Neste 05 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, as escolas, algumas ONGs como o CAV de Turmalina e alguns órgãos governamentais como o IEF, IBAMA e raros CODEMAS – Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente realizam comemorações ou denúncias de destruição da natureza.
O Vale do Jequitinhonha tem muito pouco a comemorar. Desde a década de 70, no século XX, o eucalipto vem engolindo seu cerrado, de forma predatória, expulsando os agricultores familiares, implantando suas carvoeiras. O garimpo é uma atividade em si destruidora do meio ambiente. Sem nenhum saudosismo de ver a natureza como um santuário.
A tão glorificada Barragem de Irapé, que não eletrificou o Vale como prometido no seu projeto inicial, levou à destruição das belas praias de Coronel Murta, Itinga, Jequitinhonha e Almenara. Um Promotor de Justiça, filho de Jequitinhonha, entrou com representação judicial contra a CEMIG, obrigando-a a recuperar a praia da cidade.
Há algumas iniciativas de preservação e defesa do meio ambiente. O Parque Estadual de São Gonçalo do Rio Preto, no Alto Jequitinhonha, é uma delas. A Cãmara Municipal de Berilo, no Médio Jequitinhonha, tem uma lei que proíbe o plantio de eucalipto. Tramita naquela casa legislativa um projeto de lei redimensionando a cultura do cucalipto, permitindo o seu replantio em locais onde a cultura já existe, sem permitir sua expansão.
Um programa de recuperação de matas ciliares realizado pelo Itavale e Sindicato dos Trabalhadores Rurais, em Medina, também deve ser registrado.
As EFAs Escolas Famílias Agrícola são um bom exemplo de como fomentar a produção da agricultura familiar com bases agroecológicas. Elas estão espalhadas pelos municípios de Virgem da Lapa, Turmalina, Araçuaí, Itaobim, Ponto dos Volantes e Comercinho.
Com certeza, deve haver outras iniciativas pelo Vale afora que desconhecemos.
Quem quiser relatar, este espaço midiático está aberto. É só enviar sua experiência.
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