quinta-feira, 31 de maio de 2018

Araçuaí: Reabastecimento de postos provoca longas filas

Situação poderá se normalizar no início da semana.

Foto: Gazeta de AraçuaiReabastecimento de postos provoca longas filas em Araçuai
Filas começaram a ser formadas logo pela manhã
A paralisação dos caminhoneiros completa onze dias, mas os seus efeitos começam a ser menores. Com a negociação do Governo Federal e o desbloqueio das rodovias, o abastecimento começa a ser normalizado.

Desde a manhã de quinta-feira (31.05) motoristas se enfileiravam nas proximidades de postos de combustíveis em Araçuai, no Vale do Jequitinhonha, no nordeste de Minas, na tentativa de reabastecer seus veículos. Uma imagem  nunca vista  antes na cidade que  possui cinco postos. Em um deles, o combustível começou a ser vendido por volta das 5 horas da manhã,  mas durou pouco mais de 4 horas.

Os postos começam a receber combustíveis aos poucos, mas as filas ainda são grandes.  

Posto no centro da cidade está disponibilizando apenas etanol; vendido a R$ 3,80
Posto no centro da cidade está disponibilizando apenas etanol; vendido a R$ 3,80

Em um  posto na região central, só havia etanol; vendido a R$ 3.80 o litro. De acordo com um dos frentistas, foram disponibilizados 16 mil litros do combustível. Não há limites para a venda.; mas a compra com galão, somente à tarde, informou a gerente. Em outro posto do centro da cidade, a previsão é que o abastecimento seja feito no início da noite; com preços de tabela. A gasolina deverá permanecer a R$ 5.20.

Motoristas de cidades vizinhas, como Coronel Murta, Itinga e Francisco Badaró, também se deslocaram até Araçuai, na tentativa de conseguir combustível.


Polícia Militar dá cobertura ao abastecimento para evitar tumulto. Até o momento situação é tranquila.
Polícia Militar dá cobertura ao abastecimento para evitar tumulto. Até o momento situação é tranquila.



Posto Cristal, no centro da cidade, deverá iniciar abastecimento nesta noite de quinta-feira (31), disponibilizando gasolina e diesel
Posto Cristal, no centro da cidade, deverá iniciar abastecimento nesta noite de quinta-feira (31), disponibilizando gasolina e diesel

Postos da Organização Rezende impôs regras de abastecimento, mas combustível acabou poucas horas após bombas serem reabertas.
Postos da Organização Rezende impôs regras de abastecimento, mas combustível acabou poucas horas após bombas serem reabertas.
Gás

A  maior parte das distribuídoras estão sem botijão de gás e algumas deram folga para os funcionários. Carregamentos começaram a chegar, mas a situação só deverá ser normalizada em uma semana, segundo as distribuidoras.

Nos supermercados a situação não é diferente. Há falta de alguns itens, principalmente hortifrutigranjeiros. A previsão é que o abastecimento se normalize ao longo do início da semana.
  
Sérgio Vasconcelos Repórter, na Gazeta ded Aracuai

quarta-feira, 30 de maio de 2018

Greve dos camionheiros: Caminhões de tomates são jogados em lixão de Itamarandiba

CARGAS DE TOMATES SÃO JOGADAS EM LIXÃO DE ITAMARANDIBA


Na manhã de terça-feira, 29 de maio, dois caminhões carregados de tomate foram dispensados no lixão da cidade de Itamarandiba, no Alto Jequitinhonha, no nordeste de Minas.
Segundo informações fornecidas por populares, os tomates são produzidos na região do município e, devido à falta de escoamento da produção, além do prazo curto de validade da mercadoria, não viu-se alternativa, senão jogar a carga fora.
Algumas pessoas estiveram no local e começaram a catar a mercadoria no chão, em meio ao lixo, alegando que levariam para consumo próprio em suas residências. 
No local, por se tratar de um lixão, havia muitas moscas e outros insetos, o que não intimidou as pessoas que optaram por pegar os tomates.
Fonte: Itamarandiba Hoje.
.

terça-feira, 29 de maio de 2018

Pesquisa para Presidente, em Minas, coloca Lula em primeiro lugar

PARANÁ PESQUISAS DIVULGA SONDAGEM ELEITORAL EM MINAS GERAIS

Por Miguel do Rosário, no site www.ocafezinho.com



O Paraná Pesquisas divulgou há pouco a íntegra de uma pesquisa eleitoral realizada no estado de Minas Gerais, entre os dias 18 e 23 de maio.
Vamos ao cenário 2, com a presença do ex-presidente Lula. 
Neste cenário, Lula teria 27,8% dos votos, contra 23%,4 de Bolsonaro, 11,6% de Marina Silva e 7,5% de Ciro Gomes.

Há alguns pontos curiosos. 
Entre o público masculino, Bolsonaro ganha de Lula por 31% X 27%. 
Lula, porém, tem uma vantagem impressionante entre mulheres: 28,4% X 16,2%.
A principal massa eleitoral de Lula está entre o eleitor com ensino fundamental, onde tem 36% dos votos.
No cenário 1, sem Lula, seus votos aparentemente se espalham sobretudo para Marina Silva, que cresce quase 7 pontos se consolida em segundo lugar. 
Ciro Gomes cresce 3 pontos e chega a 10,7%.
Bolsonaro fica estável, com 25,6%, dois pontos a mais em relação ao cenário com Lula.
A maior força de Bolsonaro está entre o público mais jovem, de 16 a 24 anos, onde ele atinge 35% dos votos. 
Marina Silva se destaca também nessa faixa etária, onde ela fica com 24% dos votos.
O eleitorado de Ciro Gomes é mais velho: aumenta a partir dos 35 anos. 
Entre o público com ensino superior, Ciro Gomes fica em segundo lugar, com 13,5%, acima dos 11,9% de Marina Silva e o dobro de Alckmin.


Bomba! STF e TSE tramam pra tirar Lula e Bolsonaro das Eleições

ALERTA: STF E TSE TRAMAM CONTRA ELEIÇÕES

O STF e o TSE articulam duas operações contra a realização das eleições: Cármen Lúcia trama a volta do parlamentarismo; 
Nesta terça (29) à tarde, o TSE pretende tomar uma decisão para tirar Lula da disputa eleitoral, podendo atingir também Bolsonaro; 
Enquanto isso, o presidente do TSE, Luiz Fux, ameaça: “[a greve] acendeu um sinal quanto à própria realização das eleições”
29 DE MAIO DE 2018 ÀS 12:50 /no www.brasil247.com
O Supremo Tribunal Federal (STF), corte máxima do país, e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), responsável pela condução dos processos eleitorais no Brasil, estão colocando em andamento duas operações contra a realização das eleições em 2018: a presidente do STF, Cármen Lúcia, trama a volta do parlamentarismo
Nesta terça (29) à tarde o TSE vira de ponta cabeça toda a jurisprudência sobre candidaturas para tirar Lula da disputa eleitoral, numa decisão que pode alijar também Jair Bolsonaro do pleito. Enquanto isso, o presidente do TSE está colocando  em questão a própria realização das eleições em de outubro: “[a greve] acendeu um sinal quanto à própria realização das eleições”, afirmou Luiz Fux ontem
Para que se tenha uma ideia do estado de espírito nos tribunais superiores, Fux chegou a afirma que a greve dos caminhoneiros não deve ser resolvida nos tribunais e sim por um “ato de força”.
Até agora, qualquer pessoa poderia ser lançada candidata por um partido político e sua candidatura era analisada pelo tribunal caso houvesse pedidos de impugnação. Agora tudo pode mudar, para tirar Lula da disputa. 
Na semana passada, o ministro Napoleão Maia Filho, aliado de Temer, reviu um voto seu e decidiu admitir a discussão na corte sobre a possibilidade teórica de um réu condenado ser candidato a presidente da República. Anteriormente ele havia negado o debate afirmando que era evidente que uma consulta sobre o assunto, apresentada por um deputado do DEM, dizia respeito a Lula. Mas outros magistrados apelaram, e ele mudou o entendimento. 
O assunto entra na pauta na sessão de hoje à tarde e espera-se que o veto a Lula seja aprovado.
Com a decisão, os condenados em segunda instância não poderiam mais registrar suas candidaturas. A decisão pode também atingir Jair Bolsonaro, que é alvo de duas ações penas no STF. 
Se a manobra for bem sucedida ficarão fora do pleito os dois candidatos que têm, somados, a intenção de voto de mais da metade dos eleitores. Com isso, as elites desenham aos poucos, um tipo de "democracia" na qual só candidatos "tolerados" serão admitidos aos processos eleitorais. 
Enquanto isso, Cármen Lucia prepara-se para colocar em pauta no Supremo a discussão sobre a implantação do parlamentarismo por meio de uma emenda à Constituição. 
O desejo das elites brasileiras de liquidar com as eleições diretas para presidente e manter o controle do país com maiorias conservadoras no Parlamento é antiga. 
Foi o que aconteceu em 1961, quando as elites, para evitar a posse de João Goulart na Presidência, depois da renúncia de Jânio Quadros, tiraram da cartola o parlamentarismo para evitar um presidente progressista. 
O sistema durou 17 meses, sendo derrotado num plebiscito em 1963 e acabou sendo um ensaio para o golpe militar de 1964.
Fonte: brasil247.com

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Medidas do Governo podem parar a greve, mas preços continuarão a subir


Medidas para pôr fim à greve dos caminhoneiros ignoram política de preço da Petrobras

Anunciado por Temer neste domingo (27), pacote não altera valores de gasolina e gás

Read in English | Lea en español | Brasil de Fato | São Paulo (SP)
,


Petrobras reajusta gasolina em 19 centavos (ou 4,5%)

O diesel vai ficar mais barato, mas a gasolina já aumentou 19 centavos, a parti de meia-noite.
O combustível que chegou agora à noite a postos do Distrito Federal traz um aumento de 19 centavos (ou 4,5%), que será naturalmente repassado ao consumidor final.
Você sempre pagará a conta.
Greve dos caminhoneiros afetou o abastecimentos de postos de gasolina pelo país / Marcelo Casal /Agencia Brasil

Após um dia de reuniões com ministros e representantes dos caminhoneiros, neste domingo (27.05), o presidente golpista Michel Temer anunciou pacote de medidas visando encerrar a greve da categoria, que completou uma semana e afetou o abastecimento de combustíveis e alimentos pelo país.  
Entre as medidas, está a redução do preço do diesel em R$ 0,46 por 60 dias, que se obterá por meio do corte das cobranças do PIS-Cofins e da Contribuição no Domínio Econômico (Cide).  A Cide já estava prevista em outra proposta feita pelo governo aos caminhoneiros na última quinta-feira (24), mas foi considerada insuficiente por parte das representações da categoria. Após o período de 60 dias, o dobro do proposto inicialmente, os reajustes serão mensais.
Além da redução do preço do diesel, três Medidas Provisórias (MP) foram anunciadas: a isenção da cobrança de eixo suspenso em pedágios em rodovias estaduais e municipais, assim como já acontece nas federais; a garantia de que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) contrate 30% de seus fretes com caminhoneiros autônomos e a definição de uma tabela mínima de fretes para o transporte rodoviário de cargas.
O ministro Carlos Marun, da Secretaria do Governo, afirmou, logo após o anúncio das medidas, que a redução no preço do diesel custará ao governo R$ 10 bilhões, cobertos pelo Tesouro via crédito extraordinário. Segundo ele, o detalhamento do impacto aos cofres públicos será divulgado pelo ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, nesta segunda-feira (28).
Reações
Mesmo atendendo às reivindicações dos caminhoneiros, as medidas anunciadas por Temer não impactam no problema real da política do preço dos combustíveis, segundo parlamentares e as principais frentes populares do país, a Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo.
Em nota, as frentes apontam que a política de preços dos combustíveis adotada pelo governo federal nos últimos anos é a principal responsável para o aumento do custo de vida da população brasileira, em especial dos alimentos e transportes. Para os movimentos populares, "os responsáveis diretos são Pedro Parente e Michel Temer que, desde 2016, iniciaram a nova política de preços tendo como um dos eixos a paridade com os preços internacionais, o que na prática abriu a possibilidade de ajustes diários". 
Parlamentares seguem a mesma linha e se manifestaram em suas redes sociais após o anúncio de medidas para conter a greve. Jandira Feghali, do PCdoB, afirma que “Temer engana o povo. Em pronunciamento, acena com redução no diesel e incentivos aos caminhoneiros, mas passa ao largo da questão gasolina. Não muda a política da Petrobras e mantém combustível nas alturas”.
O pré-candidato à Presidência pelo PSOL, Guilherme Boulos, também responsabiliza a “desastrosa política de preços da Petrobras”. E defende que “Temer precisa explicar para a sociedade como ficará o preço da gasolina. #ForaTemer #ForaParente”.
Durante pronunciamento oficial do governo, foram registrados panelaços nas principais capitais como Salvador, Recife, São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro.
Confira abaixo as medidas anunciadas
1) A redução de R$ 0,46 no preço do litro do diesel. Isso corresponde aos valores do PIS/Cofins e da Cide, somados. Segundo Temer, o governo irá cortar do orçamento, sem prejuízo para a Petrobrás;
2) A garantia de congelamento do preço do diesel por 60 dias. Depois disso, o reajuste será mensal, de 30 em 30 dias;
3) Será editada uma Medida Provisória para a isenção de eixo suspenso em praças de pedágios, tanto em rodovias federais, como nacionais;
4) O estabelecimento de uma tabela mínima de frete, conforme previsto no PL 121, em análise no Congresso;
5) A garantia de que não haverá reoneração de folha de pagamento no setor de transporte de carga;
6) A reserva de 30% do transporte da carga da Conab para motoristas autônomos
Edição: Nina Fideles, no Brasil de Fato

Congresso do Povo se reúne no Vale do Mucuri


A Frente Brasil Popular realizou o Congresso do Povo da regional Vale do Mucuri,
na sede do  SIND-UTE de Teófilo Otoni, nordeste de Minas, com a participação de mais de 100 pessoas.

Entidades presentes que compõem a Frente Brasil Popular do Vale do Mucuri: PT, PCdoB, MST, SIND-UTE, SINDELETRO, Pastorais Sociais, APJ, Caritas Diocesana, GMOM - Grupo de Mulheres Organizadas do Mucuri), Levante Popular da Juventude, Consulta Popular.

Em razão da falta de combustíveis, por conta da greve dos caminhoneiros, muitos municípios não puderam participar.

O Congresso teve como objetivo preparar a militância de esquerda para o Congresso Estadual do Povo, com data prevista para acontecer nos dias 09 e 10/06/18, em Belo Horizonte.

Logo no início, foram feitas apresentações de entidades que compôem a Frente Brasil Popular no Vale do Mucuri.

Leodônio Martins, de Pavão, Coordenador Regional do PT, e Nilmário Miranda, Secretário dos Direitos Humanos de Minas, fizeram uma análise da conjuntura política, pontuando o grande momento de crise porque passa o nosso país com a greve histórica dos caminhoneiros, paralisando todas as atividades econômicas e sociais, em todos os estados do Brasil.

Reafirmaram a necessidade de fortalecer a luta por democracia e pela liberdade de Lula que está como preso político, em Curitiba. Também disseram da importância de manter a candidatura a Presidente, nas eleições de 2018, do maior líder político popular da história do Brasil. 

Todas as pesquisas indicam Lula como preferido da população. Porém, seus adversários para impedir sua vitória engendraram um processo mequetrefe para impedir o povo de escolhê-lo. Mas, todos os presentes garantem que lutarão até as últimas consequências para que isso se viabilize.

À tarde, foram organizados trabalho em grupo para debater quatro questões: 

01) Quais são os nossos principais problemas? 

02) Quais são as causas e os responsáveis por esses problemas? 

3) O que devemos fazer para resolver estes problemas? 

4) Propor atividades de Frente Brasil Popular no Vale do Mucuri;

Logo após, todos vieram pra Plenária, onde foram aprovados os seguintes encaminhamentos:

01) Constituir duas coordenações da Frente Brasil Popular, sendo uma de Teófilo Otoni e outra do Vale do Mucuri; 

02) Realizar caravana cultural, promovida pela Frente Brasil Popular, no Vale do Mucuri; 

03) Agendar realização de Congressos do Povo nas sedes de comarcas, do Vale do Mucuri; 

4) Elaborar manifesto do Congresso do Povo em defesa de Lula livre; 

5) Organizar caravana para Curitiba de solidariedade a Lula.

Pesquisa Vox Populi: Mesmo preso, Lula venceria no primeiro turno

CUT/VOX: COM 39%, LULA VENCE NO PRIMEIRO TURNO

Ricardo Stuckert
Mesmo preso há 52 dias e atacado ferozmente pela mídia golpista, o ex-presidente Lula mantém a vantagem sobre os demais candidatos a presidente da República e seria eleito no primeiro turno se as eleições fossem hoje, aponta pesquisa Vox Populi divulgada pela CUT; 
Lula alcançou 39% das intenções de voto contra 30% das soma dos adversários, realizada entre os dias 19 e 23 de maio; 
Se houvesse segundo turno, Lula também derrotaria qualquer adversário por ampla margem de votos.

Fonte: ocafezinho.com e brasil247.com
Mesmo preso há 52 dias e atacado ferozmente pela mídia golpista, o ex-presidente Lula mantém a vantagem sobre os demais candidatos a presidente da República e seria eleito no primeiro turno se as eleições fossem hoje. E se houvesse segundo turno, Lula também derrotaria qualquer adversário por ampla margem de votos.
No cenário estimulado, quando os nomes dos candidatos são apresentados aos entrevistados, Lula alcançou 39% das intenções de voto contra 30% das soma dos adversários, mostra pesquisa CUT/Vox Populi, realizada entre os dias 19 a 23 de maio e divulgada nesta segunda-feira (28).
O diretor do Instituto Vox Populi, Marcos Coimbra, chama a atenção para o pífio desempenho dos candidatos ligados ao ilegítimo Michel Temer (MDB-SP) que, juntos com o presidente, deram o golpe de estado e levaram o Brasil para o caos atual.
“Apesar do proselitismo de parte da imprensa brasileira, eles patinam em índices muito baixos. Entre eles, o que mais chama a atenção é o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB-SP), que está aquém do que alcançaram outros candidatos tucanos no passado”.
“Parece que a opinião pública não perdoa o comportamento do partido de 2014 para cá”, diz Coimbra.
Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, os brasileiros não esquecem que Lula aqueceu a economia, gerou mais de 20 milhões de empregos e distribuiu renda, apesar da crise de 2008 que derrubou bolsas em todo o mundo e levou a economia da Europa e dos Estados Unidos à bancarrota.
“O que temos agora são quase 14 milhões de desempregados, fora os subempregados, aumentos absurdos da gasolina, diesel e gás de cozinha e um governo acuado, desacreditado e sem capital político sequer para negociar o fim de uma mobilização de caminhoneiros”, pontua Vagner.
Na pesquisa estimulada, o segundo colocado, com praticamente um terço das intenções de voto de Lula, está o deputado Jair Bolsonaro (PSL), com 12%; seguido de Marina Silva (Rede), com 6%; Ciro Gomes (PDT), com 4%; Geraldo Alckmin (PSDB), com 3% e Álvaro Dias (Podemos), com 2%.
Henrique Meirelles (MDB-GO), Manuela D’Ávila (PC do B) e João Amoedo (Novo-RJ) têm cada um 1% das intenções de votos. Já Flávio Rocha (PRB-RN), Guilherme Boulos (Psol-SP), João Vicente Goulart (PPL), Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Paulo Rabelo de Castro (PSC) não pontuaram. O percentual dos que não vão votar em ninguém, brancos e nulos totalizou 21% e não sabem ou não responderam, 9%.
No Nordeste, Lula tem 56% das intenções de votos, contra 7% de Bolsonaro e Ciro, que empatam na Região; Marina tem 6% e Alckmin apenas 1%. Os demais não pontuaram. No Sul, 31% dos entrevistados votariam em Lula, 18% em Bolsonaro e 10% em Álvaro Dias; Marina e Ciro empatam, com 4% cada e Alckmin aumenta para 2%, empatando com João Amoedo. Meirelles, Manuela e outros têm 1%.
Pesquisa espontânea
No cenário espontâneo, Lula também está bem na frente dos demais candidatos. O ex-presidente tem 34% das intenções de votos, Bolsonaro surge em segundo lugar, com 10%; Ciro e Alckmin voltam a empatar, com 3% cada; Marina e Joaquim Barbosa, que desistiu da candidatura, surgem com 2% cada; e Álvaro Dias, com 1%. E 5% dos entrevistados disseram que vão votar em outros, 25% ninguém, brancos e nulos, e 16% não sabem ou não responderam.
Segundo turno
Nas simulações de segundo turno, Lula venceria todos os adversários com larga vantagem. Venceria Marina com 45% contra 14% da candidata da Rede; Já contra Alckmin e Bolsonaro, Lula alcançaria 47% dos votos contra 11% e 16%, respectivamente.
A pesquisa CUT/Vox Populi foi realizada com brasileiros de mais de 16 anos, residentes em áreas urbanas e rurais, de todos os estados e do Distrito Federal, em capitais, regiões metropolitanas e no interior, de todos os estratos socioeconômicos.
Foram ouvidas 2.000, em entrevistas feitas em 121 municípios. Estratificação por cotas de sexo, idade, escolaridade e renda.
A margem de erro é de 2,2 %, estimada em um intervalo de confiança de 95%.

Confira aqui a íntegra da pesquisa.

O Donos do Poder não estão na política, mas na economia


13 pontos para embasar qualquer Análise de Conjuntura




O complexo financeiro-empresarial não tem opção partidária, não veste nenhuma camisa na política, 
nem defende pessoas. 

Sua intenção é tornar as leis e a administração do país totalmente favoráveis para suas metas de maximização dos lucros.

*Por Maurício Abdalla
Publicado no https://diplomatique.org.br, em 24.05.2017
Le Monde Diplomatique Brasil


1 – O foco do poder não está na política, mas na economia. Quem comanda a sociedade é o complexo financeiro-empresarial com dimensões globais e conformações específicas locais.

2 – Os donos do poder não são os políticos. Estes são apenas instrumentos dos verdadeiros donos do poder.
3 – O verdadeiro exercício do poder é invisível. O que vemos, na verdade, é a construção planejada de uma narrativa fantasiosa com aparência de realidade para criar a sensação de participação consciente e cidadã dos que se informam pelos meios de comunicação tradicionais.
4 – Os grandes meios de comunicação não se constituem mais em órgãos de “imprensa”, ou seja, instituições autônomas, cujo objeto é a notícia, e que podem ser independentes ou, eventualmente, compradas ou cooptadas por interesses. Eles são, atualmente, grandes conglomerados econômicos que também compõem o complexo financeiro-empresarial que comanda o poder invisível. Portanto, participam do exercício invisível do poder utilizando seus recursos de formação de consciência e opinião.
5 – Os donos do poder não apoiam partidos ou políticos específicos. Sua tática é apoiar quem lhes convém e destruir quem lhes estorva. Isso muda de acordo com a conjuntura. O exercício real do poder não tem partido e sua única ideologia é a supremacia do mercado e do lucro.
6 – O complexo financeiro-empresarial global pode apostar ora em Lula, ora em um político do PSDB, ora em Temer, ora em um aventureiro qualquer da política. E pode destruir qualquer um desses de acordo com sua conveniência.
7 – Por isso, o exercício do poder no campo subjetivo, responsabilidade da mídia corporativa, em um momento demoniza Lula, em outro Dilma, e logo depois Cunha, Temer, Aécio, etc. Tudo faz parte de um grande jogo estratégico com cuidadosas análises das condições objetivas e subjetivas da conjuntura.

8 – O complexo financeiro-empresarial não tem opção partidária, não veste nenhuma camisa na política, nem defende pessoas. Sua intenção é tornar as leis e a administração do país totalmente favoráveis para suas metas de maximização dos lucros.
9 – Assim, os donos do poder não querem um governo ou outro à toa: eles querem, na conjuntura atual, a reforma na previdência, o fim das leis trabalhistas, a manutenção do congelamento do orçamento primário, os cortes de gastos sociais para o serviço da dívida, as privatizações e o alívio dos tributos para os mais ricos.
10 – Se a conjuntura indicar que Temer não é o melhor para isso, não hesitarão em rifá-lo. A única coisa que não querem é que o povo brasileiro decida sobre o destino de seu país.
11 – Portanto, cada notícia é um lance no jogo. Cada escândalo é um movimento tático. Analisar a conjuntura não é ler notícia. É especular sobre a estratégia que justifica cada movimento tático do complexo financeiro-empresarial (do qual a mídia faz parte), para poder reagir também de maneira estratégica.
12 – A queda de Temer pode ser uma coisa boa. Mas é um movimento tático em uma estratégia mais ampla de quem comanda o poder. O que realmente importa é o que virá depois.
13 – Lembremo-nos: eles são mais espertos. Por isso estão no poder.
 *Maurício Abdalla é professor de filosofia na Universidade Federal do Espírito Santo

PT está certo ao manter candidatura de Lula a Presidente

A estratégia do PT

por Marcos Coimbra* — publicado 23/05/2018 00h10, na www.cartacapital.com.br
Manter a candidatura de Lula é o desejo do imenso contingente de eleitores simpatizantes ou militantes do partido.
Seguindo a orientação do ex-presidente Lula, o PT adotou uma estratégia para a eleição presidencial que tudo indica ser correta. As reações nervosas da direita e daqueles que ainda sonham se construir como candidatos sugerem que foi uma boa decisão.
Manter a candidatura de Lula é duplamente acertado. De um lado, significa apostar na legalidade e ver aonde isso nos leva. De outro, demonstra o respeito que Lula e o PT têm por seu ativo fundamental, a vasta parcela da população que representam.     
O PT tem o direito de escolher Lula como candidato e solicitar o registro da candidatura. É igualmente seu direito aguardar o pronunciamento da Justiça Eleitoral, praticando os atos de campanha estabelecidos na legislação. É também seu direito receber da Justiça tratamento isonômico e sem jogadinhas de tapetão.
caçada contra Lula e o PT, executada pelo Judiciário, o Ministério Público e a mídia conservadora, utiliza-se da legalidade formal como escudo e fonte de legitimidade. Busca revestir seus atos de força com um verniz de legalismo, para fins de propaganda externa e para fornecer argumentos àqueles que os apoiam na sociedade.   
Não que essa aparência seja indispensável, como ficou evidente no episódio das escutas clandestinas de conversas telefônicas da presidenta da República. Embora flagrantemente ilegais, foram divulgadas por Sergio Moro em momento de efervescência política, mandando às favas qualquer simulacro de legalidade (diga-se de passagem, sem que nunca seus “superiores” lhe tenham cobrado tal comportamento). Mas tentar preservar a fachada sempre foi a regra. 
Assim ocorreu na encenação do impeachment de Dilma Rousseff, na condenação de Lula por Moro, no patético espetáculo dos três juízes do Tribunal de Recursos e na prisão do ex-presidente. Tudo querendo provar que “A Lei é para todos”, enquanto as evidências em contrário pululam.
Manter a candidatura de Lula não é ter falsas expectativas a respeito do apego às leis dos donos do poder. Ninguém, dentro ou fora do PT, se ilude: farão qualquer coisa para evitar a vitória de Lula. Se tiverem de sujar as mãos, vão sujá-las.   
Leia também:


Que pretextos inventarão para negar o registro da candidatura? Farão a mágica de recusar um requerimento antes que seja feito? Vão fabricar uma legislação específica para ele, negando-lhe direitos acessíveis a centenas de outros? Será Lula o primeiro candidato proibido de fazer campanha, depois de devidamente registrado e antes da decisão definitiva a respeito da postulação? E se acharem que não há alternativa, irão até o adiamento ou cancelamento da eleição? 
Só há uma maneira de descobrir quão longe na ilegalidade nossas elites se dispõem a avançar: obrigando-as a ir lá. Evitando que permaneçam em sua zona de conforto, brincando de boas meninas, respeitadoras das leis. Forçando-as a revelar-se naquilo que são e expondo-as perante a sociedade e a comunidade internacional.   
O mito da “justiça moral” na guerra contra Lula e o PT sustenta-se em terreno cada vez mais frágil. Em outubro de 2017, 57% dos entrevistados em pesquisa CUT/Vox consideravam “justa” a condenação de Lula e 27% diziam que era “injusta”. Em abril, a diferença entre os dois grupos havia desaparecido.
Em seis meses, a vantagem dos primeiros em relação aos segundos, que estava em 30 p.p. tornara-se zero. E nos próximos cinco, de agora até a eleição, a que tamanho chegará? Que nível alcançará o apoio cadente ao lavajatismo, quando novas truculências jurídicas contra Lula e o PT forem perpetradas?   
Lula e o PT estão certos na estratégia por uma segunda razão: manter a candidatura do ex-presidente é o desejo do imenso contingente de eleitores que militam, se identificam ou simpatizam com o partido. As estimativas variam, mas ninguém duvida que falamos de mais de 30 milhões de cidadãos, talvez mais de 40 milhões.  
Elas querem votar em Lula, não concordam com as alegações que fazem contra ele, não consideram que haja prova das acusações, rejeitam a parcialidade da Justiça e avaliam que o processo, a condenação e a prisão foram políticas. São pessoas que não entenderiam se seu partido optasse agora por substituí-lo como candidato ou fugisse da disputa eleitoral, indo esconder-se em uma candidatura a vice-presidente.     
É porque significa o respeito a esses milhões de eleitores, um ativo único em nossa história, que a estratégia defendida por Lula e o PT mais se justifica. Não deixa de ser engraçado: políticos que nunca venceram uma eleição nacional e a imprensa dos patrões dando-se a liberdade de criticar o caminho que Lula escolheu. Devem achar que conhecem o povo melhor que ele.
*Marcos Coimbra

Marcos CoimbraSociólogo, é presidente do Instituto Vox Populi e também colunista do Correio Braziliense