Após vitória, Haddad diz que objetivo é derrubar “muro da vergonha” entre ricos e pobres em SP
Prefeito eleito de São Paulo celebrou sua vitória com um discurso em que ressaltou a importância da cidade como “farol do Brasil e do mundo”, mas que sofre com a desigualdade e precisa “derrubar o muro da vergonha que separa a cidade rica da cidade pobre”. Com 100% dos votos apurados, ele teve 3.387.720 votos, ante 2.708.768 de José Serra (PSDB).
Marcel Gomes
O prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), celebrou sua vitória na noite deste domingo (28,10) com um discurso em que ressaltou a importância da cidade como “farol do Brasil e do mundo”, mas que sofre com a desigualdade e precisa “derrubar o muro da vergonha que separa a cidade rica da cidade pobre”.
“Somos uma das cidades mais ricas e, ao mesmo tempo, uma das mais desiguais do planeta. Não podemos deixar que isso siga por tempo indeterminado, ainda mais ao mesmo tempo em que o Brasil vem passando por uma das mudanças sociais mais vigorosas do mundo”, disse o petista de 49 anos, professor de ciência política da USP e ex-ministro da Educação.
Haddad falou para o público que o acompanhava no Hotel Intercontinental, na capital paulista, após ter confirmada sua vitória nas urnas. Com 100% dos votos apurados, segundo a Justiça Eleitoral, o petista teve 3.387.720 votos, o que corresponde a 55,57% dos votos válidos, contra 2.708.768 de José Serra (PSDB), o equivalente a 44,43%. O PT volta ao comando da cidade após oito anos, entre administrações de Serra e Gilberto Kassab (PSD).
Em seu discurso de pouco mais de dez minutos, o prefeito eleito agradeceu ao ex-presidente Lula (“pela orientação e apoio, e sem o qual seria impossível lograr qualquer êxito nesta eleição”) e à presidenta Dilma (“pela presença vigorosa na campanha desde o primeiro turno, pelo estimulo pessoal e o conforto nos momentos mais difíceis desta campanha).
Em diversos momentos de sua fala, Haddad disse que São Paulo é referência para o Brasil e para o mundo, e que, por isso, precisa recuperar a “alma criativa e o espírito de empreendedorismo”. Para conseguir isso, disse ele, a prefeitura precisa cumprir um papel de liderar as forças sociais.
Em crítica às últimas gestões, afirmou que a administração municipal “perdeu interesse em atrair para um trabalho parceiro” uma intelectualidade que “nunca perdeu a capacidade de pensar”. Disse também que a prefeitura “se inibiu de desenhar políticas urbanas de desenvolvimento capazes de corrigir distorções urbanísticas e de abrir novas perspectivas para a cidade”, apesar de ter “forças produtivas que nunca deixaram de crescer e progredir”.
E ainda ponderou que os comandantes da cidade deixaram de ouvir os movimentos sociais com a “constância e sinceridade necessárias”, eles que nunca “deixaram de pensar, defender e expressar as ideias e sentimentos dos setores mais desprotegidos”. Para atacar a pobreza, Haddad defendeu melhorar os serviços públicos, como uma forma de “distribuir renda, diminuir os desequilíbrios e garantir a paz social”.
O petista também fez um chamamento à união da cidade e prometeu um “projeto coletivo” para todos os paulistanos. “É hora de atrair, estimular e unir as forças paulistas para um trabalho acima de interesse individuais e partidários”, afirmou. A partir de agora, técnicos da gestão Kassab e do prefeito eleito começam a trabalhar para a transição de governo.
Fotos: Marcelo Camargo/Agência Brasil Haddad falou para o público que o acompanhava no Hotel Intercontinental, na capital paulista, após ter confirmada sua vitória nas urnas. Com 100% dos votos apurados, segundo a Justiça Eleitoral, o petista teve 3.387.720 votos, o que corresponde a 55,57% dos votos válidos, contra 2.708.768 de José Serra (PSDB), o equivalente a 44,43%. O PT volta ao comando da cidade após oito anos, entre administrações de Serra e Gilberto Kassab (PSD).
Em seu discurso de pouco mais de dez minutos, o prefeito eleito agradeceu ao ex-presidente Lula (“pela orientação e apoio, e sem o qual seria impossível lograr qualquer êxito nesta eleição”) e à presidenta Dilma (“pela presença vigorosa na campanha desde o primeiro turno, pelo estimulo pessoal e o conforto nos momentos mais difíceis desta campanha).
Em diversos momentos de sua fala, Haddad disse que São Paulo é referência para o Brasil e para o mundo, e que, por isso, precisa recuperar a “alma criativa e o espírito de empreendedorismo”. Para conseguir isso, disse ele, a prefeitura precisa cumprir um papel de liderar as forças sociais.
Em crítica às últimas gestões, afirmou que a administração municipal “perdeu interesse em atrair para um trabalho parceiro” uma intelectualidade que “nunca perdeu a capacidade de pensar”. Disse também que a prefeitura “se inibiu de desenhar políticas urbanas de desenvolvimento capazes de corrigir distorções urbanísticas e de abrir novas perspectivas para a cidade”, apesar de ter “forças produtivas que nunca deixaram de crescer e progredir”.
E ainda ponderou que os comandantes da cidade deixaram de ouvir os movimentos sociais com a “constância e sinceridade necessárias”, eles que nunca “deixaram de pensar, defender e expressar as ideias e sentimentos dos setores mais desprotegidos”. Para atacar a pobreza, Haddad defendeu melhorar os serviços públicos, como uma forma de “distribuir renda, diminuir os desequilíbrios e garantir a paz social”.
O petista também fez um chamamento à união da cidade e prometeu um “projeto coletivo” para todos os paulistanos. “É hora de atrair, estimular e unir as forças paulistas para um trabalho acima de interesse individuais e partidários”, afirmou. A partir de agora, técnicos da gestão Kassab e do prefeito eleito começam a trabalhar para a transição de governo.
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