terça-feira, 16 de julho de 2013

Rio Pardo de Minas: Pai de Emily não é mais principal suspeito do sumiço, diz deputado

A delegada Cristina Coeli afirmou que há imagens do pai gravadas pelo circuito interno de um supermercado na cidade vizinha de Taiobeiras, praticamente no mesmo instante em que a menina desapareceu.

Foto: arquivoPai de Emily não é mais principal suspeito do sumiço, diz deputado
Emily desapareceu da porta de sua casa no dia 4 de maio. Cartazes com retrato da garota foram espalhados pela região.
Depois de dois meses do sumiço de Emily Ketlem Ferrari Campos, deputados das comissões de Direitos Humanos e Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizaram uma audiência pública em Rio Pardo de Minas, no Vale do Jequitinhonha(MG)), nesta segunda-feira (15).
  
Conforme os parlamentares, o encontro reuniu mais de 1.000 moradores da cidade, no ginásio na Escola Estadual José Cristiano.
  
Para o deputado Paulo Guedes (PT), autor do requerimento de audiência pública, a reunião foi bastante positiva e revelou que as investigações não apontam mais para o pai ou a madrasta como os principais suspeitos do desaparecimento da criança e tiveram participação física descartada. "A novidade é que as investigações mostram que o pai já não é mais considerado suspeito", afirmou o parlamentar, que ainda destacou que a participação de autoridades policiais e de segurança pública na reunião.
  
Conforme a assessoria da ALMG, a delegada Cristina Coeli afirmou que há imagens do pai gravadas pelo circuito interno de um supermercado na cidade vizinha de Taiobeiras, praticamente no mesmo instante em que a menina desapareceu.
 
Ela acrescentou que as investigações sobre uma possível participação de Leandro e de sua atual esposa no sumiço de Emilly reuniu um processo com sete volumes, mas não houve sequer uma prova material contra ambos.
  
Ainda durante o encontro, foram ouvidos o pai e a mãe de Emily Ketlem. segundo o delegado Luiz Cláudio Freitas do Nascimento, os depoimentos foram muito esclarecedores e serviram para esclarecer alguns pontos que ainda geravam dúvidas nas investigações. "Inverdades que foram colocadas anteriormente, agora, foram desmentidas e dúvidas foram sanadas", disse.
 
Entretanto, desde a semana passada, o inquérito sobre o sumiço da menina foi repassado à delegada Cristina Coeli, da Delegacia de Desaparecidos de Belo Horizonte, que também participou da audiência pública, mas não foi encontrada para falar sobre o assunto. "As investigações da doutora Cristina caminharão de maneira mais ampla já que ela abriu o caso para outras possibilidades", adiantou Luiz Cláudio.
  
Já o advogado da família de Emily Ketlem, Diogo Emanuel Domingos, comemorou a realização a audiência pública em Rio Pardo de Minas.
 
"A nossa grande vitória, depois de muitos prostestos e de levar o caso até a Assembleia Legislativa de Minas, é ter o caso nas mãos da doutora Cristina Coelli. Queríamos uma pessoa experiente e queríamos o melhor para o caso e ela é a melhor delegada que temos no Estado", disse.
  
Afastamento de policiais
 
Ainda conforme Diogo Emanuel, durante a audiência pública, dois policiais civis envolvidos nas investigações sobre o desaparecimento de Emily foram afastados do caso. "Eles vinham injuriando minha pessoa constantemente e expus isso na audiência. Na mesma hora, o deputado Paulo Guedes fez um requerimento pedindo o afastamento dos policiais e a delegada Cristina Coeli deferiu o pedido", garantiu. No entanto, a assesssoria da ALMG informou que os dois policiais deverão ser afastados do caso, assim que seja aberto um processo administrativo pela Corregedoria da Polícia Civil. Enquanto isso, eles continuam nas investigações.
  
Desaparecida
  
Emily Ketlem, que possui Transtorno de Déficit de Atenção (T.D.H.), sumiu enquanto brincava na porta de casa, no dia 4 de maio, por volta das 17 horas, na avenida Padre Eurácio Giraldi, bairro Cidade Alta. Os pais da criança são separados e, no dia do sumiço, o pai havia deixado a menina na casa da ex-mulher por volta das 15 horas
 
Em seguida, viajou para a cidade de Taiobeiras, conforme relatou em depoimento à polícia. Desde então a menina não foi mais vista. Um carro preto teria sido visto rondando a residência no dia do crime.
 
Em 17 de junho, Emily Ketlem completou 8 anos, mas a festa que teria bolo de princesas acabou sendo adiada. De acordo com uma tia da menina, ela estava eufórica com a proximidade do aniversário e até a lista de convidados estava pronta. 
 
Como ainda está na fase de alfabetização, a garota pediu para que os parentes soletrarem os nomes dos amiguinhos que gostaria de convidar para a comemoração. A festa seria feita no no dia 12, coincidindo com o Dia das Mães.

Nenhum comentário:

Postar um comentário