quinta-feira, 3 de maio de 2018

Em Minas, MDB tem pouco voto, mas quer eleger deputados e senador na garupa do PT

Em 2014, O MDB de Minas teria perdido 4 deputados estaduais e um federal,  se tivesse saído sem a coligação com o PT.
PMDB elegeu, sem votos, três presidentes da República: José Sarney, 
Itamar Franco e Michel Temer.
O MDB de Minas não quer largar o osso. Quer, de toda forma, andar na 
garupa do PT, para eleger seus deputados federais e estaduais, e até 
senador, mesmo tendo pouco voto.
Nas eleições de 2014, o MDB de Minas teve  846.027 votos, elegendo 10 
deputados estaduais. O MDB  só elegeria 6 deputados se tivesse saído 
sozinho, sem coligação com o PT.

O coeficiente eleitoral para eleição de um deputado estadual foi de 
135.128 votos.

O PT oteve 1.625.122 votos. Na coligação com o MDB, o partido 
elegeu 10 deputados estaduais, mesmo obtendo quase o dobro do 
MDB. Sozinho, o PT teria eleito, no mínimo, 12 deputados estaduais.
Veja quadro abaixo:
Deputado Estadual: Vagas por Partido - 2014 - Minas Gerais
Minas Gerais  - Eleitorado: 15.236.578 – Abstenção: 3.050.396 (20,02%)
Comparecimento: 12.186.182 (79,98%) - Votos Válidos:  10.404.855 (85,38%) -  Votos Nominais:  9.283.872 (76,18%) - Legenda:  1.120.983 (9,20%)
PARTIDO
VOTOS
VOTOS NOMINAIS
VOTOS DE LEGENDA
% DOS VOTOS DO ESTADO
NÚMERO DE CANDIDATOS
ELEITOS
NÃO ELEITOS
PT
1.625.122
1.355.159
269.963
(13,34%)
69
10
59
PMDB
846.027
772.195
73.832
(6,94%)
41
10
31
PSDB
1.222.844
1.003.452
219.392
(10,03%)
38
9
29
PSD
561.687
527.134
34.553
(4,61%)
18
4
14
PTB
530.490
500.956
29.534
(4,35%)
54
4
50
PV
524.362
500.648
23.714
(4,30%)
39
4
35
PDT
456.837
392.101
64.736
(3,75%)
61
4
57
PC do B
406.792
391.409
15.383
(3,34%)
67
3
64
PRB
194.012
177.682
16.330
(1,59%)
19
2
17

Para deputado federal, o MDB elegeu 6 deputados federais, com 891.648 
votos, na coligação com o PT. Sozinho, elegeria 5 deputados. 

O coeficiente eleitoral foi de 190.730 votos para eleger um deputado federal.

Com 1.868.998 votos, o PT obteve mais que o dobro da votação do 
MDB, elegendo 10 deputados. 

Confira no quadro abaixo: 

Deputado Federal: Vagas por Partido, em 2014. Minas Gerais.
Eleitorado: 15.236.578 – Abstenção: 3.050.396 (20,02%) - Comparecimento: 12.186.182 (79,98%)
Votos Válidos:  10.118.666 (83,03%) - Votos Nominais: 9.274.177 (76,10%) - Votos Legenda:  844.489

PARTIDO
VOTOS
VOTOS NOMINAIS
VOTOS DE LEGENDA
% DOS VOTOS DO ESTADO
NÚMERO DE CANDIDATOS
ELEITOS
NÃO ELEITOS
PT
1.868.998
1.684.593
184.405
(15,34%)
36
10
26
PSDB
1.410.076
1.128.903
281.173
(11,57%)
29
7
22
PMDB
891.648
780.167
111.481
(7,32%)
27
6
21
PP
791.551
766.779
24.772
(6,50%)
9
5
4
PSD
621.232
603.274
17.958
(5,10%)
14
3
11
PSB
545.854
512.082
33.772
(4,48%)
54
3
51
PR
343.798
330.612
13.186
(2,82%)
7
3
4
DEM
513.661
502.282
11.379
(4,22%)
14
2
12
PDT
269.937
251.273
18.664
(2,22%)
42
2
40
PC do B
137.066
123.584
13.482
(1,12%)
4
1
3
PRB
222.242
214.067
8.175
(1,82%)
12
1
11


O MDB quer mais ainda. Exige estar na chapa majoritária de senador 
para eleger o deputado estadual Adalclever  Lopes, atual presidente da Assembléia Legislativa,  com os votos dos petistas.

TOTAL DE VOTOS OBTIDOS POR ADALCLEVER LOPES
PARA DEPUTADO ESTADUAL, EM 4 ELEIÇÕES.
2002
2006
2010
2014
45.726
49.484
53.629
58.180



Adalclever tem pouco voto, mas faz chantagem com o Governo Pimentel e 
o PT, exigindo que Dilma Roussef não seja candidata a senadora, 
mas a deputada federal para ajudar o MDB a eleger mais deputados 
federais. Há projeções que Dilma teria mais de 600 mil votos se 
for candidata a deputada federal.

O golpista MDB teme Dilma no palanque, esclarecendo e pedindo votos 
contra os traidores de sempre. 

Todos os 6 deputados federais do MDB, eleitos em 2014, votaram a favor 
do impeachment de Dilma: Fabinho Ramalho ( estava no PV. 
Após impeachment filiou-se ao PMDB), Leonardo Quintão, Laudívio 
de Carvalho, Newton Cardoso Júnior, Moacir Lopes (pai de 
Adalclever), Rodrigo Pacheco ( saiu do PMDB e entrou no DEM) 
e Saraiva Felipe.

Agora, querem os votos que Dilma atrair para se reelegerem. 
Hipocrisia neste partido é permanente. 

Em 2002, o PMDB deu uma rasteira no PT na eleição para o Senado. 
A disputa era para duas vagas no Senado. Enquanto os petistas despejaram 
seus votos em Hélio Costa (PMDB) e Tilden Santiago (PT), os 
peemedebistas orientavam seus eleitores a votarem em seu candidato 
e em Eduardo Azeredo (PSDB). Tilden perdeu a eleição por uma diferença 
de 3,34% dos votos.

Resultados eleitorais para o Senado, em 2002.

POSIÇÃO
CANDIDATO
NÚMERO
PARTIDO
VOTOS
% DOS VOTOS VÁLIDOS
SITUAÇÃO
1
EDUARDO AZEREDO
456
PSDB
4.157.721
51,82%
Eleito
2
HÉLIO COSTA
150
PMDB
3.569.376
44,49%
Eleito
3
TILDEN  SANTIAGO
131
PT
3.301.171
41,15%
Não eleito


MDB faz jogo de cena e lança candidatura própria

O MDB de Minas Gerais realizou Encontro Estadual do partido e decidiu 
em votação interna na terça-feira (1º de maio) que lançará candidatura própria ao governo do estado. Foram 353 votos a favor e 12 votos 
contra o lançamento de nomes emedebistas para os cargos majoritários.
Antônio Andrade, presidente do MDB de Minas, e vice-
governador, orientou  que emedebistas deixem os cargos que ocupam
na administração estadual. “Acho que o MDB deve se afastar politicamente 
do governo”, disse.
Outros nomes do partido, porém, não rejeitam ainda uma formação de 
chapa com os petistas. “Não descarto ninguém”, afirmou o deputado
 federal Saraiva Felipe (MDB-MG), sobre o apoio à reeleição de Pimentel.
Deputados não comparecem e dividem MDB
Uma ala do MDB-MG, formada principalmente por deputados, dá 
sustentação ao governo Pimentel e defende o apoio à sua reeleição. 
A ausência da maior parte dos parlamentares foi notória no 
evento —compareceram dois de cinco deputados federais e dois 
de 13 estaduais.
Só compareceram os deputados federais Newton Cardoso Júnior 
e Leonardo Quintão, além dos estaduais Iran Barbosa e Cabo Júlio.
“Talvez os deputados, na ansiedade de serem reeleitos, movidos pelos 
recursos e pelas emendas que têm, não absorveram a ideia de 
candidatura própria”, disse Andrade, admitindo a divisão. 
“Vamos unir o partido para depois buscar outras alianças. 
Não tem como fazer aliança com outros partidos se o MDB 
ainda está dividido.”
A avaliação desses parlamentares é a de que uma aliança com o PT 
garantiria mais cadeiras na Câmara Federal e na Assembleia. 

No entanto, a possibilidade de que a ex-presidente Dilma Rousseff 
(PT) seja candidata ao senado por Minas diminuiu o espaço do MDB 
na chapa majoritária e azedou a composição.
O presidente da Assembleia, deputado estadual Adalclever Lopes 
(MDB), principal fiador da aliança com Pimentel, aceitou um 
pedido de impeachment contra o petista na última quinta (26.04). 
A Assembleia deve decidir nesta semana sobre o trâmite do processo.

MDB faz barganha política
O movimento foi visto como forma de barganhar e pressionar Pimentel, 
mas, com a votação desta terça, a opção do desembarque também ganha 
força. Mas, se aliar a quem?  
Além de Andrade, o próprio Adalclever e o deputado federal 
Leonardo Quintão (MDB-MG) foram lançados como pré-candidatos.
Em direção oposta, Saraiva Felipe avalia que tudo pode mudar. 
“O partido continua dividido. Hoje é uma reunião do partido. 
O que vale é a convenção de julho. Eu acho que até lá muita 
conversa vai rolar”, disse o deputado.
A chegada de Dilma, em sua opinião, apenas dificultou a aliança com 
o PT.  “O Pimentel vai ter que fazer mais esforço para ter essa aliança. 
Mas eu não acho que nada é definitivo até julho”.
O deputado estadual Iran Barbosa (MDB), porém, afirmou que a 
coligação se esgotou com a vinda da petista.
“O que matou a possibilidade da aliança foi ninguém do MDB 
ter sido consultado sobre a vinda dela. É esse o desrespeito”, disse. “
A partir do momento em que se traz a Dilma para compor a 
chapa, eles colocaram o MDB numa posição em que só vai ter 
desgaste. A candidatura dela me coloca em campo oposto 
aos deputados federais do meu próprio partido que votaram 
pelo impeachment.”


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