A partir de 2.013, mais de 20 mil jovens e adultos vão procurar onde e o que fazer
Quinta-feira, 18.11.2.010
Retirantes, do pintor brasileiro Cândido Portinari, exposto em 1944
Há um problema que já tomou conta dos corações e mentes do povo do Médio Jequitinhonha. A partir de 2.013, as Usinas de cana de açúcar de São Paulo não aceitarão mais mão-de-obra assalariada no corte de cana que estará totalmente mecanizado.
Esta decisão faz parte de um acordo do então Govenro José Serra com os Usineiros e entidades ambientalistas paulistas.
Onde mais de 20 mil homens irão trabalhar?
Esta é a pergunta que não quer calar.
Mulheres de migrantes não querem nem pensar no assunto para não sofrerem por antecipação.
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Comerciantes já fazem as contas do dinheiro que deixará de circular no comércio e temem por seus prejuízos.
Prefeitos e vereadores já coçam a cabeça pensando em milhares de homens sem ter o fazer nas ruas, praças, botecos e grotas, que baterão às suas portas e da Prefeitura para pedir uma ajuda.
No Médio Jequitinhonha, a preocupação ainda é maior. Somente os municípios de Minas Novas, Chapada do Norte e Berilo somam quase a metade das dezenas de milhares de migrantes, segundo levantamento da Pastoral do Migrante.
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Nesse mês de janeiro, está programado um Encontro onde os militantes de base ligados à Igreja Católica irão se encontrar. Será em Chapada do Norte, para debaterem o problema, tentarem alternativas ou soluções para esse grave problema social que surgirá entre nós.
Está passando da hora de outros segmentos sociais, econômicos e políticos seguirem esse exemplo da Pastoral do Migrante.
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