quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Prefeitura garante realização do carnaval de Diamantina em 2013


Estrutura de serviços será oferecida, mas número de palcos será menor.

Município está em estado de emergência financeira e administrativa.

Raquel FreitasDo G1 MG
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Foliões comemoram na Praça da Quitanda, em Diamantina, Minas Gerais (Foto: Eugenio Moraes/HOJE EM DIA/AE)Foliões comemoram na Praça da Quitanda, em Diamantina, Minas Gerais (Foto: Eugenio Moraes/HOJE EM DIA/AE)
A Prefeitura de Diamantina, na Região do Alto Jequitinhonha, em Minas Gerais, divulgou nesta quarta-feira (16) que o tradicional carnaval da cidade histórica está mantido em 2013. Questões políticas e financeiras ameaçavam a realização da festa no município, que decretou estado de emergência financeira e administrativa na última semana. 

Ao G1, a secretária de Cultura, Bya Betelli, garantiu que uma estrutura básica de serviços, como de segurança, de saúde e de limpeza urbana, será oferecida pela administração pública municipal aos foliões. Entretanto, em princípio, haverá redução do número de palcos e de funcionários da prefeitura empenhados durante a festa em relação aos anos anteriores.
De acordo com Bya Betelli, além do Bloco Biri Biri – que reúne as duas principais atrações do carnaval de Diamantina, a Bartucada e a Bat-Caverna –, está confirmada a montagem do espaço Titi, que conta com a apresentação de DJs. A secretária também informou que haverá o desfile dos blocos tradicionais. Para a realização da festa em outros pontos da cidade, a prefeitura agora tenta firmar parcerias com o empresariado local.

Inicialmente, a prefeitura estimava gastar entre R$ 900 mil e R$ 1 milhão no carnaval. O novo orçamento não está definido, mas será menor que o estipulado anteriormente. Bya Betelli também afirma que voluntários estão envolvidos para garantir a manutenção dos festejos da folia de Momo na cidade. “Tem muita gente querendo que esse carnaval aconteça e ele é muito importante para economia da cidade”, pontua.

A previsão é que a programação oficial de Diamantina seja definida até o fim desta semana.

Questões políticas e financeiras
O presidente da Câmara Municipal de Diamantina, Maurício da Paixão Maia, assumiu interinamente a prefeitura a após a chapa do prefeito eleito, Dr. Paulo Célio, ter sido indeferida. De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o político chegou a ser diplomado, mas o documento foi tornado nulo depois de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indeferir a candidatura do vice Gustavo Botelho.
Na quinta-feira (10), Maia decretou estado de emergência financeira e administrativa pelo prazo de 60 dias. Segundo consta no texto, o município se encontra próximo da falência pública, com funcionamento de alguns serviços, como a coleta de lixo, prejudicados. De acordo com a assessoria da prefeitura, somente cerca de 10% dos 1.568 funcionários receberam os salários de dezembro do último ano.
Procurado pelo G1, o ex-prefeito de Diamantina Padre Gê afirmou que a prefeitura funcionou normalmente até o dia 31 de dezembro. Em relação à dívida do município, ele disse que há alguns parcelamentos normais em fins de mandato. Padre Gê acrescentou que se colocou à disposição da atual gestão.
Segundo o TRE, na tarde desta quarta-feira (16.01), foi definida a data para a realização da nova eleição no município. A votação ocorrerá no dia 7 de abril.

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