Serra foi aingido por um bolinha de papel.
Olha o teatro!
Luiz Nassif
Partidários do PT e do PSDB se enfrentaram na caminhada de Serra no calçadão de Campo Grande, no Rio.
O Globo On Line tascou logo a manchete: “Serra é agredido durante campanha no Rio”, com um texto no qual Serra se faz de vítima falando que os militantes petista partiram para cima dele, acusando a militancia de nazista para baixo.
Entretanto, a CBN, que cobria o evento ao vivo, narrava de forma diferente os acontecimentos: os petistas exibiam cartazes com os dizeres “Quem é Paulo Preto?” e gritavam a mesma pergunta; os tucanos não gostaram e partiram pra cima dos petistas.
A CBN descrevia as cenas enquanto ocorriam.
O Globo e a CBN precisam combinar quando quiserem mentir…
O neolacerdismo de Serra busca sua Toneleros
Brizola Neto
Quem nasceu para Serra não chega a Carlos Lacerda, eu já disse.
O episódio da suposta agressão ao candidato tucano deve ser deplorado e não tem razão alguma quem jogar nem um grão de areia em qualquer pessoa.
Mas fazer um escarcéu com a história com o possível fato de ter sido atingido por um rolo de papelão atirado por um manifestante e, segundo a Folha de S. Paulo, fazer uma tomografia computadorizada por causa disso é dose para leão.
A manifestação hostil contra sua passagem pelo Rio foi organizada por agentes de saúde com cartazes que chamavam Serra de “presidengue” e o “pior ministro da Saúde” por ter demitido mais de cinco mil agentes de saúde e ter contribuído para a proliferação da dengue no país.
Houve confronto entre os manifestantes e correligionários de Serra. Assessores do tucano disseram que ele levou uma bandeirada na cabeça, mais tarde corrigindo para um rolo de papelão.
O jornal Estado de S. Paulo afirma que não havia ferimento aparente, mas segundo a Folha, que também não viu sangue, Serra foi levado de helicóptero para uma clínica para ser examinado.
Serra já comparou os manifestantes aos nazistas e vai explorar isso ao máximo numa analogia pobre e vergonhosa do atentado a Carlos Lacerda na rua Tonelero, que acentuou a crise que levou ao suicídio de Vargas, em 1954.
Mas como a história não se repete nem como farsa, só cai no ridículo.
Claro que condeno todo tipo de violência, e Serra também devia agir assim.
Não me consta que tenha se solidarizado com os professores feridos pela ação da tropa da polícia que despachou contra eles quando governador de São Paulo.
Ninguém se surpreenda se Serra aparecer com um curativo na cabeça, haja ou não ferimento. Se ele simula ser até apóstolo, não custa para ser Lázaro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário