Desembargador afirma que Thales Maioline tem dinheiro em conta no
estrangeiro e mantém bens em nome de terceiros e tem condições de
pagar despesas judiciais.
Thales Maioline deu um golpe de R$ 100 milhões, lesando cerca de
2 mil investidores, principalmente de sua terra natal, Araçuaí
2 mil investidores, principalmente de sua terra natal, Araçuaí
A Justiça mineira negou o pedido de habeas
corpus do ex- empresário e golpista Thales
Emanuelle Maioline, 34 anos, que pedia o benefício da assistência judiciária ou o desbloqueio
de seus bens.
Emanuelle Maioline, 34 anos, que pedia o benefício da assistência judiciária ou o desbloqueio
de seus bens.
O recurso foi impetrado pois o homem,
conhecido como "Madoff mineiro" por usar o golpe da
pirâmide financeira semelhante ao aplicado pelo norte-americano Bernard Madoff, alegou
que não tem condições para arcar com os honorários periciais, orçados em R$ 80 mil.
pirâmide financeira semelhante ao aplicado pelo norte-americano Bernard Madoff, alegou
que não tem condições para arcar com os honorários periciais, orçados em R$ 80 mil.
A decisão é da 7ª Câmara Criminal do Tribunal
de Justiça de Minas Gerais (TJMG), do dia 4 de abril,
mas só foi publicada nesta quarta-feira (10.04).
mas só foi publicada nesta quarta-feira (10.04).
Ao analisar o pedido, o desembargador Cássio
Salomé entendeu que o habeas corpus
não era o instrumento adequado para fazer esse tipo de pedido e não tem como objetivo
assegurar a justiça gratuita.
não era o instrumento adequado para fazer esse tipo de pedido e não tem como objetivo
assegurar a justiça gratuita.
“O habeas corpus se presta à defesa da liberdade de
ir e vir. Não há de servir à panaceia
universal de substituto recursal ou de qualquer outra ação autônoma”, disse.
universal de substituto recursal ou de qualquer outra ação autônoma”, disse.
Além disso, o desembargador ponderou que Maioline
tem condições financeiras para pagar
à perícia. “Denota-se dos autos que ele detém uma quantia em dinheiro em contas estrangeiras,
além de bens em nome de terceiros que se mostram compatíveis com o pagamento de tal custo”,
afirmou.
à perícia. “Denota-se dos autos que ele detém uma quantia em dinheiro em contas estrangeiras,
além de bens em nome de terceiros que se mostram compatíveis com o pagamento de tal custo”,
afirmou.
Os desembargadores Duarte de Paula e Marcílio
Eustáquio dos Santos votaram de acordo
com o
relator.
relator.
Golpe
Thales Maioline, natural de Araçuai, no Vale
do Jequitinhonha. Ele, a irmã Iani Maiolinee Oséias
Ventura, eram sócios da Firv Consultoria e Administração de Recursos Financeiros Ltda, com
escritórios em Araçuai e Belo Horizonte.
Ventura, eram sócios da Firv Consultoria e Administração de Recursos Financeiros Ltda, com
escritórios em Araçuai e Belo Horizonte.
Thales foi preso em dezembro de 2010,
mas está solto desde junho de 2012.
Os outros sócios chegaram a ser presos, mas
também estão livres.
A irmã mora atualmente em Araçuai, depois de
passar temporada em uma praia da costa da Bahia.
Ele responde a mais de cem processos na área
cível, além de estelionato, formação de quadrilha
e uso de documento falso.
e uso de documento falso.
O esquema financeiro criado pelo "Madoff
mineiro" durou de 2006 até junho de 2010 e lesou cerca
de 2 mil investidores, com um golpe de R$ 100 milhões..
de 2 mil investidores, com um golpe de R$ 100 milhões..
A base do golpe era a promessa de ganhos
fáceis a clientes de cerca de 14 cidades mineiras,
principalmente de Araçuaí.
principalmente de Araçuaí.
Para atrair as vítimas, o empresário oferecia
cotas de participação por meio do intitulado Fundo
de Investimento Capitalizado (Ficap). As cotas variavam entre R$ 5 mil e R$ 5 milhões, com
investimento mínimo de R$ 2,5 mil.
de Investimento Capitalizado (Ficap). As cotas variavam entre R$ 5 mil e R$ 5 milhões, com
investimento mínimo de R$ 2,5 mil.
O fundo prometia rentabilidade de 5% ao mês,
bem superior à média do mercado.
Fonte: Hoje em Dia
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