segunda-feira, 29 de julho de 2013

Relatório aponta que Índice de Desenvolvimento Humano no país cresceu

Atlas 2013 apresenta o novo IDHM

Além do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, a plataforma online disponibiliza mais de 180 indicadores de população, educação, habitação, renda, entre outros

Lançado nesta segunda-feira, 29, em Brasília, o novo Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, feito pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em parceria com o Ipea e a Fundação João Pinheiro (FJP), trouxe novidades. Elaborado com base nos Censos de 1991, 2000 e 2010, o novo Atlas 2013 apresenta o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de todos os 5.565 municípios brasileiros e mais de 180 indicadores de população, educação, habitação, saúde, trabalho, renda e vulnerabilidade.

Segundo o levantamento, de acordo com as faixas de desenvolvimento humano municipal adotadas pelo Atlas 2013, o Brasil, atualmente com Alto Desenvolvimento Humano, melhorou sua classificação em relação às edições anteriores. Em 2000 registrava Médio Desenvolvimento Humano e em 1991, Muito Baixo Desenvolvimento Humano.

Cerca de 74% dos municípios brasileiros se encontra nas faixas de Médio e Alto Desenvolvimento. O restante, 25%, está entre aqueles que apresentaram Baixo ou Muito Baixo Desenvolvimento Humano, um total de 1.431. A Região Nordeste ainda é a que concentra o maior número de municípios no grupo de Baixo Desenvolvimento Humano (61,3%). No Norte do país estes somam 40,1%.

Entre as que registram o maior número de municípios na Faixa de Alto Desenvolvimento Humano estão as regiões Sul (64,7%) e Sudeste (52,2%). O Centro-Oeste e o Norte aparecem como as regiões com maior número de municípios classificados com Médio Desenvolvimento Humano. Registraram, respectivamente, 56,9% e 50,3% nesta categoria.

DesempenhoDe acordo com os dados, apenas cinco capitais – Florianópolis, Vitória, Curitiba, Brasília e Belo Horizonte - aparecem entre os 20 municípios de IDHM mais elevados no país. O município que se destacou foi São Caetano do Sul, em São Paulo (0,862). O que apresentou pior desempenho foi Melgaço, no Pará (0,418).

A dimensão com maior crescimento entre 1991 e 2010 foi a Educação. Em termos absolutos registrou 0,359 e em números percentuais, 129,1%, refletindo dois importantes avanços nos últimos 20 anos. Houve um acréscimo de 24,8% de pessoas acima de 18 anos com o ensino fundamental e o subindicador de fluxo escolar aumentou para 0,418.

Dos 1.263 municípios brasileiros que possuem IDHM superior ao observado para o país em 2010 nesta área, Águas de São Pedro , em São Paulo foi o que registrou melhor desempenho, com 0,825. O que apresentou indicador mais baixo foi Melgaço, no Pará, com indicador de 0,207.

No indicador Distribuição de Renda apenas 620 municípios possuem o IDHM superior ao observado para o país, que é de 0,739. São Caetano do Sul se destacou com 0,891, o que equivale a uma renda per capta de RS$ 2.043,74. A renda mais baixa foi observada no município de Marajá do Sena, no estado do Maranhão (0,400).

Dos 5.565 municípios brasileiros, 2.356, ou 42,3% deles, possuem o IDHM Longevidade superior ao observado para o país (0,816). Dentre eles, Blumenau (SC), Brusque (SC), Balneário Camboriú (SC) e Rio do Sul (SC) são os municípios brasileiros com o maior expectativa de vida (0,894) do país, que corresponde a 78,6 anos de esperança de vida ao nascer. O indicador mais baixo (0,672) foi registrado em Cacimbas (PB) e Roteiro (AL), o que corresponde a 65,3 anos de esperança de vida ao nascer.

Atlas 2013Os dados do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013 foram apresentados pelos coordenadores do trabalho Marco Aurélio Costa (Ipea), Daniela Gomes Pinto (PNUD) e Maria Luiza Marques (FJP), em uma coletiva de imprensa que contou com as presenças do representante-residente do PNUD no país, Jorge Chediek; do presidente do Ipea Marcelo Neri; e, da presidente da FJP, Marilena Chaves.

Segundo Chediak, este ano o Atlas traz algumas características únicas em relação aos demais países: “Estabelecemos um mecanismo de comparatividade de 1991 até 2010, em que cada município possui 180 indicadores a serem analisados”. O representante-residente do PNUD no Brasil adiantou que o próximo passo é disponibilizar dados sobre as regiões metropolitanas.

Marcelo Neri ressaltou que o Atlas tem uma inspiração que parte do global, mas que permite os detalhes com relação aos municípios. Ele acrescentou que antes de qualquer posição que ocupe no momento é um pesquisador e como tal destaca esta série como referência para seu trabalho. “Ainda mais com as inovações desta edição”, reforçou.

A presidente do FJP falou da possibilidade que o índice dá de complementar o que já se dispunha. “O trabalho que apresentamos não se restringe ao IDHM. Permite que governantes dos estados possam conhecer seus estados nos mais diversos aspectos e conforme uma nova metodologia”, observou Marilena.

Além da evolução metodológica do IDHM, o Atlas Brasil 2013 traz outra inovação com relação a edições anteriores. Desta vez os dados, gráficos e tabelas estão disponíveis na internet, por meio de uma plataforma online.




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