Empregos em SP, MG e RJ:
Lula 5,9 milhões X FHC 225 mil
O governo Lula gerou, em sete anos e oito meses, nada menos que 5,900 milhões de novos empregos de carteira assinada, nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, uma média anual de 770 mil.
Em oito do neoliberalismo de FHC, a economia dos três principais estados do Sudeste foi destruída e a geração de empregos atingiu apenas 225 mil, uma média anual de 28 mil novos postos de trabalho por ano.
O desempenho de Lula na geração de empregos de carteira assinada nos Estados comandados pelos tucanos Aécio Neves e José Serra é muito superior à média nacional. O artigo é de José Prata Araújo.
José Prata Araújo (*)
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED da geração de empregos nos três principais estados do Sudeste – São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro – estão expressos na tabela abaixo. São dados impressionantes favoráveis ao governo Lula.
Nesses três Estados, o governo Lula gerou, em sete anos e oito meses, nada menos que 5,900 milhões de novos empregos de carteira assinada, uma média anual de 770 mil. Em oito do neoliberalismo de FHC, a economia dos três principais estados do Sudeste foi destruída e a geração de empregos atingiu apenas 225 mil, uma média anual de 28 mil novos postos de trabalho por ano.
Os dados do CAGED são divulgados mensalmente pelo Ministério do Trabalho, abrangem cerca de 80% a 85% do universo do trabalho formal celetista e são, aproximadamente, 600 mil empresas declarantes. Os dados do CAGED do período de 1999 a 2010 são do Sítio do Ministério do Trabalho e de 1995 a 1998 foram extraídos do estudo “Comportamento do emprego formal”, de Edelcique Machado.
O desempenho de Lula na geração de empregos de carteira assinada nos Estados comandados pelos tucanos Aécio Neves e José Serra é muito superior à média nacional. Isso porque os Estados mais industrializados foram muito atingidos pela política cambial de FHC que prejudicou as exportações. Com o emprego e a renda estagnados, a indústria voltada para o mercado interno também recuou e, sem crescimento econômico, se agravaram os problemas fiscais.
É fundamental que dados robustos como estes e tantos outros, contribuam, de forma mais decisiva, para que o PT e outros partidos de esquerda firmem uma alternativa política e programática consistente aos tucanos em Minas Gerais e São Paulo.
Como não conseguem emplacar um discurso nacional e defender o governo FHC, os tucanos buscam confrontar as suas administrações de São Paulo e de Minas Gerais com o governo Lula. Defendem um suposto descolamento do desempenho de seus Estados em relação ao país como um todo. Essa tese do descolamento em termos econômicos, sociais e fiscais é ridícula. As grandes políticas que impactam o crescimento da economia são federais:
redução da vulnerabilidade externa da economia, taxa de juros, controle da inflação, câmbio, política tributária, investimentos públicos em infraestrutura (energia, estradas, portos, aeroportos, ferrovias, saneamento básico, urbanização, etc.), melhoria das condições para os investimentos privados, políticas de crédito, políticas de geração de empregos, melhoria na renda do trabalhador ativo, salário mínimo, programas de transferência de renda (INSS, Bolsa Família, BPC, seguro-desemprego, abono salarial), investimento na educação, etc.
Em algumas dessas políticas existe, de fato, a participação dos Estados e Municípios. Mas as políticas são complementares e não concorrentes com a União. Ou seja, se o governo federal praticasse políticas macroeconômicas anticrescimento, as iniciativas dos Estados e Municípios, isoladamente, não conseguiriam reverter a situação.
A sincronia entre o desempenho da União e dos Estados federados na economia é óbvia. Não é preciso ser economista para entender que o crescimento do Produto Interno Bruto – PIB do Brasil nada mais é do que a média do crescimento dos Estados federados. Segundo o IBGE, oito Estados brasileiros concentram quase 80% do PIB nacional – São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia, Santa Catarina e Distrito Federal.
Assim, a taxa de crescimento da economia brasileira tende a ser próxima das taxas de crescimento destes Estados mais importantes, que tem peso na formação do PIB, como é caso de São Paulo e de Minas Gerais. Por isso mesmo ou os Estados crescem ou afundam na estagnação junto com o Brasil.
Se não fosse a lógica da disputa política poderíamos afirmar que os tucanos de São Paulo e de Minas Gerais são, no mínimo, mal agradecidos em relação a Lula, que retirou do buraco as economias paulista, mineira e brasileira.
Os tucanos, ao tratarem os estados que governam como ilhas de desenvolvimento econômico, têm um duplo objetivo político: desgastar Lula e o PT e preservar Fernando Henrique e o PSDB. Para isso, escondem que o governo Fernando Henrique, do seu partido, foi o grande responsável pela estagnação de Minas Gerais, São Paulo e de todo o país.
A tese dos tucanos que minimiza o peso das políticas federais no crescimento econômico não passa de uma esperteza na disputa política pela presidência da República.
O Brasil entre dois caminhos:
continuar com Dilma e Lula, com mais desenvolvimento econômico, mercado interno de massas, mais distribuição de renda, mais e melhores empregos formais.
O outro caminho, representado por Serra e FHC, já é conhecido dos brasileiros: baixo crescimento, privatizações, poucos empregos e flexibilização da CLT e da carteira assinada.
(*) José Prata é economista mineiro e autor dos livros "O Brasil de Lula e o de FHC" e "Guia dos Direitos Sociais". Assessor especial da Prefeitura de Contagem. Prata foi sindicalista do Sindicato dos Bancários de BH, na década de 70. Participei com ele e outros 4 sindicalistas do Comitê de Greve dos bancários, em 79.
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