Há comunidades carentes atendidas duas vezes,
enquanto outras continuam com sede.
Foto: Frederico Haikal
Alguns municípios recebem veículos liberados pelo Exército e pela Defesa Civil, com casos de uma comunidade recebendo a água duas vezes, enquanto outras ficam sem assist&ec
Não bastasse a escassez de água imposta pela sazonalidade da seca no Norte de Minas, a população do semiárido mineiro sofre com a falta de logística na distribuição dos caminhões-pipa.
Há comunidades carentes atendidas duas vezes, enquanto outras continuam com sede.
Em Porteirinha, município considerado a caixa d’água da região – por conta da abundância de nascentes e da existência de uma represa caudalosa –, motoristas de caminhões-pipa de várias cidades abastecem os tanques em uma estação de tratamento.
Na portaria, a reportagem do Hoje em Dia flagrou, na última quinta-feira (27/09), um congestionamento. “Sou responsável pelo atendimento de nove regiões, todas na zona rural. As distâncias são consideráveis e as estradas de terra atrasam o serviço. Dessa maneira, não consigo chegar a todos os domicílios incluídos na rota. A correria é tão grande que, às vezes, repito um local já abastecido”, diz um motorista que pediu para não ser identificado.
Segundo ele, o sistema, coordenado pela Copasa, é desorganizado e insuficiente para atender a demanda da região. A barragem abastece caminhões-pipa de pelo menos cinco municípios (Espinosa, Mamonas, Dourados, Monte Azul e Mato Verde).
Comprovação
Nesta semana, técnicos da Secretaria Nacional de Defesa Civil estão em Minas para monitorar as rotas dos caminhões-pipa na região Norte. E não demorou para constatarem as irregularidades.
Observamos que alguns municípios recebem veículos liberados pelo Exército e pela Defesa Civil, com casos de uma comunidade recebendo a água duas vezes, enquanto outras ficam sem assistência”, disse o analista José Araújo, sub-chefe do Grupo de Apoio a Desastres da secretaria.
Na quarta-feira, a equipe dele esteve em Francisco Sá, onde existem seis rotas de distribuição de água. Na última quinta-feira (27), a fiscalização foi realizada em Coração de Jesus e Claro dos Poções.
Monitoramento
De acordo com o analista, a secretaria irá instalar GPS nos caminhões-pipa. O objetivo é permitir a fiscalização das rotas e assegurar o atendimento sem discriminação.
Ao menos 252 caminhões-pipa da Defesa Civil Estadual e do Exército fazem o transporte da água moradores das áreas afetadas pela seca em Minas Gerais. A Copasa é responsável pelo monitoramento, fiscalização e contratação dos caminhoneiros no local. (Com Girleno Alencar)
Fonte: Jornal Hoje em Dia
Fonte: Jornal Hoje em Dia
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