João Valdir Alves de Souza.
A professora Efigênia destacou que o Programa Polo “tem uma dimensão
moderna porque abandona o foco no prejuízo e nos problemas locais e foca
no que pode alavancar a população e a região como um todo”. Marizinha
Nogueira reiterou que ele se constrói junto com a população local. “Não
fazemos para o Vale, mas fazemos com o Vale”, complementou.
João Valdir Alves de Souza ao fazer um retrospecto do Seminário Visões
do Vale falou sobre a aproximação de pesquisadores e extensionistas da
população, do poder público e lideranças do Vale do Jequitinhonha.
“Juventudes e políticas públicas” foi o tema trabalhado pela representante da Casa da Juventude de Itaobim, Lia Queiroz, pelo doutorando Igor Thiago Moreira Oliveira (UFMG) e pelo professor Márcio Simeone (UFMG).
“Juventudes e políticas públicas” foi o tema trabalhado pela representante da Casa da Juventude de Itaobim, Lia Queiroz, pelo doutorando Igor Thiago Moreira Oliveira (UFMG) e pelo professor Márcio Simeone (UFMG).
O doutorando destacou a importância da participação dos jovens em
assembleias populares, manifestações e na luta por políticas públicas.
Lia Queiroz falou dos desafios da juventude frente à desigualdade
social do Jequitinhonha, ao enfatizar que os jovens do Vale tem fome de
respeito, oportunidades e políticas públicas. Já Simeone apresentou os
pontos discutidos pelos jovens do Vale do Jequitinhonha no encerramento
na primeira etapa do Seminário Visões do Vale, em Turmalina.
Fonte: UFMG
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