BOLSA FAMÍLIA VENCE PRÊMIO ISSA,
O NOBEL SOCIAL
Fundada na Suíça, em 1927, e reconhecida por 157 países e 330 ONGs, Associação Internacional de Seguridade Social concede seu maior prêmio ao Bolsa Família.
Reconhecimentos ocorrem apenas de três em três anos. Atacado no Brasil, programa foi julgado como "experiência excepcional e pioneira na redução da pobreza".
Em entrevista coletiva no Ipea, nesta manhã, ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, afirma que "premiação internacional reconhece o esforço do país para construir uma rede de proteção social".
Estudo inédito do instituto sobre o impacto da iniciativa na economia revela que se o Bolsa Família fosse extinto, a pobreza passaria de 3,6% para 4,9%. Além disso, cada real gasto com o programa, que completa 10 anos, faz a economia girar 240%
15 DE OUTUBRO DE 2013 ÀS 11:53
247 – O governo não tem como não comemorar. Polêmico no Brasil, onde é alvo de ataques em razão de falhas pontuais e, também, pelo que é visto por muitos como 'caráter assistencialista', o programa Bolsa Família acaba de receber aquele que é considerado o prêmio Nobel da seguridade social.
Trata-se do Award for Outstanding Achievement in Social Security, concedido pela Associação Internacional de Seguridade Social. Com sede na Suíça, essa entidade foi fundada em 1927 e é reconhecida por 157 países e 330 organizações não governamentais. O grande prêmio, concedido depois de uma série de pesquisas in loco, só é concedido a cada três anos.
O Bolsa Família, que está completando 10 anos de existência no atual formato, foi considerado pela ISSA como "uma experiência excepcional e pioneira na redução da pobreza e na promoção da seguridade social".
Em coletiva de imprensa concedida no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), nesta manhã, em Brasília, a ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, afirmou que a "premiação internacional reconhece o esforço do país para construir uma rede de proteção social".
O instituto apresentou um estudo inédito sobre o impacto da iniciativa, que completa dez anos, na economia. De acordo com Marcelo Neri, presidente do Ipea, se o Bolsa Família fosse extinto, a pobreza passaria de 3,6% para 4,9%. "É um impacto de 28% e o efeito aumenta ao longo do tempo", afirma Neri.
Ainda segundo o estudo, apresentado por ele, "cada real gasto com o Bolsa Família impacta a desigualdade 370% mais que a previdência social" e faz a economia girar 240%. O presidente do Ipea afirmou que, comparado com outras despesas, o programa consome poucos recursos (0,5% do PIB). "Os EUA gastam 2% do PIB com programas sociais, e os países europeus ainda mais", lembrou.
Leia a íntegra do estudo aqui.
Abaixo, texto da assessoria do Ministério do Desenvolvimento Social:
Brasil recebe prêmio internacional por Bolsa Família
O governo brasileiro recebeu prêmio internacional por causa do programa Bolsa Família. A Associação Internacional de Seguridade Social (ISSA) anunciou hoje, 15 de outubro, na Suíça, o país como vencedor do I Prêmio Award for Outstanding Achievement in Social Security em reconhecimento ao sucesso do Bolsa Família no combate à pobreza e na promoção dos direitos sociais da população mais vulnerável do Brasil.
A ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, comenta o prêmio em coletiva de imprensa nesta manhã, no auditório do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em Brasília (Setor Bancário Sul, Quadra 1, Ed. BNDES/Ipea, subsolo).
A ISSA é a principal organização internacional voltada à promoção e ao desenvolvimento da seguridade social no mundo, atuando na produção de conhecimento sobre o tema e no apoio aos países para a constituição e aprimoramento de seus sistemas de proteção social. Fundada em 1927, a organização tem filiadas 330 organizações em 157 países.
O prêmio, entregue a cada três anos, é atribuído a instituições e programas, conforme a relevância de sua contribuição. Sua primeira edição foi dedicada ao Bolsa Família porque, segundo a ISSA, o programa é uma "experiência excepcional e pioneira na redução da pobreza e na promoção da seguridade social".
Na coletiva a ser realizada hoje, o presidente do Ipea e ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Marcelo Neri, apresentará o estudo inédito "Efeitos macroeconômicos do Programa Bolsa Família: uma análise comparativa das transferências sociais", que será um capítulo do livro Programa Bolsa Família: uma década de inclusão e cidadania, a ser lançado em parceria por MDS e Ipea em 30 de outubro, durante evento comemorativo dos 10 anos do programa.
Fonte: Brasil 247
Desde 2011, com o lançamento do Plano Brasil Sem Miséria, o Bolsa Família reforçou seu foco nas famílias extremamente pobres. Por conta disso, 22 milhões de pessoas saíram da situação de miséria, superando o patamar de R$ 70 reais per capita por mês. O Brasil Sem Miséria articula as ações de transferência de renda do Bolsa Família com programas de inclusão produtiva e com a ampliação de acesso a serviços públicos.
Atualmente, o Bolsa Família atende a cerca de 13,8 milhões de famílias – quase 50 milhões de pessoas. O valor médio do benefício passou de R$ 73,70, em outubro de 2003, para R$ 152,35 em setembro de 2013. O investimento pelo governo federal no Bolsa Família em 2013 é de R$ 24 bilhões, o que representa apenas 0,46% do PIB.
Em tempo: o Blog do Banu reproduz trechos da entrevista coletiva dos ministros Marcelo Neri e Tereza Campello, que falaram sobre os dez anos do programa no evento “Uma década de evidências e efeitos macroeconômicos do Bolsa Família”, realizado no auditório do Ipea, em Brasília.
Marcelo Neri:
“O Bolsa Família é uma plataforma para políticas locais de combate à pobreza”.
“Cada real gasto com o Bolsa Família impacta a desigualdade 370% mais que a previdência social”.
“O Bolsa Família tem um impacto de 28% na redução da extrema pobreza no Brasil”.
“A pobreza vem caindo forte, mais que o esperado pelas metas do milênio. O Brasil fez 25 anos em 5″.
“Três pilares de combate à pobreza pelo Bolsa Família: transferência de renda, impacto sobre serviços públicos e inclusão produtiva”.
Tereza Campello:
“O Bolsa Família faz bem para o Brasil e para os brasileiros”.
“Nosso objetivo é tirar as famílias da miséria”.
“Estamos muito orgulhosos”, sobre prêmio da Associação Internacional de Seguridade Social.
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