Criado em 2012, o Programa tem como objetivo difundir o conhecimento científico e tecnológico, através de linguagem simples, estabelecendo uma relação de diálogo entre os pesquisadores e a sociedade e entre ciência, saúde e cultura.
Foto: Gazeta de Araçuai
Crianças se divertem com as maquetes dos répteis
Manhãs e tardes contagiantes, repletas de diversão e conhecimento. Esse é o resultado das atividades da Exposição do Programa Ciência em Movimento, da Fundação Ezequiel Dias , do Governo de Minas, que ficou em Coronel Murta, no Vale do Jequitinhonha, até 16 de março, com o apoio da Prefeitura Municipal, através de iniciativa da Secretaria Municipal de Saúde.
São esperados mais de 1.500 alunos das redes pública municipal e estadual que fizeram seus agendamentos para visitar a exposição que está acontecendo no Centro de Feiras e Espaço Multiuso, no centro da cidade.
A exposição, visou levar educação e conscientização ambiental pelos lugares por onde passa.
Crianças, jovens e adultos acompanharam as atividades lúdicas, apresentação de programas e explicações da equipe composta por três biólogos, três técnicos de laboratório e dois auxiliares .
São jogos, desafios, inteligência emocional, construção do conhecimento e acima de tudo, aprendizagem.
Os olhos dos garotos José Geraldo Rodrigues, Pedro Henrique Pego Santos, Luiz Augusto Castro, Lucas Rodrigues e Yuri Prates, todos com 9 anos, e estudantes da Escola Municipal Rossana Murta, brilhavam diante das explicações do biólogo Ricardo Maciel.
Eles queriam saber quais as cobras são venenosas e quais não apresentam riscos.
“É uma pergunta bastante frequente, pois existe uma variedade de serpentes e muitas apresentam semelhanças, dificultando a diferença entre as que são e as que não são venenosas”, explica o biólogo para os estudantes que aproveitaram a ocasião para fazer selfies ao lado da cabeça de uma cobra sucuri, também conhecida como anaconda, a maior serpente do mundo e que pode viver até 30 anos.
Do outro lado, outra turma queria saber por que as abelhas estão sumindo e o que está acontecendo com elas, enquanto um grupo de estudantes se ocupava de jogos lúdicos e de observação das maquetes de uma casa mostrando todas as etapas de crescimento do mosquito da dengue. Ao lado, um protótipo de áreas degradadas pelo desmatamento e suas complicações na natureza.
A exposição do Programa Ciência em Movimento, ocupou toda a área do Espaço Multiuso.
“Gostei muito da caixinha onde ficam os escorpiões fluorescentes”, disse Emanuele Freire, 16 anos, estudante do 2º ano do ensino médio.
Os escorpiões usam o misterioso brilho verde que emitem sob luz ultravioleta como um instrumento rudimentar para decidir se a luz emitida pela lua está muito forte para que o animal saia de sua toca com segurança. “ Não sabia disso”, completou a estudante.
Já Rafael Almeida Torres, 11 anos, se interessou pela banca onde estavam as aranhas.
Do lado de fora, um caminhão diferente que leva conhecimento científico e informação para as comunidades, recebia as turmas de estudantes.
“Através de videos, e numa linguagem simples, explicamos para os alunos todos os estudos, pesquisas e produtos desenvolvidos pela Fundação Ezequiel Dias, a exemplo da produção de soros antipeçonhetos e saúde pública em geral",informou o historiador Sidney José do Carmo.
Os professores que acompanharam as turmas de estudantes, destacaram que o evento é importante para as crianças, já que elas terão uma noção de como preservar corretamente o meio ambiente, como combater a dengue e conhecer outros aspectos da ciência.
“Outro ponto importante é que os alunos tiveram uma rotina diferente, vivenciando assim tudo o que ensinamos dentro das salas de aula”, disseram os professores, enfatizando ainda que a exposição proporcionou uma socialização com diferentes alunos.
Criado em 2012, o Programa tem como objetivo difundir o conhecimento científico e tecnológico, através de linguagem lúdica e popular, estabelecendo uma relação de diálogo entre os pesquisadores e a sociedade e entre ciência, saúde e cultura.
Com linguagem acessível e exposições interativas, os visitantes têm acesso a exposições sobre animais peçonhentos (morfologia e diversidade animal), produção de medicamentos e soros, vigilância sanitária e epidemiológica, entre outros.
O Programa também oferece oficina de reciclagem, jogos interativos e Cine Saúde, com exibição de vídeos relacionados aos temas expostos.
Desde sua criação até setembro deste ano, o Programa já visitou 50 municípios mineiros, tendo realizado 53 exposições.
Sérgio Vasconcelos
Repórter
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