Monumental gruta em Itinga abriga enigmáticas inscrições. Indígenas ou pré históricas?
Deixamos a rodovia 367, que interliga Itaobim e Itinga, no Vale do Jequitinhonha, e após caminhar por uma longa estradinha de terra, encontramos uma antiga casa sede de fazenda. Nosso destino é a misteriosa Toca dos Índios. Ao nos encaminhar à casa para saber sobre o caminho que nos levaria à montanha da gruta, a anciã que nos atendeu disse estar comentando sobre a referida caverna.
Antigos contos Acerca da grande gruta denominada Toca dos Índios, rememorou que quando menina, sempre aos domingos, sua família fazia divertidos piqueniques no interior desta misteriosa cavidade existente no cume de uma montanha donde se vê longo trecho do rio Jequitinhonha a cintilar os reflexos da luz do sol. A respeito dela disse haver inúmeras historietas, lendas e supertições. Uma delas relata os chamados “caboclos” (índios) que a habitavam e aos grupos desciam da montanha, deitavam na beira do corguete ao fundo dessa casa e pondo suas bocas à flor d’água, bebiam. Entretanto, nosso interesse residia ao que chamou leitura dos caboclos, - os símbolos rupestres nela grafados.
Impressões do roteiro
A anciã mostrou-nos a montanha onde ficava a Toca dos Índios, recomendando cuidado com as “casas de europa”, (colméias de abelhas africanas) presas ao teto da gruta. Segundo ela, eram encantadas, às vezes, ninguém às viam. Noutras ocasiões, faziam a “guarda” da toca, implacavelmente atacando pessoas e animais. Em seguida, referiu-se às diversas inscrições existentes no seu interior.Caminhando por uma estrada cavaleira sob a rarefeita sombra de ressequidos arvoredos, iniciamos a subida da montanha a observar diversos carreiros marcados por patas de unhas pontiagudas. O insistente ecoar do canto de “invisíveis” seriemas, aumentava a ansiedade de chegar ao misterioso monumento de tão interessantes registros.
A anciã mostrou-nos a montanha onde ficava a Toca dos Índios, recomendando cuidado com as “casas de europa”, (colméias de abelhas africanas) presas ao teto da gruta. Segundo ela, eram encantadas, às vezes, ninguém às viam. Noutras ocasiões, faziam a “guarda” da toca, implacavelmente atacando pessoas e animais. Em seguida, referiu-se às diversas inscrições existentes no seu interior.Caminhando por uma estrada cavaleira sob a rarefeita sombra de ressequidos arvoredos, iniciamos a subida da montanha a observar diversos carreiros marcados por patas de unhas pontiagudas. O insistente ecoar do canto de “invisíveis” seriemas, aumentava a ansiedade de chegar ao misterioso monumento de tão interessantes registros.
A gruta
Em determinados locais onde a sombra dos arbustos se fazia densa, afloravam sinais de um tipo de minhocas que difere das minhocas comuns. Indício de solo fértil! Depois de percorremos trechos íngremes, deparamos com o cume de uma montanha de formação calcária. E após uma passagem de difícil acesso chegamos à Toca dos Índios. A imensa gruta impressiona ao inspirar reflexões acerca da história de vida do homem. Presas ao teto, antigas colméias pressupõem cautela. Assim sendo, o silêncio foi mantido. Uma vara fincada com uma cruz amarrada à sua extremidade superior, juntamente a pedras aparentemente moldadas, pressupondo ter servido como utensílios domésticos acirrou o ar de mistério.
Em determinados locais onde a sombra dos arbustos se fazia densa, afloravam sinais de um tipo de minhocas que difere das minhocas comuns. Indício de solo fértil! Depois de percorremos trechos íngremes, deparamos com o cume de uma montanha de formação calcária. E após uma passagem de difícil acesso chegamos à Toca dos Índios. A imensa gruta impressiona ao inspirar reflexões acerca da história de vida do homem. Presas ao teto, antigas colméias pressupõem cautela. Assim sendo, o silêncio foi mantido. Uma vara fincada com uma cruz amarrada à sua extremidade superior, juntamente a pedras aparentemente moldadas, pressupondo ter servido como utensílios domésticos acirrou o ar de mistério.
Indecifráveis inscrições
Esta cavidade com aproximadamente vinte metros de profundidade, doze de largura e oito de altura, possui, exceto no teto, diversas inscrições rupestres impressas em vermelho grená, tal qual o tom da semente de urucu. Algumas inscrições assemelham-se a pés galináceos. Um determinado conjunto destaca-se por um longo traço, dando-nos idéia de tratar-se duma tentativa de reproduzir o trajeto percorrido pelo rio Jequitinhonha, do ponto de vista da gruta. Devido ao processo erosivo no interior da gruta, pedaços com inscrições desprenderam-se. Ao lado desta imensa gruta, uma outra menor também contém inscrições. Destituídas de medidas preservacionistas e de análises científicas, não se sabe ao certo seus significados nem quem as grafou. Indígenas ou homens primitivos?
Fonte: Texto e foto do Dilton Marques, no Diário do Jequi.
Esta cavidade com aproximadamente vinte metros de profundidade, doze de largura e oito de altura, possui, exceto no teto, diversas inscrições rupestres impressas em vermelho grená, tal qual o tom da semente de urucu. Algumas inscrições assemelham-se a pés galináceos. Um determinado conjunto destaca-se por um longo traço, dando-nos idéia de tratar-se duma tentativa de reproduzir o trajeto percorrido pelo rio Jequitinhonha, do ponto de vista da gruta. Devido ao processo erosivo no interior da gruta, pedaços com inscrições desprenderam-se. Ao lado desta imensa gruta, uma outra menor também contém inscrições. Destituídas de medidas preservacionistas e de análises científicas, não se sabe ao certo seus significados nem quem as grafou. Indígenas ou homens primitivos?
Fonte: Texto e foto do Dilton Marques, no Diário do Jequi.
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