AS críticas foram feitas por prefeitos da região durante encontro realizado em Araçuai (MG) na tarde de quarta-feira (23) na sede social da AABB- Associação Atlética do Banco do Brasil, a pedido da AMEJE- Associação dos Municípios do Médio Vale do Jequitinhonha.
Críticas ao péssimo serviço prestado pela Copanor na região do Vale do Jequitinhonha, deram o tom do encontro de prefeitos do médio Vale do Jequitinhonha, com o Secretário de Estado para o Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha, Mucuri e Norte de Minas, Gil Pereira, diretores do IDENE e da Copanor.
O encontro foi realizado em Araçuai (MG) na tarde de quarta-feira (23) na sede social da AABB- Associação Atlética do Banco do Brasil, a pedido da AMEJE- Associação dos Municípios do Médio Vale do Jequitinhonha.
O objetivo da reunião, segundo o prefeito de Araçuai e presidente da AMEJE, o médico Armando Paixão(PT), era para debater os programas governamentais de convivência com a seca e as medidas que estão sendo tomadas para amenizar os efeitos da estiagem na região, mas, acabou servindo de desabafo dos prefeitos que aproveitaram a presença do presidente da Copanor, para criticar e cobrar soluções da empresa com relação aos serviços de abastecimento de água.
A Copanor é uma empresa pública subsidiária da COPASA, criada pelo Governo de Minas, para atender as regiões Norte e Nordeste do Estado.
Para o prefeito de Itinga, Adhemar Marcos Filho (PSDB) “ A Empresa não está cumprindo os objetivos que inspiraram a sua criação como, praticar tarifas compatíveis com a realidade local e melhorar a qualidade de vida da população.” Em Itinga, dezenas e dezenas de famílias já não têm mais condições de pagar as altas tarifas cobradas pela empresa. Há contas altíssimas que variam de R$ 100 a R$400, em casas de famílias de baixa renda. Vamos realizar uma audiência pública e rever o contrato com a empresa”, afirmou o prefeito. “ A maioria da população está insatisfeita com os serviços da Copanor. Vamos apelar para o Ministério Público para nos ajudar nesta questão”, completou o prefeito.
Protestos dos municipios
“ No distrito de Freire Cardoso, em Coronel Murta, a água é salobra e a população fica dias e dias sem abastecimento. A água está práticamente imprópria para o consumo”, denunciou Waldeir Cardoso dos Santos,(PRB) vice-prefeito de Coronel Murta. “ A água é tão ruim que a quantidade de sal existente nela, queima a resistência de um chuveiro novo em 60 dias”, acrescentou.
“ No distrito de Freire Cardoso, em Coronel Murta, a água é salobra e a população fica dias e dias sem abastecimento. A água está práticamente imprópria para o consumo”, denunciou Waldeir Cardoso dos Santos,(PRB) vice-prefeito de Coronel Murta. “ A água é tão ruim que a quantidade de sal existente nela, queima a resistência de um chuveiro novo em 60 dias”, acrescentou.
Em Comercinho, município com cerca de 8 mil habitantes, os moradores contam que em todos os bairros da cidade, principalmente a parte alta, o fornecimento de água está comprometido.
Em agosto do ano passado, foi realizado uma audiência pública na Câmara Municipal com a participação de representantes da prefeitura, comunidade e um promotor de Justiça de Medina, cidade a 40 quilômetros de Comercinho. Todos queriam uma explicação da Copanor, companhia responsável pelo fornecimento de água no município.
Os moradores dizem que o esgoto é despejado em um leito de um rio. Eles encaminharam ofícios à FEAM- Fundação Estadual do Meio Ambiente e ao Ministério Público comunicando a situação.
O prefeito de Ponto dos Volantes, Cândido Ferraz (PSDB) também criticou a empresa.“ O serviço é de péssima qualidade. Já ficamos até 30 dias sem abastecimento de água”, afirmou.
Em Pedra Azul, a população também reclama das alta taxas e o serviço ruim prestado pela companhia. “ As reclamações vão de ponta a ponta do Vale do Jequitinhonha”, dizem os prefeitos.
COPANOR SE DEFENDE
O presidente da Copanor, Frank Deschamp Lamas disse que com relação à qualidade da água, o responsável técnico pela Estação de Abastecimento de cada comunidade, deve ser acionado para fazer a análise para saber se existe alguma contaminação.
“ A água não pode estar fora dos padrões exigidos pelo Ministério da Saúde”, disse ele.
Com relação às altas taxas, ele pediu que os prefeitos apresentassem o cronograma das taxas cobradas.
Ele disse também que a empresa já investiu cerca de R$ 54 milhões em serviços de tratamento e abastecimento de água na região do Vale do Jequitinhonha e que este ano serão licitados mais R$ 36 milhões para atender mais 144 localidades que possuam entre 200 a 5 mil habitantes.
Já o superintendente regional da Copanor, lotado em Teófilo Otoni, Marco Aurélio Prates, afirmou que a qualidade da água servida atende os padrões do Ministério da Saúde. Sua declaração deixou os prefeitos indignados.
“Na próxima reunião, vou trazer uma amostragem da água para que todos bebam e sintam”, rebateu Waldeir Cardoso, de Coronel Murta.
Pelo visto, o assunto ainda vai render muito.
No final do encontro, os prefeitos decidiram organizar uma caravana , no prazo de 30 dias, para ir até o governador do Estado, Antonio Anastasia, levando as reivindicações da região.
Sérgio Vasconcelos
Repórter
Um comentário:
aos prefeitos do vale, já que vão ao anestesia, digo, anastasia, dêem antes uma passada no Forum Lafayete, 5ª vara da fazenda publica, ali no Barro Preto, e vejam lá pq pagamos tanto por tao pouco:
CVM investiga sumiço de R$ 3,5 bilhões no balanço da COPASA ...
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