Conforme matéria exibida no Fantástico, Capelinha está na rota das investigações da Polícia Federal (PF), que deflagrou em Montes Claros e em outros municípios do país a Operação Embuste. A cidade virou alvo após agentes federais descobrirem que um suspeito de envolvimento no esquema criminoso faria a prova na Escola Estadual Professor Antônio Lago. Porém, a abordagem ao homem não ocorreu. Como as provas do Enem são lacradas, ainda não foi informado se o suspeito chegou a fazer prova no sábado.
“Fomos informados de que teria esse alvo em Capelinha, nos posicionamos para abordá-lo, mas ele não foi fazer a prova. As únicas informações passadas foram o nome e a sala do suspeito, que serão mantidos em sigilo para não atrapalhar as investigações. Porém, toda a investigação é da Polícia Federal, nós da Polícia Militar de Capelinha apenas realizamos os procedimentos que nos foram solicitados”, informa o tenente Ramon Pires, da Polícia Militar de Capelinha.
Antônio Diego mostra equipamento usado pela quadrilha (Foto: Divulgação/PF)
As investigações foram iniciadas 15 dias antes das provas e continuam em todo o Brasil. A Polícia Federal descobriu que no primeiro dia do Enem 2016 a quadrilha transmitiria respostas das provas para Sete Lagoas, Capelinha e Belo Horizonte (em Minas Gerais), Vitória da Conquista (na Bahia) e Caucaia (no Ceará). O candidato Antônio Diego de Lima Rodrigues foi preso no Ceará, com um equipamento usado para receber o gabarito. O ex-estudante de medicina Rodrigo Ferreira Viana é apontado pela Polícia Federal como líder da quadrilha, que além do Enem fraudou outros vestibulares. Ele e outras dez pessoas foram presas durante a Operação Embuste.
A quadrilha utilizava equipamento sofisticado e, de acordo com o delegado da PF, Marcelo Freitas, cobrava entre R$ 150 e R$ 180 mil reais, a depender da universidade que o candidato pretendia ingressar.
Rodrigo Ferreira Viana é apontado como chefe da quadrilha (Foto: Reprodução/Fantástico)
Sofia Macedo
Após a exibição da matéria no Fantástico, onde foi exibida a foto da estudante Sofia Macedo, que é de Carbonita e mora em Belo Horizonte, muitos capelinhenses imaginaram que ela seria a pessoa investigada em Capelinha. Porém, conforme a Polícia Militar, a pessoa que seria abordada na Escola Antônio Lago é um homem.
Sofia Macedo está sendo hostilizada em seu perfil no Facebook por milhares de pessoas. A ela é atribuída uma voz, gravada pela Polícia Federal, que faz parte de uma conversa com um dos suspeitos da fraude. No esquema, o fraudador pediu à estudante para tossir, uma ou duas vezes. Esse era um código para confirmar se ela estava ouvindo ou não as respostas da prova.
Reportagem do Fantástico
Fonte: Jornal Local, repórter Rosa Santos, de Capelinha.
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