Artigo de Emir Sader, na Carta Maior
A reeleição da Dilma deve ser a mais fácil, em comparação com as eleições do Lula e a da própria Dilma. Todas as condições estão dadas para que a Dilma se reeleja no primeiro turno.
O governo passou seu pior ano em 2012, com estagnação da economia, com o processo do “mensalão”, mas manteve a expansão das políticas sociais e um apoio político invejável. Nada faz prever que a economia tenha um desempenho tão fraco nos dois anos que restam do primeiro mandato, facilitando a consolidação e a extensão das políticas sociais – o fator fundamental de apoio do governo.
A oposição, derrotada nas eleições municipais, não consegue projetar candidatura competitiva. Nem Aécio, nem Alckmin, nem Serra têm qualquer possibilidade de fazer com que a oposição detenha a queda acentuada de apoio da oposição ao longo dos anos. O velho dilema entre reivindicar o governo FHC, fazer campanha diretamente reacionária ou competir com a plataforma do governo revela-se um círculo vicioso sem saída para a oposição. Competirão, mas sem esperança de vitória, nem de campanha com entusiasmo. Será mais um passo para a redução da oposição tradicional à intranscendência.
A imprensa, como precisa sugerir certo interesse no tema das eleições presidenciais, insiste em especular com a candidatura de Eduardo Campos, que teria a vantagem de tirar um partido da base de apoio do governo. Mas o próprio Eduardo Campos já revelou que seu partido ambicionaria a vice-presidência de Dilma – o que poderia projetá-lo para 2018 – ou simplesmente apoiará a Dilma, buscando o apoio da Dilma, do Lula e do PT para 2018.
Resta a Marina, que começa a árdua tarefa de conseguir as 500 mil assinaturas para registrar seu partido – Semear seria o nome – até novembro. Nas pesquisas, Marina aparece em segundo lugar, como resultado do recall de 2010. Poderia ter um protagonismo similar, mas seu desempenho seria insuficiente para um segundo turno, diante do enfraquecimento do bloco tucano.
A ultra-esquerda não vai ter espaço próprio, seja pelo fracasso do seu projeto político, seja porque Marina canaliza votos light que, no passado, foram da ultra esquerda.
As opções eleitorais da população não se orientam pelo estreito círculo em que se movimentam as direções partidárias. O decisivo é o sucesso do governo e a força política que emana daí, das únicas duas grandes lideranças nacionais, complementares – as de Lula e de Dilma. Por isso grande parte das especulações presidenciais se transferem para 2018.
O governo passou seu pior ano em 2012, com estagnação da economia, com o processo do “mensalão”, mas manteve a expansão das políticas sociais e um apoio político invejável. Nada faz prever que a economia tenha um desempenho tão fraco nos dois anos que restam do primeiro mandato, facilitando a consolidação e a extensão das políticas sociais – o fator fundamental de apoio do governo.
A oposição, derrotada nas eleições municipais, não consegue projetar candidatura competitiva. Nem Aécio, nem Alckmin, nem Serra têm qualquer possibilidade de fazer com que a oposição detenha a queda acentuada de apoio da oposição ao longo dos anos. O velho dilema entre reivindicar o governo FHC, fazer campanha diretamente reacionária ou competir com a plataforma do governo revela-se um círculo vicioso sem saída para a oposição. Competirão, mas sem esperança de vitória, nem de campanha com entusiasmo. Será mais um passo para a redução da oposição tradicional à intranscendência.
A imprensa, como precisa sugerir certo interesse no tema das eleições presidenciais, insiste em especular com a candidatura de Eduardo Campos, que teria a vantagem de tirar um partido da base de apoio do governo. Mas o próprio Eduardo Campos já revelou que seu partido ambicionaria a vice-presidência de Dilma – o que poderia projetá-lo para 2018 – ou simplesmente apoiará a Dilma, buscando o apoio da Dilma, do Lula e do PT para 2018.
Resta a Marina, que começa a árdua tarefa de conseguir as 500 mil assinaturas para registrar seu partido – Semear seria o nome – até novembro. Nas pesquisas, Marina aparece em segundo lugar, como resultado do recall de 2010. Poderia ter um protagonismo similar, mas seu desempenho seria insuficiente para um segundo turno, diante do enfraquecimento do bloco tucano.
A ultra-esquerda não vai ter espaço próprio, seja pelo fracasso do seu projeto político, seja porque Marina canaliza votos light que, no passado, foram da ultra esquerda.
As opções eleitorais da população não se orientam pelo estreito círculo em que se movimentam as direções partidárias. O decisivo é o sucesso do governo e a força política que emana daí, das únicas duas grandes lideranças nacionais, complementares – as de Lula e de Dilma. Por isso grande parte das especulações presidenciais se transferem para 2018.
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