O município, que já se consolidou como um dos principais pólos da silvicultura brasileira, segue, agora, a receber novos investimentos na produção independente de madeira com a implantação de nova unidade de tratamento de madeira para aplicações múltiplas na construção civil e construções rurais.
Itamarandiba, no Alto Jequitinhonha, nordeste de Minas, que dispõe de ampla base florestal formada desde a década de 1970,, alcança agora outro estágio em seu setor florestal, dado o incremento e horizontalização da produção independente de florestas pelos produtores rurais e a profissionalização da atividade com a aplicação de novas tecnologias e consultoria ambiental, fundamentais para a operacionalização e comecialização dos subprodutos do eucalipto..
A destinação da produção,, até então, se destinava especialmente para a produção de bioredutor de energia (carvão vegetal) por grandes empresas instaladas no munícipio,
A nova unidade instalada vislumbra e credita na capacidade de resposta aos investimentos realizados que reúnem as condições necessárias ao desempenho da atividade. Isto tem atraído a atenção de diferentes agentes econômicos ao município, comenta com entusiasmo Robson Leal, dono do empreendimento Madereira Cascatinha. Ele aponta, ainda, a criação de novos empregos que contribuirão para o crescimento formal na geração de empregos pelo setor na cidade.
Instalação de equipamentos na Madereira Cascatinha, em Itamarandiba
A crescente atividade florestal em Itamarandiba tem colocado o município como objeto especial para a pesquisa científica não apenas no âmbito da engenharia e da biologia, mas também quanto ao impacto da atividade na economia e nos índices de desenvolvimento humano.
De acordo com o anuário estatístico 2011 da ABRAF (Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas), dentre os municípios de diferentes Estados analisados e que possuem relevante impacto da atividade florestal em suas economias, Itamarandiba apresentou a maior variação na elevação do índice da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, o índice FIRJAN,- indicador semelhante ao IDH -, destacando a elevação no item renda (17,8%) e emprego (50,4%), tendo como base o ano de 2007.
O índice tem periodicidade anual e é divulgado a cada três anos,. Os resultados observados para a cidade são bem mais animadores do que os dados do IDH, do ano de 2000.
A expectativa é que a produção e comercialização de madeira beneficiada em Itamarandiba seja alavancada ainda mais pela demanda crescente da construção civil aquecida, no país, em função dos grandes eventos desportivos que sediará em 2014 e 2016. Somado isso, há a eficiência logística das empresas em disponibilizar sua produção no mercado.
No entanto, apesar da ampla disponibilidade de madeira e o potencial de sua base florestal, é evidente a passividade do Poder Público em somar esforços ao incentivo, de forma sustentável, do uso da madeira no próprio município. Há uma inércia no desenvolvimento de projetos que busquem a aplicabilidade da madeira em obras públicas. Por exemplo, a utilização de madeira em praças e construções públicas que evidenciem, ainda mais, a identidade municipal ligada ao setor agroflorestal e a valorização da produção local.
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