Da advogada Janaina Paschoal, que pediu a prisão de Aécio Neves, ao apresentador Marcio Garcia, que comparou a queda do tucano a um flagra com sua mulher na cama, a crise moral do PSDB deixou uma legião de órfãos;
Nos últimos dias, o ex-ministro Miguel Reale e o empresário Ricardo Semler anunciaram sua desfiliação;
Na Globo, tanto João Roberto Marinho, em editorial, como o colunista Merval Pereira, expressaram seu descontentamento; lista de ex-amigos de Aécio inclui ainda nomes do entretenimento como Luciano Huck e Marcelo Madureira;
Se não bastasse a decepção com Aécio, que poderá ser preso no dia 20, os simpatizantes do PSDB ainda viram o partido embarcar num abraço de afogados com Michel Temer para salvar seus investigados na Lava Jato.
14 DE JUNHO DE 2017 ÀS 09:36 /, no Brasil247.com.br
247 – Nunca foi tão difícil ser
simpatizante do PSDB como neste idos de 2017. Um ano depois de um golpe
parlamentar que arruinou a economia brasileira, liderado pelo senador afastado
Aécio Neves (PSDB-MG) e feito "só para encher o saco", os tucanos
perderam também o discurso moralista que usaram como trampolim político nos
últimos anos.
Nesta semana, quando muitos
esperavam que o PSDB entregasse seus cargos no governo de Michel Temer, que
será denunciado pela Procuradoria-Geral da República por corrupção, organização
criminosa e obstrução judicial, a cúpula tucana fechou um acordo com o PMDB de
proteção mútua.
De um lado, o PSDB dá votos a Temer no Congresso. De outro, os
peemedebistas impedem a cassação de Aécio, pego num esquema filmado e gravado
de propinas de R$ 2 milhões da JBS.
Tamanha lassidão moral causou
profundos danos à imagem do partido. O ex-ministro Miguel Reale Júnior, um dos
autores da peça jurídica das pedaladas fiscais, usadas para justificar o golpe,
se desfiliou do PSDB, alegando ser impossível continuar ligado a um partido tão
frouxo eticamente. A advogada Janaina Paschoal, co-autora da peça, defendeu a
prisão de Aécio.
Mas já dava para desconfiar de
Aécio, Temer e companhia, não é?
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