quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Aécio se elegeu deputado federal protegido pela blindagem judicial.

BLINDAGEM EXPLÍCITA: 

BASTIDORES DA OPERAÇÃO CONTRA AÉCIO ENVERGONHAM A JUSTIÇA

Os bastidores da Operação da Polícia federal que fez busca no apartamento de Aécio Neves no Leblon (Rio de Janeiro) marcam o ápice da blindagem judicial dedicada ao tucano.
O ministro Marco Aurélio Mello pediu parecer a Raquel Dodge sobre a investigação de Aécio no dia 11 de setembro e só recebeu resposta da procuradora-geral no dia 28 de outubro, 45 dias depois e com Aécio devidamente eleito deputado federal pelo estado de Minas Gerais.
Publicado no brasil247.com, 12 DE DEZEMBRO DE 2018 ÀS 07:57
Os bastidores da Operação da Polícia federal que fez busca no apartamento de Aécio Neves no Leblon (Rio de Janeiro) marcam o ápice da blindagem judicial dedicada ao tucano. 
O ministro Marco Aurélio Mello pediu parecer a Raquel Dodge sobre a investigação de Aécio no dia 11 de setembro e só recebeu resposta da procuradora-geral no dia 28 de outubro, 45 dias depois e com Aécio devidamente eleito deputado federal pelo estado de Minas gerais. 
Aécio neves vem sendo protegido há tempos por ministros e juízes pertencentes ao cinturão histórico de proteção judicial aos tucanos. O ministro Gilmar Mendes lhe garantiu uma célebre série de blindagens durante sua agonia política no pós golpe.
Ações em torno da revogação de sua prisão domiciliar há pouco mais de um ano em Brasília e da soltura de sua irmã, Andréa Neves de presídio em Minas Gerais marcaram de maneira indelével o seu favorecimento nos tribunais superiores. 
Com essa última mise-en-scène jurídica, quase uma fake news bolsonariana diversionista sob vista grossa da imprensa tradicional, Aécio continua a desfilar sua couraça judicial nas barbas do povo brasileiro. 
nota do jornalista Lauro Jardim no jornal O Globo confirma o jogo de cartas marcadas feito nos bastidores do STF e da PGR: "a Polícia Federal enviou no dia 11 de setembro para Marco Aurélio Mello a investigação contra Aécio Neves que originou a operação de ontem. Mello pediu parecer de Raquel Dodge antes de decidir."
A reportagem ainda destaca: "embora Aécio fosse candidato a deputado federal, Raquel só mandou seu parecer em 28 de outubro — mais de 45 dias depois e com Aécio já devidamente eleito."
Publicado no brasil247.com, em 12.12.2018

Suspeita de propina de R$ 110
milhões coloca Aécio Neves 
na mira.

Publicado na cartacapital.com.br, em 11.12.2018
Passadas as eleições, o cerco se fecha contra Aécio Neves (PSDB-MG) e os partidos 
da base aliada do consórcio Temer-PSDB. Na manhã desta terça, 11, a Polícia Federal
 vasculhou imóveis do senador e da irmã, Andrea, no Rio e em Minas Gerais. 
Também houve buscas em endereços de Paulinho da Força (SD-SP).
A devassa é parte da operação Ross e foi autorizada pelo ministro Marco Aurélio 
Mello (STF) a pedidos da procuradora-geral da União, Raquel Dodge, com base em 
delações de executivos da J&F – a holding que controla a empresa JBS.
De acordo com a PF, o grupo repassou ao senador 110 milhões de reais em propina 
entre 2014 e 2017. Empresários teriam contribuído com o esquema, por meio de caixa 
2 e notas frias.
Desse total, diz a PF que 15 milhões de reais teriam sido usados por Aécio para 
comprar o apoio do Solidariedade (SD), partido de Paulinho da Força, nas eleições 
de 2014. Outros 20 milhões teriam pago o suporte do PTB, além de outros partidos.
Naquele ano, o líder sindical declarou o apoio ‘pessoal’ a Aécio já em janeiro, 
prometendo compromisso do Solidariedade e das centrais sindicais ao partido 
na campanha. Nas eleições de 2010, o apoio apaixonado era de Dilma.
Antonio Anastasia (PSDB-MG), José Agripino Maia (DEM) e os deputados Benito 
Gama (PTB-BA) e Cristiane Brasil (PTB) também são investigados no caso.

Cortina de fumaça

Chama atenção a discrição dessas ações. Diferente de outras conduções e buscas, 
não houve qualquer espetáculo midiático: a polícia chegou aos imóveis em carros 
descaracterizados, por volta das seis da manhã, e saiu carregando malotes.
Os primeiros registros de imprensa só foram publicados quando a operação já 
acontecia, sem qualquer registro visual que constrangesse os envolvidos. Mesmo 
assim, o caso tomou o espaço dedicado aos desdobramentos do relatório do Coaf, 
que envolve o filho mais velho de Jair Bolsonaro e a primeira-dama em movimentação
 financeira suspeita de um ex-assessor.
Na opinião do cientista político Rui Tavares Maluf, professor da FESPSP, o descrédito do establishment político favorece o discurso autoritário e anti-barganha de Bolsonaro. “Me parece claro que se houverem mais operações como essa, tanto opinião pública quanto a classe política
podem ficar mais dóceis à aprovação, por exemplo, da Reforma da Previdência.”
A decisão do ministro está sob sigilo e a nota oficial divulgada pela PGR reforça que 
“não há prisões e nem medidas a serem cumpridas na sede do Congresso”. 
O tom misterioso tem razão de ser: a PGR e Marco Aurélio negaram o pedido da 
PF para manter Aécio, Andreia, Cristiane e Paulinho em prisão domiciliar.
Aécio é réu em um caso ligado à Lava Jato por corrupção passiva e obstrução da 
Justiça no caso da ‘mala’ de Joesley Batista, também sob as delações da JBS. 
Outros seis inquéritos tramitam no STF.

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