O trevo previsto no projeto original, poderá se transformar em uma interseção, chamada de gota.
Foto: Gazeta de Araçuai
Trevo dá acesso aos municípios de Berilo, Chapada do Norte e Minas Novas
O projeto original de construção de um trevo, na altura do acesso à cidade de Berilo, na rodovia MG 677, em Virgem da Lapa, no Vale do Jequitinhonha (MG) poderá sofrer alterações por parte do Departamento Estadual de Edificações e Estradas de Rodagem- DER MG. As alterações precisam ser aprovadas pela Diretoria de Obras e pela Procuradoria do DER.
O trevo está inserido no projeto de pavimentação asfáltica de 41 km, ligando Virgem da Lapa a Ijicatu.
A obra, orçada em R$ 49.223.264.00; proveniente do Tesouro Estadual, foi iniciada há 6 meses e está sendo executada pela Contek Engenharia S.A. O prazo para execução é de 720 dias. Oito empresas participaram da licitação.
Em nota, a Assessoria de Imprensa do DER afirma que não haverá mudanças, e que o projeto original, realizado pela empresa Consol em 2014, será mantido.
“ Ainda não recebemos nenhuma ordem de serviço do DER para realizar as mudanças”, informou o engenheiro Samuel Tonhela, da Contek Engenharia.
Em estudo
Engenheiros do DER que acompanham a obra, explicaram que foi feito pedido de alteração no projeto, porque, segundo eles, o trecho próximo ao trevo fica em um declive acentuado, e apresenta perigos para os usuários e também porque, de acordo com o projeto original, a obra vai adentrar pelo menos 600 metros da rodovia federal BR- 367 que naquele trecho não está asfaltada.
“ A proposta é fazer uma interseção, em forma de um triângulo, uma ilha divisória, que chamamos de gota. Desta forma, os veículos não precisarão adentrar os 600 metros da BR-367, conforme consta no projeto original. Os veículos que descem pela pista de rolamento da rodovia estadual, terão prioridade sobre os que estejam saindo do trecho que liga à cidade de Berilo”, explicam os engenheiros.
Para eles, o projeto do trevo como se encontra, possui uma circunferência muito acentuada. “Uma carreta bitrem, por exemplo, teria muita dificuldade em fazer a conversão para continuar na pista de rolamento da MG 677”, afirmam.
A faixa de domínio, área que compreende as laterais da rodovia, será mantida como previsto no projeto original, ou seja, 20 metros de cada lado.
O DER explica que as mudanças em projetos de pavimentação, são normais. “ São mudanças técnicas”, afirmam os engenheiros.
A noticia sobre prováveis mudanças, acendeu um sinal de alerta em Virgem da Lapa.
“ Próximo ao trevo existe um loteamento. Estamos receosos que as mudanças possam colocar em risco os futuros moradores da área, que podem ficar sem uma faixa de acesso de entrada e saída. O ideal é manter o projeto original”, salienta o vereador Carlos Lacerda, presidente da Câmara Municipal de Virgem da Lapa.
Ele alerta para a possibilidade da mudança, afetar o processo de licitação. “ Se ocorrer diminuição na construção, certamente o preço cairá e desta forma, as empresas que apresentaram menor preço, poderiam ser prejudicadas”, observa o v ereador.
O DER explica que todas as licitações são feitas item por item e que tudo é fiscalizado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-MG) Controladoria do DER e também por uma comissão composta por topógrafos, laboratoristas e engenheiros do orgãp, que ficam na obra, acompanhando os serviços.
O DER reafirma que tudo ainda está em fase de discussão e que não existe nenhuma decisão sobre mudanças.
Sérgio Vasconcelos, na Gazeta de Araçuaí
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