quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Em Grão Mogol, audiência pública debate projeto para extração de minério de ferro

O empreendimento está em processo de licenciamento ambiental, que prevê a realização de audiências públicas, como a realizada no fim do ano passado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). 
O investimento total deverá chegar a R$ 6 bilhões, com interligação da área do Porto Sul, na região de Ilhéus (BA), gerando 9 mil empregos diretos e 2 mil indiretos.



Cerca de 700 pessoas participaram da reunião, no ginásio Quita Benquerer, em Grão Mogol

A cidade de Grão Mogol, no Vale do Jequitinhonha, no norte de Minas, sediou na terça-feira (22.01) audiência pública com o objetivo de debater o Projeto Vale do Rio Pardo, que prevê implantação de mina, unidade industrial de beneficiamento e mineroduto, sob responsabilidade da Sul Americana de Metais S/A (SAM), do grupo Votorantim, para exploração de minério de ferro nos municípios de Grão Mogol e Padre Carvalho, no Vale do Jequitinhonha, no norte do Estado.
  
Cerca de 700 pessoas participaram da reunião, no ginásio Quita Benquerer, incluindo representantes da comunidade, empresa e das prefeituras dos municípios localizados na área de influência do projeto, além de membros dos governos do Estado e Federal e do Ministério Público.

O empreendimento está em processo de licenciamento ambiental, que prevê a realização de audiências públicas, como a realizada no fim do ano passado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O investimento total deverá chegar a R$ 6 bilhões, com interligação com a área do Porto Sul, na região de Ilhéus (BA).

Reflexos

Coordenador do encontro, Jorge Luiz Brito, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), falou sobre os estudos técnicos e ambientais que estão sendo feitos para que a empresa possa conhecer detalhes e reflexos do projeto sobre os municípios envolvidos.

O órgão está recolhendo subsídios e informações junto à sociedade civil para análises em relação ao empreendimento.

O secretário de Estado de Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e do Norte de Minas, Gil Pereira (Sedvan), destacou ser o projeto importante não apenas para a microrregião de Grão Mogol, mas para toda a região Norte e o Estado: “Estamos falando de uma das áreas mais pobres de Minas. Deus colocou ali o minério, como também o gás do Rio São Francisco, o que trará nova era desenvolvimento para a população.”
 Ele citou alguns dos impactos positivos do projeto, como o potencial de geração de 9 mil  empregos diretos durante a sua implantação, além de 2 mil empregos diretos e 9 mil indiretos na operação do complexo.

 Rigor

“Reivindicação regional de três décadas começa a ser atendida com a retomada do projeto da Barragem do Rio Vacaria (prevista no empreendimento), pelo Ministério da Integração, pois estava adormecido no Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs).

Cerca de 40% da água envolvida será usada pela comunidade de modo sustentável. O rigor no licenciamento foi determinado pelo governador Antonio Anastasia, que ficou interessado no seu aspecto social, em termos da geração de emprego e renda e melhor qualidade de vida, por causa do perímetro de irrigação a ser implantado para atender quase 500 famílias de pequenos agricultores (950 hectares)”, citou Gil Pereira.

 O deputado estadual Carlos Pimenta expressou sua preocupação quanto à necessidade de ser ampliada a infraestrutura regional, principalmente no que se refere ao transporte, diante do grande número de novos projetos empresariais e do Governo do Estado previstos para o Norte de Minas.

Atividades

O prefeito de Grão Mogol, Jefferson Figueiredo, ressaltou a importância de que várias ações serão realizadas em parceria com os governos do Estado e Federal: “Sou favorável ao empreendimento, por causa da sua sustentabilidade e dos benefícios que trará para a população da nossa região".
 
  
O diretor de relações institucionais da Sul Americana de Metais (SAM), Geraldo Magela Gomes, informou que a expectativa é de que as operações sejam iniciadas no segundo semestre de 2015. “Nossas estimativas apontam 25 anos de atividades, com produção de 25 milhões de toneladas/ano (primeiro bloco)”, disse o técnico.

 A Barragem do Rio Vacaria está orçada em R$ 46 milhões, enquanto o projeto de irrigação relacionado exigirá investimento de R$ 8,5 milhões. A Barragem do Córrego do Vale (R$ 6 milhões) beneficiará a comunidade do Vale das Cancelas.
  
21 municipios: 9 em Minas e 12 na Bahia 
Para o transporte do material, será construído mineroduto de aproximadamente 482 quilômetros, que vai atravessar 21 municípios: 
Grão Mogol, Padre Carvalho, Fruta de Leite, Novorizonte, Salinas, Taiobeiras, Curral de Dentro, Berizal, Águas Vermelhas , em Minas Gerais, e Cândido Sales, Encruzilhada, Ribeirão do Largo, Vitória da Conquista, Itambé, Itapetinga, Itaju do Colônia, Itapé, Ibicaraí, Itabuna, Barro Preto e Ilhéus, no Estado da Bahia. Além disso, será implantado terminal portuário no Sul daquele estado, estando prevista ainda construção de adutora de água que insere no projeto o município mineiro de Josenópolis.
Fonte: SEDVAN

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