XXVII FESTA DO
CAPELINHENSE AUSENTE
Em 1817, o naturalista Francês August
de Saint Hilaire passou por Capelinha e a primeira impressão que daqui teve foi
a hospitalidade a ele dispensada pelos moradores do então povoado da Senhora da
Graça da Capelinha. Essa mesma hospitalidade tornou-se a marca registrada desta
terra. Capelinha é o orgulho de quantos aqui nasceram ou que, de alguma forma,
plantaram raízes neste solo e, após um século de história municipal, continua
sendo para cada um de seus filhos a “Terra minha, onde achei uma infância
feliz!” Todos os anos, Capelinha festeja o encontro de seus filhos e amigos,
com muita alegria e um show de atrações, de tal forma que conterrâneos e
visitantes são as principais estrelas da Festa do Capelinhense Ausente.
Nas última três décadas, Capelinha
passou por uma grande mudança de ordem social e econômica. Consolidou-se o
parque cafeeiro do município; expandiram-se os plantios de eucalipto; a
pecuária e a produção agrícola cresceram; fortaleceu-se e modernizou-se o
comércio; chegaram novas agências bancárias, hotéis e restaurantes; foram
feitos investimentos em saneamento básico, energia elétrica e telefonia móvel;
a população cresceu e nasceram novos bairros na cidade.
Capelinha tornou-se uma referência
regional e estadual na realização de eventos de grande porte. A Festa do
Capelinhense Ausente, criada em 1987, projetou a cidade como ponto de destaque
turístico. A contratação de artistas famosos e a estrutura montada para o
evento movimentaram a cidade e atraíram milhares de visitantes de todas as
partes do País. A Festa conseguiu firmar-se como um dos maiores eventos populares
do interior de Minas. Em seu palco desfilaram grandes nomes da música popular
brasileira, como Zezé di Camargo e Luciano, Skank, Chitãozinho e Xororó, Bruno
e Marrone, Biquini Cavadão, Leandro, Alceu Valença, Zé Ramalho, Daniel, Sérgio
Reis, 14 Bis, Kid Abelha, Roberta Miranda, Amado Batista, Belchior, Gian e Giovani,
Asa de
Águia e muitos outros.
Naturalmente, no mesmo palco desses ídolos também se apresentaram
artistas locais e da região.
Em 2013, a XXVII Festa do
Capelinhense Ausente mantém o seu absoluto sucesso. A Prefeitura Municipal, o
tempo todo preocupada com as questões culturais de nosso povo, reedita o Galpão
Cultural, que a partir de 2011 ganhou novas instalações. Mais conforto e
prestígio para os artistas locais e regionais. O Galpão Cultural tem sido um
espaço para apreciação da mundialmente cobiçada arte e cultura do Jequitinhonha, com exposição e
comercialização de trabalhos artesanais de Capelinha, Turmalina, Berilo,
Araçuaí, Itinga, Virgem da Lapa, Minas Novas, etc. É também ideal para
degustação dos sabores da “terrinha” e confraternização de amigos.
Os empresários de Capelinha e de
outras cidades exibem com orgulho, em belos e luxuosos stands, não apenas o fruto de seu
trabalho, mas também modernas máquinas e equipamentos para a agroindústria,
moderníssimos carros, alternativas tecnológicas, etc.
Enfim, com toda esta
animação, a XXVII Festa do Capelinhense Ausente, tal qual apregoa o seu solgan,
lembra que “É hora de voltar pra casa.”
José
Carlos Machado
é Professor, Pesquisador, Escritor e Historiador, Presidente da Academia
Capelinhense de Letras, membro do Instituto Histórico e Geográfico de Minas
Gerais.
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