quinta-feira, 16 de junho de 2011

Lideranças do Vale querem implantar linhas áereas

Lideranças do Vale se movimentam para implantar linhas áereas
Preços de passagens aéreas estão mais baratas do que ônibus
A TRIP Linhas Aéreas é umas mais interessadas em expandir seus serviços

As viagens com vôos regionais para o interior do estado começam a ter preços próximos aos do transporte rodoviário. A guerra de tarifas e as pechinchas nos bilhetes aéreos deixaram de ser realidade só das linhas operadas por grandes aeronaves.

A concorrência mais forte, a ampliação da malha aérea regional e o aumento do número de passageiros que voa pelo interior do estado levam as companhias aéreas a lançar promoções de passagens com preços menores ou próximos dos praticados pelas empresas de ônibus. Até pouco tempo, esses bilhetes custavam quatro ou até cinco vezes mais caro do que os comprados nas rodoviárias. Segundo especialistas, a tendência é que os preços de bilhetes da aviação regional caiam nos próximos anos, assim como ocorreu em outros países, como nos Estados Unidos e na Europa.

Quem for voar de Belo Horizonte para Montes Claros, por exemplo, paga hoje preços a partir de R$ 79,90 na Trip Linhas Aéreas e R$ 95,90 na Gol. Já de ônibus, o valor é mais caro ou bem próximo, R$ 94.

A Trip também lançou no fim de semana uma promoção com preço bem competitivo de Belo Horizonte para Varginha: R$ 59,90. O valor é bem abaixo do cobrado pela passagem de ônibus que faz a mesma rota, de R$ 69,28. Além de reduzir os preços, as companhias aéreas ampliam a freqüência dos vôos nos aeroportos.
“As empresas aéreas já estão trazendo para o segmento o conceito do low cost (preços baixos)”, observa o superintendente do Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, Silvério Gonçalves.

Responsabilidade dos Municípios
Atualmente, os vôos na Pampulha são feitos basicamente pela Trip Linhas Aéreas e Passaredo. O diretor de Marketing e Vendas da Trip, Evaristo Mascarenhas, reforça que a empresa já voa para 85 cidades brasileiras, além do Distrito Federal.

Segundo ele, o plano para as rotas regionais é agressivo e à medida em que aeroportos vão sendo liberados, novas rotas são criadas. Ele considera que uma das razões de não haver número maior de aeroportos aptos a operar no estado é que a responsabilidade pela infraestrutura é dos municípios. Sem parceiros, as prefeituras nem sempre conseguem disponibilizar recursos, o que segura o avanço da aviação. “Não sei se essa é a forma mais justa de se fazer (a liberação dos aeroportos)”, comenta.

Linhas aéreas e aeroportos do Vale
As linhas aéreas com maior possibilidades de serem implantadas no Vale do Jequitinhonha são três: 1 - Almenara-Nanuque-Teófilo Otoni- Governador Valadares-BH; 2 - Capelinha-Diamantina-Curvelo-BH e 3 - Montes Claros-Diamantina-Pirapora-BH.

Estas três linhas têm possibilidades de se efetivarem porque as lideranças regionais em volta da microrregião de Almenara, Capelinha e Diamantina já se reuniram para discutir o projeto de implantação.

Em Almenara, a reunião aconteceu no mês de março. No Alto Jequitinhonha, os prefeitos se reuniram em Capelinha, no final de maio, e se propõem a fazer o mesmo numa próxima data no Serro, próximo a Diamantina.

Por que Araçuaí não entra em alguma rota? O Aeroporto deveria ser reformado e estruturado para operar com condições mínimas de administração e ser licenciado pela Infraero. Esta é uma responsabilidade da Prefeitura de Araçuaí, mas bem que poderia ser assumida pela AMEJE, por exemplo. Seria um compromisso regional já que a ponte aérea Médio Jequitinhonha-BH beneficiaria o povo do Vale do Jequitinhonha como um todo.

A UMVALE – União dos Municípios do Vale do Jequitinhonha, que tem na presidência o prefeito de Jequitinhonha, Roberto Botelho, deveria tomar esta bandeira como responsabilidade sua e promover articulações para favorecer a população do Vale.

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