segunda-feira, 27 de junho de 2011

Idene quer R$ 30 milhões para recuperar bacias hidrográficas

Diretor do Idene quer R$ 30 milhões para recuperar bacias hidrográficas
Rios do Vale do Jequitinhonha, Mucuri e norte de Minas seriam beneficiados Bacia hidrográfica do Jequitinhonha pode ser beneficiada com recursos do Fhidro


Rúbio de Andrade, diretor-geral do Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Idene) participou de reunião de Comissão Especial na Assembléia Leigslativa para indicação do cargo que já ocupa. Segundo a Comissão, Ele demonstrou experiência e conhecimento suficientes para assumir o cargo, que ele já ocupa desde o início do governo Anastasia.

Durante seu relato, Rúbio de Andrade falou sobre a estrutura e os objetivos do Idene e as prioridades para os próximos anos. Afirmou que pleiteia a ampliação para 1/3 a participação da região nos recursos do Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais (Fhidro).

A ideia é aumentar dos atuais R$ 10 milhões, para R$ 30 milhões. Rúbio justifica que a região de abrangência do Idene responde por 37% da área total do Estado mas, por outro lado, é a mais carente de Minas. “Nada mais justo que a participação aumente”, ponderou. O recurso seria aplicado na recuperação de sub-bacias hidrográficas e construção de barramentos para combater a seca que assola aquela área.


Outra proposta do diretor do Idene é dinamizar o uso da estrada de ferro Belo

Horizonte/Salvador, que passa por Montes Claros. Também citou como prioritárias obras de duplicação nas rodovias federais 135, 251, 381 e o trecho mineiro da 116, todas que atendem às regiões Norte e Nordeste, além da pavimentação da BR-251 e melhorias na 367.


Rúbio Andrade se comprometeu, ainda, a batalhar por resgatar o Programa Sanear, que propõe atender 250 pequenos municípios pobres de Minas com abastecimento de água, serviço de esgoto e drenagem. Outras prioridades são ampliar as parcerias com o governo federal em programas para o desenvolvimento da região, estimular a atração de mais investimentos, com atenção para os setores de mineração, petróleo, gás, energia, biodiesel, agroindústria e fruticultura que já são reconhecidos como vocações da região.

O diretor sugere, ainda, a implantação da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) em Teófilo Otoni, uma antiga reivindicação da região, e a implantação de uma política de incentivos fiscais estaduais para setores econômicos que investem nesses municípios.

Área de atuação do Idene

O Idene atua nos 188 municípios das regiões Norte e Jequitinhonha/Mucuri, que ocupam 37% da área geográfica do Estado e abrigam 16% da população, cerca de 2,9 milhões de pessoas. Apesar disso, a região convive com os piores índices sociais de Minas Gerais.


O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é 0,65, inferior à média do Estado que é de 0,72. O analfabetismo atinge 29% dos moradores, contra a média estadual de 12%. Enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) per capita de Minas é R$ 15 mil anuais, o da região é de apenas R$ 6 mil.
O instituto tem 236 servidores, 1/3 dos quais em Belo Horizonte e os demais espalhados pelas três regionais (Norte, Jequtinhonha e Mucuri).



Em 2010 executou um orçamento de R$ 140 milhões e a previsão para este ano é de R$ 165 milhões. São cinco os projetos prioritários do instituto: Programa Leite pela Vida, com orçamento de R$ 90 milhões; Convivência com a Seca (R$ 22 milhões), Combate à Pobreza Rural (R$ 20 milhões), Cidadão Nota 10 (R$ 15 milhões) e Projetos Produtivos (R$ 12 milhões).


Rúbio informou que já está negociando com a Secretaria de Saúde para retomar o programa Sorriso no Campo em 2012, pois não há orçamento previsto para este ano. Também disse que o Idene firmou parceria com a Vale para ampliar o programa Turismo Solidário.


O candidato – Rúbio de Andrade, 53 anos, é economista com mestrado na mesma disciplina, pela Universidade Federal de Viçosa. Possui três cursos de especialização: comércio exterior e câmbio, relações econômicas internacionais e planejamento e desenvolvimento regional.
Há 15 anos atua no segmento de gestão de projetos. Desde 2009, coordenada o projeto estruturador Convivência com a Seca. Antes ocupou cargos de gestor na Universidade Estácio de Sá, Sebrae, Projeto Cresce Minas (Fiemg), BDMG, além de ter sido superintendente da Sudenor.


Informações da Assembléia Legislativa de Minas

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