Lucro líquido da empresa cresceu 199% e chegou a R$ 1 bilhão. Aumento proposto é o maior em dez anos.
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Lucro líquido cresceu 199% e chegou a R$ 1 bilhão
Perto dos mineiros terem reajuste de, em média, 25% na tarifa de energia, a Cemig divulga balanço financeiro do ano passado e registra lucro líquido de R$ 1 bilhão, quase o triplo do ano passado, de R$ 335 milhões. O bom desempenho, entretanto, não deve mudar o cenário e a conta de luz dos mineiros deve ficar mais salgada a partir de 28 de maio. Aumento proposto é o maior em dez anos.
No bojo de bons resultados da empresa mineira, está também o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), ou Lajida, que aumentou R$ 3,5 bilhões, aumento de 32,4% sobre o ano anterior. Também a receita líquida teve avanço expressivo e somou R$ 21,7 bilhões, crescimento de 15,6% sobre o balanço de 2016.
A empresa atribui os resultados à queda da taxa de juros Selic e a uma série de ações para diminuir despesas e reduzir a inadimplência dos consumidores, além do furto de energia, os chamados “gatos”. Além disso, a companhia, de capital misto, tem tentado renegociar de forma gradativa sua dívida, que passou de R$ 15,17 bilhões, em dezembro de 2016, para R$ 14,39 bilhões, 5,15% menor um ano depois.
“A gente observa uma melhoria significativa nos indicadores da empresa, fruto de alongamento do perfil da dívida, diminuição do custo, associado com a melhoria de eficiência operacional. O custo cai e seu resultado melhora. Isso permite prever a Cemig com poder de geração de caixa para novos investimentos e melhor qualidade do serviço do cliente”, afirma o diretor financeiro e de relações com investidores da companhia, Maurício Fernandes.
CONTA DE LUZ
Enquanto a Cemig comemora, consumidores aguardam a definição sobre reajuste na tarifa de energia elétrica. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sugeriu no mês passado aumento médio de 25,87% nas tarifas. Para consumidores conectados à alta-tensão, como por exemplo grandes indústrias, o aumento seria de 34,41%. Já para a baixa tensão, a maior parte da população, a alta seria de 22,73%.
O diretor financeiro justifica que o reajuste é definido pela Aneel e apenas 4% desse montante é repassado à Cemig. “O reajuste segue metologia adotada pelo operador do sistema, que tem regras pré-determinadas. Ele leva em consideração, por exemplo, que nos últimos cinco anos a Cemig investiu R$ 5 bilhões”, afirma Fernandes. Ele lembra também que, no ano passado, houve redução na tarifa.
Todos os itens que compõem a tarifa, como custos de transmissão e distribuição, aumentaram. Segundo a Cemig, a falta de chuvas e o intenso acionamento das usinas térmicas no período, de julho a dezembro do ano passado, contribuiu para elevar ainda mais o custo de geração no país. Os novos valores definitivos das contas de luz entrarão em vigor a partir de 28 de maio. A proposta ficará aberta a sugestões até 21 de abril, mas audiência pública na semana passada indicou que não deve haver mudança substancial.
De acordo com a Aneel, os índices finais deverão ser aprovados no final de maio em reunião da diretoria da agência reguladora. A proposta diz respeito ao quarto ciclo de revisão tarifária da Cemig, processo que é feito de quatro em quatro anos com o objetivo de manter o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos de concessão. A Cemig atende 8,3 milhões de unidades consumidoras localizadas em 774 municípios de Minas Gerais.
Fonte: Estado de Minas
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