sábado, 3 de novembro de 2012

Poesia de Gonzaga Medeiros

A MORTE MORRE DE MEDO DE MIM
Gonzaga Medeiros

Não venha de faca, que minha pele é dura,
vai sair de maca dessa luta impura.

Não venha de arma, que seu fogo é morto
e sua pontaria tem um rumo torto.


Não se exalte tanto, que meu taco é duro,
nem faça retranca, minha jogada é franca,
sua defesa eu furo.


O seu veneno é fraco, seu feitiço é pouco,
não venha no grito, que seu grito é rouco.


Não mostre sua cara no raio do meu braço,
nunca entre firme, senão dou-lhe um traço.


Seu fôlego é curto pra me sufocar,
sua maré baixa é de pouca água pra me afogar.



Se lhe é cara a vida, melhor é se poupar,
é bom nem chegar perto,
senão cai por terra antes de chegar.




Gonzaga Medeiros é poeta, compositor, contador de causos, advogado de causas culturais.  
Parceiro em muitas músicas de Rubinho do Vale, Wesley Pioest, Carlos Farias... 

Um comentário:

Carlos Silva disse...

Mestre Gonzaga Medeiros. Um forte abraço

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