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O estilo arquitetônico eclético da Casa de Cultura de Jequitinhonha – composto por paredes de pedras no porão à vista, telhas de cerâmica e platibandas adornadas – contrasta com os modernos projetos de acessibilidade (o centro cultural possui elevador para portadores de deficiência física) e de iluminação técnica instalados durante a última reforma no prédio, entre 2006 e 2009. O edifício é uma síntese da arquitetura de contrastes do centro da cidade de Jequitinhonha, onde o antigo e o moderno convivem na mesma paisagem. A lógica da estética também pode ser aplicada à diversidade de obras presentes no centro cultural, onde quadros de Inimá de Paula e Carlos Bracher convivem no mesmo espaço com as esculturas de Isabel Mendes e Ulisses Pereira.
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O estilo arquitetônico eclético da Casa de Cultura de Jequitinhonha – composto por paredes de pedras no porão à vista, telhas de cerâmica e platibandas adornadas – contrasta com os modernos projetos de acessibilidade (o centro cultural possui elevador para portadores de deficiência física) e de iluminação técnica instalados durante a última reforma no prédio, entre 2006 e 2009. O edifício é uma síntese da arquitetura de contrastes do centro da cidade de Jequitinhonha, onde o antigo e o moderno convivem na mesma paisagem. A lógica da estética também pode ser aplicada à diversidade de obras presentes no centro cultural, onde quadros de Inimá de Paula e Carlos Bracher convivem no mesmo espaço com as esculturas de Isabel Mendes e Ulisses Pereira.
A Casa de Cultura já está no coração dos jequitinhonhenses, pois tem como finalidade atrair os mais diversificados perfis de visitantes – de estudantes, crianças e jovens, até um público mais experimentado. Considerado o espaço mais importante da região, a Casa conta com um acervo de mais de trezentas peças, entre quadros e esculturas de importantes artistas mineiros e brasileiros – entre eles Cláudio Tossi, Ney Tecídio, Fernando Fiúza, André Burian, Yara Tupinambá e Virgínia de Paula. Uma das mais tradicionais e imponentes construções de Jequitinhonha, o prédio que hoje abriga a Casa de Cultura foi erguido em 1921. É uma edificação típica do início do século XX e situa-se no contexto dos mais expressivos conjuntos da cidade. Após décadas de existência, o peso do tempo e a falta de manutenção adequada acabaram tirando parte da beleza do prédio. O casarão chegou ao século XXI com uma imagem bastante deteriorada e precisou passar por uma reforma para abrigar o centro cultural.
O projeto de reestruturação procurou modernizar a construção e, ao mesmo tempo, manter o desenho original do prédio. As maiores alterações foram feitas na parte interna, com a abertura de várias salas no subsolo. O acesso aos ambientes e andares também mudou com a abertura de vãos e portas e a construção de escadas para facilitar a circulação do público. A reforma ainda incluiu a implantação de uma reserva técnica para abrigar o acervo existente. Após o processo de restauração, a nova fase do edifício foi assinalada pela inauguração, em 2008, da Casa de Cultura. Foi a partir desse momento que Jequitinhonha começou a ser marcada pela realização de diversas mostras artísticas. A reforma no prédio e a implantação do centro cultural possibilitaram a cidade abrir-se para exposições e para o recebimento de novos projetos culturais.
Os pontos de referência desse novo momento foram a exposição fotográfica “Jequitinhonha Novas Revelações”, com cerca de duzentas imagens que retratavam parte da cidade em diferentes perspectivas, a mostra “Cheiro da Terra, Guaranilândia e seus Artistas”, com a apresentação da produção artesanal do distrito Guaranilândia, e a exposição “Artesanato, Prosa e Viola”, com a integração entre os artefatos artesanais produzidos localmente e a apresentação de artistas da cidade. O papel dessas exposições é apresentar as obras que são importantes e fundamentais para compreender melhor a arte e a cultura de Jequitinhonha.
No início de 2010, a Casa de Cultura foi novamente marcada por momentos positivos. Dessa vez, recebe a aprovação do projeto “Casa de Cultura de Jequitinhonha: Ponto da Cultura Digital e do Artesanato”. A iniciativa consiste na implantação, em uma das salas da Casa de Cultura, de um centro de produção multimídia, aberto e livre, tendo como foco inicial jovens de 15 a 24 anos, sobretudo aqueles que nunca tiveram contado com tecnologia. Esse espaço encontra-se implantado e conta com computadores com acesso à internet, gravadores, câmaras digitais e filmadora. No tocante ao artesanato, a proposta visa o fortalecimento da atividade através da realização de oficinas artesanais, a compra de equipamentos e utensílios e a criação de website em formato de vitrine virtual.
Outro projeto de destaque, realizado ao longo de 2010, foi o Centro de Referência de Documentação Histórica Municipal e Regional (www.jequidoc.com.br), implantado através do patrocínio da CEMIG, no âmbito da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Na esperança de salvaguardar o rico patrimônio da região, foi realizado o recolhimento de documentos textuais, folhetos, mapas, jornais e fotografias antigas. Todo o acervo adquirido foi catalogado e o espaço hoje é referência para consulta e pesquisa por parte da comunidade da região, atendendo a estudantes, professores, pesquisadores e pessoas interessadas nos assuntos regionais.
Além de mostras culturais e projetos desenvolvidos, a agenda da Casa de Cultura anda cheia. Todas as sextas-feiras, a partir das 19 horas, acontece as sessões de cinema com filmes diversificados e a preços populares. Uma outra atividade que tem ganhado destaque é o domingo cultural, que acontece sempre no primeiro domingo de cada mês, tendo como público-alvo as crianças. Já se sabe também que no mês de dezembro a Casa de Cultura transforma-se na Casa do Papai Noel e que é palco do Natal Solidário. Mantida pelo Instituto Cultural Dona Mercedes – ICDM, a Casa de Cultura de Jequitinhonha funciona de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas. O espaço é aberto ao público de forma gratuita. Independentemente de qual exposição estiver acontecendo na Casa de Cultura, a biblioteca com um acervo significativo, composto por livros, cd’s e dvd’s, o charmoso e amplo jardim que circundam o prédio, as salas ensolaradas e arejadas e o caprichado atendimento já compensam a visita.
Idealização e Produção: Breno Antunes Breno Antunes.
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