sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Berilo e Jason de Morais: por que estes nomes?






Berilo amarelo.... Berilo azul.......... Berilo rosa...... Águas marinhas.... Morganita























Berilo e Jason de Morais,
por que estes nomes?



Todos os nomes são dados a coisas, lugares, pessoas, instituições, fenômenos da natureza, com algum significado, com algum motivo. O nome dos filhos são escolhidos pelos pais por diversas razões ou simplesmente pela beleza da palavra.


Porém, dois nomes que ninguém ou pouca gente sabe a origem, com absoluta certeza, é o nome do município de Berilo, no Médio Jequitinhonha, e a Escola Estadual Jason de Morais, localizada na cidade. Muitas pessoas acreditam que aqui, neste solo de riquezas minerais, explorava-se a pedra berilo. Mas, as pesquisas e os registros históricos não dizem assim.


Berilo, pedra preciosa

Algumas variedades de berilo são consideradas pedras preciosas ou semi-preciosas, desde épocas pré-históricas. O berilo verde (presença de ferro) é chamado esmeralda.
O raro berilo vermelho é chamado esmeralda vermelha, esmeralda escarlate ou bixtite. 

O berilo azul (devido ao crômio e vanádio) é chamado de água-marinha. 
O berilo rosa (devido a manganês e ferro) é a morganita. 
Um berilo amarelo brilhante e límpido é chamado berilo dourado. 
Um berilo incolor é chamado gochenita e o amarelo-esverdeado é chamado heliodoro.

Segundo o IBGE, o nome de Berilo foi dado ao município devido ser encontrado grande quantidade deste mineral, aqui na região. 
Na realidade, a exploração é muito mais abundante em Virgem da Lapa, Coronel Murta, Araçuaí, Itinga e Padre Paraíso. 

Aqui, em Berilo, no nordeste de Minas, foi explorado o ouro. O metal e a predra preciosa só são encontrados em Minas Gerais, e em países da África e nos Estados Unidos.

Por que a Escola Estadual tem o nome de Professor Jason de Morais?

As informações da Secretaria de Educação é que o nome da Escola Estadual Jason de Morais se deve a um técnico-administrativo que ajudou muito na instalação da escola. Há outras informações que garantem que Jason era um professor muito talentoso. Infelizmente, o povo de Berilo desconhece a história desta pessoa.

Pergunta-se: é válido e justo homenagear alguém que não teve importância na história do nosso lugar? Enquanto isto, muitos outros daqui são esquecidos. Muitos que contribuíram com a construção do município, das comunidades rurais, formaram suas famílias e ajudaram no desenvolvimento e crescimento das pessoas.

Berilo: Produção de abacaxi evita êxodo rural de 80 famílias de agricultores familiares

A TV Record publicou uma reportagem, no dia 26 de dezembro de 2019, sobre a produção de abacaxi em Berilo, no Vale do Jequitinhonha. 
Leia o texto abaixo com dados da reportagem e outras informações acrescentadas pelo Blog. Depois, assista o video.


"No Vale do Jequitinhonha, a época é da colheita do abacaxi. A região que foi considerada uma das mais pobres do país, hoje exporta o abacaxi, fruta que vem ajudando principalmente a evitar o êxodo rural.

Wesley Reinaldo Pereira produz abacaxi há 30 anos. Sua pequena propriedade rural fica em Berilo, no Médio Jequitinhonha, nordeste de Minas. Dali, saem no período de safra, de novembro a janeiro, cerca de 40 mil frutas. Wesley diz: “Pra nós,  é tudo, né? É uma lavoura que não depende de chuva. Graças a Deus, o abacaxi é tudo aqui pra nós”.

Por causa da colheita do abacaxi, homens que, até pouco tempo, passavam até 6 meses longe dos filhos e da mulher, porque trabalhavam em outro estado, hoje, já não saem mais. Oitenta famílias do município de Berilo, na região de Alto Bravo, Cardoso e Capão, no distrito de Lelivéldia, vivem do cultivo da fruta.


O abacaxi é plantado em uma área equivalente a 400 campos de futebol. É uma produção anual que hoje ultrapassa a dezenas de toneladas que ajudaram a reunir pais e filhos. O sustento fica pertinho de casa. É o caso do Júlio Quirino, que, durante anos, se dividiu entre o corte de cana no interior de São Paulo e a colheita do café, no sul de Minas.  Eram poucos dias ao lado da família. Hoje, ele não precisa mais sair de casa. O trabalho está bem ali. “ O abacaxi é bom pra todo mundo, né? Pra quem é produtor, pra quem ajuda no trabalho do vizinho. A gente fica perto da família que é muito melhor, né?”, Júlio declarou.

Jovano Pereira dos Santos também trocou o trabalho assalariado no corte de cana  pela produção da cultura do abacaxi e levou toda a família para ajudar na lavoura. Ele disse o seguinte: “ Se não fosse o abacaxi não tinha como se virar. O abacaxi dá uma fontezinha de renda pra gente aqui. O abacaxi é muito bom. Eu não pretendo largar o abacaxi”.

O abacaxi produzido no Vale do Jequitinhonha é vendido em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. Parte dessa produção é exportada para a Argentina. Ailton Ferreira Lima, comerciante de Guanambi, no sul da Bahia, compra direto dos produtores. Pelo menos, uma vez por semana, ele busca 3 mil frutas, na região de plantio. Sai com o caminhão carregado. Ele diz que o abacaxi de Berilo não tem trabalho de vender. Vai chegando, rapidinho, vende tudo. Segundo ele, é um produto muito bom no mercado.

O abacaxi produzido em Berilo é da variedade pérola. É muito doce, tem menos acidez, podendo ser consumido in natura. Não é próprio para fazer suco. O técnico agrícola da Emater, Milton Machado, acredita que a secura do solo e o calor da região ajudam a deixar a fruta mais saborosa. “Além de diminuir a acidez ajuda a controlar a incidência de pragas e doenças”, afirma ele."

Veja o video da TV Record:


abacaxi perola
Características do abacaxi pérola
abacaxi pérola é uma variedade do abacaxi que pertence à família “Bromelianceae”. O abacaxi pérola tem nome cientifico idêntico ao do abacaxi, isto é, “Ananas comosus” e sua origem remete à América do Sul. A fruta hoje é cultivada em várias partes do mundo devido ao fato de ter caído no gosto de todas as culturas.

O abacaxi pérola tem como características uma polpa amarelo-pálida e sabor bem marcado e doce, porém, não muito ácido. Sua casca é esverdeada mesmo quando o fruto está maduro, sendo que pode ser preciso apertá-lo levemente para saber se ele ainda está verde (duro) ou maduro (macio).

quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

O empoderamento dos idiotas

Imagem de perfil do Colunista

30 de Outubro de 2019 às 15:06
Ouça o áudio:
"No Brasil dos Bolsonaros, o idiota bate no peito e proclama seu estado superior de estupidez" / Tânia Rego/Agência Brasil
Tornar-se idiota virou uma das maneiras de subir na vida
Quando alguém, dentro de algum tempo, for estudar o que nos aconteceu, talvez chame esta página infeliz da nossa história de “Era da Ignorância”. Motivos para tanto abundam, com o perdão da palavra. Mas será impreciso. Acontece que, gêmeo univitelino da burrice em questão, existe o poder exercido pelos boçais. É uma idiotia empoderada.
O Brasil já sofreu com cretinices, mas nunca dantes neste país os idiotas conseguiram implantar uma idiocracia. Fazem da sua condição motivo de soberba. Orgulham-se da sua estupidez. Transformam-na numa cruzada, buscando salvar as almas de quem ainda não se converteu às trevas. Todos devem aderir à asnice hegemônica. É uma questão de poder, mas também de fé.
Fé, afinal de contas, é imprescindível para o idiota acreditar no que quer acreditar. Que a Terra é plana, que a crise do clima é uma conspiração comunista, que o nazismo era de esquerda, que meninas enfiam crucifixos na vagina, que Lula é o sujeito mais rico do Brasil, que “forças do mal” celebram a vitória do peronismo dos Fernández, que Jesus Cristo frequenta goiabeiras. Tudo sem uso de ácido lisérgico.
Tornar-se idiota virou uma das maneiras de subir na vida. Sem ler, sem pensar, sem fazer força. No Brasil dos Bolsonaros, o idiota bate no peito e proclama seu estado superior de estupidez. Ser idiota virou projeto de vida, sonho de realização e até bom partido. “Veja, ela se casou com aquele idiota e hoje ele é ministro…”, alguém dirá.
A idiotice é empoderada, sobretudo, de cima para baixo. Não há outra explicação, por exemplo, para o derramamento de besteirol pelo presidente ao tratar da catástrofe com óleo no Nordeste. Tampouco para se idealizar como leão em postagem ridícula. Funciona como exaltação da asneira e avacalhação geral do país.
O surto de idiotice preserva certa simpatia na imprensa empresarial. Só prospera com a bênção do olhar cúmplice ou complacente do noticiário. Que costuma definir tais figuras como “polêmicas”, bela maneira de tratar o leitor como idiota. Assim, um ministro sem noção atribui uma tragédia ambiental ao Greenpeace e é chamado de “polêmico”. Se culpasse o monstro de Loch Ness o adjetivo não mudaria, embora o sentido da existência de qualquer imprensa, de qualquer época, seja o de considerar tal personagem como inepto e irresponsável, adjetivos necessários e esclarecedores.
À mídia cai melhor enturmar-se com a trupe palaciana para aligeirar o processo de devastação do patrimônio público, mesmo que precipite o regresso ao Brasil Colônia. Não é novidade. Assim operou sob FHC, quando tratou as privatizações como unguento capaz de sanar todos os males, de erisipela a dor de dente. Hoje, cupincha de algo ainda pior, descreve a reforma da Previdência como a escadaria para o paraíso. Abdicou de seu papel de iluminar a cena nacional para se dedicar ao esforço de aumentar a produção nacional de idiotas, empoderados ou não.
*Ayrton Centeno é jornalista.

Ou disputamos os espaços de reflexão e opinião pública ou os idiotas dominam de vez o país.


Nelson Rodrigues certa feita disse que “os idiotas iriam tomar conta do mundo”, pela quantidade ao observar que eram muitos.
Infelizmente esse tempo chegou. Somos governados em todas as esferas por eles.
Em São Bernardo do Campo, por exemplo temos um prefeito idiota, que impõe forte pauta de retrocessos na cidade que vai da retirada de direitos dos servidores públicos municipais, como no caso da nefasta reforma da previdência aprovada à derrubada de casas de famílias, que residem em determinadas regiões da cidade há décadas, como é o caso dos moradores do Novo Parque e região.
A situação se repete no Estado de São Paulo, onde o também governo tucano liderado pelo governador, não menos idiota, João Dória impõe intenso sofrimento aos servidores públicos estadual, com a mesma fórmula da reforma da previdência, acompanhada de um alto índice de desemprego, desindustrialização, desaquecimento da economia e, por consequência, aprofunda à forte recessão econômica.
Em Brasília está o idiota mor. Não consegue passar um único dia, sem falar ou fazer algo que prejudique o nosso país.
Em curto período conseguiu destruir parte considerável da Amazônia, armar ainda mais os ruralistas e milicianos, ampliar de forma considerável a violência nas suas diversas formas, como: à violência doméstica, que já conta com o registro histórico de alta do feminicídio, passando pela homofobia e toda forma de crimes violentos, além de suprimir direitos trabalhistas que haviam sidos consagrados à preço de sangue e com muita luta, impondo nesse contexto uma forte depressão social no país.
Não bastasse tudo isso, ainda sanciona o famigerado pacote anticrime que tende a aumentar de forma considerável a população carcerária, na contramão de qualquer proposta que observe a causa do aumento da criminalidade que indiscutivelmente tem suas raízes na profunda e secular desigualdade social.
Diante do quadro que vivemos cabe a reflexão: como essas pessoas chegaram a esses postos de comando do país e como praticam tantas atrocidades sem que o povo passe a se indignar ao ponto de reagir e fazer cessar tamanho absurdo?
A resposta não exige grande esforço intelectual ou mesmo uma análise sociológica profunda sendo tão óbvia que custa até acreditar.
Culpar a população por ter votado nesses idiotas não basta. O povo vota na sua maioria, a partir da referência de alguma pessoa que o tem por “liderança”.
Essas pseudolideranças estão em várias partes: nos bares, salão de cabeleireiro do bairro, nos campos de futebol, nas igrejas, pontos de ônibus, festinhas de aniversários, churrascos…
Basta juntar duas ou três pessoas que elas já entram em ação. Parecem “isentos” à política e com isso penetram mais fácil nos espaços e a partir daí o estrago é enorme.
Com uma superficialidade incrível induzem um diálogo desprovido de dados, estatísticas ou qualquer base sólida de informação e sem qualquer aprofundamento começam a “formar opinião” na cabeça das pessoas em um processo degradante de despolitização social, situação que serve as redes sociais e WhatsApp também.
Gostam da abordagem genérica e já de cara fazem questão de dizer que todo o político é ladrão. A frase é irresistível de ter aceitação, o que se dá de forma quase unânime em qualuqer lugar, ainda mais considerado que os meios de comunicação já fizeram e seguem fazendo parte do trabalho de desinformar e deformar nesse sentido.
Contudo, na sequência induzem a conversa de forma direcionada, para atingir políticos e verdadeiras lideranças políticas, que de fato atuam ou podem atuar em prol da comunidade e do conjunto da sociedade.
A conversa então passa a ser direcionada e seletiva, com ataques a temas globais, porém, sempre sugerindo determinada figura ou partido que geralmente estão no campo da esquerda.
Então você deve estar se perguntando: por qual razão a esquerda não faz o mesmo?
Não faz e não fará! A esquerda sempre foi vocacionada a formar o cidadão crítico. Não aceita essa fórmula de ganhar eleições a todo custo, ainda mais apostando em despolitizar as pessoas.
A esquerda quer que essas pessoas entendam de economia, saúde, segurança e aprofunde nos temas participando de forma ativa da construção de uma sociedade justa, plural, fraterna e democrática.
Assim, parece óbvio que a mudança na estrutura política combalida de nosso país, impactando diretamente nos governos que iremos eleger nos próximos anos e o que farão ou não pelo nosso país, passa diretamente pela capacidade que teremos de conscientizar politicamente as pessoas.
Que a educação é importante isso é indubitável. Mas, o avanço ba politização da população nesse sentido, não passa necessariamente pelo grau de escolaridade e a formação acadêmica das mesmas, ao que esse padrão de formação produzida pelo Estado, não representa a libertação do nosso povo da alienação política. Contudo, não sejamos pretenciosos de afastar com isso à importância da formação em todos os graus, o que seria evidente equívoco.
Basta observar as pesquisas de opinião, onde as pessoas que atingiram maior grau de escolaridade, na sua grande maioria acabam por apoiar e votar nos piores governos e são avessos aos programas de governos mais avançados e de concepção política no mesmo sentido, ao mesmo tempo que acabam desconsiderando as lideranças produzidas e forjadas nas lutas populares ou nas camadas mais abastadas da nossa sociedade.
Precisamos politizar as pessoas, para que tenham compreensão da política de forma macro e deixem de serem alienados.
Isso não é possível em um papo de meia hora no bar, salão de cabeleireiro, igreja…, mas é possível em vários papos repetidos, por médio e longo períodos, nesses espaços.
Desta forma devemos disputar a narrativa dos temas que importam e impactam o conjunto da sociedade e só conseguiremos fazer isso estando efetivamente junto ao povo, pois é nessa ausência do diálogo direto com as pessoas que está o vácuo dos idiotas e eles estão prevalecendo. Tal fato, todavia, não deve ser restrito a população de baixa renda ou menos favorecida do nosso país, já que a consciência política deve atingir à todas as pessoas, momento em que nossa nação poderá ser realmente liberta dos idiotas.
Cleiton Leite Coutinho. Advogado. Presidente do Partido dos Trabalhadores de São Bernardo do Campo, Dirigente do SASP (Sindicato dos Advogados do Estado de São Paulo) e membro da ABJD (Associação Brasileira de Juristas Pela Democracia).

quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

O anticristo Bolsonaro

          A figura do anticristo é registrado na Bíblia como aquele que faz o discurso da fé cristã, mas pratica o inverso: prega o ódio e a morte.
            O Blog do Banu publica dois artigos sobre essa análise: um, da cineasta Antônia Pellegrino; outro, do pastor batista José Barbosa Júnior, de Belo Horizonte.

        Bolsonaro, o anticristo
      Ao invés de mão estendida para amizade, o gesto de mão armada

    Antônia Pelegrino*

Mas é Natal. Porque uma criança nasceu em Belém, há tempos. Sua mãe é jovem, cheia de graça, e se chama Maria. Seu pai é o carpinteiro José. Ambos são migrantes, sem-teto. Jesus veio ao mundo, em meio ao feno, numa gruta onde animais se recolhem, para nos ensinar: ama o teu próximo como a ti mesmo. E a cada Natal somos convidados a relembrar a difícil regra. 
"Falar que se passa fome no Brasil é uma grande mentira", "se o presidente da OAB quiser saber como o pai desapareceu no período militar, eu conto pra ele", "você tem cara de homossexual terrível, nem por isso te acuso", diz Bolsonaro, que também afirma: "costumo dizer que não falo o que o povo quer. Eu sou o que o povo quer". 
Na sociedade do ódio acalentada pelo presidente, cada um cuida da sua família. Ao outro, resta a aversão, a desconfiança, o medo. No pânico social de fundo, a solução é a bala, o 38, número da aliança por um país sem futuro. A cotidiana erosão do nosso pacto civilizatório resulta. Segundo pesquisa CNI-Ibope, 50% dos brasileiros aprovam a agenda de segurança pública do governo. Aprovam a ausência de política. O Estado zero. A guerra de todos contra todos. E porque é Natal, recordemos que o Holocausto não começou com as câmaras de gás, mas com falas de ódio proferidas por extremistas, encarnações do Anticristo, cuja máxima é odeia o teu próximo como a ti mesmo.
Contra o horror, é Natal. Uma oportunidade de falarmos do Cristo da história, aquele da dignidade humana e dos direitos da vida, que veio ao mundo ser crucificado e ensinar que o amor vence a morte. Porque uma criança nasceu em Belém. Seus pés inventaram o caminho, sua boca proferiu a verdade.
*Antonia Pellegrino
Escritora e roteirista, edita o blog #AgoraÉQueSãoElas.

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Bolsonaro, um anticristo

José Barbosa Sobrinho*

Há, na teologia cristã, a figura do Anticristo. Muitos creem que ele será ainda revelado, num “gran finale”, como um grande líder mundial, etc… Outros, como eu, acreditam que eles são muitos, e que aparecem aqui e ali na nossa história: Hitler é um dos casos.
Bolsonaro é um Anticristo. Não tenho dúvidas disso! E é exatamente por se apresentar em nome de Deus. O Anticristo é uma figura religiosa e com discursos de amor a Deus, à pátria e pela moral. Porque é esse discurso que engana os incautos cristãos. Daí ser um Anticristo, não por uma oposição clara, mas por tomar para si o discurso do Cristo, negando-o na prática. Desta forma, invertendo os papéis, faz-se o mal em nome do “bem”, prega-se o ódio em nome do “amor” e a mais vil imoralidade em nome da “moral”.
Não é à toa que pastores mercenários, os coronéis da fé e os abusadores eclesiásticos estão ao lado dele. É esse tipo de corte que precede o Anticristo. São esses tipos de líderes que o anunciam e corroboram. Todos têm parte no seu maquiavélico plano de domínio e opressão a partir do discurso religioso. Nenhum deles crê em Deus. O deus deles tem nome, e foi Jesus mesmo quem o denunciou: Mamon. O dinheiro é o deus dessa turma. São lobos em pele de ovelhas, falsificadores da fé, bandidos disfarçados de fiéis.
Quando Bolsonaro, percebendo que está perdendo o jogo e sendo desmascarado a cada novo momento, apela para a “divindade” do seu posto, como o fez ao publicar o vídeo de um pastor do Congo, dizendo que ele (Bolsonaro) é o “escolhido de Deus para o Brasil”, mostra que assumiu para si a prerrogativa do infalível, do messiânico, do divino. Sim! Bolsonaro é um Anticristo! Isto precisa ser repetido.
E é um Anticristo porque além de usurpar o nome de Deus, o faz para oprimir. Todos os atos de seu governo são contrários aos princípios vivenciados por Jesus, o pobre de Nazaré, o periférico, não branco, amigo dos que provocam “balbúrdia”. Enquanto Bolsonaro quer fazer calar as minorias, é a elas que Jesus se dirige. Enquanto Bolsonaro quer explorar os empobrecidos, é com eles que Jesus se identifica. Enquanto Bolsonaro quer armar os “cidadãos de bem”, Jesus diz que “aquele que vive pela espada, morrerá pela espada”…
Qualquer tentativa de uma teocracia cristã é uma ação do Anticristo. Qualquer uma! Teocracia cristã é a negação do ensino do Cristo. Impor sobre a sociedade os “valores da fé cristã” é sempre uma ação diabólica, tendo em vista que os verdadeiros valores da fé cristã estão sempre pautados pela LIBERDADE.
“E conhecereis a verdade, e a verdade vos LIBERTARÁ”.
Que Deus nos livre de toda prisão, opressão e pressão do Anticristo Bolsonaro e sua gangue de falsos profetas.
*José Barbosa Junior – teólogo e pastor da Comunidade Batista do Caminho – Belo Horizonte/MG

Natal dos presépios de Minas

Para o Natal dos presépios

*Petrônio Sousa
Aos poucos vamos perdendo nossas tradições e o sentindo original de nossas crenças e valores mais verdadeiros. Até bem pouco tempo, Minas Gerais vivia em suas cidades e povoados o Natal dos presépios. Dentro das casas, das igrejas, dos centros comunitários, ele sempre estava lá e muitos traziam oferendas para a ele decorar. 
Os presépios eram construídos e movidos pelo mesmo espírito que São Francisco de Assis criou, no século XIII, o primeiro presépio: reverenciar e adorar a vinda do Menino Jesus. E muitos doavam parte de suas casas para a construção de presépios, para algo maior, comunitário, uma obra de todos. E como os Três Reis Magos, todos vinham trazer suas oferendas ao Jesus Cristinho.
Era feito de coisas simples, por pessoas simples, que ainda assim faziam lindas obras, que encantavam e tocavam os corações daqueles que ainda acreditam nas coisas deste mundo. Era a manifestação de uma tradição. Estavam lá, no interior de Minas, como um centro armazenador da devoção humana. O Natal dos presépios é um Natal que remonta a um cenário cristão, de doação, fé e reverência. Contrário ao Natal do Papai Noel.

O Papai Noel é uma personagem criada pela Coca-Cola em 1931, por isso traz suas cores encarnadas, o vermelho e o branco. É um agente descristianizador, patrocinado em todo mundo para apagar a verdadeira imagem do aniversariante do dia: o Menino Jesus. Jesus veio ao mundo como o Filho do Pai, em forma de criança. O Papai Noel diz ser o papai de todas as crianças, mas tem as suas preferidas. Meu Deus, onde essa figura foi colocada.
Sua barriga sugere a gula; o saco cheio, a esnobação; e a sua risada ironiza àqueles que não podem ser seus escolhidos. É uma fraude ao verdadeiro espírito natalino. Cristo nasceu enquanto seus pais viajavam em lombo de mula, quase um refugiado, mesmo assim entrou na casa de todos. Papai Noel viaja em um lindo trenó puxado por renas e visita a casa de poucos, muito poucos.
Falar que Papai Noel é uma alusão a São Nicolau é uma grande heresia. São Nicolau era um santo homem, nasceu em 270 e morreu em 342, aos 71 anos. “Fez o bem, sem olhar a quem”. Fundou orfanatos, saciou a fome dos pobres, protegeu marinheiros, ladrões e mendigos. Viveu sob a égide da caridade. Foi perseguido e preso pelos Romanos. Por seu amor ao seu semelhante, tornou-se Santo.
Papai Noel foi criado e financiado por uma empresa multinacional, vive no polo-Norte, distante de todas as crianças do mundo e no Natal sai presenteando àqueles que podem comprar sua visita. Não tem pai, mãe, filhos ou amigos. Não posso acreditar nele! É, no máximo, uma paródia de muito mau gosto do nosso santo protetor.
Enquanto escrevo este texto, acredito que em alguma casa mineira um presépio tenha recebido uma nova oferta, uma oferenda. Talvez um anjinho de barro, uma pedrinha reluzente, ou quem sabe até um Menino Jesus de madeira. Como estou cá, distante dele, deposito nele este texto, esta oferenda da fé humana ao Menino Jesus, ao Jesus Cristinho – tão lindo, tão menino e tão amado… 
Que Deus abençoe o verdadeiro Natal, o Natal dos presépios e todo aquele que compartilha o Natal por dentro e por fora, o Natal do criador, do nascimento à manjedoura, o Natal natalino, sem outras palavras.
Publicado no www.diariodopoder.com.br/para-o-natal-dos-presepios/, em 23.12.19, às 17:41. 
*Petrônio Souza é jornalista e escritor mineiro. Ele mantém uma coluna semanal sobre política e cultura em mais de 40 jornais Brasil afora. Tem três livros publicados, sendo um de contos e dois de poemas ( “Braço de Rio, Pedaço de Mar”, “Um facho de sol como cachecol”). Em 2005 ganhou o Prêmio Nacional de Literatura "Vivaldi Moreira", da Academia Mineira de Letras, como segundo colocado. É considerado um dos maiores poetas da nova geração. Elogiado por Zuenir Ventura, Aldir Blanc, Ferreira Gular e outros escritores brasileiros. -

terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Teste de Natal: Quem disse isso? Jesus Cristo ou Karl Marx?

"Vim causar a divisão entre filho e pai, filha e mãe, nora e sogra. 

Criar inimigos dentro da própria casa". 
Quem disse isso? 
Jesus Cristo ou Karl Marx? 
Faça o teste com essa e outras frases e descubra.
Reprodução

É comum, entre fanáticos religiosos de direita, dizer que “comunistas 
comem criancinhas” ou ainda condenar a teoria criada pelo filósofo 
alemão Karl Marx, que prega a igualdade social. Por outro lado, é 
comum também que pessoas de esquerda digam que Jesus Cristo foi, 
se não o primeiro, um dos grandes socialistas do mundo.
O teste abaixo circula já há algum tempo pelas redes sociais e, em 
semana de Natal, sempre viraliza. 
Das frases abaixo, você saberia dizer quais foram ditas por Jesus 
ou Karl Marx?
Assinale a alternativa correta:
1) “Não pensem que vim trazer paz. Vim trazer a espada. Vim causar a divisão entre filho e pai, filha e mãe, nora e sogra. Criar inimigos dentro da própria casa”
( ) Jesus de Nazaré
( ) Karl Marx

2) “No final das contas, será muito difícil salvar um rico”
( ) Jesus de Nazaré
( ) Karl Marx

3) “Venda tudo o que tem e dê aos pobres”
( ) Jesus de Nazaré
( ) Karl Marx

4) “Não importa o quanto você tem. Importa quem você é”
( ) Jesus de Nazaré
( ) Karl Marx

Respostas: 
1) Jesus (Mateus 10: 34-39); 2) Jesus (Lucas 18:18-30); 3) Jesus (Mateus 19:21); 4) Jesus (Mateus 6: 19-21)
Sim, todas as frases acima, de acordo com a Bíblia, foram ditas por Jesus. Marx, autor que baseou a teoria comunista, talvez fosse um pouco mais moderado…

Publicado na Revista Fórum , em 26 de dezembro de 2017.

Os símbolos do Natal: amor, perdão e gratidão

Por Rossandro Klinjey

"Você já aprendeu a ler o Natal?

Eu sei que tem muitos símbolos no Natal

Um bem conhecido das pessoas e que é bem falado pra gente é esse:

Papai Noel.


Tão bonito, né? Ganhar presente,

Imaginar que alguém vai chegar e vai dar um presente, que vai trazer a nossa alegria,
Mas, na verdade, existe uma coisa mais significativa.

A história do Natal que o cristianismo nos ensina para além das diferenças religiosas.

O Natal tem como objetivo nos fazer apreender o real significado da humanidade.

Por isso que o verdadeiro personagem do Natal é esse aqui:

o Menino Jesus.

E qual é o verdadeiro aprendizado para a humanidade?

É que para a gente conseguir estar juntos a gente precisa aprender a perdoar.

Sabe, ao longo da vida, ao longo de um ano, nós acumulamos mágoas, ressentimentos,
nós machucamos, somos machucados, e somente entendendo que mais do que 70 x 7,
estar sempre perdoando dá sentido à vida e cola as pessoas, as relações para que finalmente a gente entenda o que é o amor.

Que o amor também é fruto de uma coisa que nos faz partilhar a vida um com o outro, porque como diz o poeta Vinicius de Moraes: “é impossível ser feliz sozinho”. E quando a gente partilha, a gente conquista essa capacidade de desenvolver nos outros essa visão que perdoando, compartilhando , a gente vai percebendo que não só as pessoas nos machucam. Elas nos constroem, elas agregam, elas nos fazem melhores, elas nos fazem gente.

Por isso, diante disso, o Natal também nos ensina a ter gratidão pela vida, a ter gratidão pelos outros,  a ter gratidão pela família.

Esse sentimento de perdão, de partilha e de gratidão é como se fosse uma tríade, que finalmente nos chega a entender o verdadeiro sentido que é o amor.

O amor é essa capacidade de ver para além dos defeitos, amando as pessoas não como se fossem perfeitas, mas como elas são. Nos amando não se nós fôssemos excepcionais, mas como nós somos.

Nos amando assim, como Deus nos vê, com todas as nossas falhas. Mas com todo nosso potencial, um amor que vê a luz que há em cada um de nós.

Somos, como diz Jesus, a luz do mundo, o sal da terra.

Por isso, o espírito de Natal é isso. É mais do que dar presentes, é ser para cada um de nós, um presente para nós mesmos e um presente para o outro.

É a capacidade de fazer com que o outro vibre só com a nossa presença, que demonstre sempre compartilhamento, que demonstre sempre perdão, gratidão e, finalmente, amor.

Por isso que eu queria terminar pra vocês com essa música tão linda que a gente aprendeu a cantar , que diz assim:
“não é sobre ter   todas as pessoas do mundo pra si, é sobre saber que em algum lugar alguém zela por ti”.

Pode ser que essa pessoa nem esteja aqui mais, mas em alguma lugar ela zela por ti.

“É sobre cantar e poder escutar mais do que a própria voz, é sobre danças, na chuva de vida que cai sobre nós.”

É saber sentir-se infinito, amando, compartilhando, perdoando e agradecendo tudo o que a vida , e sobretudo a ele, que nos ensinou o sentido de tudo isso".

FELIZ NATAL PRA VOCÊ E SUA FAMÍLIA!

Resultados da pesquisa

Resultados da Web

25 de dez. de 2018 - Vídeo enviado por Pingo cat
O sentido do Natal - mensagem de Rossandro klinjey. Pingo cat. Loading... Unsubscribe from Pingo ...
Música Trem-bala, da Ana Vilela