Mesmo que o pré-candidato a governador pelo PMDB, senador Clésio Andrade, esteja otimista, como tem manifestado nos encontros que tem tido sobre o assunto – e que, aliás, são muito raros –, ainda não há espaço para uma terceira via na disputa estadual. A situação da política é um pouco parecida com a do futebol: mais uma vez, deveremos ter um Cruzeiro versus Atlético (leia-se tucanos contra petistas) no primeiro tempo e segundo turno eleitorais.
Clésio trocou ideias e montou cenários, na quarta-feira (04.09), durante reunião com dirigentes do PSD mineiro em Brasília. Sua candidatura a governador ainda não se viabilizou internamente, embora deputados federais e estaduais respeitem suas pretensões. Para estes, o que importa, em primeiro e último lugar, é a sobrevivência política. Em função disso, o projeto deles é coligarem-se proporcionalmente com o PT para garantir reeleição a partir de 40 mil votos. Se em troca, o preço é apoiar o candidato a governador do PT, Fernando Pimentel (ministro do Desenvolvimento), a solução seria convencer Clésio.
O PMDB tende fortemente a apoiar o PT, até porque está coligado nacionalmente com os petistas, além de indicar o candidato a vice-presidente na chapa de reeleição da presidente Dilma Rousseff. Não haveria justificativa para o vice-presidente Michel Temer permitir que, no Estado do principal adversário de Dilma, Minas Gerais, o PMDB não estivesse fechado com o PT.
Pimentel está atento a isso e, mineiramente, vem trabalhando para reduzir as dissidências que, quase sempre, são inevitáveis no PMDB. Não foi à toa que o seu primeiro gesto, nesse sentido, foi ter “indicado” para ministro (Agricultura) o presidente regional do PMDB (Antônio Andrade). Deverá disputar contra o candidato do PSDB e aliados.
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