“Meu pai foi a pessoa mais engraçada que já teve na Terra. Ele era muito carismático e adorava o Carnaval. Morreu em 1983 e em 2001 minha mãe, Tina Melo, fundou o Cordão do Calango, lá em Jequitinhonha, para que ele fosse lembrado todo ano no período da folia”, explica Nara Melo, filha do Calango e que puxava o bloco.
Fotos Alexandre SimõesAs irmãs Nora e Carla Melo puxam o Cordão do Calango, bloco que nasceu em 2001, em Jequitinhonha, numa homenagem da mãe ao pai delas, mas que desde 2015 faz o seu desfile no Centro de Belo Horizonte
Fotos Alexandre SimõesAs irmãs Nora e Carla Melo puxam o Cordão do Calango, bloco que nasceu em 2001, em Jequitinhonha, numa homenagem da mãe ao pai delas, mas que desde 2015 faz o seu desfile no Centro de Belo Horizonte
Quem explica o surgimento do apelido é a outra filha, Carla Melo, que também vinha à frente do carro de som que tocava músicas dos antigos Carnavais, uma paixão de Carlos Melo: “Meu pai era alto, magro, moreno, tinha olhos verdes e cabelo para trás. Por isso foi apelidado de Calango. E todo mundo o conhecia assim”.
A saída de Jequitinhonha e a chegada à capital mineira aconteceu em 2015. “Pela quinta vez estamos desfilando aqui em Belo Horizonte. E o ponto de apoio da família Melo em BH é justamente aqui na esquina de Tupis com Rio de Janeiro. Por isso, escolhemos este local como concentração e ponto de partida do nosso bloco”, explica Carla Melo.
Recordando o Carnaval da sua época, mas também homenageando o tio, Carlos Calango, Selma Barbosa, 80 anos, carregava a lata de cerveja numa mão, o copo na outra e cantando marchinhas históricas voltava ao passado: “Tio Carlos sempre viveu com alegria. Não há maneira melhor de lembrar dele que tomando uma cerveja e participando do desfile de um bloco de Carnaval. Com certeza ele fica muito feliz a cada ano com essa homenagem. Viva o Cordão do Calango”.
Sandra Barbosa não escondeu a alegria por poder homenagear o tio, Carlos Calango, da maneira que ele com certeza gostaria, brincando no Carnaval
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