Foto: SV
Prédio da prefeitura está desocupado e aguardando verba para reforma
Prédios públicos que estão sob responsabilidade da prefeitura e que fazem parte da história de Araçuaí (MG) correm risco com a temporada de chuvas.
Eles apresentam rachaduras, muitas goteiras, mofo, trincas por todas as partes, além de sistema elétrico danificado pela ação do tempo e do abandono.
É o caso do prédio da prefeitura municipal construído em 1911, do Castelinho ( Casarão do Alto São José), do sobrado onde funcionava o clube Iguaçu, na região da Baixada , que foi adquirido pela administração municipal, além das antigas estações ferroviárias do distrito de Engenheiro Schnoor e povoado de Alfredo Graça.
Todos eles estão desocupados e precisam de reformas e manutenção, já que estão sofrendo a ação de vândalos.
O Ministério Público já notificou o prefeito municipal, Aécio Jardim (PDT) com pedido de providências. O prefeito já avisou que o município não tem recursos para as reformas.
No caso do Castelinho, parte da platibanda que protege o telhado está completamente danificada e ameaça desabar, isso sem falar nos muros que estão caindo, janelas apodrecendo e nas inúmeras rachaduras que colocam em risco toda a estrutura do prédio.
O problema do Castelinho é antigo e envolve um impasse entre a Secretaria Estadual da Cultura e a prefeitura de Araçuaí.
O casarão, situado no Alto São José, tem 11 cômodos e foi adquirido pela prefeitura para abrigar a sede do Museu de Percurso do Vale do Jequitinhonha, projeto que continua na gaveta do Governo de Minas que prometeu investimentos na ordem de R$ 500 mil reais.
Em sua última visita a Araçuaí, a secretária de Estado da Cultura, afirmou que o projeto de instalação do Museu é prioridade de sua pasta, porém, a iniciativa permanece no papel.
Por meio de nota, a Assessoria de Comunicação da Secretaria informou que o Decreto Municipal de destinação do prédio (41/2008) assinado em 10 de abril de 2008, não impede que a prefeitura tome as medidas emergenciais necessárias para a conservação do imóvel, uma vez que o documento estabelece uma destinação para o prédio e não a sua doação para o Governo do Estado
Outros imóveis
Prédio da prefeitura
O antigo prédio da prefeitura de Araçuaí, construído por volta do ano de 1911 está desocupado há quase 3 anos, após o atual prefeito transferir toda a estrutura administrativa para um imóvel particular situado na Vila Magnólia, alegando insegurança e riscos de se manter no local.
Para as reformas, a Administração Municipal diz que aguarda a liberação de uma verba de R$ 200 mil proveniente do Fundo Estadual de Direitos Difusos mas problemas burocráticos estão atrasando o repasse.
Antes das eleições, uma placa foi afixada na porta do prédio, avisando que a obra seria finalizada dentro de 120 dias. “ Até agora não recebi a ordem de serviço para iniciar os trabalhos”, afirmou o diretor da Empresa Marques e Aguilar, de Coronel Murta, que venceu a licitação.
Iguaçu
O imóvel onde funcionou o Clube Iguaçu, na região da Baixada é o que se encontra em piores condições. Parte do telhado e dos fundos do prédio já desabaram além do forro e de algumas janelas do primeiro e segundo andar. De acordo com especialistas, a reforma não fica por menos de R$ 400 mil.
A prefeitura ainda não sabe o que fazer com o casarão. Ele ainda se encontra sob disputa judicial, já que duas mulheres alegam ser proprietárias do imóvel e que a indenização não foi suficiente para cobrir o seu real valor. Elas não possuem escritura do imóvel e estão morando atualmente em uma casa alugada pela prefeitura.
Estações ferroviárias
As estações ferroviárias de Engenheiro Schnoor e Alfredo Graça, construídas na década de 40 pela Companhia Estrada de Ferro Bahia-Minas , também sofrem com o abandono e descaso. Elas ficaram ocupadas por mais de 10 anos por famílias da região.
Por determinação do Poder Judiciário, elas foram desocupadas este ano e até o momento nenhuma ação para a recuperação das mesmas foi tomada. Por conta disso, a prefeitura está sendo penalizada desde 2 de junho em multa diária de R$ 3 mil conforme decisão judicial.
A prefeitura de Araçuaí não possui um plano de redução de riscos para estes imóveis.
Fonte: Gazeta de Araçuaí
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